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DEZ ANOS DEPOIS

Ver�o, f�rias, veraneio. Casa de temporada no litoral. Sa� mais cedo e cheguei bem antes da noite. Meu irm�o e sua cunhada de bicicleta. Ele quer ir à praia. Ela fala do calor: vai ficar e me ajudar.



Beto vai ao encontro da turma e Gilda o acompanha com o olhar enquanto estaciono. Ela est� contra a luz no port�o e me pego avaliando a silhueta praticamente nua sob a transparente sa�da de praia branca e amarela.



Meu corpo se agita e quando ela vem em meu apoio tento disfar�ar minha ere��o ficando de costas para abrir a mala do carro. Pouca coisa em muitas bolsas com roupas minhas e da esposa que viera pela manh� com toda turma.



Nossos corpos se esbarram no af� de levar de uma s� vez todas as bolsas e sinto a maciez de suas coxas de encontro a minha e logo ela percebe minha ere��o em seu corpo. Estremece levemente mas percebo sua rea��o e meu p�nis me denuncia pulsando e afastando-a j� em dire��o à casa.



Linda a casa. Tr�s andares. Duas grandes salas e uma copa cozinha enorme no andar t�rreo. No segundo andar s�o tr�s su�tes. Uma de frente para o mar. Outra de frente para as montanhas, cachoeira e floresta tropical. A pr�xima su�te � a principal do andar e permite uma vis�o que vai da praia às montanhas, tudo envidra�ado com persianas que se recolhem totalmente e varanda em toda extens�o. Aquele magn�fico quarto, Gilda me disse, foi escolhido por Beto, meu irm�o – como devia ser!



Meu quarto ficava no �ltimo andar. Gilda me contou que era um presente surpresa para mim. E foi.



A su�te era toda em blindex, sextavada, com varanda a toda volta, at� o teto era praticamente de vidro. Paredes s� as do banheiro que se estendiam at� a varanda onde ficava uma enorme banheira de hidromassagem. Su�te digna de reis.



Deixei as bolsas no ch�o sem qualquer ordem. Gilda hesitava e derrubei as bolsas que estavam com ela e rimos muito como se isso fosse uma grande travessura. Tirei a camisa suada e percebi um misto de susto, surpresa e excita��o quando, de uma s� vez, arriei minha cal�a jogando-a longe.



Mais uma vez Gilda riu at� chegar à gargalhada confessando que pensou que eu ia ficar nu. Eu j� fora preparado com o cal��o de banho sob a roupa. Na brincadeira puxei sua sa�da de praia. Livrando-se daquele pano o corpo dela girou e ela parou de frente e um pouco afastada de mim.



Sem resistir deixei meu olhar passear dos p�s à cabe�a daquela mulher. Quando fitei seus olhos ela enrubesceu e desviou o olhar do meu p�nis ereto. Mas parecia haver ali um im�. Ser� que ela estava achando ele muito grande? Seu olhar fugidio rodou, girou e mais uma vez se fixou no mesmo ponto em plena ere��o e quando dei um passo em sua dire��o ela me olhou, percebeu desconsertada que mais uma vez notara seu olhar.



No susto ela deu n�o um, mas quase dois passos para tr�s. N�o conseguiu completar o segundo passo pois trope�ara com a perna na cama e ia caindo deitada quando fui em seu socorro. Peguei seu bra�o, puxei para mim e abracei suas costas interrompendo a queda que seria macia.



Minha desastrada atitude – afinal ela cairia em uma cama macia – deteve sua queda mas arrebentou o cadar�o do busti� do biqu�ni e os seios de Gilda libertaram-se se oferecendo aos meus l�bios que estavam a poucos cent�metros de seu cora��o.



A velocidade dos acontecimentos, apesar de grande, era impercept�vel. Tudo parecia acontecer em c�mera lenta. Eu n�o perdia um �nico detalhe:

- a respira��o acelerou-se;

- as narinas dilataram-se;

- o cora��o perdeu o compasso;

- o seio direito ia, aos poucos intumescendo;

- o seio direito, j� intumescido, talvez pelo meu h�lito, espalhava um intenso arrepio para todo o corpo.

A tudo isso eu via progredindo lentamente, detalhe por detalhe at� que ela recuperando seu pr�prio apoio erguia-se.



Os gestos de Gilda, apesar de afastar seu corpo e seus seios de mim, aproximaram seus l�bios secos e carnudos e me permiti ro�ar neles os meus l�bios.



Em meus bra�os pude perceber o estremecimento de seu corpo. Em meu peito seus bra�os ensaiavam uma rea��o negativa. Fingiam tentar me afastar. Suguei seu l�bio inferior deliciosamente. Senti seus dentes morderem acariciando meu l�bio superior e seus bra�os enla�arem meu pesco�o dando a ela o apoio que seu corpo reclamava.



Deixei meu corpo perder seu equil�brio com aquele peso extra e sobre ela cai na cama aos beijos cada vez mais intensos e deliciosos. Seu corpo, seus seios estavam sendo esmagados entre o colch�o e meu peito, nossas pernas sobravam pendidas para fora da cama. Mas logo o desconforto pode ser aliviado. As pernas de Gilda engancharam-se em minha cintura e pude escorregar seu corpo quase inteiro para cima do colch�o.



Agora meus l�bios beijavam-lhe a face e desceram ao pesco�o onde depositei uma mordidinha arrepiante que arrancou o primeiro de muitos e sucessivos gemidos cada vez mais altos e intensos.



N�o podia permitir que a cunhada de meu irm�o viesse depois alegar que tudo acontecera a sua revelia e que minha for�a havia dominado sua resist�ncia. Rolei meu corpo lenta e cuidadosamente dando tempo dela desfazer o abra�o à minha cintura.



Esta estrat�gia aproximou, mais uma vez, os seios de Gilda dos meus l�bios e eles passaram a ser, revesadamente, acariciados e beijados. Nossos corpos experimentaram o calor dos grandes inc�ndios e Gilda se envolveu na busca de meu prazer em percept�vel retribui��o à minha dedica��o em arrancar de seu corpo arrepios e sensa��es. Logo est�vamos cadenciadamente nos possuindo mutuamente, ora violenta e velozmente, ora carinhosa e profundamente.



Juntos perdemos a no��o das horas, do tempo. Em seguida perd�amos a no��o de onde est�vamos, de espa�o. Logo est�vamos explodindo em uma transfus�o de energia que nos consumia, realizava, integrava e mais nos acendia provocando a inevit�vel explos�o de prazer que primeiro a arrebatou intensamente.



Em seguida aquela onda de intenso prazer me envolveu me levando a precipitar uma intensa chuva no interior daquele corpo que me sugava para me completar e contemplar com um prazer j� t�o conhecido, t�o desejado, t�o amado.



Era sempre uma primeira vez nossos encontros. Era sempre pleno e satisfat�rio nossos embates amorosos. Era sempre igual e sempre t�o diferente. Era sempre uma novidade descobrir o amor que eu sentia por ela e uma surpresa me sentir assim t�o amado.



No meu d�cimo anivers�rio de casamento a surpresa de meu irm�o para mim n�o fora aquela encantadora su�te, e sim a oportunidade de mais uma vez possuir sua cunhada: minha amada esposa.



Gilda, obrigado por continuarmos sendo, ap�s dez anos, um s� ser no amor, apesar de sermos dois indiv�duos distintos.



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