Mam�e e papai tiveram doze filhos. Sete mulheres e cinco homens. Tenho um irm�o gay e uma irm� l�sbica. Nasci e cresci numa cidade do interior de S�o Paulo, regi�o de Ribeir�o Preto. Quando eu, Solange, completei treze anos, uma de minhas irm�s (Soraia) casou-se e me convidou para ir morar com ela e o marido (Francisco), na cidade de S�o Paulo, zona leste. Eles j� moravam juntos e apenas estavam oficializando a uni�o. Mam�e autorizou, pois minha irm�, na �poca com vinte e um anos, estava gr�vida de seu primeiro filho e precisaria de ajuda.
Minha irm� teve duas filhas g�meas, lindas, maravilhosas, Francine e Francisli. Sou a madrinha delas. Ajudei a cuidar das meninas, de minha irm� e da casa. Meu cunhado sempre me respeitou e viv�amos bem. Dois anos depois, minha irm� teve seu terceiro filho, Eduardo. Uma gra�a de menino. Eu j� estava quase me formando no col�gio quando conheci Artur, numa festa de final de ano na empresa em que minha irm� e cunhado trabalham. Artur trabalhava como comprador nesta empresa e logo se encantou comigo. Homem bonito, sorridente e encantador (essa era a casca dele) Eu com dezoito e ele com vinte e seis anos. Come�amos a namorar e logo j� est�vamos nos amando loucamente. Um sonho! Ele parecia ser um bom homem, atencioso e carinhoso. Passados uns seis meses de namoro, descobri que ele tinha o v�cio de jogar baralho a dinheiro, beber e que tamb�m era violento. Ainda quando namor�vamos, por ci�mes, ele me agrediu com palavras e com um soco no est�mago. Ele n�o batia para deixar marcas! Ele n�o queria que sua agress�o ficasse vis�vel aos olhos das pessoas! Logo depois de me agredir, ele ficava todo mansinho e sempre me pedia in�meras desculpas. (covarde) Sempre dizia que era um descontrole passageiro, que estava com problemas na empresa e nunca mais faria isso. Mentira! Mas eu sempre acreditava nele e n�o conseguia ver (ou n�o queria ver) a realidade dos fatos. Engravidei dele. Estava apaixonada, iludida, me deixava influenciar por ele. Pensava eu, que depois de nos casarmos, tudo seria diferente! Outra mentira! Ele me pediu em casamento! Eu aceitei! Ele me disse que poder�amos morar em sua casa pr�pria, onde ele j� morava h� oito anos. Uma casa boa, sem luxos. Sua fam�lia tamb�m era do interior de S�o Paulo. O sexo com Artur era gostoso, mas eu n�o conseguia me soltar e ficar a vontade. Tamb�m achava que isto depois do casamento iria mudar. Ilus�o! Ele foi meu primeiro e �nico homem!
Vinte dias antes de me casar, ainda na casa de minha irm�, num domingo, logo ap�s o almo�o, o marido dela foi visitar sua irm� e levou as duas filhas e o pequeno Eduardo. Ficamos sozinhas. N�s arrum�vamos a cozinha e convers�vamos. Ela me contou, em segredo, que tamb�m gosta de meninas e que at� j� havia sa�do com algumas, antes de se casar com Francisco. Disse, ainda, que sempre tem sonhos er�ticos com meninas, mas nunca consegue ver seus rostos. Ela come�ou a me olhar de uma maneira diferente, insinuante, sei l�! Fiquei embasbacada com a revela��o dela! Ela:
- Solange, voc� � uma menina t�o linda! Tem sua vida toda pela frente... Porque se casar com Artur? Pela gravidez?
Eu:
- Eu irei me casar com ele porque o amo.
Ela abaixou a cabe�a e terminamos de arrumar a cozinha.
Fomos nos deitar no quarto dela, como sempre faz�amos. Assistimos a um filme de suspense. Est�vamos deitadas em sua cama e sob um edredom bem gostoso. A tarde estava fria, era inverno. Quando acabou o filme, ela ficou trocando de canal na televis�o a cabo. Resolveu deixar num filme de sexo expl�cito. Ela queria ver a minha rea��o! Fiquei meio sem jeito, mas com minha vagina j� molhada pela cena que passava. Eram tr�s mulheres transando. Estava bem quente e gostosa a cena. Ficamos assistindo, caladas. Ela me observando. Eu cada vez mais excitada. Ela diz:
- Voc� gosta de ver, Solange?
Eu olhei para Soraia e disse:
- N�o! (mentira, eu estava adorando olhar as meninas!)
Soraia olhou-me cheia de mal�cia e disse:
- Eu duvido! Aposto que voc� est� excitadinha! (risos)
Eu:
- Para com isso, Soraia! Muda de canal! (comecei a suar)
Ela, me olhando, colou seu corpo ao meu. Abra�ou-me e disse:
- Voc� � t�o linda! Eu sinto o maior tes�o por voc�, mana! Sabia que quando voc� se troca ou est� no banho fico excitada?
Eu n�o sabia o que dizer! Ela come�ou a passar suas m�os sobre minhas coxas, sob o edredom, tentou me beijar! Eu virei o rosto. Ela colocou suas pernas sobre as minhas e me agarrou sob o edredom. N�o tive for�as para resistir! Ela come�ou a beijar meu pesco�o, rosto e foi chegando perto de minha boca. Eu, excitada, liberei! Beijamo-nos! Que del�cia que foi aquilo! Que l�bios macios. Senti meu l�quido escorrer e molhar minha calcinha! Gozei! Eu me espantei com ela! N�o acreditava no que estava acontecendo. Eu estava gr�vida de tr�s meses e prestes a fazer amor com minha irm�! Estava bom demais! Meu corpo n�o obedeceu minha cabe�a e me esqueci de tudo. Fui para cima dela e quando percebi, j� est�vamos nos beijando e rolando naquela cama macia! Foi t�o gostoso beij�-la! Seus cheiros, seus toques, seu perfume, sua feminilidade, sua leveza, uau, meu Deus... Que mulher!
Na �poca, Soraia tinha vinte e oito anos, pele branca, 1,67m, 69 Kg, olhos e cabelos (lisos) castanhos escuros, um par de seios grandes, uma bunda grande (quadril largo) e pernas torneadas. Maravilhosa! Eu tinha quase vinte anos, pele branca, 1,63 m, 68 Kg, olhos e cabelos (lisos) castanhos claros, um par de seios pequenos, uma bunda redondinha e pernas charmosas.
Tiramos a roupa uma da outra! Ela sugava os bicos de meus seios t�o delicadamente que me arrepiava inteira. Ela passava suas m�os pelo meu corpo, pela minha barriga que j� estava crescidinha e me deixava louca! (muito diferente de estar na cama com o bruto do Artur) Ela deslizava sua l�ngua molhada pelas minhas costas e chegava at� a fenda existente em minhas n�degas. Eu me soltei e fiquei super à vontade nos bra�os macios dela. Soraia tirou minha calcinha. Cheirou. A l�ngua de minha irm� descobrindo meu corpo e me fazendo gemer e implorar por mais prazer! Eu segurei sua cabe�a, beijei-lhe a boca e ficamos trocando beijos de l�ngua. Sentia sua respira��o e o gosto de sua saliva em minha boca! Passava as m�os nos cabelos macios, cheirosos e ro�ava meu rosto em seu pesco�o. Ro�ava minha vagina nas suas coxas, lambuzando-as com meu mel. Chupava os belos seios dela e sentia-a se contorcer de prazer. Tirei sua calcinha e logo senti o cheiro e o sabor de seu sexo. Enfiei a minha l�ngua entre suas pernas, senti o l�quido dela que j� escorria da vagina! Lambi tudo! Sua vagina tem l�bios grandes, excitados e um clit�ris bem gostoso de chupar! Meu corpo � parecido com o dela! Trocamos lambidas e chupadas na vagina, clit�ris, �nus. Maravilhosa!
Amei fazer amor com ela! Ficamos a tarde toda nos melando sobre a cama. N�o fal�vamos nada, apenas gemidos, sussurros, podiam ser ouvidos. A l�ngua dela me invadia e sua boca encaixava-se perfeitamente entre os l�bios de minha vagina. Ela sentia a mesma coisa com meus carinhos em seu corpo macio! Sentei sobre seu rosto, com cuidado por causa da barriga, e ofereci meu bumbum para ela se deliciar. Soraia batia carinhosamente no meu bumbum, deslizava dois dedos no meu clit�ris e enfiava sua l�ngua dentro de mim. Lambia meu �nus. Apertava meu bumbum. Passava as m�os! Eu enfiava a l�ngua no meio de suas pernas. Segurava suas coxas, seu bumbum. Ficamos loucas! Chegamos ao orgasmo diversas vezes! Eu ainda n�o sabia o que era realmente fazer amor! Ela me iniciou! Ap�s este maravilhoso encontro, ficamos ainda mais �ntimas, amigas, c�mplices. Amei conhec�-la melhor! Fez-me um bem danado!
Eu estava de casamento marcado com Artur e quase desisti de me casar! Vinte dias depois, nos casamos!? Minha fam�lia o admirava. Eu estava gr�vida de meu primeiro filho. Ele ganhava relativamente bem e garantia o sustento de nossa fam�lia. Eu n�o trabalhava, era dona de casa. Todos achavam que eu tinha muita sorte em ter encontrado um homem como ele. Seis meses depois eu dava luz a Mateus, parto normal. Meu marido ficou t�o feliz que encheu a cara de cacha�a! Tr�s dias depois eu j� estava em casa e amamentando meu filho. Meu marido trabalhando bastante e sempre mimando a mim e minha fam�lia. Mam�e e duas irm�s ficaram em nossa casa por cerca de um m�s. Depois, voltaram para Ribeir�o Preto. A partir da�, ele come�ou a mostrar as garras novamente.
Ele come�ou a chegar tarde da empresa. Ele me dizia que era porque estava trabalhando muito. Eu acreditava! Na verdade, ele ficava ora jogando baralho at� tarde com amigos (da on�a) e ora frequentando casas de prostitui��o. Quando ele e os amigos ganhavam no jogo, iam comemorar na zona. Quando eles perdiam, ele voltava para casa e descontava na trouxa da mulher dele (eu) Covarde! No meio dos amigos, ele parecia ser uma menina! Em casa, era o valent�o! Quando meu filho completou seis meses de vida, ainda mamando em meus seios, ele chegou b�bado e eu rejeitei me deitar com ele. Disse que no quarto ele n�o iria dormir. Artur ficou t�o irritado que me bateu com socos e pontap�s. N�o deixava marcas vis�veis, apenas dores generalizadas. Eu me tranquei no quarto, com meu filho, e chorei a noite toda. N�o conseguia dormir. Comecei a sentir muito medo dele. Precisava de ajuda! Mas eu ainda acreditava que tudo isto iria mudar, pois ele sempre me pedia desculpas quando se recuperava da bebida e faz�amos amor como nos tempos de namoro.
Soraia sempre me visitava e come�ou a notar que eu j� n�o estava mais com o mesmo brilho nos olhos. Tentava saber o que acontecia, mas eu n�o falava nada. Eu sentia vergonha de contar a ela. Na empresa, os colegas de trabalho do meu marido tamb�m come�aram a notar que ele estava bebendo demais e jogando. Os coment�rios eram constantes. Chegaram aos ouvidos de minha irm� e cunhado.
Eu, sem perceber, acabava sempre aceitando a situa��o em que eu estava “me colocando”, ou seja, ele me agredia com palavras e socos, depois eu me trancava no quarto com meu filho. Quando o efeito da bebida passava, eu abria as pernas pra ele. Tudo em nome do amor, fam�lia! Quanta tolice! Ficamos mais um ano nesta situa��o. De quinze em quinze dias ele me agredia. Comecei a perceber que, a cada sess�o de agress�es, meu amor por ele diminu�a drasticamente. Eu j� n�o o suportava mais entrando em mim e me depositando s�men. Sentia nojo do cheiro dele! A bebida j� exalava de seu corpo, mesmo s�brio.
Descobri que estava gr�vida daquele traste de novo! Fiquei em p�nico, pois j� estava decidida a me separar. Pensei em fazer aborto, mas gra�as a Deus resisti. De novo aquele filho da puta encheu a cara para comemorar a not�cia de minha gravidez. Parecia que ele tinha ganhado na loteria! Ele e os amigos foram para a zona. Que filhos da puta! Fiquei sabendo de tudo isso por interm�dio de uma amiga, que vim a conhecer, anos depois, e que era garota de programa na �poca.
Durante os nove meses de gravidez ele n�o me agrediu fisicamente, apenas com palavras! N�o faz�amos mais sexo. Ele recebeu uma advert�ncia na empresa, por motivos de discuss�o com seu chefe. Ficou com medo de perder o emprego. Come�ou a ficar mais em casa e menos com os amigos. Mas eu j� n�o o via da mesma forma. N�o sentia mais amor por ele. Todo o amor que eu destinava a ele, passei para meus filhos e pra mim mesma, o que me fez n�o perder a vontade de viver. Aos vinte e tr�s anos dava luz à Maria Helena, que nasceu tamb�m de parto normal. Uma menina linda e que, junto com meu filho Mateus, s�o a alegria de minha vida. Assim que ela nasceu, tr�s dias depois, conforme acordado antes por mim e meu m�dico, foi feita uma laqueadura tub�ria nas minhas trompas de Fal�pio.
A laqueadura ou ligadura de tubas uterinas � um m�todo de esteriliza��o feminina caracterizado pelo corte eou ligamento cir�rgico das tubas uterinas que fazem o caminho dos ov�rios at� o �tero. Uma vez feita, as tubas uterinas impedem a passagem do �vulo e os espermatoz�ides n�o o encontram, n�o h� fecunda��o e impossibilita a gravidez da mulher.
Quando Helena completou um ano, fiz uma festinha simples em casa para minha fam�lia e alguns amigos. Assim que a festa acabou e todos se foram, mesmo sem estar b�bado, ele me agrediu e deu tapas em nosso filho Mateus, que j� estava com tr�s anos e meio. Eu peguei Mateus (assustado e chorando), Helena e nos trancamos no quarto. Artur come�ou a esmurrar a porta e for�ar a entrada. Comecei a orar e pedir for�as a Deus! N�o chamei a pol�cia e nem ningu�m. Ele se acalmou e depois de um tempo, dormiu.
No dia seguinte, ap�s ele sair para trabalhar, eu fui com meus filhos à casa de minha irm�, que estava em f�rias, e contei tudo o que estava acontecendo. Desde a �poca em que apenas namor�vamos! Algumas coisas ela j� sabia (vizinhos comentam), mesmo assim, ela ficou chocada com a hist�ria e perguntou o que eu queria fazer. Eu respondi, decidida, que queria a separa��o. Curiosamente, ela me levou ao escrit�rio de uma amiga dela, que era uma das advogadas que representava a empresa em que eles trabalham. A advogada me atendeu muito bem, se sensibilizou com meu caso e come�amos a tratar imediatamente da separa��o. Ela disse-me que, na empresa, a situa��o dele j� n�o era a mesma. Apesar de ele ser um bom funcion�rio, andava muito nervoso e correndo riscos de ser demitido.
Quando ele entrou em casa, de noite, ap�s o trabalho, comuniquei a ele que queria me separar. Mais uma vez ele quis dar um show! Primeiro ele quis me agredir. Eu disse a ele que, se ele encostasse as m�os em mim e nos meus filhos, eu iria at� a pol�cia e faria um esc�ndalo. Ele se conteve! Tamb�m comuniquei que j� havia falado com a advogada. Ele se assustou (gra�as a Deus). Em seguida ele come�ou a chorar e at� se ajoelhou implorando para eu n�o me separar. Disse-me que eu e nossos filhos �ramos a fam�lia dele e que, sem n�s, ele morreria. Disse que n�o assinaria a separa��o. Eu n�o voltei atr�s. Ele furioso, chegou a me amea�ar dizendo que se eu levasse isso à frente ele me mataria e depois se mataria. Eu pedi a Deus for�as e segui em frente! N�o me senti culpada e estava segura de minha decis�o.
Ele n�o mais conversou comigo naquela semana e passou a dormir na sala. A minha advogada deu entrada nos pap�is e um m�s depois ele j� estava saindo de casa, para casa de um amigo de jogo. Revoltado ele estava! Ele recebeu um comunicado da advogada no qual ele deveria ficar longe de mim, para minha seguran�a e de meus filhos. Depois que nos separamos, ele ficou ainda mais nervoso, voltou a beber e jogar baralho.
Seis meses depois, perdeu o emprego e come�ou a sair com uma mulher, que assim como eu, � oito anos mais nova que ele. Come�aram a namorar. Ele dizia que sem mim n�o viveria, voc�s se lembram? {este conto tem a parte final no conto chamado “Vit�ria”}