Era um final de tarde normal como qualquer outro. L� estava eu correndo a favor de meu incontrol�vel vicio, eu n�o podia evitar o desejo que sentia!
O sangue de minhas v�timas derramado em minhas m�os era prova disso, eu as matava e depois possu�a seus corpos, as matava de uma maneira r�pida e sem dor. Bem, n�o garanto a parte da dor, mas com certeza era de uma forma r�pida que elas partiam para o outro mundo.
O advogado do m�s passado, a enfermeira de plant�o na semana anterior, o jovem de 19 anos que voltava da escola h� uns tr�s dias atr�s... Todos saciaram meu prazer, prazer que crescia a cada dia, a cada toque em seus corpos frios. Os jornais me chamam de doente e psicopata, mas o que eles sabiam sobre mim?
Na verdade, nem eu sei muito sobre mim. Fui criado num por�o sujo e empoeirado, via comida apenas uma vez ao dia e os banhos eram sempre de �gua fria, o gelo na �gua queimava como fogo. Depois de viver 19 anos naquele lugar, sendo torturado f�sica e mentalmente, eu finalmente consegui fugir, voltei cinco anos depois para um acerto de contas e matei todos que viviam na casa, mas minha sede de vingan�a ainda n�o estava completa!
N�o. Alguns deles haviam se mudado e constru�ram suas vidas nas cidades vizinhas, constru�ram um belo e feliz lar... Mulher, crian�as, animais... Eu que fui tratado como lixo por toda a minha vida, apenas por ser um filho bastardo, um filho gerado fora do casamento! Ent�o para esconder a vergonha da fam�lia me prenderam por 19 anos, mas minha dor estava chegando ao fim.
Ap�s tr�s anos, eu consegui encontrar e matar quase todos que participaram daqueles atos cru�is contra mim, toquei em seus corpos como tocavam em mim. Mesmo que j� estivessem mortos, eu sabia que seus esp�ritos sentiriam a dor e agonia de me verem profanando seus corpos. Agora faltava apenas mais um para satisfazer minha sede, ele estava s� e n�o tinha a quem recorrer, toda sua fam�lia estava morta e ele era o pr�ximo! Eu j� o vinha observando h� semanas, eu sabia exatamente quando e onde atacar.
Ele era um belo rapaz, n�o parecia pertencer a essa fam�lia... Est� na faculdade de medicina. A parte boa, � que talvez eu aprenda a dissecar um cad�ver, a ruim, � que ele ser� minha �ltima cobaia. Ap�s tudo terminado eu poderei descansar meu esp�rito e morrer tranquilo, sem medo que eles tentassem me encontrar e me prenderem novamente naquele lugar.
O garoto tinha apenas um defeito aparente, ele tinha um namorado e talvez eu tamb�m tivesse que mat�-lo j� que estava preso a la�os familiares. Est� decidido, os matarei na sexta, dia em que se encontrar�o...
Sexta feira, o �ltimo dia de meu �ltimo parente. Apesar de ele nunca ter feito nada para mim, eu corria o perigo de ele querer se vingar, vingar a morte de cada mulher e crian�a de sua fam�lia. Claro, as mulheres e crian�as que nunca me tocaram apenas morreram r�pido, mas os outros... tiveram uma morte lenta e cansativa...
Era final de tarde e o garoto estava em sua casa, ele estava com um t�cnico arrumando a pia da cozinha, eu os observava do quintal por detr�s das numerosas arvores da casa. Ap�s o t�cnico sair, ele se deitou em uma rede armada a alguns metros de mim, era como se ele estivesse facilitando sua morte e eu estava ficando cada vez mais excitado com a cena de seu frio cad�ver sobre a �mida e verde grama.
Ap�s meia hora ele cai em sono profundo, ele morreria sem ao menos ver a luz daquele sol novamente. Fui me aproximando lentamente, desviando de alguns gravetos e folhas secas ao ch�o, n�o queria perturbar o seu esp�rito em seu ultimo sonho.
Quando chequei em frente a rede, tive a sensa��o de estar levando um choque, o garoto era lindo, seus cabelos negros e as ma��s avermelhadas em seu rosto ardiam em contraste com a pele p�lida, ele estava sem camisa e eu pude ver seu n� e perfeito peito, de repente senti a imensa vontade de possuir aquele corpo. Mas n�o morto e frio como muitos outros, n�o, ele teria que estar vivo, eu queria ouvir seus gemidos...
Uma borboleta passando pelo local pousa bem em cima de seu peito e come�a a passear por todo ele, o garoto ent�o come�a a despertar, minhas m�os pareciam dormentes e atadas, o punhal que segurava logo caiu ao ch�o despertando por completo aquele ser. Ao acordar subitamente ele me v� e se assusta, perguntava quem eu era e o que fazia ali, eu estava sem rea��o, nunca havia acontecido isso comigo, a sensa��o era de estar caindo de um pr�dio de vinte andares, ele tentou sair da rede, mas trope�ou em seu pr�prio p� e foi ao ch�o.
Com a pancada e o sangue em sua testa eu me despertei daquele sono profundo, fui at� ele e golpeei a sua nuca, fazendo com que ca�sse desacordado ao ch�o. Pequei meu punhal e cortei os punhos da rede, escolhi uma arvore e prendi o garoto nela com os punhos levantados, mas deixei seus p�s tocarem no ch�o para que n�o ficasse t�o desconfort�vel.
Quando ele acordou, apenas fazia perguntas, perguntava quem eu era e porque estava fazendo aquilo com ele. Explicar a ele o que estava acontecendo parecia desnecess�rio, por uma fra��o de segundos, eu pude entender o que o namorado dele havia sentido noite passada em que dormiram juntos, eu sentia um misto de prazer e curiosidade. Havia medo e euforia tomando conta de todo meu corpo.
Seu peito n� estava me chamando, n�o pude evitar, comecei a cheir�-lo e depois beijar aquele corpo, ele virou o rosto, quis gritar, mas eu ameacei cortar sua garganta com o punhal. Vi uma gota de suor descer de sua garganta e cair no punhal, mais um impulso, comecei a beijar seu pesco�o e depois lambi sua garganta, o garoto come�ou a chorar, mas algo nele tamb�m estava diferente, ele estava excitado com tudo aquilo, um forte volume come�ava a surgir em sua cal�a.
Ele pedia por favor, mas meu desejo era maior, fui tirando sua roupa aos poucos e puder notar uma pequena contra��o de prazer ao tirar sua cueca, seu p�nis estava quente e ereto, era macio e cheiroso, diferente de quando se � um cad�ver, comecei a toc�-lo fazendo movimentos sincronizados, o garoto come�ava a gemer, ele j� havia parado de chorar e um misto de prazer tamb�m o dominava, por mais que ele n�o quisesse admitir.
N�o consegui me controlar e logo encostei aquele membro em meus l�bios, o sutil e suave toque, despertou um prazer em ambos. Comecei a beij�-lo e fui subindo com os l�bios por seu corpo, beijei seu pesco�o e pude notar um leve arrepio em sua espinha, ele olhou para mim e seus l�bios foram de encontro aos meus, com o punhal em minhas m�os, cortei a corda que o segurava.
Ele n�o fugiu, apenas foi de encontro a mim no ch�o. Come�ou a tirar as minhas roupas e logo retribuiu as mesmas car�cias, diferente do que os outros tinham feito, eu estava gostando dessa vez. Ele me beijava e eu retribu�a na mesma intensidade, seus l�bios eram macios e molhados, o prazer era imensur�vel.
Ent�o ele fez algo que eu n�o esperava, desceu seus l�bios em meu pesco�o e come�ou a lamber minha garganta e com sua l�ngua foi descendo de encontro a meu p�nis, pude sentir o prazer florescendo em minha pele quando ele o colocou em sua boca, o calor e os movimentos me levaram a �xtase total, sentia meu corpo se contorcer todo e ele sentia o mesmo, ap�s alguns minutos ele subiu de volta e seus l�bios foram de encontro aos meus, n�o resisti e beijei aquela boca macia novamente.
O perfume de seus cabelos era um aroma floral, combinava com o cheiro do gramado, ele n�o era um cad�ver n� ali em minha frente, mas mesmo assim, o seu corpo p�lido revezava em contraste com o verde da grama. Desci com meus l�bios em sua barriga, fiz algumas caricias e logo desci de encontro a seu p�nis, ele estava duro demais, a cabe�a rosada em forma de cogumelo se encaixava perfeitamente em minha boca, era como se tivesse sido feita para mim.
Comecei a fazer os mesmos movimentos que ele fez em mim, era prazeroso o vai e vem que eu fazia, ele estava t�o excitado quanto eu. Os gemidos sussurrados eram doces e elevavam um extremo prazer, eu sentia aquele membro quente pulsar em minha boca, os movimentos de suc��o logo ganharam um sabor diferente, um sabor quente e delicioso que eu acabava de descobrir.
Continuei a chupar, eu queria sentir mais e mais aquele sabor, seus gemidos come�avam a ficar mais altos e isso aumentava o meu prazer e quanto menos eu esperava aquele liquido novo j� havia acabado. Confesso que fiquei desapontado, mas o garoto come�ou a retribuir o que eu havia feito nele. O prazer fora absoluto, meu p�nis de encontro com uma boca macia e molhada, quente e acolhedora, me chupando de todas as formas e passeando com sua l�ngua ao redor dele, ficamos assim um bom tempo at� eu retribuir com aquele liquido quente e branco.
Come�amos as nos beijar e beijar, ficamos trocando leve caricias um no corpo do outro, at� que o garoto adormeceu, ele j� estava cansado e eu n�o representava perigo para ele, mas isso era o que ele pensava. Tateei minha m�o pelo ch�o at� encontrar meu punhal, apontei em dire��o a seu cora��o, mas fraquejei... E se eu pudesse deix�-lo viver, digo, apenas ele?
De certa forma o garoto parecia n�o pertencer a minha fam�lia, havia fugido de casa para poder ir a faculdade, o desejo dele era t�o n�tido quanto o meu, viver! Mas diferente de mim, ele nunca precisou matar ningu�m. Pensei por alguns minutos e decidi deix�-lo viver, tentei acord�-lo, mas o sono era profundo e pesado, decidi ent�o vestir suas cal�as novamente, fiz isso e como pensei nada dele despertar.
Parecia imposs�vel algu�m dormir assim, mas eu estava vendo algu�m, ele realmente estava dormindo. Aquele rosto branco e puro sem nenhum defeito estava ali em minha frente, ele estava feliz, parecia que estava tendo um sonho, pois sua face n�o demonstrava a m�nima fei��o de dor ou tormento, o coloquei pr�ximo a rede, mas o deixei no ch�o, fiz parecer que os punhos da rede haviam quebrado e ele batido com a cabe�a na raiz da arvore que estava estendida ao ch�o.
Afastei-me e com um �ltimo beijo em seus l�bios macios o fiquei observando de longe, demoraram umas tr�s horas para que ele pudesse acordar, ele olhava ao redor como se estivesse procurando por algu�m, pareceu triste pois o �nico sentimento que ficara no ar, fora apenas o de um sonho, um leve e harmonioso sonho, que teve seu fim assim como tudo na vida. Ele realmente acreditou que aquilo foi um sonho, ele viveria com essa lembran�a e eu daria um descanso a minha, finalmente poderia dormir com aquele sentimento de paz que me predominava.
Estava feliz, pois meu ultimo la�o sangu�neo, pertencia a um jovem ing�nuo como aquele, ele viveria a sua vida e eu terminaria a minha, eu podia esperar apenas mais uma coisa, que ele sonhasse com aquele momento por toda sua vida...