Nos meus tempos de estudante de Coimbra quase todos n�s us�vamos capa e batina, o traje tradicional dos alunos da velha Universidade. Hoje raramente se v� algu�m com o traje acad�mico a n�o ser em momentos solenes ou em algumas festividades como a Queima das Fitas. Mas nesse tempo o seu uso era quase obrigat�rio. N�o s� era uma forma democr�tica de atenuar as diferen�as econ�micas entre estudantes como nos permitia afirmar a nossa identidade perante a comunidade e nos punha a coberto de algumas consequ�ncias menos agrad�veis quando, alguns de n�s, ao abrigo da chamada irrever�ncia pr�pria da juventude, pis�vamos o risco e entr�vamos em conflito com a Pol�cia - o inimigo tradicional do estudante. Mas tal traje trazia-nos ainda uma vantagem acrescida: era a aten��o ou melhor a curiosidade que essa vestimenta, de certo modo anacr�nica, suscitava nos turistas que às centenas, principalmente no ver�o, infestavam as ruas de Coimbra. Muita sueca, inglesa e quejandas comi à pala da minha capa negra...Mas isso s�o outros quinhentos que, se tiver pachorra para tanto relatarei em pr�ximo conto.
Nessa altura, e creio que ainda hoje, a cidade levava a efeito, todos os anos, no m�s de Julho, a festa da Rainha Santa que tinha como ponto alto a Prociss�o solene. Milhares de pessoas acorriam das aldeias e vilas lim�trofes para se acotovelarem nas ruas e passeios de Coimbra com o intuito de verem passar a prociss�o. Era ent�o chegado o momento que alguns de n�s, mais marotos, cham�vamos a Festa dos Cuzes... Aproveitando as massas compactas que se formavam à beira das ruas iamos deambulando por entre filas de gente à procura de uma mo�oila de formas mais roli�as onde aport�ssemos e onde pud�semos tirar umas casquinhas. Descoberto o pit�u logo ancor�vamos atr�s do belo cu onde de forma mais ou menos discreta, conforme a t�cnica de cada um ro��vamos o mars�pio at� nos virmos. N�o era, por�m, uma actividade isenta de risco. N�o poucas vezes o som estridente de uma bofetada dada por uma donzela pouco receptiva ou por um pai mais ciumento estoirava no ar obrigando-nos a uma retirada estrat�gica. Mas a maior parte das vezes o sucesso coroava o nosso esfor�o. E � de um desses sucessos que vos vou falar hoje.
Encontrava-me eu junto ao Arco de Almedina encostado à balaustrada em ferro que separa o passeio da rua, acompanhado do meu amigo Juli�o, uma meia-hora antes do in�cio da Prociss�o, vendo desfilar o mulherio, quando de s�bito os meus olhos poisaram num dos melhores peda�os de carne que eu alguma vez havia visto. Uma morena�a alta, elegante, de peito farto e um traseiro empinado, roli�o, servido por umas pernas bem torneadas, cal�ando sapato alto, e envergando um vestido rodado de seda estampada, às flores lilases, passava na minha frente. Devia ter pouco mais de trinta anos. Ia acompanhada de uma cinquentona rechonchuda, talvez m�e, talvez sogra, e a seu lado, um marmanjo, baixote, com cara de merceeiro em quem enfiava o bra�o e que devia ser o marido, com ar de ser bastante mais velho do que ela. Olhavam para um lado e para outro certamente à procura de um lugar prop�cio para assistirem à passagem da Prociss�o. Foi ent�o que pela primeira vez os nossos olhares se cruzaram. Ela era linda. Uns olhos negros, grandes, pestanudos, encimavam um rosto oblongo. Uns l�bios carnudos, quase grossos sugeriam uma mulher sensual. Quando ela olhou para mim aguentei firme o seu olhar e depudoradamente media-a de alto a baixo. Ao sentir-se olhada, eu diria examinada daquela maneira, baixou pudicamente os olhos para logo os levantar e me encarar de frente. Senti um arrepio na espinha tal a profundidade daquele olhar. Mas passou e.. n�o parou. E eu fiquei a pensar que aquele n�o era o meu dia de sorte. Por�m, minutos depois, vejo de novo aquela deusa agora a caminhar em sentido inverso acompanhada apenas da m�e (vim mais tarde a saber que era m�e e n�o sogra) e a dirigir-se ao ponto onde nos encontr�vamos., um lugar estrat�gico para apreciar o cortejo. Deixara pelo caminho o marido que devia ter ido beber umas cervejas j� que prociss�es � coisa de mulheres... Gentilmente e com um sorriso largo cedi-lhe o meu lugar junto à balaustrada enquanto o meu amigo Juli�o cedia o seu lugar à acompanhante. Com um sorriso discreto e um leve inclinar de cabe�a ambas agradeceram a nossa defer�ncia. Logo nos posicion�mos por tr�s delas.Entretanto a multid�o ia engrossando. Atr�s de n�s dezenas de pessoas iam-nos pressionando, melhor diria empurrando para a frente no sentido de buscarem melhor ponto para assistiremà passagem da prociss�o que a passo cadenciado lentamente se aproximava. Num desses movimentos bruscos fui atirado contra o corpo daquela diva. Desagradada com o sucedido ela olhou para tr�s com ar de enfado como que culpando-me pelo encosto. Afastei-me o mais que pude mas limitei-me a encolher os ombros e a apontar para tr�s como que a dizer-lhe que n�o tinha culpa e que a culpa era era da turba que atr�s de mim se esfor�ava por chegar à frente. Mas logo novo empurr�o me atira contra ela. De novo ela se vira s� que desta vez j� n�o me lan�a um olhar de reprova��o. Pelo contr�rio sorri docemente. Encorajado com esse sorriso deixei-me estar encostado.E j� n�o esperei por novo empurr�o. J� de pau feito, num gesto r�pido, puxei por cima das cal�as o mangalho para cima e encostei-me àquele rabo apetitoso. Senti que essa press�o n�o lhe era de todo desagrad�vel. Cheio de tes�o pus-lhe as m�os à cintura e aguilhoei-lhe o rabo. Ela n�o se mexeu nem se virou para tr�s. Encorajado com a sua passividade subi as m�os at� aos seios que t�rgidos se deixaram acariciar. Sentia-a a arfar n�o sei se de medo de algu�m se aperceber do que se passava se de excita��o. Parecia paralisada. Protegido pela capa que trazia sobre os ombros e me punha a coberto de olhares indiscretos comecei lentamente a levantar-lhe o vestido e a passar-lhe a m�o pelo rabo para logo de seguida a repousar na mata de pintelhos por cima da calcinha. Ela estremeceu e pela primeira vez deu sinal de si espichando o rabo para tr�s como que querendo agasalhar o mars�pio que impante se insinuava no meio das suas n�degas. Em dois tempos desabotoei a braguilha, saquei do membro e enfiei-o entre as bochechas daquele cu de maravilha. Enquanto que com uma das m�os lhe massajava a vulva tentando introduzir a� o dedo m�dio com a outra afastei para o lado a calcinha ao mesmo tempo que guiava o p�nis para a entrada da gruta. Com ambas as m�os nas ancas pressionei-a com os polegares para que se dobrasse um pouco ao mesmo tempo que a atra�a contra mim. Ela disfar�ava olhando para um lado e para outro como se estivesse apreciando os anjinhos e os andores que entretanto come�aram a desfilar perante os seus olhos. O seu cora��o batia agora acelarado enquanto o meu p�nis ia ganhando terreno. Era manifesto que aquela coisa rija de encontro à carne e o calor que sentia nas bordas da cona lhe causavam um indiz�vel prazer. A meu lado o meu amigo Juli�o, tamb�m de capa e batina empernava com a gorducha da m�e - foi o que lhe calhou em sorte... Pelos movimentos que fazia com a bundona via-se que a coroa alinhava entusiasmada nas investidas do meu colega. Curioso � que tanto a minha diva coma a sua anafada m�e mantinham o ar mais ser�fico deste mundo com a aten��o toda concentrada nas imagens sagradas que aos ombros dos devotos iam passando na sua frente. Entretanto eu posseguia no meu labor conduzindo o mangalho em marcha lenta mas inexor�vel para a vulva humedecida daquela p�ssega de estalo. A prociss�o aproximava-se do fim. Sob o P�leo o Bispo de Coimbra conduzia, solene,em suas m�os a Sagrada Cust�dia. � sua passagem o povo ajoelhava reverente. Ao aproximar-se do local onde nos encontr�vamos tamb�m a minha boazona fez o gesto de genuflectir ao mesmo tempo que abria ligeiramente as pernas. Foi ent�o que aproveitando a embalagem, no preciso momento em que ela se ia ajoelhar, enterrei de um s� golpe o caralho naquela cona sequiosa para logo de seguida me esporrar todo, incapaz que fui de suportar por mais tempo a tortura por que passara. Antes de retirar a pichota - a Banda de M�sica que encerrava o pr�stito j� se aproximava - ainda senti a gaja a apertar as coxas como que a querer levar o mangalho com ela. Mas j� o povol�u dispersava. Mal tive tempo de lhe baixar o vestido e de meter a espada na bainha. Ao virar-se olhou-me ruborizada mas com ar sorridente. Ocorreu-me ent�o garatujar num papelucho o meu n�mero de telefone e entreguei-lho discretamente. Ao receb�-lo prendeu-me por instantes as pontas dos dedos olhando-me com um olhar l�nguido que me pareceu carregado de promessas.(CONTINUA)
Almerindo Barros Saraiva