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QUANDO O CA�ADOR SE TORNA CA�A

Desafios s�o colocados à sua frente para serem superados. Esta � e sempre foi a minha filosofia. Sempre gostei de dominar: acariciar e excitar corpos de belas mulheres; loiras, morenas, ruivas e negras, vendo-as se abrir m�o de todo o seu pudor, orgulho e vaidade, e se entregando ao mais absoluto prazer, ainda que apenas por alguns momentos.



Apaixonar-me? Jamais. Observo-as pelas ruas; advogadas, m�dicas, executivas, professoras, cada uma caminhando em seu mundo particular, andares e rebolados, imaginando se naquele momento elas est�o molhadas ao ro�ar as coxas uma na outra, nos r�pidos passos da vida cotidiana.



Como seriam ao ter sua resist�ncia quebrada? Ser� que toda mulher tem dentro de si uma submissa implorando para ser possu�da? E voc�, j� ouviu falar de um cara que tem como elemento indispens�vel no sexo esse desejo de aprisionar e domar esp�ritos femininos? Em breve voc� conhecer� um pouco do meu mundo, e garanto que no fim ir� querer estar em minhas fantasias.



Este � o meu apartamento, duplex, d�cimo terceiro andar. Passei algum tempo longe; coisas da carreira que eu escolhi, voltei hoje. Tiro os sapatos, atravessando a sala pelo macio carpete em meio às poltronas, passando pelo balc�o do bar abaixo das escadas. O barulho da �gua caindo no chuveiro denuncia que tenho companhia. Me livro do palet�, da camisa e procuro, em passos silenciosos, pegar de surpresa minha doce e meiga Daniela, que prevendo-me chegar mais tarde, ainda se preparava para me dar a melhor de todas as recep��es de boas vindas. Entro no box e a agarro sem dizer nada, prensando seu corpo no meu e apertando com for�a umas de suas n�degas. Mesmo com os olhos ensaboados ela sabe que sou eu, conhece a minha pegada. Meu p�nis procurando acomodar-se entre suas pernas arranca um leve gemido de seus l�bios.



Levo-a ao quarto, abro a janela que d� para uma grande varanda. Cubro-a de car�cias olhando no espelho a imagem de seu corpo amolecer e se entregar, pensando se l� de fora algu�m tamb�m se deliciaria vendo a nossa imagem. Molho meu dedo em sua saliva, passando-o por seus mamilos, duros e salientes, sua fenda entre as pernas est� leitosa, suplicando para ser explorada.



“Sinta-se possu�da, Daniela”. O desejo nos embebeda. Me excita cogitar a id�ia de que por uma daquelas janelas somos observados por alguma outra mulher, jovens, casadas, adolescentes ou velhas, e que ela brinca com seus dedos observando a cena que protagonizamos, nossos corpos, nossos cheiros, nosso tes�o.



A flor dos seus seios desabrocha com o meu toque, sua buceta pulsa. Penetro Daniela em p�, contra a parede, com suas pernas me enla�ando pela cintura. Selvagem, tarado, brinco com meus dedos ao redor do seu �nus, ela fica louca quando fa�o isso. No ch�o, as almofadas de linho parecem convidativas. Coloco uma por baixo dela, deitada de bru�os, empinando e me oferecendo a bunda. Amarro seus dois bra�os atr�s das costas com a corda do roup�o enquanto a como, uma m�o massageia seu clit�ris, a outra lhe aplica palmadas que deixam vermelha a pele branquinha de suas n�degas.



Certa vez fantasiei que v�rias garotas de um col�gio interno extremamente conservador, pr�ximo à minha casa, nos observavam pela janela do dormit�rio. Tiravam seus pijamas, uma despindo a outra, e se tocavam nos vendo. Gozei, junto com Daniela, enquanto as meninas se tocavam e beijavam entre si. Voltei à mim com a respira��o ofegante, as janelas ainda l�, e Daniela exausta no ch�o.



Fantasias se esvaem com as luzes da cidade. Por um segundo tive um vislumbre de um feixe de luz que apontava para o meu quarto, vindo de um apartamento escuro. “Minha mente me pregando pe�as a essa hora”. Afinal, in�meras outras vezes eu j� havia tido esta id�ntica impress�o.



Dormimos com a porta da varanda aberta e a brisa da madrugada de ver�o invadindo o quarto. Acordei no dia seguinte, Daniela havia me dado um beijo de despedida e voltado para sua casa, e eu estava um pouco resfriado. Despertei com o interfone berrando na minha orelha, j� eram quase seis da tarde.



S� tive tempo de vestir a cueca e a cal�a, atendi a porta sem camisa, imaginando que aquela n�o deveria ser uma visita formal. Era Simone, oficial de justi�a. J� havia conversado com ela por telefone algumas vezes, sobre o invent�rio da heran�a de um tio-av� meu. N�o imaginava que ela iria me entregar a intima��o justo naquela hora, e nem que por tr�s da voz do telefone havia uma mulher t�o deliciosa: corpo mignon, coxas grossas, olhos azuis e cabelos loiros presos num rabo de cavalo atr�s da nuca. Assinei o aviso de recebimento e agradeci. Perguntou se podia entrar. Meu cansa�o foi substitu�do instantaneamente pelo tes�o, e eu n�o conseguia disfar�ar.



Ela alegava que havia alguns itens no documento sobre os quais ela deveria discutir pessoalmente comigo. Perguntei ent�o se queria beber algo. Ela aceitou apenas �gua. Gelada, de prefer�ncia. A blusa com os bot�es de cima abertos mostrava de relance o decote, seios firmes e rijos. Sentou-se no sof� cruzando as pernas sensualmente, deixando a papelada em cima da mesa de centro da sala de estar.



- Por que essa cara, Christian? Voc� � um garoto muito bonito, e assim que terminarmos aqui tamb�m ser� bastante rico.



Nunca fui de ceder a elogios, mas para animar o meu dia aquele veio a calhar. Imaginei Simone ajoelhada a meu p�s, bra�os amarrados, olhar suplicante, estava louco para fod�-la ali mesmo. Mas ela era uma agente da lei, do tipo inating�vel; uma palavra mal interpretada e eu poderia colocar tudo a perder. O telefone tocou, pedi licen�a e fui atender, uma voz feminina, sexy e sussurrada:



- Transe com ela, agora! Domine-a, como voc� gosta de fazer. Ou ser� que voc� n�o � capaz de domar uma mulher de verdade?



- Quem est� fal... – antes de eu terminar, a liga��o caiu.



Fui at� a janela, procurei algu�m nos in�meros apartamentos. Mesmo fantasiando todas as noites que algu�m me observava, nunca imaginei que isso pudesse acontecer de verdade. E ent�o a vida copiou a arte.



Provavelmente essa garota me observava a tempos. Me conhecia bem, sabia que propor um desafio era a maneira certa de me fisgar, e tamb�m sabia que a presen�a de Simone naquela sala realmente me era um desafio. Retornei à sala.



- Bom, vou indo. N�o quero te incomodar mais.



- Espere! Fique mais um pouco, j� � quase sete horas, aposto que essa foi a �ltima entrega do seu expediente.



Ela aceitou com uma naturalidade mais espont�nea do que eu poderia prever. Ofereci dessa vez uma caipirinha feita com lim�o, stolichnaya e pouco a��car. Levei-a at� as cadeiras da sacada sob o pretexto de olharmos o por do sol e conversar sobre o processo enquanto beb�amos. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, cerrei seus l�bios com meu dedo indicador, desci-o passando pelo pesco�o, e segurando-a pela nuca puxei sua boca de encontro à minha.



Olhei em volta procurando algu�m nos observando. Nada. E mesmo que estivesse l�, n�o permitiria ser vista. As v�rias janelas agora eram olhos curiosos. Soltei-lhe a saia do tayer, revelando a cinta liga e a pequena calcinha preta que desaparecia entre suas n�degas. Abri o bot�o da minha cal�a. Perguntei se ela gostava do meu p�nis. Pelo olhar, tive uma resposta satisfat�ria. Mandei que ela tirasse toda a roupa. Simone estava nua. Seu corpo era fascinante. Seios firmes, mamilos rosados apontando para o alto, sobre a delineada musculatura do abd�men, provavelmente moldada nas aulas de yoga.



Ela passou o gelo do copo em volta da glande do meu p�nis. Lambeu-o de cima a baixo, ajoelhada, enquanto eu permanecia em p� afagando seus cabelos. Sentei-me em uma das cadeiras, obrigando-a a abaixar mais o corpo, ficando de quatro e exibindo seu maravilhoso traseiro para nossa admiradora que estaria em alguma daquelas janelas. Com r�pidos movimentos do quadril, pus-me a foder sua boca, cada vez mais depressa. Conduzi sua m�o pelo ventre at� a vagina e mandei que ela se masturbasse.



Ela me fitava com seus olhos azuis enquanto me chupava, ora mais suave, ora dando leves e provocativas mordidas na cabe�a. Estremeci e gozei, inundando sua boca e garganta com todo o meu s�men, afogando-a em mim. Ela tamb�m gozou. Recostei-me sobre a cadeira, vendo a lua subir. Simone foi embora, como que rec�m acordada de um estado de transe. Nem liguei. Ela n�o significada nada para mim. Enquanto as primeiras luzes se acendiam nos pr�dios em volta, procurei algum sinal de quem seria ela, a observadora misteriosa. Fui para o quarto e dormi com a TV ligada. No dia seguinte, intrigado e querendo saber mais, esperei qualquer contato dela. O telefone tocou:



- Christian e Simone – a voz da enxerida observadora dizia, desta vez em um tom menos sussurrado e mais confiante. – Que lindo casal voc�s formaram ontem, a performance dos dois foi �tima! Gozei muito os assistindo!



- Espere, n�o desligue! – mandei, tentando manter o tom firme, o mesmo que j� havia quebrado o pudor de muitas mulheres e as convencido a fazer tudo que eu quisesse. Com ela n�o adiantou.



Ela sabia mais sobre mim do que eu imaginava. Como poderia saber o nome da oficial que estivera comigo na noite anterior, sendo que mesmo eu s� havia falado com ela por telefone? Talvez houvesse grampeado meu aparelho, talvez me seguisse.



Precisei viajar para Genebra, Su��a, a trabalho por uma semana. Durante esse tempo nada a tirava de minha cabe�a. Tentava imaginar rostos e corpos naquela mulher. Quando voltei, ao tentar reentrar no pa�s, todos os meus registros como cidad�o simplesmente haviam sido apagados do sistema. Tentei mostrar os documentos que eu trazia comigo, mas nada convencia os seguran�as da alf�ndega de que eu sempre havia vivido aqui. Quem poderia fazer isso?



Ent�o, uma mulher dos seus 35 anos, cabelos negros e olhos castanhos, usando um colete preto da pol�cia federal, arma num coldre ao lado da coxa e algema na cintura pediu que eu a acompanhasse at� uma sala particular no aeroporto.



Esperei sozinho por minutos que me pareceram uma eternidade. At� que a porta se abre e vejo Daniela, cara de preocupada, acompanhada pela mesma agente que me levou at� ali, e dizendo que havia recebido a liga��o de uma mulher que dizia ser policial, falando que eu estava preso no aeroporto e que havia mandado ligar para ela. Eu, que n�o havia mandado ningu�m cham�-la, fiquei mais intrigado sobre a extens�o do poder de quem estaria armando aquilo tudo. A policial entrou na sala segurando uma pasta recheada de pap�is, sentou-se do outro lado da mesa em que est�vamos eu e Daniela, e sem nada a dizer come�ou a folhear o conte�do daqueles arquivos. Deu um suspiro entediado e empurrou a papelada na minha dire��o. O que vi em seguida foi estarrecedor.



“Christian Davallos, procurado por suspeita do assassinato do seu tio av�; Raul Davallos Martinez(...)o suspeito � herdeiro �nico e direto sobre todos os bens do extinto(...)...”.



Ao mesmo tempo, recebi uma mensagem no celular:



“Senti saudades, Christian...pronto para continuar?”.



A brincadeira definitivamente havia sa�do de controle.



- Isso � um absurdo! Eu n�o sei quem est� fazendo isso, mas...



Enquanto Daniele tentava me acalmar, a policial me interrompeu:



- Bom, temos um novo herdeiro aqui, suspeito de assassinato, e que acabou de voltar da Su��a, um para�so fiscal, n�o me parece t�o absurdo.



Apoiei os cotovelos sobre a mesa, e minha cabe�a entre ambas as m�os pensando no que fazer sobre aquilo tudo. Logo depois, a segunda mensagem:



“Seduza a policial e Daniela, juntas. Se voc� conseguir, estar� livre. N�o fale sobre a nossa brincadeira com ningu�m, ou estar� encrencado. J� estou a postos”.



Vi em uma das paredes laterais da sala um espelho, falso, daqueles cujo outro lado � apenas uma camada de vidro, de onde se podia observar a sala sem ser visto. Provavelmente ela estava l� naquela hora. Contemplei o espelho por alguns segundos. Ela devia estar olhando nos meus olhos nesse momento, como se nos encar�ssemos, mas eu n�o a via.



Meu pr�ximo passo devia ser decido ali, poderia ser um tiro no p�, poderia ser a experi�ncia mais alucinante da minha vida...



Continua...



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