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SURUBA NO CINEMA

Fui com um amigo, chegamos no meio do show, podre, rimos muito!

Quando as luzes foram apagadas, as pessoas come�aram a circular pelo escuro, parecia at� o vale dos suic�das, um bando de almas penadas, perdidas naquele lugar.

Tiveram coisas bem engra�adas. Tinha um cara com um esqueiro na m�o, qualquer pessoa que se aproximava ele acendia rapido, pra ver o rosto na escurid�o. O que eu gostei, � que ningu�m veio pra cima. Os caras apenas olhavam. Eu e meu amigo, estavamos cheios de vergonha, tanto que nem nos desgrudavamos, pareciamos um casal, acho que em fun��o disso, ningu�m tentou nada. S� tinha velho e pessoas comuns, com cara de pai de fam�lia. S� teve um rapaz bonito que entrou, meu colega achou lindo. Fomos dar uma volta, s� pra vc ter id�ia, ficamos quase 1 hora encostados l� no fund�o, de tanta vergonha. Fomos passando pelos corredores, era uma chupa��o da porra, tinha gente se beijando, tava uma festa. Depois fomos ao 2o andar, tinha um monte de gente num cantinho perto da tela, bem escuro, fomos l�. Foi a parte mais trash, tinha uma filinha e pessoas sentadas em cadeiras de pl�stico, ent�o os caras vinham o cara chupava, o cara gozava, a bicha cuspia a porra no ch�o, passava uma toalinha na boca e vinha mais um pra ser chupado. Inicialmente, achei que o cara tava cobrando pela chupada, mas que nada, era 0800 mesmo.

Aquele cara bonitinho, era um dos que ficavam sentado na cadeira de pl�stico, chupando a todos, percebi, que o que eles queriam era pau, independente se fosse velho ou novo, eles n�o tavam nem ai pra nada. Ver aquilo era um misto de tes�o e decad�ncia. Era cada pauz�o.

Teve um fato engra�ado, chegou um viad�o e foi nesse cant�o, e disse em alto e bom som, GENTEM ISSO AQUI TA MARA!!!!! � AQUI A SORVETERIA?

Gente ri muito, muito escroto o viado.

Depois descemos, e o povo chupando um ao outro nas poltronas, o lanterninha passava, mas nem ai pra hora do Brasil. Deveriam ter mais de 100 pessoas espalhadas por l�, s� sei que entravam muitos caras, mas a maioria velho e homens feios e gordos.

Resolvemos ir embora, at� mesmo pq queriamos apenas conhecer, uma coisa meio voyer.

Fomos ent�o para o Orly.

No orly, quando entramos, n�o dava pra ver nada, era muito escuro, achamos que estivesse vazio, mas que nada, uns minutos parados na escuridào, foi poss�vel as nossas retinas acostumarem-se com com o escuro, aquilo tava muito mais cheio que o iris, muita gente, n�o havia cerimonia, os caras estavam de pau pra fora mesmo, andando pra l� e pra c�, era at� engra�ado, era como estivesse se cumprimentando, mas o cumprimento, era parar na fente de um dos caras e um apertar o pau do outro e sair, em seguida, apertava-se o pau do pr�ximo. No orly achamos as pessoas mais ''abusadas'' ou menos censuradas, l� as pessoas vinha colocar a m�o em cima de voc�. teve um velho que apertou meu pau, mas eles fazia isso com todos, ele fez com um cara que deu um empurr�o nele. Acho que o cara era mich�! Os homens nesse cinema eram mais jovens e mais bonitinhos, embora estivesse muito escuro, deu pra costumar com a escurid�o e perceber que alguns eram bem interessantes, homens, que se visse na rua, nem imaginariam que curtissem um lugar daqueles.

O orly foi mais interessante, s� que as pessoas n�o eram muito de respeitar n�o, paravam na tua frente e te encaravam, tava ficando meio pesada a situa��o, eu e meu amigo, estavamos muito desconfort�veis com a situa��o, n�o fomos em busca de pega��o ou sexo, queriamos ver. Ent�o ficamos abra�ados, mas ai piorou, isso chamou mais a aten��o, ai mesmo que os caras vinham pra cima. Fomos dar uma volta pra conhecer melhor, l� era muito escuro, ent�o s� dava pra ver o que tava pr�ximo. Pra vcs terem id�ia, tinha num cant�o da parede, 3 caras das o cu, a cal�a arriada e levando ferro, n�o vimos ningu�m usar camisinha, mas tb tava escuro, s� sei que os caras viravam de costas e os outros tacavam ferro na bunda deles.

Tinha um cantinho escuro, como se fosse uma salinha, tinham v�rios caras na porta desse lugar, fomos ver o que era, dentro tinha um cara pelado, n�o dava pra ver se era feio ou bonito, s� sei que os caras paravam na frente dele, j� de pau pra fora, ele vinha chupava, nisso o cara ia pra tr�s dele metia no cu dele, sem acho que passar nada, j� deveria estar lubrificado com a porra de tantos caras que comiam ele, enquanto o cara dava o cu, vinha outro pra ele chupar, ou seja, ele tava levando ferro e chupando outro. Era tudo muito r�pido, depois o cara saia e voltava a circular.

Percebemos tamb�m, que tinham caras sentados nos bancos que davam para os corredores, eles ficavam ali esperando algu�m parar, por o pau pra fora e eles chuparem.

L� o povo fazia de tudo na frente de todos, mais a frente, tinham uns miches batendo boca, foi engra�ado escutar o di�logo deles, discutindo sobre neg�cios kkkkkkk

Sei amigos, que o passeio valeu. Foi engra�ado pra n�o dizer deprimente, mas quem sou eu para julgar, meu telhado � de vidro.

Nem eu, nem meu amigo fizemos nada com ningu�m, apenas ficamos vendo.

Acho que n�o teria coragem de fazer nada, tamb�m creio que sozinho n�o entrasse, s� pra vcs terem id�ia, eu e esse meu amigos, ficamos nos preparando psicol�gicamente quase 2 anos para termos coragem de ir a um cinema, aproveitamos o embalo e fomos em 2 no mesmo dia.

S� queria pontuar uma coisa, as pessoas acham que HIV n�o se pega com boquete, por�m, pega-se sim, imaginem, um cara que fica ali pronto a chupar a tudo e a todos, a boca dele ta cheia de porra de um monte de caras, nisso vc mete seu pau naquela boca, vc acaba se contaminando. Sei que muitos estao ali, j� tem a maldita, mas mesmo assim, tomem cuidado.

Acho que sou muito poliana, sempre tento ver um outro lado bom nas pessoas, acho que as coisas est�o dif�ceis, mas sempre � bom poder gostar de algu�m, investir numa rela��o.

Bem amigos, o passeio valeu, pe�o mil desculpas, n�o me entendam err�neamente, n�o pretendi julgar ningu�m, cada um faz o que desejar de sua vida.

Bem amigos, fiquem na paz.

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