Apresento-me: meu nome � Beatriz, mas geralmente as pessoas me chamam de Bia (que Beatriz nunca foi chamada de Bia?). Essa daqui � a primeira p�gina do meu di�rio. � verdade que eu j� sou uma mocinha (tenho quase 19 aninhos) e mocinhas n�o escrevem di�rios, porque parece coisa de crian�a. Eu deveria ter come�ado esse projeto “liter�rio” alguns anos atr�s, mas s� agora tive essa ideia.
Vamos come�ar pelas �ltimas semanas de 2008, naqueles dias que antecedem o natal. Excepcionalmente neste ano, n�o vou celebrar o nascimento de Cristo junto da minha fam�lia. N�s brigamos e eu fui morar sozinha. Como n�o falo mais com meus pais, minha namorada me convidou para a ceia de natal com a fam�lia dela. Eu namoro uma amiga de inf�ncia da minha idade. � um namoro às escondidas, descompromissado, afetuoso, mas principalmente… sem sexo! Mas com muitos abra�os e beijinhos! Por que dessa forma? Isso � outro assunto e n�o quero me perder.
Ent�o vou passar o natal com uma fam�lia que acha que sou uma jovem rebelde por ter brigado com meus pais. Pelo menos, estarei ao lado do meu amor! Por mais que tenha me agradado o convite da minha namorada, ele acabou me trazendo um grande problema: como vou pagar os presentes de natal? Cabe nesse momento fazer alguns esclarecimentos: desde o come�o do ano, quando eu deixei a casa dos meus pais, consegui me sustentar gastando apenas o dinheiro que tinha na minha poupan�a. Agora no final do ano, o meu saldo estava praticamente zerado.
Precisava ser um presente especial, n�o s� para a namorada que amo mas tamb�m para os pais dela que me odeiam. Foi basicamente por isso que tomei a decis�o de me prostituir. Esclarecimento n� 2: N�o � a primeira vez que recebo dindim para fazer sexo, a diferen�a essencial � que antes n�o tinha tanta necessidade do dinheiro, fazia essencialmente por prazer. Ou seja, nesses dias eu cobrei mais caro pelo servi�o e trabalhei por muito mais tempo.
Atendia os meus clientes ou em motel ou no meu quarto mesmo. A �nica forma de me contatarem era por meio de tr�s vizinhos meus, que j� mantinham rela��es sexuais e financeiras comigo. Por mais que desempenhasse esse servi�o sexual remunerado, conhecido como prostitui��o, jamais me considerei como uma verdadeira prostituta. Nem como uma acompanhante, meretriz ou profissional do sexo. Ocorre que tenho um car�ter profundamente submisso. N�o sou como as putas que se agarram em seus clientes, tomam alguma iniciativa, tornando-se agentes ativos na hora do sexo. Sou mais como um objeto, uma m�quina que necessita ser operada. Mas isso n�o significa que eu n�o tenha vontades. Tenho sim, e muitas! S� que elas s� s�o satisfeitas se forem as mesmas daqueles que me utilizam.
Agora vou contar como foram os meus dias de trabalho duro e for�ado (sem trocadilhos, por favor).
Dia 20 de dezembro de 2008.
Coisas interessantes aconteceram nesse dia, mas conv�m detalhar apenas o servi�o prestado por mim durante a noite. Era mais um dia em que eu fazia programas. Combinei com meu vizinho, que tamb�m participaria, para ele convidar pelo menos dois amigos para fazer sexo comigo aqui no meu quarto. Sob a perspectiva capitalista, muito melhor dar para mais de um, j� que ganho mais e trabalho proporcionalmente menos.
Antes de os mo�os chegarem, estava deitada no ch�o com uma almofada sob o pesco�o, usando a mesma camisola verde que vesti para ir dormir na noite passada e lendo uma daquelas revistas que tratam de atualidades que s�o cobradas nos vestibulares. N�o me preparei para receb�-los. Sabia que qualquer coisa que eu vestisse, logo seria retirada, qualquer perfume se tornaria f�tido, qualquer maquiagem seria borrada.
E eles chegaram pouco antes do hor�rio marcado. Escrever detalhes sobre os meus clientes n�o seria l� muito interessante, at� porque todos s�o muito parecidos. S�o homens com idade entre 25 e 40 anos. Trabalham o dia todo em empregos pouco especializados e mal remunerados. Depois do servi�o, eles se re�nem – na rua mesmo ou num barzinho – para relaxarem. Pessoas que, at� o passado, eu os identificaria como pobres, mas hoje prefiro v�-los como representantes das classes C e D. Este � o tipo de gente que mora no meu bairro, os clientes aos quais tenho acesso seguro.
Abri a porta com desgosto e dei de costas para eles, indo em dire��o ao centro do quarto e pedindo que o �ltimo, por favor, fechasse e trancasse a porta. Nem bem me virei e um deles agarrou o meu bumbum por baixo da minha camisola e pronunciou alguns desses jarg�es populares para uma mulher objeto. O forte tapa que se seguiu na mesma n�dega me convenceu que teria apenas que aceitar a vontade �ntima dos tr�s. Claro que eu tinha restri��es e, antes de qualquer um me agarrar, disse que n�o podiam tentar fazer nada contra o meu �nus. Muito provavelmente eles j� sabiam disso, mas fiz quest�o de refor�ar. Como sempre acontece, quando eu ficar nua, o olhar pervertido e consumista desses animais vai se desviar para o meu bumbum e eles v�o se perguntar: “Por que ela est� com aquela coisa enfiada na bunda?”. Ent�o, bonitinhos, aquela coisa � um plug e est� l� porque � l� onde deve ficar. E essa � apenas uma das vinte respostas diferentes que eu j� dei para essa recorrente pergunta.
Ok! Ap�s dizer algumas poucas considera��es, eles n�o queriam mais saber de di�logos. Um deles me levou para cama como se estivesse carregando um tapete enrolado, apoiado em seu ombro. E de l� de cima, ao inv�s de simplesmente me soltar ou ent�o me colocar na cama, fui jogada sobre o meu velho colch�o. Devo ter ficado poucos segundos desacordada, porque nem percebi que j� tiravam a minha calcinha. Esfregou v�rias e v�rias vezes a m�o na minha xana, puxava os l�bios e tocava e beliscava meu clit.
Fez eu ficar com as pernas bem abertas e para cima, sem apoi�-las em nada. Deitou em cima de mim e come�ou a esfregar: o p�nis no meu sexo, a l�ngua no meu rosto. Quis me beijar, mas aquele h�lito b�bado me dava �nsia. Sempre tive nojo da boca, da l�ngua e da saliva dos meus clientes. Fui beijada à for�a por alguns, mas nunca retribu�, tentava – sem sucesso – manter minha l�ngua longe da deles. N�o podia evitar, contudo, que eles lambessem o meu corpo e, às vezes, era o corpo todo. Sem d�vidas, ser lambida por homens desprez�veis � menos pior do que lamb�-los. No come�o eu achava que homens gostavam apenas de sentir a minha l�ngua em seus p�nis. S� que alguns gostam de senti-la em outras partes do corpo. Mas esse n�o foi o caso desses tr�s, que queriam mesmo era a saliva deles no meu corpo.
Um deles cuspiu na minha boca. Ele pretendia que fosse dentro dela, mas eu n�o deixei. Ent�o ele esfregou o cuspe no meu rosto e me deu muitos tapas at� deixar minha bochecha vermelha. Os homens perdem muito facilmente o controle na hora do sexo. Fiquei assustada por n�o esperar que fosse me bater tanto. Abri a boca, cuspiu l� dentro, engoli, coloquei a l�ngua para fora, bateu uma vez no meu rosto. “Vagabunda!”, foi assim que me chamou. E n�o foi s� saliva que tive que por para dentro. Logo veio o primeiro p�nis na minha boca. Estava t�o fl�cido que tive vontade de mord�-lo. Mas n�o o fiz: eles n�o gostam de sentir os dentes ro�ando-lhes o membro. Apenas chupei, com uma vontade demente de engolir logo tudo que fosse para minha boca. Como n�o poderia ser diferente, sinto-me cada vez mais preenchida pelo crescimento do volume do p�nis na minha boca.
Enquanto isso, delicadamente, fa�o aquela massagem nas bolas do meu outro acompanhante, com minhas m�os t�o pequenas que algumas vezes deixava uma das bolas escapar. Daquele saco peludo, meus dedinhos v�o caminhando sobre o falo at� agarrarem-no com for�a… e aperta… e solta… e inicia a estimula��o com movimentos ritmados, para acord�-lo com �nimo para trabalhar nas entradas do corpo dessa putinha. J� outro p�nis se enrijece apenas atritando com a minha vagina. A cabe�a dele fica tocando o meu clit e, algumas vezes, fazia o membro todo bater com for�a na minha xana para faz�-la pulsar. Seu membro penetrou todinho dentro de mim com apenas uma estocada. Eu poderia difamar meu cliente, escrevendo aqui que o p�nis dele n�o era l� muito grande e por isso entrou bem facilmente. Mas seria ingenuidade minha achar que lhes enganaria. A verdade � que j� sou bem arrombadinha, e sobre esse “pequeno” detalhe, vou abrir um “pequeno” par�nteses.
(Depois de anos enfiando objetos de diferentes espessuras, o resultado foi o alargamento da minha entrada vaginal. Meu objetivo era conseguir enfiar minha m�o toda l� dentro. Mesmo depois de conquistado, n�o parei mais de enfiar tudo que se assemelhava a um falo. Um di�metro consider�vel n�o era mais o principal requisito para eu meter algo em mim. Sempre pensava: “Qual ser� a sensa��o de ter isso dentro da minha xana?”. A diferen�a maior parecia estar mesmo no tamanho e na forma dos objetos e, às vezes, o que distinguia mesmo um do outro era o material. S� mais tarde eu fui perceber que enfiava v�rios objetos em mim, porque me dava muito prazer olh�-los sabendo que j� estiveram em contato com minhas partes �ntimas. Essa mania ficou mais doentia quando passei a admirar quando as pessoas pegavam esses objetos. Houve casos em que eles foram parar na boca de muita gente. Nessas ocasi�es sentia algo equivalente a um sexo oral, s� que mais brevemente e bem subjetivo).
Tendo um deles se divertindo penetrando minha xana, eu precisava agora entreter os outros dois principalmente com a minha boca. Considero-me uma boqueteira de carteirinha. N�o por achar que minha chupada � especial, mas simplesmente por me sentir bastante excitada quando tenho um falo invadindo minha boca. Ser� que eu tenho o clit�ris no fundo da garganta, como a protagonista de “Garganta Profunda”? Hmmm… Preciso me lembrar de assistir ao filme para comprovar! Mas � fato que adoro quando o p�nis alcan�a a minha garganta. O meu insaci�vel desejo me for�ava a colocar o p�nis todo na boca, e eu engasgava, e ficava sem ar, e me dava �nsia de v�mito, e sentia minha boca acumular catarro, at� que l�grimas come�avam a escorrer pelos meus olhos e fluidos pela minha vagina. Era no sexo oral que eu realmente me sentia como uma prostitutazinha, tanto que assumia atitudes de uma, como esfregar e bater o p�nis r�gido no rosto. Tomava esses dois movimentos quase como um ritual, uma mania obsessiva e compulsiva. Sei l�, acho que � uma forma de eu demonstrar carinho e at� “devo��o” pelos falos.
Chupei um pouquinho um e agora abocanharia outro, na sequ�ncia aquele que at� o momento eu ficara segurando e masturbando. Dessa vez, me senti como uma presa que vai com voracidade atacar uma isca e acaba tendo uma grande surpresa. Coloquei quase que o p�nis dele inteiro na minha boca (esse era bem grandinho) e j� senti o paladar. Argh! Mais um porco veio se aproveitar de mim! Gosto azedosalgado da p�ssima mistura de esperma, urina e suor. Fiz uma express�o bem nojentinha, mas ainda assim, n�o retirei o p�nis da boca. Era de se esperar que algum deles n�o tivesse lavado as partes �ntimas. Para confessar, eu mesma n�o havia lavado as minhas, tanto que sentia um forte odor vindo do meu sexo. Porquinha do jeito que sou, considero aceit�vel certas sujeirinhas na hora de transar.
Escrevendo o par�grafo anterior, me veio uma divaga��o curiosa, mas nem muito interessante. Ao primeiro contato da boca com o p�nis sujo, sente-se um gosto muito forte, por�m, conforme a pessoa vai chupando, parece que o gosto desaparece ou fica bem fraquinho. Sem novidades at� agora. O interessante mesmo � que, ao tirar o p�nis, aquele gosto ruim fica mais acentuado na boca do que se voc� continuasse chupando. Acho isso muito estranho. Bem, de qualquer forma, o sabor ruim impregnado na l�ngua n�o me incomodava naquela hora. S� sentia mesmo esse desconforto quando todos iam embora e eu podia ir lavar a boca.
Seria redundante escrever sobre os minutos que se seguiram. O �nico detalhe que mudou foi a minha posi��o: sentada no colo de um deles, dando a minha xana enquanto chupava os outros dois. Fiquei bem cansadinha de ficar sempre “cavalgando” em cima de um. Tive ent�o o atrevimento de deixar os tr�s e me jogar no ch�o, toda aberta, estirada e ofegante. Um arrepio percorreu-me o corpo quente e molhado em contato com o ch�o gelado. Certamente, esses simples momentos s�o os mais prazerosos, n�o que sentisse vontade de gozar, mas quis que o tempo parasse, que tudo ao meu redor desaparecesse e me deixasse sozinha. Mas logo veio a consci�ncia de que n�o estava s�. Havia um p� pisando na minha barriga e empurrando a fim de que eu levantasse para voltar ao trabalho.
Fiquei de joelhos. Agora tinha tr�s p�nis para chupar. Sei que falta pouco para concluir o meu servi�o. Fico olhando para o ch�o, sinto-me um pouco constrangida de olhar nos olhos da pessoa enquanto estou lhe chupando. Nesse caso, um deles fez quest�o de ver a humilha��o em meus olhos. Ele me observa de cima. Estou abaixo dele, ajoelhada e com minha boca em suas partes �ntimas. Olhos de desprezo visam olhos lacrimejantes. Nem se importa… “foi ela que decidiu trabalhar como puta”. A imbecilidade dessas pessoas tamb�m se traduzia na cren�a de estarem me prestando um favor. “Ora, essa menina � uma vadia, ela daria para qualquer um de gra�a, mas vou dar um dinheirinho para essa coitada s� para fazer um agrado”. N�o que esse pensamento fosse completamente incorreto. Para falar a verdade, n�o esperava mais do que isso de pessoas com t�o baixo n�vel de instru��o. Nunca aconteceu de algu�m questionar as minhas inten��es e tentar entender os meus sentimentos, porque ali, no ch�o, havia apenas objeto humanizado para sentir o prazer alheio e assim desempenhar melhor sua fun��o.
Agora eles se masturbavam na altura do meu olhar. Estavam bem pr�ximos ao meu rosto para garantir que seus flu�dos escorressem por ele. Fiquei com a boca bem aberta, a l�ngua para fora e os olhos semicerrados. Nessas horas, o tempo corre bem devagar. Voc� est� certa de que algo vai acertar o seu rosto e voc� espera que isso vai acontecer exatamente no segundo que se passa. At� que, enfim, veio o primeiro jato, direto no meu olho – por isso que eu n�o consigo ficar com os olhos bem abertos – e depois dentro da minha boca. Engoli, abri a boca e coloquei a l�ngua para fora de novo. Quando eu comecei com sexo oral, eu s� engolia o esperma quando meu parceiro desejava. O problema � que todos os homens querem isso, mesmo aqueles que n�o pedem. A rotina tornou esse ato inconsciente a ponto de eu engolir qualquer l�quido que v� parar na minha boca.
Mas voltando, os outros dois tamb�m gozaram nos meus olhos, no meu nariz, na minha boca e nas minhas bochechas. E ficaram l�, admirando de cima a porra escorrendo pelo meu rosto. Puxaram meu cabelo para tr�s e cuspiram no meu rosto. Ainda que tivesse esperma nos meus olhos, consegui distinguir, no meio de um imenso emba�ado, a express�o de satisfa��o dos meus clientes. Para finalizar, esfreguei a porra no meu rosto como se fosse um hidratante e depois deixei uma das minhas m�os dentro da minha boca. Na despedida, dei uma �ltima chupada e um �ltimo beijinho no p�nis de cada um deles. Quando eles foram embora, sentei ali mesmo no ch�o perto da porta e comecei a me masturbar…