Nat�lia jamais sentiu-se bem consigo mesmo. Achava-se gorda e sem gra�a. Olhava suas amigas adolescentes e o que via era apenas a superf�cie (que ela achava ser o ideal de todos os garotos); meninas esbeltas, com curvas sutis e delineadas por algum mestre divino que as concebia com o �nico prop�sito de tornar as demais infelizes, tristes e desesperan�adas. De fato, para Nat�lia, aquele era o arqu�tipo ideal, a imagem que ela sempre almejara ser, mas que sabia bem, jamais seria.rnrnEvitava espelhos a todo o custo! Roupas justas! Nem pensar! Frequentar as lojas de grife mais badaladas do shopping era a maior tortura a qual era obrigada quando sa�a com suas amigas ? todas mag�rrimas e atraentes ? tornando-a mais triste e infeliz.rnrnVoltava para casa e apenas pensando que um copo de sorvete seria a �nica forma de afogar suas m�goas. Dia ap�s dia, apenas a certeza de que nada iria mudar. Ela continuaria gorda, sem gra�a e infeliz. As poucas baladas que frequentava eram outra forma mais sofisticada de tortura. Garotas lindas, usando roupas que lhe ca�am perfeitamente, sentindo milhares de pares de olhos masculinos gulosos seguirem-nas para todos os lados faziam Nat�lia detestar o momento em que aceitara o convite para acompanh�-las naquele evento detest�vel em que ela ficava em algum canto, esquecida, ignorada ouvindo as m�sicas que eram tocadas e pensando que o melhor a fazer era ter ficado em casa assistindo algo na televis�o e comendo pipoca de micro-ondas.rnrnPara Nat�lia todos os dias pareciam iguais e seriam iguais at� o �ltimo. Nada mais lhe restava do que deixar o tempo passar atrav�s dela sem que alguma coisa pudesse ser realmente aproveitada. As vezes sentia vontade de chorar. E quando o fazia era um ato solit�rio, escondido de tudo e de todos. Era uma v�lvula de escape que lhe permitia aguentar um cotidiano sem gra�a e sem sentido.rnrnAs aulas n�o tinham nenhum atrativo (at� mesmo porque sempre fora uma boa aluna com boas notas), e mesmo aqueles professores bonit�es e cheios de energia olhavam para ela com a mesma indiferen�a dos demais. Ela era apenas um referencial quando se tratava de cobrar dedica��o dos demais. Apenas isso! Nada mais.rnrnEsportes? Sem chance! Se ela quisesse realmente at� poderia, mas certos olhares e certos coment�rios velados obrigavam-na à um afastamento discreto, inclusive para que n�o ?pagasse mico? na frente de todos.rnrnE assim Nat�lia tocava a vida. Seus pais preocupavam-se com ela. Seu maior incentivador era o pai ? Doutor Leonardo ? m�dico que via naquela adolescente a m�xima realiza��o do amor que sentia pela esposa ? Dona Leonor ? que, por sua vez, tinha na filha o maior presente que o Criador lhe dera aben�oando-lhe o casamento e a vida. Vez por outra, ambos aproximavam-se da filha enchendo-a de carinhos e de mimos, ao mesmo tempo que incentivavam-na a participar de tudo que a vida podia lhe proporcionar.rnrnMas quando Nat�lia simplesmente deixava de lado, Leonardo e Leonor sentiam-se impotentes e perguntavam-se onde haviam falhado; como era poss�vel! Eles preocupavam-se com o futuro de sua �nica filha e seu maior tesouro. Mas, de nada adiantava tentarem se ela mesma n�o queria saber de si mesmo. rnAno novo, vida nova. Nat�lia havia passado no vestibular para cursar medicina. O grande sonho dela e um orgulho para o seu pai. Ela aguardou ansiosamente o final do per�odo de f�rias para que as aulas se iniciassem e ela pudesse, finalmente, fazer algo que valia a pena. Algo que a deixasse cheia de amor pr�prio. rnrnOs corredores e as rampas da universidade eram um universo a parte para ela, pois tudo era muito novo, muito desconhecido e muito excitante. Ela se sentia uma crian�a em uma loja repleta de brinquedos novos e divertidos. Achou que aquele era um novo mundo para uma nova vida! Ela se sentia repleta de vida e repleta de esperan�a de algo realmente novo em sua vida. E foi nesse clima que, de repente, ela esbarrou em algu�m. Fich�rio novinho, estojo de couro e tudo mais foram para o ar e depois para o ch�o, espalhando-se à sua volta.rnrnDesesperada, ela imediatamente abaixou-se para pegar as suas coisas enquanto as pessoas continuavam seus caminhos sem se preocuparem em desviar-se das coisas ca�das. E foi assim ? tamb�m de repente ? que ela percebeu que um par de m�os e bra�os estavam cooperando com a coleta de seus pertences com o mesmo cuidado que ela dedicava à recolh�-los. Mais surpreendente ainda sucedeu-se quando aquelas m�os m�sculas tocaram as suas entregando-lhe seus materiais.rnrnEla levantou o olhar e pensou que estava no para�so e que havia um anjo olhando para ela. Era, simplesmente, o rapaz mais bonito que Nat�lia j� havia visto em sua curta exist�ncia! Levantaram-se e ela pode observ�-lo melhor: alto, porte atl�tico (sem exageros), olhos azuis brilhantes, cabelos escuros e curtos, um sorriso arrebatador emoldurado por um rosto de gal� de cinema; afinal, quem era ele?rnrn?Oi, me perdoe pelo incidente, ? voc� � novata? Muito prazer, meu nome � Simas, ? e o seu?? Aquela voz! Linda, suave, doce, gentil e muito sensual! Que homem maravilhoso, pensou Nat�lia enquanto tentava soltar a l�ngua para responder. ?Ol�, ?, obrigado, ? me chamo Nat�lia e sim, sou novata,? Ela mal conseguia entender como aquelas palavras sa�ram de sua boca. Simas sorriu para ela e disse-lhe que tomasse muito cuidado com os veteranos, pois, afinal, era a primeira semana ? a semana do ?bixo? - e meninas lindas como ela estavam em perigo.rnrn?Qualquer coisa, sou quinto anista, ? se precisar, ? bem, ? de qualquer coisa � s� me procurar no Centro Acad�mico, est� bem?; dizendo isso Simas aproximou seu rosto do dela e deu-lhe um suave beijo na face. Nat�lia ficou ruborizada, pois muito embora aquele n�o fosse seu primeiro beijo, pelo menos era o primeiro vindo de algu�m t�o interessante. Ela estava tomada por uma letargia que a impediu de qualquer gesto de retribui��o, apenas restando-lhe observar Simas desaparecendo na multid�o.rnrnE foi um grito fino e estridente que fez com que Nat�lia ca�sse na dura realidade. O grito provinha de uma garganta feminina muito potente que foi percebido n�o apenas por Nat�lia mas tamb�m por todos à sua volta. O grito era proveniente de Ametista, sua melhor amiga e filha do melhor amigo de seu pai. Seu nome (incomum) provinha da fascina��o de seu pai por pedras preciosas que acertara em cheio na escolha; afinal Ametista era uma pessoa �nica: silhueta voluptuosa com algum exagero, rosto de crian�a safada e jeito de menino sapeca; tudo para ela era uma eterna brincadeira (às vezes de mau gosto, � verdade), mas que era minimizado pela sua alegria incontida que contagiava todos que com ela tinham contato ? inclusive Nat�lia que sempre a considerara sua melhor amiga e �nica confidente.rnrnEla tamb�m estava iniciando o curso de medicina e ficou esfuziante ao saber que sua melhor amiga estaria com ela por toda aquela longa jornada. Abra�aram-se e Nat�lia suspirou aliviada ao perceber que Ametista sequer havia notado o ocorrido e o r�pido encontro com Simas. Dirigiram-se para a sala de aulas, sorridentes e trocando algumas fofocas atrasadas sobre o final do cursinho e o vestibular e o famoso ?quem � quem? na Universidade. Ambas mal cabiam em si mesmas de tanta alegria e felicidade pela conquista obtida depois de muito esfor�o.rnrnTodavia, toda aquela alegria foi abruptamente interrompida pela aproxima��o de um grupo de jovens gritando e chamando os novatos para o trote. Nat�lia assustou-se muito com aquele bando de v�ndalos vindo de forma alucinada em sua dire��o e mais uma vez deixou suas coisas irem ao ch�o. Estava em estado de choque! Pensou no que estava por vir: raspagem dos cabelos (que ela cuidava quase como um filho), tintas jogadas sobre seu corpo, vestes rasgadas, e o pior de tudo! O maldito ped�gio nas ruas em torno do campus. Nat�lia estava terrificada com as possibilidades que se descortinavam. Segurou forte na m�o de sua amiga que tamb�m estava apavorada, rezando para que aquilo n�o fosse apenas um sonho.rnrnDois rapazes musculosos seguidos de uma garota com ares de metida aproximaram-se de Nat�lia e Ametista. Olharam para ambas com um olhar de desprezo t�o profundo que ambas podiam sentir em suas almas. ?E a� amiguinha! Como � que vai ser? De boa, ou na press�o? Ser� que as balofinhas v�o querer encarar??, a tal menina falava com extrema firmeza e ironia na voz, denotando que o desprezo pelas novatas n�o se resumia apenas ao trote, mas que tamb�m era algo discriminador; ali�s, uma sensa��o que tanto Nat�lia como Ametista conheciam muito bem (haviam convivido com esse comportamento abomin�vel desde a tenra inf�ncia).rn rnUm dos rapazes trazia nas m�os spray de tinta e o outro uma tesoura longa (daquelas usadas em corte e costura) e seus olhares davam conta de que realmente estava por acontecer. Nat�lia percebeu que os olhos de sua amiga haviam se enchido de l�grimas e que ela estava prestes a desmoronar. Ela segurou fortemente a m�o da amiga e olhou fixamente para o olhar da garota sinalizando que a coisa teria que acontecer atrav�s da for�a. A menina, por sua vez, olhava desafiadoramente para elas demonstrando que estava confiante do resultado daquele embate do qual elas sairiam muito mais feridas no orgulho que na pr�pria pele.rnrn?Opa! Parou tudo! Quem voc�s acham que s�o para usar o trote como instrumento de amea�a!? - a voz soou firme, alta e em bom tom sinalizando que provinha de algu�m com autoridade. Nat�lia surpreendeu-se ao perceber que, embora em um volume mais alto ela sabia quem era o dono daquela voz: era Simas que aproximava-se do grupo com andar resoluto de quem detinha controle da situa��o. Ele chegou bem perto dos rapazes e com movimentos r�pidos retirou das m�os deles o spray e a tesoura. Em seguida, olhou para a garota com um olhar autorit�rio e disse-lhe em tom severo: ?Camila, eu j� te disse que o trote n�o pode ser usado para espezinhar os novatos! Se eu te pegar mais uma vez fazendo isso, n�s vamos ter uma conversa s�ria quando chegarmos em casa, ? E quanto a voc�s dois, seus man�s, rapa fora antes que eu passe um corretivo que acabe com essa valentia com duas inocentes!?.rnrnNat�lia mais uma vez estava em estado de �xtase ? aquele rapaz era o ideal de qualquer garota! - olhando para Simas como quem olha para um �dolo. A tal Camila desferiu um olhar agressivo em dire��o às meninas e deu de costas afastando-se como lhe fora ordenado. Quanto aos rapazes, eles ficaram encarando Simas por alguns segundos, mas seguiram seus caminhos ouvindo o rapaz avisar-lhes que iria v�-los no treino.rnrn?Desculpem esses idiotas meninas, ? eu j� havia dito que o trote com agress�o estava proibido, ? mas parece que eles se recusam a aprender, ? desculpem minha irm� tamb�m, ela passou por um trote desses e acha que todos devem sofrer o mesmo que ela sofreu, ? mas com ela eu converso em casa. E voc�? Como � o seu nome?? - Tanto Nat�lia quanto Ametista estavam em pleno �xtase com aquela vis�o do para�so sob a forma de um homem lindo e gentil que n�o eram capazes de pronunciar uma palavra sequer. Mas Ametista percebeu o olhar azul brilhante de Simas fitando-a de maneira quase hipn�tica que respondeu automaticamente: ?Me chamo Ametista, ? e voc�? Quem �??. A frase ?me chamo Simas? foi ouvida e apreendida para amenizar aquela situa��o inusitada (para dizer o m�nimo!).rnrnSimas, meio que encabulado, pediu desculpas mais uma vez e despediu-se partindo em rumo à multid�o de alunos que ainda procuravam esquivar-se dos veteranos em estado de insanidade. Ametista teve que implorar para que Nat�lia soltasse sua m�o, j� que a amiga havia apertado tanto os dedos dela que eles pareciam que iam explodir feito bal�es inflados de ar. rnrnA tarde transcorreu com Ametista desfiando um question�rio de perguntas destinadas à sua amiga com o fito de saber como ela havia conhecido aquele gato lindo. Nat�lia contou-se, ent�o, do acontecido quando de sua chegada na Universidade, mas, ao que parecia n�o fora o suficiente para que sua amiga interrompesse seu interrogat�rio que parecia n�o ter fim.rnrnNo final da tarde, quando as aulas daquele dia haviam terminado, Ametista ofereceu uma carona para amiga que, al�m de surpresa ao saber que sua companheira estava de carro, ficou ainda mais feliz ao saber que o carro em quest�o fora presente do pai de Ametista como premia��o pela conquista da vaga universit�ria. E obviamente Nat�lia aceitou de pronto j� que ambas moravam pr�ximas uma da outra.rnrnPor�m, quando estavam chegando ao local onde o ve�culo se encontrava, foram surpreendidas mais uma vez pela atrocidade dos veteranos. O carro da amiga estava todo borrado com v�rias cores diferentes; um dos vidros laterais tinha sido destru�do e lanternas e far�is estavam danificados. Ametista desabou a chorar copiosamente, n�o apenas pelo ocorrido, como tamb�m ante a apreens�o de como dar aquela not�cia triste para o seu pai. Ficaram ali, im�veis, perdidas, sem saber o que fazer. Nat�lia apenas procurava consolar a amiga, mas sentia-se impotente j� que o desespero e a tristeza de Ametista eram contagiantes.rnrnE mais uma vez foram abordadas por Simas em seu carro esportivo. Ele desceu e perguntou-lhes o que haviam acontecido. Ametista ? desorientada e at�nita ? jogou-se nos bra�os do rapaz solu�ando de tristeza e chorando l�grimas incontidas. Simas abra�ou-a e procurou consolar-lhe os temores. Pediu as chaves do carro e disse que as levaria em casa, pois queria conversar com o pai de Ametista e explicar-lhe o que aconteceu.rnrnPor mais que elas tentassem dissuadi-lo da inten��o inicial, n�o conseguiram seu intento, acabando por entrarem no carro de Simas que as levou em casa. E assim que estacionaram na porta da casa de Ametista, Simas desceu e foi bater à porta. Ametista estava paralisada de medo pelo que o seu pai ia pensar dela. E qual n�o foi a surpresa quando, ao abrir a porta o pai dela sorriu para o rapaz e ambos abra�aram-se como velhos amigos. Conversaram um pouco e o pai de Ametista veio at� o carro consolar sua filha.rnrnCumprimentou Nat�lia e depois de trocar algumas palavras com Simas despediu-se dele voltando para dentro de casa. Antes mesmo que Nat�lia esbo�asse uma pergunta, Simas explicou-lhe que o pai de Ametista era amigo do seu pai e que ele apenas n�o havia se lembrado da menina que conhecera h� muito tempo atr�s. E dizendo isso partiu em disparada perguntando para ela onde era sua casa. Quando Nat�lia lhe disse a localiza��o ali pr�xima, Simas sorriu amorosamente e perguntou se ela era filha do Doutor Leonardo, ao que ela assentiu afirmativamente. Simas, ent�o, sorriu mais uma vez e disse-lhe que seu pai era uma pessoa muito respeitada pela fam�lia de Simas, posto que o pai de Simas tinha no Doutor Leonardo um exemplo profissional e pessoal a a ser seguido. rnrnNo curto trajeto at� a casa de Nat�lia ela e seu novo amigo conversaram sobre tudo: expectativas de vida, de profiss�o, sonhos e sentimentos sobre o mundo que os cercava. A cada frase de Simas, Nat�lia simplesmente ficava ainda mais encantada com o jeito carinhoso daquele rapaz diferente de todos de sua �poca: gentil, dedicado, sincero e justo. ?Caramba! Eu devo estar � sonhando acordada! Ser� que isso � uma ilus�o?? - pensava a menina n�o podendo crer que aquele homem de fato existia e era real.rnrnN�o demorou para que Simas estacionasse seu carro em frente a casa de Nat�lia, pondo fim à um pequeno sonho de menina. Sa�ram do ve�culo e quando Nat�lia estendeu a m�o para despedir-se de Simas, eis que ele tomou-a gentilmente nos bra�os e deu-lhe um beijo na boca que foi plenamente recebido e retribu�do com paix�o e com desejo. Nat�lia sentia-se nas nuvens, sonhando acordada com aquele homem lindo e maravilhoso beijando-a como se fossem namorados (?incr�vel!? - pensou ela). Era algo totalmente novo para ela ? novo, insano e delicioso!rnrnOs bra�os do rapaz envolviam-na pela cintura segurando-a de modo forte e gentil ao mesmo tempo, e denunciando sua sensa��o de bem-estar naquele momento id�lico. E foi um beijo daqueles! Algo para fogos de artif�cio e chuva de estrelas caindo do c�u. Na mente de Nat�lia apenas uma palavra: sublime!rnrnQuando terminaram, Simas baixou seu olhar demonstrando estar envergonhado, ? Nat�lia sentiu o ch�o sumir sob seus p�s! Ser� que ele havia detestado aquele momento? Ser� que aquilo seria outra frustra��o a ser colecionada por ela ao longo de sua vida? ?Me perdoe Nat�lia, ? eu n�o queria parecer abusado, ? mas, ? a verdade � que eu estou louco de tes�o por voc�, ...? - a voz do rapaz parecia embargada e seu olhar demonstrava que, de fato tudo o que ele dizia era verdadeiro. Nat�lia n�o se conteve e abriu um enorme sorriso tocando-lhe a face com as m�os e fazendo com que ele olhasse diretamente para ela.rnrnOlharam-se e Nat�lia pode perceber que aquele homem estava tremendamente atra�do por ela; mas, a pergunta que vinha a seguir era: o que ele queria era apenas sexo? Apenas curtir uma garota nova e diferente? Ou, havia algo mais por tr�s? Algo mais profundo. Nat�lia pensou que, afinal, o risco valeria a pena. Perder a virgindade com um gato felpudo como aquele, livrando-se do estigma da gordinha sem atrativos, e, ao mesmo tempo, descobrir se sua sensualidade feminina seria suficiente para segur�-lo com ela. N�o era um risco calculado, mas era algo que ela queria tentar.rnrnNat�lia aproximou seus l�bios dos l�bios de Simas e novamente beijaram-se com muito mais ardor que antes. Simas encostou-se em seu carro puxando o corpo de Nat�lia para si e deixando que o calor daquele corpo delicioso operasse a lei da termodin�mica, indo do mais quente para o mais frio. Simas sentiu-se acolhido de uma forma diferente daquela sensa��o partilhada com outras mulheres. Era algo afetivo, carinhoso, terno e deliciosamente provocante! E ele adorou sentir-se assim!rnrnNat�lia, por sua vez, empurrava seu corpo contra o dele e n�o demorou muito para sentir que algo pulsava dentro daquela cal�a. Algo grande e excitante! Rolou um clima muito on�rico naquele momento. Eram duas pessoas que se desejavam e cuja excita��o beirava à loucura geral. Ela podia sentir que Simas estava muito a fim dela e que bastava um sinal para que a coisa liberasse geral. Era o que ela queria; e que fosse agora, e que fosse com ele! E se rolasse para sempre, ? bom, seria maravilhoso!rnrn?Nat�lia, meu amor, ? eu quero voc�! Eu quero fazer de voc� minha, toda minha!? - a voz de Simas soava apaixonada e repleta de desejo. Nat�lia precisava aproveitar-se daquele momento de liberta��o. ?Hoje a noite, ? voc� me pega aqui em casa às oito horas? Pode ser?? - ao dizer isso ela sentiu um calafrio percorrer toda a superf�cie de sua pele, provocando um pequeno tremor de hesita��o, medo e desejo ? tudo ao mesmo tempo. Ela tinha receio de que a resposta de Simas n�o fosse aquela que ela ansiava ouvir.rnrnO sorriso de Simas foi mais que suficiente para demonstrar que ele aceitara o convite ? ali�s, confessou ele, ficou muito surpreso com a presen�a de esp�rito de Nat�lia ? e, assim, estaria l� no hor�rio combinado. Despediram-se com outro beijo molhado e demorado, pois Nat�lia n�o queria deixar aquele homem delicioso ir-se para longe dela. Simas apertava o corpo roli�o de sua conquista aproximando-o do seu com firmeza e carinho ao mesmo tempo, evidenciando que ele tamb�m n�o queria separar-se dela.rnrnAp�s uma demorada despedida, Nat�lia entrou em sua casa radiante de felicidade, seu cora��o parecia que ia pular de seu peito e sair pela boca! Estava t�o alegre e t�o excitada que mal teve tempo de fazer qualquer coisa sen�o correr para o est�dio e abra�ar sua m�e que, at�nita, retribuiu o abra�o sem entender bem porque estava fazendo aquilo. Nat�lia estava esfuziante e n�o cabia em si de alegria. Depois de deixar sua m�e meio que perdida no est�dio correu para o seu quarto e, tomando seu celular nas m�os, ligou para Ametista, pois precisava contar para sua melhor amiga o que estava por vir.rnrnAmetista, do outro lado da linha, parecia enlouquecida de felicidade pela amiga. Gritava, assoviava e dizia que estava muito alegre por Nat�lia e tamb�m por Simas, pois al�m de ach�-lo um ?gato felpudo?, achava tamb�m que eles formavam um belo casal. Nat�lia disse a a miga que ela devia para de brincar com aquilo, ao que Ametista retrucou: ?N�o estou brincando n�o senhora! Achei desde o primeiro momento que voc�s foram feitos para ficarem juntos! Vai l� e aproveite minha querida, n�o perca essa oportunidade de realizar todos os seus sonhos ??.rnrnDespediram-se, at� mesmo porque Nat�lia precisava aprontar-se para a noite que ? segundo ela imaginava ? seria longa e deliciosamente ?selvagem?. E a primeira provid�ncia foi procurar por Simas no facebook e adicion�-lo ao rol de amigos. Encontrando a p�gina, mais uma vez foi surpreendida pela que estava postado l�: ?Hoje conheci a garota dos meus sonhos!?, junto com a imagem de uma linda rosa vermelha, que brilhava e desabrochava ao mesmo tempo. Nat�lia ficou encantada; afinal, n�o era apenas um sonho, Simas estava realmente muito a fim dela!rnrnA tarde passou muito r�pido, deixando Nat�lia sem tempo suficiente para preparar-se para o encontro. Tomou um longo banho sentindo a suavidade de sua pele e secando-se com o calor gostoso da toalha mais gostosa que encontrou. Correu at� o seu closet e procurou animadamente por uma coisa que havia guardado havia muito tempo e j� nem mais se lembrava se realmente estava l�. N�o tardou para encontrar a delicada caixa que guardava em seu conte�do um conjunto de lingerie de renda preta extremamente delicado e no tamanho certo do corpo de Nat�lia.rnrnEla havia comprado aquilo em um de seus ataques de consumismo que, vez por outra, tomavam seu ser (especialmente quando estava sentindo-se triste e solit�ria), e decidira guard�-lo pensando que, talvez, um dia, ela pudesse us�-lo. E, inacreditavelmente, ?aquele dia? havia chegado. Vestiu aquela lingerie com a delicadeza e o cuidado que aquele momento exigia ? quase se assemelhando à um ritual ? e pensando em seguida, que roupa deveria vestir (muito embora ela sonhasse que essa roupa n�o permanecesse muito tempo em contato com seu corpo!). Acabou optando por um vestidinho vermelho n�o muito colante, curto sem exageros e com um decote do tipo ?eu quero ser vista?. Cal�ou sand�lia de salto alto e depois de pentear os cabelos, olhou para o espelho de seu closet, admirou-se por alguns minutos at� concluir que estava bem ornada e pronta para entregar-se aos bra�os de Simas.rnrnAo descer para o jantar, Nat�lia percebeu os olhares de seus pais que transitavam entre o �xtase e a surpresa. O Doutor Leonardo fitava a filha com o carinho de um pai orgulhoso pela beleza de sua prole, enquanto Dona Leonor admirava o cuidado e o esmero com o qual a filha havia se trajado naquele dia. Nat�lia sorriu para ambos incapaz de esconder a sua felicidade como que estava para acontecer, mas preferiu n�o contar nada, a n�o que eles a questionassem diretamente. rnrnE o jantar transcorreu tranquilo, com o pai querendo saber detalhes do primeiro dia de aula de sua filha que contou-lhe com entusiasmo tudo o que acontecera, omitindo apenas o que considerou delicado demais para ser comentado. No exato momento em que Dona Leonor ia servir a sobremesa, a campainha tocou e o cora��o de Nat�lia, novamente, disparou. Os tr�s entreolharam-se mistos de surpresa e de curiosidade.rnrn?Voc� tem um encontro, querida?? - a voz da m�e soou terna e carinhosa, dotada de um sorriso meio maroto e meio compreensivo, evitando que o olhar desconcertado de seu pai se detivesse tempo suficiente para encabul�-la. Nat�lia acenou afirmativamente com a cabe�a e depois de olhar para o pai, esperando sua aprova��o, levantou-se da mesa intencionando atender ao toque da porta. O Doutor Leonardo olhou para a esposa e depois olhou para a filha com o olhar de quem aprovava todas as decis�es de sua filha. rnrnNat�lia, mais que esfuziante, acorreu at� a porta e abriu-a deixando que Simas adentrasse e fosse at� a sala cumprimentar seus pais. Simas, por sua vez, apertou a m�o do Doutor, expressando seu respeito pelo homem à sua frente e dizendo o quanto seu pai admirava o Doutor pela sua experi�ncia profissional e pelo seu carisma com os pacientes. Em seguida, cumprimentou Dona Leonor a qual beijou na face demonstrado um carinho quase filial. rnrnNat�lia estava muito excitada com tudo que n�o via o momento em que eles iam sair, e mesmo quando o Doutor convidou o rapaz para um caf�, ela olhou desolada para o rosto da m�e, que imediatamente tratou de convencer o marido de que eles tinham coisa mais importante a fazer naquele momento. rnrnDespediram-se à porta de sa�da e quando entraram no carro, mesmo sob o olhar vigilante do Doutor Leonardo, Simas n�o conteve-se o suficiente e beijou Nat�lia com a mesma sofreguid�o da tarde. E antes que algo pudesse ser dito ou feito, Dona Leonor tratou de puxar o marido para dentro de casa, deixando o novo casal mais a vontade para o que quisessem fazer.rnrnNo caminho, Simas, disse a Nat�lia que iriam dan�ar e perguntou-lhe se ela gostava de dan�ar. Nat�lia ficou sem resposta, uma vez que jamais havia sa�do para dan�ar. Simas olhou-a com carinho e tranquilizou-a, pois ele estava ali ao seu lado. Sorriram mutuamente e logo estavam chegando ao seu destino: uma conhecida danceteria da regi�o que estava bombando de gente. Simas entregou as chaves para o manobrista e depois de ajudar sua companheira a descer do carro conduziu-a at� a entrada onde um dos seguran�as sorriu-lhe liberando a catraca para que ambos pudessem entrar.rnNat�lia pensou quantas vezes Simas j� havia estada naquela danceteria e quantas garotas lindas ele deve ter feito desfilarem em sua companhia dentro daquele sal�o atopetado de gente, ? sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha, principalmente quando avistou de longe o rosto sempre agressivo de Camila a irm� de Simas. Tudo voltou a ser o que era: medo, inseguran�a, tristeza e aus�ncia de esperan�a, ? ser� que o rapaz havia armado alguma coisa com a irm�? E se assim o fosse, o que ela devia fazer? Fugir? Esbofetear Simas? Gritar? Chorar?rnrnDe repente ela sentiu os bra�os de Simas envolvendo seu corpo e sua voz suave e terna dizendo baixinho em seu ouvido: ?N�o se preocupe, eu estou aqui, e ningu�m vai lhe fazer qualquer mal, ? ningu�m mesmo, ? confie em mim meu amor ?? - aquelas palavras soaram t�o sinceras e t�o ternas que Nat�lia n�o teve d�vidas de que Simas realmente queria seu bem e n�o a trouxera ali para qualquer tipo de humilha��o. rnrnE dan�aram, ? dan�aram muito e cada vez mais agitados e felizes. Vez por outra paravam um pouco para saciar uma sede quase incontrol�vel e, tamb�m neste momento, Nat�lia foi surpreendida ao saber que Silas n�o bebia nada alco�lico, pois dizia que isso afetava o seu desempenho nos esportes. E enquanto sorviam uma coca cola bem gelada Nat�lia fitava o rosto de Simas tentando entender como um garoto bonito e bem apessoado como ele estava literalmente parado na dela? Como era poss�vel? Seria mesmo verdade?rnrnVoltaram para a pista a dan�aram ainda mais. E na medida em que a noite avan�ava, Nat�lia sentia-se mais apaixonada por aquele rapaz incomum. Nas m�sicas mais lentas ela podia sentir o corpo de seu novo amor e podia sentir-se acariciada por ele, com aquela car�cia t�pica de quem estava muito excitado com sua parceira. rnrnJ� era tarde quando deixaram a danceteria sob os olhares curiosos de alguns e revoltados de outros. Mas, pouco importavam os olhares, tanto Nat�lia quanto Simas tinham olhares apenas um para o outro e o resto em nada importava. Entraram no carro e sa�ram rumo ao desconhecido. Queriam apenas um ao outro ? isso era o que importava. Simas olhou carinhosamente para Nat�lia e disse-lhe que ia lev�-la a um lugar especial. Nat�lia apenas olhou e sorriu concordando com a vontade do rapaz. E n�o tardou para que estacionassem no topo de uma colina de onde se podia ter a melhor vis�o da cidade. Era um ligar simplesmente deslumbrante e Nat�lia ficou hipnotizada com aquela vista fant�stica.rnrnSimas disse-lhe que sempre que lhe era poss�vel ele vinha at� ali para pensar na vida e imaginar se, algum dia, iria poder compartilhar aquilo com algu�m. Nat�lia olhou para ele com um olhar de surpresa absoluta. ?Voc� n�o trouxe ningu�m aqui? Nunca??; o rapaz acenou afirmativamente com a cabe�a e depois respondeu-lhe que considerava aquele lugar um santu�rio particular que somente poderia ser compartilhado com algu�m que conspirasse com ele das mesmas sensa��es sobre aquele lugar e sobre o que almejava da vida. Disse-lhe tamb�m que era exatamente isso que encontrara nela naquela manh� na Universidade: uma pessoa com quem compartilhar todas as coisas importantes da vida.rnrnNat�lia sentiu seus olhos ficarem marejados e respirou fundo para n�o desabar em um choro incontido. Simas tocou-lhe a face e olhou-a com um olhar diferente, dizendo o que estava preso na garganta h� muito tempo: ?Quero ter voc� todinha pra mim, ? voc� quer ser amada por algu�m que n�o deixou de pensar em voc� durante toda essa tarde?? - as palavras de Simas soavam com uma sinceridade t�o profunda que Nat�lia, ainda tentando controlar o choro, apenas teve for�as para acenar afirmativamente com a cabe�a, sorrindo-lhe o sorriso mais terno que jamais dirigira a outra pessoa.rnrnSimas ligou o carro e saiu em dire��o da noite, e mesmo esperando que Nat�lia lhe perguntasse alguma coisa embara�osa, dirigiu sabendo muito bem o que queria e o que desejava: ter aquela mulher para ele, faz�-la entregar-se totalmente para ele, sem medos, receios ou d�vidas. E tinha que ser agora!rnrnE Nat�lia n�o ficou surpresa ao perceber que Simas estava entrando em um dos mot�is mais sofisticados da cidade. Ali�s, o mesmo em que seus pais haviam comemorado uma nova lua de mel quando o seu pai estava prestes a empreender uma longa viagem profissional. Simas parecia um colegial meio atarantado procurando pelo seus documentos pessoais enquanto Nat�lia tirava da bolsa sua identidade novinha em folha.rnrnRumaram para o quarto que era simplesmente algo de outro mundo. E assim que entraram Simas tomou Nat�lia em seus bra�os e iniciou uma sequ�ncia de beijos demorados e apaixonados, sempre acariciando seu corpo com ambas as m�os, procurando explorar cada cent�metro de tudo aquilo que, em breve, seria apenas seu. Nat�lia correspondia plenamente tanto às car�cias como ao beijo. Entregavam-se sem qualquer receio e sem qualquer temor.rnrnEm dado momento Simas come�ou a procurar alguma forma de despir sua parceira daquele vestido provocante e ele fazia isso sem tirar seus olhos gulosos do busto quase à mostra de Nat�lia que, por sua vez, procurou ajud�-lo, pois percebera que ele estava ensandecido pela espera.rnrnE Nat�lia foi surpreendida pelo olhar extasiado de Simas ao vislumbrar aquela mo�a seminua a sua frente, vestindo uma deliciosa lingerie preta. Aquele era um olhar que ela jamais havia sentido sobre seu corpo: misto de desejo, de �xtase e de paix�o em t�-la para ele imediatamente. Ela sentia aquele olhar um desejo que emergia sem medo, sem receio, e sem qualquer pudor! E isso era muito bom.rnrnRepentinamente, Nat�lia agiu instintivamente buscando o interruptor para apagar as luzes do quarto, ou, pelo menos diminuir sua intensidade; e quase teria conseguido seu intento, n�o fosse a m�o d�cil, mas firme de Simas que novamente tomou-lhe nos bra�os e olhando no fundo de seus olhos disse carinhosamente: ?N�o, ? nada de luzes apagadas, ? voc� � linda! E eu quero apreciar toda essa beleza que, agora, � toda minha!?. Foram palavras t�o doces e sinceras que Nat�lia sentiu seus olhos marejarem, enquanto Simas acariciava seus rosto, beijando sua face e explorando seu corpo com m�os quentes e poderosas.rnrnQuando deu por si, Nat�lia estava completamente tomada por Simas que tamb�m j� havia retirado a parte superior de sua lingerie, deixando à mostra seus seios fartos e firmes ornados com lindas aur�olas encimadas por um bico entumescido que implorava para ser beijado e chupado com sofreguid�o, algo que Simas imediatamente tratou de fazer demonstrando o quanto aquela jovem era objeto de toda a sua aten��o e de todo o seu desejo.rnrnNat�lia sentia-se no para�so sendo tomada pelo tes�o de Simas que lambia e sugava seus mamilos com desejo e com a delicadeza de um cavalheiro e de um amante experiente. Suas m�os n�o queriam mais percorrer o tecido das roupas de Simas, ela precisava, e queria muito v�-lo desnudo, e ela levantou sua cabe�a mergulhada em seu busto e sorrindo-lhe come�ou a despi-lo de suas roupas. rnrnNat�lia agiu com a maestria e o cuidado necess�rios para que aquele momento pudesse ficar retido em sua mem�ria para sempre. Ap�s despir-lhe da camiseta (que revelou um t�rax quase divinal), Nat�lis fez com que Simas se acomodasse em uma cadeira, ajoelhando-se à sua frente e desvencilhando-lhe do cal�ado e das meias. Sutilmente, acariciou seus p�s fazendo com que Simas soltasse um pequeno gemido de prazer. ?Puxa! Ningu�m jamais fez isso para mim! Adorei meu amor!? - disse-lhe o rapaz olhando-a carinhosamente.rnrnSem permitir que o clima perdesse o calor, Nat�lia pegou-o pelas m�os e ajudou-o a levantar-se, soltando seu cinto, desabotoando a cal�a e descendo o z�per deixando-a cair ao ch�o. Nat�lia ficou extasiada ao ver aquele corpo atl�tico, bronzeado e quase que sa�do de um conto grego expor-se seminu apenas para ela (e somente para seus olhos, pensou). O volume por baixo da discreta cueca branca sinalizava que o rapaz estava quase fora de seu controle e Nat�lia queria ver aquele instrumento que ia lhe proporcionar muito prazer.rnrnSimas n�o permitiu que ela o despisse de sua roupa intima preferindo faz�-lo ele mesmo. E o p�nis saltou ereto e pulsante a frente da menina que imediatamente pegou-o com as m�os sentindo-lhe a extens�o (?nossa! Como � grande!?), a dimens�o e a energia vibrante que ele emanava. Abra�aram-se e beijaram-se alucinadamente. Eram beijos repletos de desejo e carregados de sensualidade. As m�os de ambos percorriam seus respectivos corpos, procurando identificar cada cent�metro de pele, cada detalhe escondido, cada zona er�gena que logo seria plenamente explorada.rnrnSimas conduziu sua amada para a cama e f�-la deitar-se enquanto ele a olhava com um olhar de desejo e de carinho. Deitou-se sobre ela e passou a sugar-lhe os mamilos mais uma vez, enquanto agilmente ajudava Nat�lia na miss�o de livrar-se de sua calcinha, deixando à mostra uma vagina completamente destitu�da de pelo, umedecida e dilatada em sinal de estar pronta para ser explorada em toda a sua intensidade. Simas olhou mais uma vez para Nat�lia, beijou-a carinhosamente e, posicionando-se entre suas pernas fez com que seu p�nis procurasse pela vagina virginal de Nat�lia.rnrnSimas procurou ser o mais cuidadoso poss�vel, fazendo a glande de seu membro ro�ar a entrada da vagina ? os grandes l�bios ? aproveitando aquela umidade em seu favor como elemento de lubrifica��o necess�rio para que n�o houvesse sensa��o de incomodo por parte de sua parceira. N�o tardou, por�m, para que ? plenamente �mida ? a glande procurasse o orif�cio do desejo e for�asse delicadamente sua entrada. Nat�lia pode sentir quando a glande fez sua ?entrada triunfal? em sua vagina, e mesmo com o pequeno incomodo provocado, ela sorriu para Simas sinalizando-lhe que estava tudo bem.rnrnO rapaz, ent�o, iniciou uma penetra��o mais en�rgica, evitando, contudo, tornar-se agressivo ou abusivo (afinal, ele queria am�-la, mas tamb�m respeit�-la). O p�nis (volumoso e extenso) iniciou sua jornada naquele rec�ndito intocado, agindo com vigor, por�m, evitando excessos. Nat�lia, por seu lado, sentiu que o incomodo evoluiu para uma pequena dor aguda, mas que, a medida em que era penetrada, tornava-se algo cuja sensa��o era simplesmente indescrit�vel; algo que n�o somente a preenchia, mas tornava mais mulher e mais senhora de si mesma.rnrnQuando Simas percebeu que seu p�nis havia penetrado quase que totalmente, passou a executar movimentos cadenciados de vai e vem, cujo ritmo causavam em sua parceira uma doce sensa��o de cumplicidade aliada ao prazer que havia ? naquele momento ? substitu�do completamente a dor inicial. Nat�lia envolveu o quadril de seu parceiro com suas pernas puxando-o ainda mais em sua dire��o e tornando, assim, a penetra��o mais profunda e ainda mais prazerosa.rnrnEnquanto penetrava, Simas n�o deixava de lado os cuidados com os seios de bicos entumescidos de sua amada, ora beijando-os, ora lambendo toda a extens�o das suas aur�olas, ora brincando com eles. Nat�lia estava t�o excitada que h� muito tempo perdera o controle sobre si e sobre seu corpo que rebolava insano sob o dom�nio daquele instrumento de prazer que pulsava dentro dela, entrando e saindo em movimentos cadenciados e cada vez mais intensos. Ela sentia uma energia emergindo do fundo de seu ser, algo que parecia querer explodir em m�ltiplas sensa��es at� ent�o desconhecidas dela, mas que ensejavam algo de muito recompensador.rnrnSimas penetrava-lhe em movimentos cada vez mais r�pidos e intensos, deixando claro que ele tamb�m j� n�o tinha mais qualquer controle sobre aquela situa��o. Nat�lia estava prestes a experimentar algo desconhecido e novo, mas que dava claros sinais de que seria algo extremamente prazeroso e intenso. E foi assim, ? que o orgasmo chegou para ela! Era uma explos�o de sensa��es que n�o se limitavam apenas ao sensorial, mas tamb�m ao espiritual. Ela sentia-se saindo desta realidade para conhecer uma outra (algo parecido com o que lera a respeito do ?s�timo c�u?).rnrn?Ai! Ai! Simas, meu amor, eu estou gozando! Ohhh! È algo espetacularrrrrr! Algo louco!Ahn! Meu amor! N�o p�ra! Continua, eu quero ser tua para sempre!? - A voz de Nat�lia estava embargada e ela n�o tinha controle sobre a palavras que surgiam em seus l�bios antes mesmo que seu c�rebro assim ordenasse! Ela havia gozado com tanta intensidade que pode sentir que o l�quido que escorria de sua vagina molhava por completo o p�nis de seu amado que, por sua vez, estava adorando aquela sensa��o que ele tamb�m ainda n�o havia vivenciado.rnrnE enquanto Nat�lia sentia uma experi�ncia �nica, Simas continuava seus movimentos insanos, deixando claro que aquela noite havia apenas come�ado. Minutos se passaram e Nat�lia experimentou um novo orgasmo causando mais prazer ao seu parceiro que continuava a movimentar-se sobre ela. Gotas de seu suor respingavam sobre Nat�lia que tamb�m j� parecia nadar no l�quido de seus orgasmos. rnrnE durante mais de uma hora Simas proporcionou diversos orgasmos à sua amada, tornando-a deliciosamente prostrada ante o poder de sua membro. E embora ele quisesse ainda muito mais, finalmente, anunciou que estava prestes a gozar, mas que n�o ia faz�-lo dentro dela. E explicou: ?N�o � por medo de voc� engravidar! Mas � porque eu ainda quero fazer muito amor com voc� antes de voc� ser tornar minha esposa?. Esposa! Nat�lia olhou embevecida para Simas, pois jamais poderia supor que aquele deus grego quisesse viver o resto de seus dias ao lado dela! Sentiu vontade de chorar ? n�o de tristeza, claro, mas de alegria ? mas preferiu apenas sorrir para ele com uma docilidade �nica e especial.rnrnSimas retirou o p�nis ainda ereto de dentro de sua amada e quando demonstrou que iria ?terminar o servi�o sozinho?, sentiu as m�os de Nat�lia tomando aquele instrumento para sim e engolindo toda a sua extens�o garganta adentro. Simas ficou maravilhado com a iniciativa de sua parceira e apenas procurou aproveitar aquela sensa��o especial para ele tamb�m.rnrnNat�lia sugou o p�nis de Simas at� que ele gemesse t�o alto, quase gritando que iria gozar, para ent�o tir�-lo de sua boca e deixar que seu s�men escorresse pelo seu busto, enquanto ela massageava sua pr�pria pele espalhando aquele l�quido espesso e oleoso. E foi uma carga �o grande que Nat�lia achou que seu companheiro n�o iria parar de gozar t�o cedo.rnrnQuando terminaram quedaram-se sobre a cama, fatigados e vencidos, sendo imediatamente tomados por um sono profundo e que serviria para recompensar tanta energia dispendida em algo t�o proveitoso. Mas Nat�lia mal sabia que aquela noite ainda n�o havia terminado, ? pelo menos n�o para Simas, que, a certa altura da madrugada acordou sua amada com beijos e car�cias provocadoras, dando sinais claros de que tudo iria novamente come�ar! ? algo que ela, simplesmente estava adorando saber.rnrnE por mais de uma vez durante aquela noite eles se amaram intensamente, com Simas possuindo Nat�lia em todas as posi��es que conhecia ? e tamb�m com algumas que ambos descobriram juntos ? proporcionando orgasmos intensos e seguidos em sua amada e sendo recompensado com a receptividade da boca e das m�os de sua parceira. rnrnPor�m, sem saber bem o porque Nat�lia queria algo mais e a dada altura da noite sussurrou no ouvido de seu amado se ele gostaria de penetra-lhe por tr�s. Ela mesma ficara surpresa com a proposta que fizera, mas n�o sabia explicar porque agira daquele modo impensado, temendo, inclusive, que seu novo amor pudesse sentir-se constrangido com sua iniciativa.rnrnSimas por�m, abriu um enorme sorriso e perguntou-lhe se era exatamente isso que ela queria, pois ele jamais havia feito algo parecido antes, mas sempre desejara faz�-lo pensando que essa entrega deveria ser feita apenas por algu�m que o amasse de verdade.rnrnAmbos sorriram um para o outro e depois de um breve momento de pleno id�lio, Nat�lia ficou de quatro sobre a cama oferecendo-se despudoradamente ao seu parceiro que olhando aquele traseiro em formato de cora��o, tendo ao centro o orif�cio intocado do seu �nus virginal, foi tomado por uma sensa��o de arrebatamento, sentindo seu p�nis ficar ereto quase que imediatamente, como que ordenando que o ato de consumasse.rnrnMas antes que ele iniciasse sua investida foi interrompido por Nat�lia que disse-lhe carinhosamente: ?Vem c� amor, ? deixa eu lubrificar ele pra voc�, ? quero que ele entre bem gostoso em mim ??. Simas aproximou seu p�nis da boca de Nat�lia que o lambeu e sugou sem qualquer hesita��o, deixando-o apto para a nova aventura que se apresentava.rnrnSimas posicionou-se e com a ajuda de uma das m�os, conduziu o instrumento na dire��o do �nus ? n�o sem antes lamb�-lo algumas vezes, enlouquecendo sua parceira ? e ap�s deixar a glande bem na entrada do �nus, segurou sua amada pelas n�degas investindo vigorosamente contra o intocado e fazendo com que a glande inchada imediatamente penetrasse aquele pequeno orif�cio provocando um gemido insano de Nat�lia.rnrnSimas hesitou por um momento, temendo que aquele ato pudesse causar mais dor que prazer para a sua companheira, afinal, ele n�o queria feri-la, apenas faz�-la feliz e realizada. Nat�lia sentindo o desconforto causado pela penetra��o inicial, achou que n�o daria conta daquela aventura e pensou at� mesmo em desistir. Mas, a bem da verdade, o carinho e o cuidado de Simas foram suficientemente convincentes para que ela olhasse para tr�s e implorasse ao seu amado que ele n�o recuasse e apenas fizesse o que tinha que ser feito.rnrnNova investida e Nat�lia sentiu muita dor. Mais uma vez foi tomada pelo medo de ser incapaz de dar ao seu amado aquilo que ele merecia e que ela lhe oferecera incondicionalmente. E foi nesse momento que ela pensou que aquela era uma sensa��o que valia a pena ser sentida. Respirou fundo e moveu-se para tr�s fazendo com que o p�nis invadisse o intocado com uma intensidade sem controle. E quando isso aconteceu, ela sentiu muita dor e pensou que realmente n�o conseguiria concretizar aquele momento.rnrnTodavia, quando imediatamente Simas passou a mover-se para dentro e para fora de seu �nus, Nat�lia sentiu a dor sendo substitu�da por uma enorme onda de prazer que lhe invadia o corpo e a alma, fazendo com que ela se sentisse plenamente recompensada pelo esfor�o e pela dedica��o. E n�o demorou muito para que os movimentos de Simas fossem sincronizados com os movimentos de Nat�lia, num vai e vem fren�tico e repleto de tes�o. Eles pareciam mover-se quase como um ser �nico em um ritmo que transcendia seus corpos e suas almas, projetando-se para o universo e fazendo deles dois eternos apaixonados.rnrnO orgasmo veio. E veio como uma verdadeira recompensa justa e igual�vel ao esfor�o desprendido por eles. Foi algo t�o intenso, t�o carregado de erotismo e de sofreguid�o que nem mesmo eles podiam imaginar o quanto estavam unidos um ao outro. Era o pr�mio final; o justo congra�amento de duas almas nascidas uma para a outra. E assim eles adormeceram, ? abra�os um ao outro, suados, cansados, mas profundamente felizes em terem se encontrado.rnrnEP�LOGOrnrnO sol invadiu sem cerim�nias o quarto de motel fazendo com que Nat�lia abrisse os olhos e vislumbrasse a realidade que a cercava. Ela estava realmente ali! Aquilo n�o fora um sonho afinal! Tudo que sua mem�ria havia guardado e que agora retornava com a mesma intensidade da noite anterior rodeava sua mente testemunhando uma verdade que jamais iria se calar.rnrnRepentinamente olhou para a cama e n�o viu seu amado. Um enorme terror tomou conta de sua alma de crian�a ing�nua, fazendo-a pensar que Simas simplesmente havia partido sem nem mesmo dela despedir-se. Sentiu uma dor profunda e contundente como uma l�mina met�lica penetrar-lhe o peito e cuja intensidade era capaz de deix�-la sem ar para respirar.rnrnTeve vontade de chorar e de gritar com toda a for�a de seu ser, imaginando que fora usada e que agora, naquele exato momento Simas estava contando vantagem para seus colegas de como desvirginou aquela ?gordinha idiota e ing�nua?. rnrnMas, antes mesmo que ela pudesse esbo�ar qualquer atitude Simas surgiu a sua frente vindo de outro comodo do quarto. Tinha uma toalha felpuda sobre os ombros e a pele brilhante evidenciava que ele havia acabado de sair do banho. Ela olhou para ele com o olhar misto de pura alegria e alguma vergonha pelos pensamentos que havia passado por sua mente. E quando ele sentou-se ao seu lado na cama perguntando se estava tudo bem ela apenas respondeu-lhe: ?Sim meu amor, ? est� tudo maravilhoso! E sabe porque?? . Simas meneou a cabe�a como dizendo que n�o sabia, mas que estava muito curioso para saber.rnrn?Porque voc� est� aqui, ? porque isso n�o � um sonho, ? e porque eu te amo demais!?.rnrn?Eu tamb�m te amo muito e n�o quero mais te perder, ? voc� � minha agora e sempre!?. Simas respondeu-lhe com um olhar repleto de amor e de sinceridade, inclinando sua cabe�a e roubando um novo beijo dos l�bios de Nat�lia.rnrnA manh� j� havia se prolongado quando Simas deixou Nat�lia em sua casa e ap�s mais alguns beijos despediram-se prometendo reencontrarem-se mais tarde na Universidade.rnrnNat�lia entrou em casa irradiando felicidade, pois n�o cabia em si e precisava contar para algu�m. O doutor Leonardo cumprimentou a filha que o beijou esfuziante abra�ando-o como h� muito tempo n�o fazia. Olhou para sua m�e e depois de abrac�-la e beij�-la disse a eles que precisava correr porque estava atrasada.rnrnO Doutor Leonardo fez men��o de perguntar onde a sua filha havia passado a noite, mas o olhar complacente e sutil de Dona Leonor imediatamente demoveu-o dessa ideia. Afinal, Dona Leonor sabia muito bem que sua filha estava feliz, ? feliz como h� muito tempo n�o ficava e, portanto, palavras e explica��es eram totalmente desnecess�rias.rnrnA caminho da Universidade, Nat�lia encontrou-se com Ametista que imediatamente percebeu o estado de incontrol�vel alegria contagiante de sua amiga e p�s-se a preparar um interrogat�rio completo, pois precisava saber de tudo! Tudo mesmo!rnrnNat�lia sorriu-lhe e apenas disse que no momento certo ela iria saber. E ao chegarem ao c�mpus, foram recepcionadas por Simas que abra�ou e beijou Nat�lia, deixando Ametista em absoluto estado de choque. Nat�lia riu muito da amiga, assim como Simas tamb�m, e passado o susto inicial, Nat�lia tomou a amiga pelo bra�o e disse-lhe que no tempo certo tudo seria explicado.rnrnForam-se os tr�s para mais uma dia de aulas. Ali�s, pensou Nat�lia, mais um dia n�o, pois aquele era o primeiro dia do resto de sua vida.rn