Como foi dito no epis�dio anterior eu e Marcelo t�nhamos combinado uma sacanagem na sexta, ent�o vou prosseguir. Ainda era quinta-feira um dia depois do acidente e do combinado com Marcelo, mas eu estava mesmo � decidir se passava ou n�o na casa dele, porque tava com muita vergonha de encarar ele depois de nossos ama�os, tamb�m foi o meu primeiro, mas como percebi Marcelo n�o perder tempo, ent�o ele mesmo foi me chamar em casa, o que me surpreendeu, pois a minha casa n�o era caminho para o ponto de �nibus como a casa dele, enfim tive que encarar ele olhos nos olhos e mesmo com muita vergonha percebi que Marcelo n�o estava levando em conta nossos ama�os e nem se abalou ou envergonhou (deve ser porque ele � mais safad�o), fomos ao ponto de �nibus como de costume, eu estava louco para ter not�cias de Matheus, mas ele n�o apareceu ontem, e com a maior cara de pau perguntei sobre ele para o motorista, que j� n�o era o mesmo que provocou o acidente, mas ele me disse que tinha um �nibus na nossa frente e provavelmente ele estaria l�. Torci para que fosse verdade, na hora em que descemos disfar�adamente dei uma curta corrida at� chegar perto do outro �nibus, mas n�o consegui ver-lo. Marcelo estranhou e perguntou:
-O que foi?Por que voc� estava correndo?
-� que hoje tem Ed. F�sica e quero chegar r�pido.
-Mais hoje num tem Ed. F�sica!
-� mesmo, que droga!
Naquele momento descobri que meu dom de inventar desculpas estava desaparecendo. Dias se passaram e j� era quinta-feira e fa�o curso de inform�tica toda ter�a e quinta, por isso num falo muito desses dias, mas hoje foi diferente. No curso eu n�o falava com quase ningu�m apenas com a Vilma, uma japon�sa bem legal e muito calma, e o David um garoto que eu fantasio desde a 7� s�rie, mas depois que o conheci descobri que ele � um tremendo bob�o, finalmente j� estava na hora de ir embora, pra mina alegria o �nibus chegou cedo e quando entrei percebi que n�o estava muito cheio, fui ent�o me sentar no fundo, no ante pen�ltimo banco estavam sentados dois caras bem altos e coberto pelos dois caras no banco detr�s no pen�ltimo estava Matheus, na hora meu cora��o dispara, pois estava somente eu e ele n �nibus, pois Marcelo j� deveria estar em casa, ent�o passei por ele, houve uma troca de olhares um pouco longa at� pensei em me sentar ao seu lado, mas j� que outro lugar estava vago e eu nem o conhecia isso seria dar muita pinta, seu olhar era do tipo que me convidava a acompanh�-lo, mas decidi sentar-me atr�s dele. Passou um tempo e meu destino de viagem j� se aproximava eu e ele n�o faz�amos um gesto se quer, pelo menos eu n�o, eu s� olhava para ele. At� que me levantei e andei em dire��o a porta, ele percebendo que eu estava perto de descer me chamou:
-Hei garoto!
Eu nem me toquei que era comigo at� ele me cutucar, eu olhei ainda n�o sabendo que era ele, mas tamb�m n�o iria perder a oportunidade de olhar para ele mais uma vez, por isso quando virei, estava com um grande sorriso na cara, mas quando o vi me assustei e comecei a olhar para baixo, ele meio sem jeito disse:
-Foi voc� que me ajudou no dia do acidente?
-S-sim, por qu�? N�o se sente bem?
-N�o, n�o, ali�s, estou �timo, se n�o fosse voc�!
-Q-que isso eu num fiz nada, quem fez o trabalho pesado foi meu amigo, mas ele n�o esta aqui.
-Na verdade foi os dois n�h?(ele me pergunta seriamente)
-� foi assim mesmo, os dois.
-Ent�o estou te devendo uma, para voc� e seu amigo.
-N-n�o que isso, n�s n�o fizemos nada que outra pessoa capacitada faria (respondi com o rosto vermelho eu acho, num sei se ficou vermelho, mas vergonha eu senti).
-Olha, eu sei que seu ponto esta chegando ent�o vou ser direto!
Eu fiquei s�rio e prestei muita aten��o no que ele falava.
-Sexta de tarde, meus pais iram viajar e eu vou dar uma festinha em casa, esse aqui � o meu endere�o (falou me dando um papel com anota��es), aparece por l� eu vou gostar muito.
-Ta bom.
-Leva seu amigo tamb�m.
-Ta bom
Ele se levanta e eu ainda olhando ele vejo que ele da o sinal para o �nibus parar e fala:
-Quase que perde seu ponto (com um lindo sorriso radiante em seu rosto).
-Valeu!
Eu desci do �nibus muito pensativo, pois eu tinha um combinado com Marcelo e ao mesmo tempo tinha a chance de conhecer melhor meu grande AMOR juvenil. Chegando em casa para variar meus pais n�o estavam ent�o decidi chama-lo (o Marcelo) na minha casa, ele aceitou e alguns minutos depois ele chegou:
-Oi, “smack” (nos cumprimentamos com leves selinhos na boca).
-Pra que voc� me chamou?
-Celo eu tenho que conversar com voc�!
-Sobre?
-Sobre amanh�!
-Que, que tem amanh�, o combinado furo?
-Num � bem assim.
-Ent�o o que �?
-Lembra o garoto que passou mal no dia do acidente?
-Sim, o que tem ele?
-Ent�o, hoje eu o encontrei no �nibus.
-I?Fala logo.
-Ele convidou a gente para uma festa amanh� à tarde!
-Voc� quer ir?
-Se voc� quiser ir, eu vou!
-Num sei n�o, a gente nem conhece ele muito bem.
-Eu sei, mas ele parece ser um cara legal e tamb�m vai ser divertido.
-Ta bom, n�s vamos, mas num vai desgrudar de mim.
-Firmeza, agora vamos pro meu quarto que eu to cheio de tes�o!
-Tes�o?
-�, mas num vai pensando safadeza porque daqui a pouco meus pais devem estar em casa.
-Ah, que pena.
-(risos dos dois).
Fomos ao meu quarto, e come�ou alguns amassos, mas agora mais liberal, com car�cias e pega��es. Mais como tudo acaba alguma hora, Marcelo teve de ir embora. No outro dia, acordei muito feliz, pois hoje seria um grande dia, tomei um mega banho bem demorado, me troquei, conferi o meu material que usaria no dia como sempre, fui a cozinha tomei um bom caf� da manh� e fui a casa de Marcelo, ele pediu para que eu esperasse ele um pouco pois estava tomando banho, eu estava no seu quarto aguardando um pouco impaciente, de repente ele sai do banheiro s� de toalha , mostrando sua barriga bem sarada, num tinha a visto antes e nem sabia que ele era musculoso, mas isso n�o foi tudo ele come�ou a se trocar na minha frente me deixando muito excitado, ele sabia muito bem o que estava fazendo e continuou, no entanto agora estava com uma cara de safado, e ele disse:
-Ta impressionado?
-Com o que?
-Com meu corpo � l�gico
-Muito, nem sabia que voc� era tudo isso!
-Hum, safadinho voc� hein.
-Eu?Nem tanto voc� � mais Marcelo!
-� eu sei.
-(risos)
Ele terminou de se trocar, por mim ele poderia ficar daquele jeito, mas t�nhamos deveres e j� est�vamos um pouco atrasados, mas conseguimos pegar o �nibus � l�gico que com uma corridinha b�sica. Encontrei o Matheus e ele disse:
Matheus: - Ta de p� a festinha?
X:- Sim!
Marcelo:- Ok
Matheus: - E os pais de voc�s?
Marcelo: - Eu j� falei com os meus e j� que estou indo com X eles deixaram.
X:- � que, meus pais n�o est�o em casa ent�o nem falei com eles, mas eu vou do mesmo jeito, eles nem ligam pro que eu fa�o!
Matheus:- Que sapequinha voc� hein. Gostei de voc�.
-(risos dos tr�s)
Marcelo:- Que tipo de festa vai ser?
Matheus:- Uma s� para os mais chegados.
Marcelo:- Quantas pessoas mais ou menos?
Matheus:- Uns 8 da escola, 5 do cursinho, voc�s 2 e umas gatinhas.
Marcelo: Ah!
Depois de nos explicar mais uma vez como chegar a casa dele n�s descemos do �nibus e acenamos para ele. Marcelo fala decepcionado:
-Que pena que seu amiguinho � heterossexual (Marcelo diz desapontado).
-Amigo?Ah!N�o me diga que ficou interessado!
-E quem n�o ficaria?
-(risos)
-� verdade voc� tem raz�o.
-Mudando um pouco de assunto, voc� pretende ficar quanto tempo na festa?
-Sei l�, depende de com estiver, se tiver animado ou n�o, entende?
-Sim, mas, por favor, num desgruda de mim!
-S� se voc� me prometer o mesmo.
-Eu prometo.
-Eu tamb�m
Continuamos a caminhar rumo à escola. L� n�s encontramos a sala quase que vazia, pois estava tendo uma excurs�o e n�s n�o fomos por conta da festa. Os �nicos na classe eram a Roseli (uma das mais inteligentes), Ariane (outra das inteligentes) e al�m de mim e o Marcelo tinha o Guilherme (um cara muito inteligente, mas tamb�m causa muito na classe, tamb�m � um tremendo gato, eu tenho uma quedinha por ele desde a 7� s�rie tamb�m). Hoje foi at� bom muitos faltarem, porque ficamos muitas aulas vagas e tamb�m Guilherme come�ou a falar com a gente, ficamos os cinco da classe juntos, mais tarde Eu e Marcelo decidimos ir embora, mas n�o deu certo o inspetor n�o quis liberar a gente, ent�o pedimos para o professor de Ed. F�sica deixar a gente entrar na aula dele para jogar v�lei, ele deixou como sempre e jogamos v�lei quase o dia inteiro, depois Guilherme falou para mim (s� vou colocar o nome na frente se tiver mais de duas pessoas na conversa):
- O que voc� e o Marcelo v�o fazer depois da escola?
-�... Eu e ele vamos para uma festa na casa de um amigo!
-Nossa!Eu que pensava que voc�s eram apenas dois viciados em games (o que � mentira, porque quase num jogo v�deo game).
-(risos)
-N�o que isso eu e ele quase num jogamos v�deo game.
-Ah!(um tempinho depois) E quem � esse amigo?
-Voc� num conhece, ele � do nosso �nibus.
-E voc�s v�o para casa de um garoto que s� fala com voc�s no �nibus?
-� porque, voc� acha perigoso?
-Mais ou menos, na verdade � estranho!
-Ah, ent�o voc� esta me chamando de estranho?
-Cala boca e me beija!
-(risos)
� l�gico que ele falou brincado, mas eu fiquei com vontade mesmo, j� que at� agora s� conhecia a boca de Marcelo, por�m num fiz nada que venha a ser estranho. Ent�o Marcelo chegou me abra�ando e logo me soltei dele, pois num queria dar pinta na frente de Guilherme, e ele disse:
Marcelo:- Sobre o que as duas falavam?
Guilherme:- Sobre a festa que voc� ir�o, eu tava falando para o X que � estranho ir à casa de uma pessoa que voc�s s� conhecem no �nibus!
Marcelo:- Se voc� esta t�o preocupado com n�s, ent�o porque num vem com a gente?
Guilherme:- Isto � um convite?
Marcelo:- �
X:- �?
Marcelo:- �
Guilherme:- Ent�o eu aceito!
Marcelo:- Estamos combinados depois da escola n�s vamos para minha casa e depois para festa!
Separamos-nos, eu e Marcelo continuamos juntos, mas Guilherme foi para outro lado. Ainda bem que Guilherme estava sem uniforme porque ele � maior que a gente ent�o n�o teria roupas para ele. Ap�s isso fomos jogar v�lei novamente, j� que quase nenhum professor estava comparecendo. E � l�gico que eu e Marcelo dava-mos umas escapadas para uns amassos. Depois o fim do dia chegou, eu, Guilherme e Marcelo marchamos para casa de Marcelo e l� nos trocamos e fomos rumo à festa.
CONTINUA...