Share | Meu Amigo me Amava – Parte XII
Quando seu Henrique, pai do Jhonny, percebe toda aquela confus�o praticamente em frente da sua casa n�o entende completamente nda. Ele assustado pergunta. “Meu filho... Jhonny que isso meu filho, o que est� acontecendo. Breno, que foi?” Eu pe�o pro Pedro por favor pra ir embora, o Pedro ainda cheio de raiva bufava, estava disposto a avan�ar mesmo em cima do Jhonny, que estava com os dois punhos na posi��o de ataque, disposto a socar o Pedro. E eu ali, somente com um olho aberto e outro fechado, vendo estrelas a girar, amarelinhas. Foi foda. Seu Henrique me levanta, e me leva pra dentro da sala da casa dele. A m�e do Pedro n�o entende nda. Vai pra cozinha, pega gelo, fica td preocupada. Mesmo poucos dias sendo vizinho ela pegou muita intimidade com minha m�e, meu mano praticamente come�ou a morar lah na casa dele, chegava da escola ia jogar os v�deos games do Jhonny. Vejo seu Henrique chamando o Jhonny pra entrar, o Jhonny nem olha pra mim, vai direto pro quarto. Depois que a m�e do Jhonny pega os gelos e eu ponho no meu olho, vou pra casa.
Gra�as a Deus entro em casa, minha m�e continuava na cozinha, meu mano no quarto j� quase no sono. Vou pro banheiro e tomo um banho. Vejo que at� meus bra�os estavam ralados, pois na hora do soco, o soco que o Jhonny me deu pra acertar o Pedro foi t�o forte e inesperado que pegou em cheio e cai mesmo. Amanhece e a pergunta nem tinha como n�o vir. “Meu filho, por que o seu olho est� inchado assim? Vc andou brigando Breno, vc n�o � disso.” Falo pra minha m�e que n�o foi nda, apenas uma briga na faculdade, mais que j� passou. Minha m�e come�a a me encher, meu mano tbm, “Qdo � com o Breno vc pega mais leke, se fosse comigo ficaria um m�s de castigo, n�o vejo a hora de completar 19 anos, ae ningu�m vai me mandar, odeio ser de menor”. Brinco com ele e falo que “de menor” n�o existe, e sim menor de idade, ele faz maior cara feia e come�o a rir. Termino de toma caf� e vou direto pro ponto. Fico at� um pouco receoso de encontrar o Pedro, mais gra�as a Deus ele n�o estava. Fui pro trampo tranquilo, mesmo sabendo que iria encontrar o Pedro depois daquele papel�o da noite passada. Chego no trabalho, td mundo me pergunta, uns come�am a debochar sobre o meu olho inchado, levo na esportiva, falo que foi uma briga, mais que nda de mais. E pronto, nunca liguei mesmo pra zoa��o, entrei na pilha e rapidinho acabou. Chega o Pedro, ele chega, me olha, o encaro mesmo. Ele meio que tenta vir a minha mesa falar comigo, mais fecho a cara, e ele saca e vai. Percebe que ali no escrit�rio n�o era lugar pra aquela conversa. D� a hora do almo�o, qdo estou saindo do restaurante que � filiado a empresa o Pedro vem. “Pow Breno, e ae cara, t� doendo. Eu estava chateado, mais tentei agir com educa��o, normal, estava havendo muita confus�o, muitas brigas, tentei ser ameno. “Ta neh cara, mais blz. Est� dando pra vir trabalhar, e tipo, tirando a pilha do pessoal ta td tranquilo”. O Pedro nem respira, ataca o Jhonny. “Pow... aquele seu vizinho, td cheio de marra, n�o consegui controlar na boa”. Eu olho pra cara do Pedro que nem consegue disfar�ar o ci�me que estava sentindo e pergunto. “Pow Pedro mais agiu ontem igual crian�a, entrou lah em casa, tentou me atropelar, ficou provocando o Jhonny. Pow as vezes vc se comporta como uma crian�a, tu � mais infantil do que o Rick cara, e ele tem 19 anos. O Pedro come�a a sorri. “Tu adora me esculachar neh, mais na boa foi mal”. Eu falo tudo bem, escovamos os dentes e damos um rol� pelas ruas at� completar as uma hora e meia de almo�o. O Pedro fica em silencio novamente, e eu mais ainda. Ainda mais com o olho inchado, ardendo, no calor que estava fazendo, tava foda. Paramos numa pracinha e o Pedro me surpreende com um papo que me deixa super sem gra�a. “Breno, na boa, me responde uma coisa, tu ta gostando desse maluco n�o t�? Vc tenta ser todo equilibrado, td certinho, metido a dono da sua vida, dos seus sentimentos, mais ae. No dia em que fui lah, no s�bado, vc e seu mano estavam na casa daquele leke conversando. Na praia vc estava do lado dele bebendo �gua de coco, e ontem o leke ficou me encarando, do carro deu pra perceber, td nervosinho pra cima de mim. Me diz, tu falou da gente pra ele?. Qdo o Pedro me pergunta, na boa, n�o pensei duas vesez. “Sim cara, falei, falei tudo.” O Pedro me encara, faz aquelas pausas, d� aquele olhar, mais na boa, nessa hora nem esse jeito foda dele conseguiram me intimidar, ele pausa um pouco, deu pra perceber que tbm n�o estava querendo mais briga, no fundo ele j� estava percebendo que est�vamos indo por um caminho que s� desgastaria ainda mais a nossa fr�gil rela��o, se � que podemos chamar essa confus�o de “rela��o” neh. Ele continua. “Blz, estou gostando da sinceridade. Breno me diz leke, vc ta gostando dele?”. Respondo. “Claro Pedro, ele � meu amigo pow.” E Pedro se irrita. “O malandrinho n�o � desse tipo de rela��o que estou falando, vc entendeu muito bem a minha pergunta. Breno vc est� apaixonado pelo seu vizinho leke, vc ta gostando dele?”. Na minha cara de surpresa e espanto.
Continua....
Galera obrigado pelos e-mails, coment�rios. Vc est�o me ajudando pacas. Forte