Escrevo para esquecer...rn Quando eu tinha apenas dois anos, mesmo muito novo, j� poderia dizer que eu pensava diferente de outras crian�as. As brincadeiras que eu mais gostava n�o eram as mesmas que outras crian�as, eu queria aventurar-me nos pensamentos adultos. Talvez, por isso minhas inquieta��es sexuais come�aram antes que eu soubesse do que se tratava.rnAos tr�s anos eu beijei um primo na boca, ele chorou tanto que n�o conseguiu esclarecer o que acontecera. Ent�o a� nasceu minha primeira mentira, n�o sei porqu� mas aquele choro me despertou algo estranho e logo descobri que conseguia manipular muito facilmente as pessoas para que me safasse. Uma muralha intranspon�vel foi-se construindo entre mim e o mundo, um abismo conveniente surgira entre meus atos e meus pensamentos.rn Entre meus quatro e cinco anos, eu gostava da esfregar meu pinto duro no umbigo de minhas vizinhas, n�o demorou em que eu fizesse com minhas primas, tamb�m, mas de alguma forma eu decidi por esconder essas brincadeiras aos seis anos, e escondido passei a esfregar-me em meus primos, por volta dos sete anos.rnCom oito anos, eu queria que minhas primas abrissem a cal�a para me acomodar melhor entre suas pernas e com nove j� havia sido chupado por tr�s primos, enfiado um dedo no cu de um deles e sempre me esfregava na bunda de mais outro, o que acabou sendo descoberto por minha m�e e deu-se in�cio a um esquema mais aprimorado para ocultar meus pensamentos e meus atos.rn Antes dos dez anos, perdi a virgindade com uma amiga de meu irm�o, o trauma do sexo antes da hora, com uma mulher muito mais velha que eu, fez-me t�mido e reprimido, ainda mais, e passei a ser conhecido como o quieto nas rodas de amigo e as brincadeiras cessaram.rn Somente aos treze anos permiti-me brincar novamente de esfregar, mas somente esfregar j� n�o era suficiente, ent�o tentei comer outro primo todas as vezes que ele aparecia l� em casa o que, coincidentemente a meus desejos, acontecia todos os dias. Mas pela inexperi�ncia n�o consegui penetr�-lo, tentava apenas por ser muito gostosa a pr�pria tentativa. Meu pinto j� estava avantajado para �ltima vez que havia brincado ou penetrado e o tempo que se decorreu para que me decidisse por penetrar algu�m novamente s�o fatores que se somaram para que eu n�o obtivesse �xito.rn Por�m, minhas primas estavam, se n�o mais, t�o f�ceis quanto quando eu tinha deixado de brincar com elas e as penetra��es foram ocorrendo, desse modo at� os quinze anos j� tinha comido todas minhas primas com idade pr�xima a minha.rn Havia apenas um empecilho, eu me apaixonava facilmente. Passei minha adolesc�ncia me adicionando paix�es por qualquer pessoa que me tivesse cativado o m�nimo poss�vel. Tinha dado come�o a fase de escrever poemas e chorar pelos meus sentimentos reprimidos.rn Fiz meus primeiros amigos verdadeiros, ainda aos quinze, e parei com as brincadeiras e o sexo, aos dezesseis.rn Passei o m�s que faria dezoito anos no Canad�, com viv�ncias novas e empolgado com tudo que tinha acontecido de novidade fora do Brasil, retornei e a casa de meus pais sem vontade de aquietar-me, o que me levou a mudar para Goi�nia, aos dezenove anos.rn Agora tinha uma vida nova para inventar e, decido que nada era mais forte que minha felicidade, detonei com toda barreira que me separava do mundo, decidi-me por experimentar. Estava livre, mas isso me tornava vulner�vel.rn Nessa vulnerabilidade, descobri o sexo depravado. Comecei a entender qual era o esquema de Goi�nia e em pouco tempo estava transando sem descanso. Aos vinte anos, eu estava com um corpo muito bonito, apesar de n�o pensar assim na �poca, isso atraiu muitos garotos e, aos vinte um anos, transei pela �ltima vez com uma mulher, em meu anivers�rio. Os garotos dessa cidade s�o mais f�ceis e tem sempre uma novidade que me motivava sexualmente.rn Eu, moreno, 21 anos, 1,78 metros de altura, olhos e cabelo castanho escuro, corpo definido, confiante e sempre com tes�o, s� poderia cair no sexo que exala por todas esquinas em Goi�nia.rn Aluguei um apartamento no setor central, pr�ximo a uma sauna, uma galeria, um bosque e a v�rios cinemas e teatros er�ticos. Alimentando-me de sexo por todos os lados.rn Adorava entrar em chats e convidar garotos bonitos convictos de serem heterossexuais para me chupar, domin�-los completamente e devorar a virgindade anal deles. Cinema de shopping era �timo lugar para levar uma chupada gostosa. As ruas, durante a noite pediam sexo a cada �rvore em cantos escuros, eu cedia aos chamados do meu pinto sempre e adorava um desafio, n�o existia pessoa forte o bastante para a minha l�bia. Assim abri caminho para minha decad�ncia espiritual, pois quanto mais recorria ao sexo, mais me perdia do amor. Hoje, apesar da pouca idade, sinto-me velho, sozinho, j� n�o tenho o corpo bonito, nem a juventude que me transbordava. Conto apenas com uma experi�ncia sexual muito refinada a atingir orgasmos explosivos, por�m sem �nimo, e a proporcionar orgasmos de enlouquecer, aprendi a ler o corpo de outro homem e arrancar o m�ximo de cada toque. Mas n�o tenho vontade de atender meu pinto como antes.rn Tenho vinte e oito anos e meu �nico desejo � que eu n�o tivesse dado aquele beijo que me ensinou a mentir para mim mesmo. Mas, para esquecer, escreverei aqui todos os detalhes...rn