Quando eu precisei de aulas de refor�o de portugu�s, meus pais me arrumaram um professor particular, Helder, em cujo apartamento eu passei a ir tr�s vezes por semana. Ele era separado, tinha um filho pequeno com a ex mulher e morava sozinho no bairro do Flamengo. Tinha trinta e poucos anos, era tranquilo, de fala mansa e �timo professor. Logo na primeira aula, entretanto, eu senti uma certa perturba��o quando ele ficou muito pr�ximo de mim para explicar alguma coisa. Por experi�ncia eu sabia que aquela perturba��o meio indefinida era sintoma certo de que eu estava sentindo atra��o f�sica por aquela pessoa. Nesse ponto eu preciso dizer alguma coisa a meu pr�prio respeito. Eu era um adolescente muito bonito, desses que t�m um rosto de tra�os algo femininos e um jeitinho n�o efeminado, mas certamente n�o muito masculino, e cujo corpo, aos quinze anos, exibia formas curvil�neas e pelos somente no pubis. Enquanto outros garotos da minha idade, cheios de testosterona, se tornavam agressivos, eu ficava cada vez mais indefinido, ora me interessando por meninas, ora por rapazes. Em minhas fantasias eu me via quase sempre em situa��es rom�nticas com colegas cuja masculinidade eu admirava secretamente. Quando ficava sozinho em casa, vestia as calcinhas das minhas irm�s e corria me olhar no espelho. � claro que tudo isso, por mais que eu escondesse, terminava transparecendo em gestos e olhares que eram detectados por alguns homens. De vez em quando um deles tentava se aproximar de mim, e eu, morrendo de medo, me esquivava, desconversava. Uma vez apenas permiti uma paquera, mas à �ltima hora corri da raia. rnrn rnrnMas voltemos a Helder. Depois de algumas aulas, como eu estava dizendo, senti que uma coisa dif�cil de definir tinha surgido entre eu e meu professor particular. Olhares nos olhos que se prolongavam, o jeito dele me falar que certas horas ficava diferente, meu cora��o que batia mais depressa quando ele ficava mais perto de mim. Uma noite, antes de dormir, de repente estava pensando nele. Comecei a fazer fantasias rom�nticas, me imaginava sentando nos joelhos dele durante a aula... Minhas fantasias afinal vieram a se transformar em realidade, mas de uma maneira inesperada que veio provar como ele tinha lido corretamente minha alma, meus pensamentos mais secretos. Uma tarde, depois de terminada a aula, ele abriu uma caixa e me pediu um favor. Tinha comprado uma blusa para uma mo�a que tinha o meu corpo, e queria que eu experimentasse para ver se o tamanho estava certo. Confuso, depois de alguma hesita��o, concordei em tom de brincadeira, entre risadas. Helder mostrou a pe�a de lycra, preta, era um top muito pequeno. Tirei a camisa, vesti, e o resultado foi comprometedor: ca�u como uma luva, eu fiquei encabulado quando me olhei no espelho e vi que as alcinhas finas expunham meus ombros roli�os e real�avam meus bra�os. Ele, naturalmente, sabia que aquela blusa cairia muito bem em mim. Vi seu olhar mudar. Senti a impress�o que tinha causado. Despi rapidamente a pe�a reveladora e vesti de volta a camisa, para recuperar a masculinidade amea�ada. Amea�ada e, como ficou claro em pouco tempo, abalada irremediavelmente. rnrn rnrnAo me mostrar com aquele top, eu tinha feito uma verdadeira revela��o da minha feminilidade, que num primeiro momento me envergonhou. Passada a vergonha inicial, entretanto, me dei conta de que tinha gostado, sim, que ele visse como meus ombros e meu peito eram bem feitos. Na aula seguinte fiquei esperando que alguma coisa acontecesse, e aconteceu. Ele repetiu o pedido, e mais uma vez eu aquiesci. E dessa vez aquiesci tamb�m ao pedido de ficar vestido daquela maneira enquanto rev�amos uma quest�o de gram�tica, talvez inventada por ele para prolongar a situa��o. Eu pensei: e se algu�m me visse agora? Se meus pais soubessem que eu estava naqueles trajes com o professor que eles mesmos tinham arranjado para mim? Tentei me concentrar nos exemplos que ele me mostrava no caderno, fingindo que achava muito normal estar assim com ele. A verdade � que, ao me mostrar com aquela pe�a de roupa, eu estava assumindo, pela primeira vez perante outra pessoa, meu lado feminino que ficava escondido. Na noite daquele dia, pela primeira vez me masturbei pensando no professor. rnrn rnrnNa quarta-feira seguinte ele me entregou e eu vesti o top antes de come�ar a aula, e foi vestido com ele que fiquei todo o tempo. A essa altura eu estava plenamente consciente do clima que aquela simples pecinha de lycra criava entre eu e o professor Helder. Eu aceitava ser uma mo�a ali junto com ele, e assim vivia o tempo que passava na companhia dele. N�o diz�amos nada, n�o nos toc�vamos, mas a eletricidade que passava entre n�s dois era mais forte do que se estiv�ssemos abra�ados. Eu pressentia que estava vivendo o come�o de uma aventura que me esperavam experi�ncias que provavelmente iriam exigir coragem. Da maneira mais inesperada, aquele homem tinha encontrado o caminho do meu cora��o - o caminho, e tamb�m a maneira de entrar nele, sem pressa, despertando em mim o desejo, me preparando. Olhando para tr�s, s� posso concluir que ele tamb�m sentia muito prazer em prolongar aquela situa��o, sem for�ar nada, gozando cada momento daquela domina��o sutil. Para mim, t�o inexperiente, aquele noviciado inesperado, diferente, foi delicioso, e abriu minha sensibilidade para viver de forma completa o que estava por acontecer. rnrn rnrnMas o meu adorado professor (àquela altura eu estava apaixonado por ele, daquela paix�o meio rom�ntica que os adolescentes sexualmente indefinidos às vezes sentem por homens mais velhos) era paciente e sabia retardar o prazer. Na tarde em que me entregou uma saia e pediu que a vestisse, eu n�o questionei a id�ia. N�o foi preciso que ele inventasse a desculpa de uma mo�a a quem a pe�a de roupa se destinava, nem me pedir para experimentar. Simplesmente me pediu que a vestisse. Retirei-me no banheiro e l� troquei a cal�a pela saia. Ele tinha mais uma vez acertado com meu tamanho... A saia justa modelou minhas ancas, revelando minha cintura fina e os quadris que cresciam em n�degas redondas e empinadas. Tirei as meias e os sapatos demasiado masculinos e sa� do banheiro de p�s descal�os. A saia parecia for�ar meu corpo a ondular um pouco, num suave requebro, que acentuei com cuidado para caminhar graciosamente mas sem exagero. Hoje, quando lembro desse momento, admiro minha precocidade, minha capacidade de, aos quinze anos, ter sabido me conduzir de maneira sedutora, de ter sido sexy com naturalidade, para agradar um homem adulto. Quando sa� do banheiro ele me segurou pelas duas m�os, me fez rodar e falou que a saia tinha ficado �tima. rnrn rnrnFoi nessa tarde que o nosso romance realmente come�ou. Vou tentar reproduzir o que aconteceu, inclusive as frases que trocamos. Ele me mostrou um CD dos Mutantes e falou que tinha comprado para mim. P�s para tocar, era a can��o Minha Menina, que dizia o seguinte: Ela � minha meninaE eu sou o menino delaEla � o meu amorE eu sou o amor todinho dela. Quando escutei aquelas palavras meu cora��o pareceu derreter. Enquanto tocava a m�sica nos olh�vamos nos olhos e ele me fez os primeiros carinhos, no pesco�o, nos ombros, nos bra�os. Me perguntou se era verdade o que a letra da m�sica dizia. Eu prestei aten��o nas palavras, pensei um pouquinho e respondi que da minha parte, era. Eu esperava ansiosamente por aquele momento e por ouvi-lo tamb�m dizer o que sentia por mim. O que surgira entre n�s dois era mais que uma simples paquera para terminar rapidinho em enraba��o. Eu queria ser amado, queria viver a experi�ncia completa de ser amado por um homem. - E voc�? Perguntei. Ele passou a m�o no meu rosto e repetiu a letra da can��o: - Ela � o meu amor, e eu sou o amor todinho dela. Eu apertei a m�o dele: - Verdade? Ele respondeu com outra pergunta: - Voc� quer? Recapitulei mentalmente as palavras, ela � o meu amor, e eu sou o amor todinho dela. Respondi olhando-o bem nos olhos: - Quero! Ele me mostrou o joelho: - Ent�o senta aqui. Docilmente me ergui, sentei nos joelhos que ele me ofereceu e passei o bra�o naquele ombro forte. Ele quis saber se eu j� tinha tido um amor assim. Abanei a cabe�a qu n�o, nunca. Ele pareceu surpreso: - Nada, nada? At� sorri da incredulidade dele. - Voc� achava que sim? Ele demorou um pouco a se explicar: - N�o apareceu nenhum cara...? Eu falei a verdade: - Aparecer, apareceu. Mas eu n�o quis. Ele alisou meus bra�os. - Que responsabilidade!... Ele alisou meu joelho e lembrou que n�o tinha me dado a calcinha para vestir. Tinha trazido junto coma saia. - Quer que eu vista? Ele pegou uma sacola e dela retirou uma calcinha preta com rendinhas. Recebi-a e me fechei de novo ao banheiro. Substitu� a cueca pela calcinha, que ca�u como uma luva, modelando com perfei��o as minhas formas. Voltei para a sala com as m�os nos quadris e sorri para ele: - Pronto. - Mostre. Segurei a barra da saia com as duas m�os e puxei-a para cima, at� mostrar as coxas inteiras e a calcinha. Ele mandou que eu me aproximasse, e sentado como estava passou a m�o nas minhas coxas. rnrn rnrnDepois se p�s de p�, segurou na minha m�o e me conduziu para dentro do quarto. Meu cora��o disparou. Lembro que os len�ois da cama de casal estavam desfeitos e havia uma cueca jogada numa cadeira. Pairava no ar um cheiro de corpo. Gostei daquele ambiente masculino, me senti envolvido por ele.- Quer que eu ponha aquela faixa? Falei que sim e ele foi à sala e recome�ou o CD. Voltou e me abra�ou, enquanto a m�sica entrava pelo quarto: ela � o meu amor, e eu sou o amor todinho dela... Encostei a cabe�a no ombro dele e abracei-o tamb�m, sentindo aquelas m�os fortes fazendo uma car�cia m�scula nos meus ombros, nas costas, na bunda. Sem dizer nada, ele despiu a camisa e jogou-a na cadeira. Vi que tinha o torso liso e modelado. Ele desabotoou o cintur�o e de repente - aguenta cora��o! - vi que tinha abaixado as cal�as junto com a cueca. De repente eu estava ali vivendo de verdade um momento com que eu sonhava h� muito tempo, um momento de total intimidade com um homem, admirando deslumbrado sua nudez. Ele tinha pelos apenas nas pernas, e o sexo, emoldurado por um tufo de pentelhos escuros, pendia, o saco volumoso e dependurado, a pica semi levantada com a metade da cabe�a ainda coberta pela pele do prep�cio. Ele me entregou a cal�a para depositar na cadeira junto com a cueca. Eu n�o conseguia desgrudar os olhos do sexo dele. Se aproximando de mim, ele me abra�ou. De olhos fechados, deslizando a m�o pelas costas dele, eu mal podia acreditar que era eu mesmo que estava ali. Meu corpo tremia ligeiramente, e ele notou. - Est� nervosa, menina? - Estou. Ele me mandou sentar na beira da cama e aproximou-se de mim de p�, pondo as duas m�os nos meus ombros. Pus as m�os nos quadris dele e encostei o rosto na virilha, esfregando-o de leve nos pentelhos. Depois apertei os l�bios contra a pica e o saco, sentindo os test�culos. Cobri a pica de beijos, sentindo-a ficar maior. Com as pontas dos dedos terminei de arrega�ar a glande e aspirei uma, muitas vezes aquele cheiro forte de homem, encostando os l�bios para sentir a pele delicada e pegajosa. Umedeci os l�bios com a l�ngua e coloquei-a dentro da boca, sugando suavemente, finalmente podendo sentir aquele gosto que agora descobria ser meio salgado, meio �cido. rnrnEle me interrompeu carinhosamente - Vamos deitar, menina. Apanhou um livro na mesinha de cabeceira e deitou de lado na cama. - Tire a saia e venha. Fiz como ele mandou, guardando a saia junto com as outras roupas na cadeira. Deitei ao lado, apoiando a cabe�a no bra�o dobrado que ele ofereceu. S� ent�o vi que o livro que tinha na m�o era de poesias de Vinicius de Moraes. Ele sabia que eu gostava de poesia. - Queria ler Vinicius com voc�. Fiquei enternecido ao ouvir aquilo. Dei um abra�o nele e, pela primeira vez, tomei coragem e dei-lhe um beijo no rosto - Posso? Ele retribu�u me dando um beijo estalado na face. - Pode e deve. Me apoiei num cotovelo, enchi o rosto dele de beijos, e encostei a face para sentir o atrito da barba de um dia. Ele quis que eu lesse um poema em voz alta. - Qual? - Um que voc� ache que se aplica a voc� e a mim. Folheei o livro e achei o Soneto de Fidelidade. Me ajoelhei no colch�o ao lado dele, abri o livro com uma m�o e pus a outra no seu sexo. Li: Sempre ao meu amor serei atento... Li o poema todo, devagar, com uma m�o nos test�culos dele, para transformar aquela leitura num juramento de fidelidade à virilidade do homem com quem eu ali estava. Para mim, aquele foi um momento especial. Ele me puxou e me deitou de novo a seu lado. A cabe�a apoiada no seu bra�o, o cheiro forte das axilas entrando pelas minhas narinas, ele me abra�ando, ficamos os dois assim calados, longamente, olhos nos olhos. Lembrei da letra da m�sica, perguntei baixinho: - Voc� � o meu amor todinho? Ele rebateu minha pergunta: - Quer todinho? Isso, enquanto deslizava a m�o por baixo da calcinha para alisar minha bunda. Entendi o que ele estava perguntando, e quis saber mais: - Todinho? Ser� que cabe todinho em mim? Ele compreendeu meu receio e brincou: - Menina debutante fica com medo, n�o �? Segurei na pica dele: - Ser� que eu n�o tenho raz�o pra estar? Ele me deu uma palmada na bunda. - Tem vaselina no arm�rio do banheiro. V� l� pegar. rnrnFiz como ele mandou e logo achei e trouxe um tubo de vaselina cheio. Olhei Helder na cama e pensei no privil�gio que era estar naquele quarto com aquele homem grande, forte, moreno, deitado na cama, me esperando, com a pica empinada balan�ando no ar. Ele me olhava tamb�m, e senti no seu olhar o mesmo desejo que se revelava na ere��o. Arrumei o top e a calcinha para ficar mais atraente e pus as m�os nos quadris num trejeito feminino. Ele me mandou passar a vaselina, recomendando que usasse bastante. Despi a calcinha e me lubrifiquei ali mesmo, na frente dele, espremendo a vaselina no dedo e enfiando-o no trazeiro. O contraste entre meu pinto, pequeno e mole, com o dele, grande e duro, era a express�o perfeita da diferen�a entre n�s dois. Ele se p�s de p� e me mandou deitar em cima da toalha de banho. Segui docilmente todas as instru��es, e logo ele estava me montando apoiado nos cotovelos e eu segurando a pica para acert�-la no lugar. Supliquei que metesse devagar e que parasse quando eu pedisse. Ele me tranquilizou, brincou que "quem tinha uma bunda como a minha aguentava qualquer vara", e insistiu que eu relaxasse. Nessa hora � que voc� agradece aos deuses ter ca�do na m�o de um homem experiente. Ele usou uma t�cnica de que eu, menino virgem, nunca tinha ouvido falar: deu estocadas curtas e repetidas para abrir a beirada do �nus, e em seguida, j� com a cabe�a dentro, fez a mesma coisa para abrir aos poucos os esf�ncteres. Levei um susto ao sentir que os an�is tinham cedido e que a glande tinha ultrapassado aquela �ltima barreira. Estremeci e ele me disse para "ficar calminho e abrir mais as pernas", o que fiz, obedientemente, abra�ando o travasseiro de olhos fechados. Ele me segurou pela cintura e empurrou com firmeza. A pica deslizou para dentro at� que senti os pentelhos encostarem nas n�degas. A meia hora que se seguiu foi a confirma��o de que o destino tinha me feito cruzar com o homem certo na hora certa. A Bela Adormecida tinha encontrado seu pr�ncipe encantado. rnrn rnrnNa mesa do jantar, em casa, quiseram saber das minhas aulas particulares. Perguntaram se eu estava gostando do professor. Minhas mucosas ainda estavam dormentes e um pouquinho ardidas. Sorri e falei que sim, que o professor era �timo.rnrn [email protected]