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MEU AMIGO ME AMAVA PARTE IV

Meu Amigo me Amava – Parte IV



Bom... galera, continuando... imagino a tens�o de vcs, e minha tbm de relatar isso td. Cara, qdo ele me perguntou se eu queria namorar s�rio com ele, pow nem d� pra descrever a situa��o. Pow imagine, um cara casado, pai de uma filha, eu bi, escondendo de Deus e o mundo que saio com caras. Vcs imaginem, um homem feito, 26 anos, com aqueles olhos castanhos que putzz. Foda, deixa qualquer um assim... de cora��o partido, e foi assim que eu fiquei. Por que na boa, vou confessar, n�o estava levando a s�rio tudo aquilo que estava acontecendo, achava tudo muito surreal, mais era bom. Nunca havia acontecido algo parecido comigo em rela��o a homem. Com mulheres sim algumas vezes. Pois bem... qdo ele me perguntou se eu aceitaria namorar com ele eu n�o disse nda. S�rio, n�o abri minha boca, ele me olhou daquele jeito que s� ele tem, de parecer que enxerga seu �ntimo, td dentro de vc. Sabe aquela pessoa que qdo te olha, te olha mesmo no fundo dos seus olhos, parece que enxerga sua alma. Ent�o... assim � o Pedro, principalmente comigo. Ele vendo que ainda estava no choque do seu pedido me abra�ou e me beijou, deitamos na areia e ficamos olhando aquele lindo c�u estrelado, foi m�gico gente, e h� muito tempo n�o fazia isso, acho que a �ltima vez foi com a J�lia, uma garota da facul que fiquei dando uns amassos, mais nda comparado àquele momento. Ficamos ali em sil�ncio. Ele me abra�ando, at� o medo de aparecer algu�m acabou naquele momento. �ramos dois ali, sozinhos, sem pensar em nda, muito menos na hora. Ficamos por alguns minutos, na boa n�o sei qtos minutos e depois falei pra ele que j� estava ficando tarde e que t�nhamos que sair. Ele n�o falou nda at� chegar no carro, foi dirigindo calado. Novamente aquele silencio incomodo, que as vezes acontece entre duas pessoas, eu sabia que ele estava puto pelo fato de n�o ter dito nda a respeito do seu pedido, e na boa qualquer coisa que eu dissesse poderia lhe machucar e td que n�o queria naquele momento era feri-lo. Chegando a frente da minha casa, ele estacionou, eu iria lhe dar boa noite e sair, no momento em que ia abrir a porta do carro ele me deu um pux�o, um pux�o forte mesmo, ae eu disse “pow cara ta ficando maluco” e ele do jeito dele me deu outro beij�o na boca. O filho da puta beija bem pra caralho. N�o conseguir nem dizer mais nda, me deixou sem ar de novo. Ele me olha nos olhos novamente ae eu n�o resisti, tive que falar “Pow Pedro na moral, as vezes vc tem umas atitudes que deixam a gente meio que confuso, mais na moral o que mais me mata em vc � essa maneira que vc me olha, me incomoda, parece que tu enxerga o fundo da nossa alma, esses olhos castanhos, as vezes claros, foda isso”. Ele sorri, d� novamente aquele sorriso natural, sem ser for�ado sabe . Qdo a pessoa sorri com vontade, que acha gra�a mesmo. Depois ele para, fica s�rio e me diz “Cara na boa, tu � foda, at� s�rio vc � engra�ado. Agrade�o a Deus td dia de ter encontrado um leke assim, maneiro, gente boa como vc. Tu consegue ser inocente, malandro, safado, inteligente, sei lah cara, td dia acordo cedo, vou pra aquele trampo filho da puta, cheio e contas n�meros, ganho mal, mais vou feliz p q sei que vou te encontrar l�.” Eu dou um sorriso e falo “pow Pedro tbm ganho mal leke, sei que � foda mais tipo emprego ta dif�cil pacas, vc sabe melhor do que eu.” Ele me corta e diz “E ae mane, topa namorarmos ou n�o, ae pensa essa noite e conversamos amanha o que acha”. Eu pra sair da enrascada, pois ele sabe como ningu�m deixar a pessoa numa sinuca de bico. Digo que j� s�o quase meia noite e meia e que a esposa dele vai cozinha-lo vivo. Ele subitamente percebe e liga o carro, dou boa noite e sa�mos. Qdo entro em casa, minha m�e na sala, j� preocupada, “Meu filho, estava preocupada, mais de meia noite e nda de vc chegar, n�o atende o celular, veio com quem?” Pra sair pela tangente, digo que estava fazendo trabalho com amigos e que um me trouxe de carro, mas, minha m�e como � esperta logo nota “U�, fazendo trabalho onde? Na praia, pois seus p�s est�o cheio de areia. Breno, meu filho olha... olha. Tento arrumar uma desculpa e ela logo solta “Breno vc acha que nasci ontem, sei muito bem a essas horas fazendo trabalho, estavam � com garotas na praia, e como seu amigo tinha carro depois das safadezas te trouxe em casa, pensa que n�o sei... hj uma tal de J�lia, “amiguinha da facul” te ligou.vai querer jantar meu filho”. Respiro aliviado e digo que n�o. Vou no quarto, pego minhas roupas e tomo um banho, entro no quarto e meu mano j� est� dormindo, ele estuda de manh�. N�o consigo pregar o olho, namorar o Pedro, namorar o Pedro, isso ficava martelando na minha cabe�a. Como um dia chegar pra minha m�e e dizer, “m�e, esse aqui � o Pedro, meu namorado”. Como encarar geral, meus amigos, pessoal da facul, colegas de trabalho que sou bi, gay, sei lah, sobre meu relacionamento. Como o Pedro dizer pra sua fam�lia, pra sua esposa, filha?. Nossa in�meras perguntas, in�meras coisas se passaram pela minha mente e nenhuma solu��o, percebi que o dia estava quase amanhecendo e eu n�o consegui pregar o olho, fiquei a olhar pro teto a noite toda. Amanhace, e meu mano j� levanta enchendo o saco. Cara n�o tem coisa pior do que mano pentelho, e o meu � um. Chato mesmo, mais sei que no fundo ele gosta de mim e eu dele. � daquele tipo de muleke que qdo est� ausente a gente pergunta “m�e kd o Rick”, rsrs � foda. “Breno vc estava onde que chegou e eu nem vi. Olha fiquei te esperando pra me ajudar no trabalho da escola, de geografia, hj vc tem que me ajudar p q irm�o mais velho e metido a nerd � pra isso”. Ele falou t�o s�rio, estava t�o convicto disso que comecei a sorrir. Mesmo cheio de problemas comecei a sorrir e sabia que o dia hj n�o seria f�cil, pois al�m de dar um posicionamento ao Pedro, no final de td ainda tinha mais uma prova e nem tempo pra estudar tinha. Tomo caf�, e vou pro trabalho. Chego lah mais natural do que o dia anterior e qdo vou pro banheiro quem me abre a porta, o Pedro. Pensei que hj ele chegaria tarde novamente e tal, mais nda, estava ele lah. Qdo o vi reparei que ele havia feito a barba, cabelo ainda molhado. Ele � aquele tipo de cara que inspira testosterona, mais sem ser mach�o, sem ser bruto. Me olha, sorri e me d� bom dia, eu respondo. E ele fita meu olhar novamente, aquilo me mata, eu fecho a cara e ele come�a a sorrir. No trabalho ag�amos natural. Era mais troca de olhares mais tipo td mundo normal, sabe como � escrit�rio, muita gente trabalhando junto se der algum mole pronto. N�o tem mais como controlar nda. Ainda bem que esse dia foi corrido, muita coisa acontecendo, clientes ligando, muita coisa pra digitar passar pro pc. Um inferno. Chega a hora do almo�o, tento arrumar uma maneira de escapar, iria lanchar em outro lugar, inventar que ia estudar, pois tinha prova mesmo, mais n�o adiantou, o Pedro inventou uma de ajuda-lo a receber um m�vel que chegaria na sua casa, que n�o tive como recusar. Fui... mesmo sabendo que era uma baita de uma mentira. Entro no carro e ele acelera “Ta maluco Pedro, porra!!! Tu parece crian�a.” Ele estaciona numa rua meio que deserta perto do trabalho e faz a pergunta na cara dura “Porra muleke, nem dormi a noite toda, e ae, tu quer me namorar ou n�o.” Eu meio que sem sa�da pois percebi que ele estava falando s�rio e n�o teria mais como enrolar, tinha que dizer, se fosse sim, s� Deus saberia o que fosse acontecer, e se eu dissesse n�o iria magoa-lo e ele iria se afastar de mim, mais n�o queria perde-lo muito menos a amizade dele, que gostava pra caramba. E na cara dele querendo uma resposta.



Continua....



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