rn?Senhora, por favor, eu... eu...? ? disse meu brinquedinho, n�o apenas com seus l�bios, mas tamb�m com seus olhos d�ceis, de cor azul e profunda.rnrnEle havia acabado de remover os duros gr�os de feij�o de seus joelhos ap�s sua primeira li��o.rnrnObservei em sua voz o medo de desagradar-me ou de estar transigindo uma de minhas regras (as quais ele n�o teria como conhecer ? hav�amos apenas nos conhecido).rnrnPor�m, eu estava radiante, feliz. Feliz por ter sentido uma vez mais o poder de controle que posso exercer sobre uma mente, um corpo, um c�o. Poderia assim fazer concess�es.rnrn?Diga, sei que voc� quer me perguntar algo.?rn?Eu n�o gostaria de nunca mais te ver. Eu... posso...? - seu nervosismo fez com que sua frase ficasse um pouco confusa, mas a ideia era palp�vel. Eu sabia o que ele queria.rn?Meu MSN??rn?Se a Senhora quiser... Eu ficaria feliz.? ? disse ele com suas palavras saindo em um jorro de al�vio. A c�mera ainda estava ligada a ele, que, do ch�o, olhava diretamente para ela.rnrnBem, � dif�cil explicar como eu me sentia - com uma vontade extrema de falar com ele tamb�m. Eu via seu rosto e pensava em como ele estava se expondo para mim, em uma primeira conversa....rnrn?� claro que n�o! Mas eu terei o seu. Qual �??rn?padavonacook@(...). A senhora vai me chamar de novo? Por favor...?rnrnSim, eu o chamaria de novo. Mas n�o lhe diria agora, � claro. A antecipa��o representa boa parte do desejo, � o que eu sempre digo.rnrn?Voc� trabalha, c�ozinho??rn?Sim, Senhora.?rn?Com o qu�??rn?Sou uma esp�cie de cozinheiro.?rn?Qual seu hor�rio de trabalho??rn?Saio sempre às 19 horas de casa e às vezes tenho que ir bem cedo ao mercado.?rnrnEstava decidido, falaria com ele em alguns dias - o que faria com que ele antecipasse e fervesse aguardando nossa nova conversa.rnrnPor�m, n�o lhe disse imediatamente.rnrnIniciei conversa sobre assuntos outros e me surpreendi. O c�ozinho era um grande leitor! O uso correto do pronome obl�quo retornou à minha mente. Ele adorava autores brasileiros e divertiu-se muito falando de Jorge Amado.rnrnSegundo ele, havia descoberto nas letras desse nosso grande autor que a sexualidade brasileira n�o tem fronteiras e nem ego. Sentia-se livre lendo as p�ginas de Amado porque era como se elas dessem-lhe permiss�o para ser quem era, com suas pr�prias taras e desejos.rnrnTamb�m fiquei sabendo que ele n�o era exatamente experiente no mundo do BDSM. Ele apenas havia experienciado alguma domina��o pela internet. J� havia pagado uma prostitua tamb�m ? para seu maior desapontamento: a wannabe mistress n�o havia sido convincente o bastante - e ele sentia que a sess�o n�o havia sido como poderia ou deveria ser.rnrnE mais, ele apreciava n�o apenas submiss�o, mas tamb�m um pouco de dor. Esta parte, devo confessar, mexeu com minhas entranhas de forma inexplic�vel. Algu�m para ensinar, limites para expandir. Soava delicioso.rnrnRecomendei-lhe a leitura de Justine, j� que ele n�o conhecia meu Marqu�s da maneira como eu julgaria apropriado.rnrnJ� cansada de muita conversa e com o hor�rio de meus pr�ximos alunos chegando, disse-lhe:rnrn?Tenho seu MSN. N�o vou adicionar voc� agora. Todos os dias às 19 horas voc� deve se conectar e aguardar de joelhos. Se at� às 15:10 eu n�o tiver logado, voc� pode fazer o que bem quiser. Lembre-se de fazer a barba alguns minutos antes. Odeio c�es peludos. Apresente-se sempre nu. Em alguns dias, n�o lhe direi quantos, no hor�rio que lhe disse, lhe acrescentarei e conversaremos de novo. Isto � uma promessa.?rnrnVi que ele foi tomado de surpresa por meu tom. Foi engra�ado perceber como ele posicionou as duas m�os na mesa do computador, crispando seus dedos e aumentando a rigidez da linha de seus ombros a cada palavra que eu enunciava.rnrn?Entendeu, C�o??rn?Sim, Senhora.?rnrnDesliguei assim que ouvi a �ltima s�laba. Pude apenas saborear na lembran�a seu derradeiro olhar de d�vida.rnrnSaboreei a lembran�a daquele olhar a primeira vez, no outro dia. �s 15:00. Imaginei como ele estaria, de joelhos, esperando por meu comando.rnrnMas, ele esperaria mais.rnrnNo segundo dia eu n�o logaria. Tinha alunos de piano naquele hor�rio, portanto, desde o come�o eu sabia que demoraria mais que isto para contat�-lo de novo, mas como eu disse, a antecipa��o, a vontade, � important�ssima para o prazer.rnrnNo terceiro dia - o dia em que eu j� havia decidido falar-lhe - para minha pr�pria surpresa, eu tamb�m antecipava cada minuto que faltava para que eu o acrescentasse à minha lista. Estava realmente impressionada com rela��o a quanto ele conseguira mexer com meu desejo ao mostrar-se t�o submisso.rnrnN�o havia, para mim, d�vidas de que ele estaria ali, exatamente como eu havia lhe ordenado, ajoelhado, em frente ao computador, nu e perfeitamente escanhoado.rnrn�s 15:05 loguei e acrescentei seu MSN à minha lista. Assim que seu nome apareceu para mim, simplesmente enviei-lhe:rnrn?Inicie o v�deo. Lembre-se eu quero ver seu rosto.?rnrnE l� estava ele, de joelhos olhando para a c�mera, com suas sardinhas levemente destacadas pela apar�ncia rec�m-barbeada, assim como ordenado.rnrnSeus olhos azuis profundos oferecendo todo um universo a ser explorado. J� sentia minha calcinha �mida de desejo.rnrn?Senhora!?rn?Sil�ncio! N�o permiti que falasse.?rn?...? Ele abaixou sua cabe�a, mudo, em gesto de rendi��o à minha voz.rn?Mostre-me o rosto.?rnE assim ele fez, sem emitir um som. A pele estava lisa, completamente sem pelos, o que muito me agradou.rn?Mostre-me suas m�os.?rnrnEstavam limpas, unhas cortadas. Detesto que n�o cuidem do pr�prio corpo ? afinal, ele � o centro do meu prazer, deve, ent�o, estar sempre asseado.rnrn?Agora os p�s.?rnrnAs unhas tamb�m cortadas. Mesmo em seus p�s havia min�sculas sardinhas. Engra�ado como elas concentravam-se em partes espec�ficas: ombros, p�s e ma�� do rosto. No restante do corpo eram bem discretas e muito clarinhas. Nada que atrapalhasse a est�tica.rnrn"Vire-se, dobre-se e se exponha. Voc� j� sabe como."rnrnDesta vez ele o fez sem hesita��o, abrindo suas n�degas at� que eu pudesse ver seu anel rosado. Sorri internamente e deixei que ele ficasse um pouco mais que o necess�rio para a inspe��o nesta posi��o. N�o custava refor�ar a li��o j� aprendida.rnrn?Bom, voc� est� limpo. Mantenha-se assim.? Disse finalmente, apesar de pensar que ele deveria dar um jeito nos pelos espalhados por seu corpo. Jamais gostei de c�es peludos.rnrn?Voc� me obedeceu durante os dias passados? Esteve aqui de joelhos? Fale abertamente.? ? eu j� sabia a resposta, mas a confirma��o da obedi�ncia sempre me excita.rnrn?Sim, Senhora. Quase morri de expectativa. Cheguei a pensar que a Senhora n�o viria. Que n�o me queria. Que eu n�o havia sido bom o suficiente...?rnrnSempre submisso. Meu faro jamais me enganara at� agora.rnrn?Lembra-se que eu fiz uma promessa? Jamais quebro uma promessa.? Novamente a mesma vontade de acariciar seus cabelos castanho-avermelhados.rnrn?Como voc� se barbeia??rn?Barbeador el�trico, Senhora.?rn?Se voc� quer tanto me agradar, vamos come�ar do come�o. Quando eu disser, c�o, voc� late e p�e a l�ngua para fora e deixe as duas m�os como patas, suspensas, à frente de seu corpo.?rn?Senhora?? Havia espanto em sua voz.rn?Algum problema com minha ordem, c�o??rn?N�o, Senhora. Devo obedecer à minha Senhora sem hesita��o.?rn?Ent�o, c�o, fa�a como lhe disse. Lata!?rn?Au!? disse ele timidamente.rn?Voc� tem problema na voz, c�ozinho? Alto!?rn?AU-AU.? E colocou a l�ngua para fora.rn?Mais alto!?rn?AU-AU-AU!? E colocou a l�ngua para fora, posicionou as m�os na frente do corpo, e come�ou a arfar como um c�ozinho.rnrnRi alto. N�o contive minhas gargalhadas. Que figura pat�tica. Alto, de ombros largos, e t�o submisso quanto meu vira-latas.rnrnSuas bochechas ficaram vermelhas.rnrn?Agora, ande de quatro.?rnrnQuanto mais ele andava, com a l�ngua de fora, mais eu ria vendo aquela imagem degradante.rnrn?Quero ver seu rabo, c�o. Sacode o rabinho pra sua Dona.?rnrnE ele parou com as n�degas viradas para a c�mera, no meio do c�modo, e come�ou a sacudir seu quadril de forma a embalar um rabo imagin�rio.rnrnSe ele apenas soubesse o que eu planejava fazer em rala��o ao ?imagin�rio?...rnrnSem conter meu riso, mandei-lhe que se postasse novamente de joelhos, frente à c�mera.rnrnSeus olhos estavam brilhantes. Seu rosto em fogo de pejo e humilha��o.rnrnParei de rir.rnrn?Voc� est� feliz em agradar a sua Senhora??rn?Sim, Senhora. Como nunca estive antes.?rn?Ent�o, vamos deixar voc� mais a meu gosto. Traga seu barbeador e alguns pregadores de roupa. Ligue o barbeador e posicione-se de forma a que eu possa ver o que voc� est� fazendo. Voc� tem 45 segundos.?rnrnEm 30 segundos meu c�ozinho estava de volta, com o barbeador, colocou os pregadores sobre a mesa e ajoelhou-se.rnrnEle possu�a pelos no peito, como uma pequena nuvem sobre o esterno. N�o eram muitos, mas, voc�s j� abem minha opini�o sobre c�es peludos.rnrn?Voc� retirar� seus pelos do peito.?rnEle me olhou e seus olhos, pela primeira vez hoje, estavam vidrados, com receio. Oras, temos que nos lembrar que vivemos em um pa�s latino onde homens n�o depilam ? pelo menos, n�o a maioria deles.rnrn?Alguma d�vida??rn?Senhora?... Eu...?rn?Bem, chegamos a um impasse. Odeio c�es com pelos Os do seu peito n�o ser�o os �nicos que voc� remover�, fique sabendo. A decis�o � sua. A qualquer momento poderemos interromper. Entretanto, saiba que a desobedi�ncia a uma ordem t�o simples acarretar� no fim de nossa conversa. Odeio ser desobedecida. Haver� o dia em que a voc� ser� permitido escolher e com meu consentimento, voc� poder� n�o cumprir uma ordem. Mas, este dia n�o � hoje e a ordem n�o � esta. Esta deve ser obedecida prontamente por meus c�es.Ou desista.?rnrnComo resposta ouvi o zumbido caracter�stico do motorzinho do barbeador el�trico enquanto ele rasgava um caminho entre os pelos do seu esterno de forma decidida. Ele mordeu os l�bios devido à leve dor dos p�los que estavam sendo extra�dos.rnrnPacientemente aguardei enquanto ele livrava-se deste s�mbolo de virilidade que todos os homens que conhe�o cultivam desde a adolesc�ncia. Com seus pelos ca�am suas lembran�as de namoradas ou parceiras que alisavam aquela �rea para sentir seguran�a. Ca�am as lembran�as da alegria de perceber que se estava crescendo e virando-se um homem, quem sabe como seu pr�prio pai. Eu quase podia ouvir os resqu�cios de sua mem�ria batendo no ch�o e virando p�.rnrn?Pronto, Senhora.? Sua voz estava embargada, ele havia, naquele momento percebido que est�vamos apenas no come�o.rnrnE ele havia escolhido segurar a minha m�o e mergulhar nas trevas do meu desejo. Eu j� tra�ava planos para ele.rnrnMas, n�o antes do castigo.rnrn?Qual � mesmo meu mantra??rn?Devo obedecer à Minha Senhora sem hesita��o.?rn?Voc� o cumpriu hoje, c�o??rnEle engole em seco e responde ?N�o, Senhora.?rnrnMas, uma Mistress conhece seus subs ? ent�o, ele n�o sabia, mas seu castigo j� estava arranjado.rnrn?Pegue os pregadores. Mostre-os para mim.?rnrnOs pregadores eram de a�o, de um tipo incomum. Pareciam possuir muita press�o em suas molas. Imagino que nem mesmo um vendaval arrancaria do varal as roupas presas com eles.rnrnEram perfeitos.rnrn?Prenda um em cada um dos seus mamilos. Voc� ficar� com eles por um minuto inteiro. Se a dor for mais do que voc� puder suportar, diga Vermelho.?rnrnEle olhou para os pregadores. Olhou para mim. O medo era percept�vel em seus olhos. E pegou-os prendendo-os como havia sido-lhe ordenado.rnrnSua pele, a princ�pio branca, come�ou a avermelhar-se na �rea do peito rec�m depilado. Ele mordia seus l�bios com for�a ? eu podia ver a marca de seus dentes.rnrn?Abra os olhos, quero ver sua dor.?rnrnE ele o fez.rnrnE permaneceu quieto. E aguentou por todo o minuto.rnrn?Retire-os.?rnrnEle os puxou e eu ouvi o estalo do metal. Sua respira��o estava ofegante e um pouco de saliva havia escorrido pelo canto de sua boca.rnrn?Esta foi sua segunda li��o. Eu lhe procurarei de novo, em, no m�nimo tr�s dias. Use este tempo para agendar uma depila��o de suas partes �ntimas e de suas coxas. Pode manter os pelos do joelho para baixo e do cotovelo at� as m�os. Mas apenas estes. Estou encaminhando para seu e-mail uma lista de pequenos objetos que voc� dever� comprar. Fui clara??rnrn?Sim, Senhora. A Senhora ordena e seu c�o obedece.?rnrnSuas palavras foram uma pontada que se iniciou no meu clit�ris e percorreu toda a minha vagina.rnrnSim, havia alguns detalhes a serem corrigidos no comportamento do meu c�o.rnrnMas quem disse que n�o seria divertido faz�-lo?rnrnrnVeja mais em rainhasarah.blogspot.com