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MEU AMIGO ME AMAVA PARTE IX

Meu Amigo me Amava – Parte IX



Fiquei chocado mesmo, jamais passou pela minha cabe�a uma desconfian�a sequer sobre a sexualidade dele. Todo macho, jeito de h�tero mesmo, sabemos que isso hj em dia n�o quer dizer nda, o que n�o faltam s�o caras sarados, fortes, casados, pais de fam�lia que saem com homens, como diz um colega gay meu de facul “O mundo � gay”. Permanece aquele silencio, n�o aqueles sil�ncios que estava acostumado a surgir ao lado do Pedro, sempre que era surpreendido por uma pergunta. Depois de uns minutos ele se levanta e sai. N�o entendo nda e vou atr�s, reparo que ele come�ou a chorar e tal. Ele me joga o capacete, nunca anda sem dois capacetes, o Jhonny � muito correto. Sempre certinho, o oposto dos imprevistos do Pedro. Ele liga moto e partirmos. Eu que estava completamente sem rumo, ao ouvir o desabafo do Jhonny, e subir em sua garupa fico menos sem rumo ainda. Foram poucos momentos em que a racionalidade esteve completamente ausente da minha vida. E ele acelera... acelera muito. Ele para no Recreio. Na praia onde t�nhamos ido pela manha, deve ter guardado o caminho na mente qdo fomos de carro com o seu pai. No Recreio a orla est� mais deserta, ele estaciona a moto perto de um quiosque e vamos pra areia da praia. Fico lah, na verdade ficamos lah, sem papo... sem assunto. Duas vidas come�am na verdade sem rumo, se conhecendo, se entrela�ando. Mesmo estando com o Jhonny n�o consigo esquecer o Pedro. E qto mais tarde estava ficando, mais se aproximava a segunda, o dia sem escapat�ria, em que teria que me encontrar com o Pedro no escrit�rio. Ficamos ali, parados. O Jhonny continua “ Cara de boa, eu n�o queria ser assim. Pode perguntar, nenhum leke gostaria de ser assim, de gostar do mesmo sexo. D�i cara, a gente sofre de in�cio, at� se aceitar � uma barra que s� quem passa, s� quem sente passa. Tu acha que o Pedro tbm n�o sofre, acho que pra ele leke deve ser ainda pior. Se casou, teve fam�lia, filho. Tu acha o que? Que ele come�ou a curtir caras agora. Que nda pow, o cara deve ter se casado por preconceito. Tu falou da esposa dele, da Luciana, que � gente boa. Pow imagino a barra dele, d� pena leke. � foda”. Pela primeira vez come�o a enxergar por esse lado. Realmente... nunca parei pra pensar na barra do Pedro, um homem casado, pai de uma filha, se envolvendo comigo, ou sei l� o que a gente tem. As palavras do Jhonny foi um choque naquele momento. N�o ficamos muito, fomos pra casa e aquilo continuou a martelar meus pensamentos. Amanhace, maior saco uma segunda feira, ningu�m gosta. Trabalho, faculdade, encontrar o Pedro. Encontrar o Pedro era o que mais me angustiava, tbm pudera, tentativa de penetra��o a for�a, briga s�ria, o encontro nda confort�vel na praia, no caminho estava ainda em d�vida se iria ou n�o. Vou pro ponto, qdo atravesso a esquina quem est� l� com o carro estacionado

? Ele mesmo o Pedro. Abre a porta, penso por um instante se entro ou n�o, na verdade nem esperava e estava com sono, nem dormir a noite toda. Ele abre a porta e sai do carro com aquele jeito dele, que vc n�o sabe descrever se est� falando s�rio ou brincando e coisa e tal.

” O mane vai entrar ou vou ter que pegar a for�a no colo, pra mim n�o vai custar nda, vc decide?”. Pra evitar mais confus�o decido entrar, td menos brigar com ele de novo. O Pedro � um leke chato, enjoado, imprevis�vel mais no fundo me acostumei com ele, tornou-se parte fundamental na minha vida. Qdo entro no carro nem pra mim ele olha, liga e acelera, fica olhando pra pista, dirigindo e tal. Eu o encaro. Encaro tanto que qdo o sinal fecha ele se vira pra mim e me d� maior coice, dava raiva, p q as vezes ele sabia ser ignorante pacas. “A� ta me achando bonito ou quer observar mais a marca que vc deixou no meu nariz, quis mostrar que sabe d� soco neh? Mais logo na minha cara foi foda. Doeu muleke. Podia te quebrar sabia, mais n�o teria coragem. Iria me arrepender e seria pior, por isso n�o fiz nda. O sinal se abre e eu n�o falo nda. Na boa est� do lado do Pedro � bom e ruim, � bom p q tipo... ele � gente boa, legal, mais a instabilidade de td, do que vai acontecer, do que seria a pr�xima surpresa dele e tal. � foda, estava te com medo de novamente ter que ir ao motel, praia, casa dele, ou sei lah , um s�tio, faltar dois funcion�rio o servi�o numa segunda feira, sabe que chefe nenhum perdoa a desculpa, nem com atestado m�dico. Pra meu espanto ele me leva direto pro trabalho. Chegamos um pouco mais cedo, tipo entramos as oito, mas como fui de carro chegamos lah sete e meia da manha, estacionamos no p�tio do escrit�rio e ele pela primeira vez me olha, aquele olhar filho da puta que desconcerta qualquer um. � s�rio, qdo falo do olhar dele, sempre frizo aqui � p q � um olhar foda, castanho claro, expressivo. Naquele rosto de homem feito j�, de barba feita, foda. “Ae Breno, tu n�o sabe a raiva que tu me deixou cara”. Eu corto ele, me irrito. “N�o fode Pedro, tu pensou no que vc fez cara, tu queria me comer a for�a, tu pensa o que? Que sou vadia, vai...” Ele p�e a m�o na minha boca e fala, calmamente... nem parecia o Pedro. “ Olha... agora quem vai falar sou eu, e vc como um leke educado vai ouvir tudinho blz. Vc j� falou, j� gritou, j� deu showzinho, ahh.... n�o posso esquecer, at� porrada vc deu Maik Taison, ainda bem que n�o quis arrancar o peda�o da minha orelha, j� pensou, chegar em casa com o nariz td fudido e sem orelha ainda por cima, a mentira de bater com a cara na porta do banheiro n�o iria colar nem com minha av�. Mais agora vamos falar s�rio. Aqui, fiquei puto qdo vc disse que estava afim de ficar comigo apenas pra sexo. Tu n�o sabe a raiva que vc me deixou. Mas blz. Na hora eu queria te bater, te bater mesmo, mais como disse n�o teria coragem. Ent�o na hora s� pensei em te dar sexo... o sexo que vc estava disposto a s� querer comigo. Perdi a no��o... queria te ferir de alguma forma. E qdo eu iria abrir a boca pra responder ele tampa minha boca de novo. “Caralho leke fecha a porra dessa boca, putzzz. Fica quietinho fica, papai ta falando. Ent�o..., como eu estava dizendo, queria te ferir, ae s� pensei numa coisa, tentar te penetrar. Mais qdo vc se vira, e acontece aquilo td, aquele show, que caiu a ficha. Pow fiquei mal, desesperado. Cara nem o motel eu paguei, tu acredita, sai correndo, desesperado. Tomara que n�o anotaram a placa do carro pra ir cobrar aqui no trampo, trouxe at� dinheiro trocado, imagine a vergonha, � aqui que trabalha um mo�o que deu calote no motel? Prefiro a forca.” Qdo ele fala que deu calote no motel, na boa eu estava s�rio, ainda com pouca raiva mais come�o a sorrir. Mais ele continua, p q se n�o ele tamparia minha boca na marra, conhe�o. “Pow leke tu me descontrola, perco a linha com vc, gosto de vc cara, se vc tivesse no��o. Tu n�o tem no��o cara, n�o � sexo, se fosse como vc disse arrumaria f�cil piranhas, lekes ae na net, msn, chat � o que n�o faltam, mais n�o pow, � vc, sinto bem com vc, fico feliz perto de vc, adoro ver vc irritado, putinho comigo. Tu n�o sabe o qto fiquei feliz de hj cara acordar de madrugada e saber que faltavam poucas horas pra te ver. Levantei cedo, inventei mais uma mentira pra minha mulher pra te esperar na rua. Breno, te amo cara, s�rio. Muito... muito mesmo, s� quem sente pra descrever, cara pensa nisso s� isso. Tu me machucou muito qdo disse que n�o queria mais olhar na minha cara, qdo disse que n�o queria mais me ver, cara preferia levar dez socos daqueles no nariz leke, o soco doeu menos que suas palavras, mais blz. S� pensa no que te falei.” Reparamos que come�am a chegar pessoas no pr�dio e tal e que em poucos minutos chegariam o pessoal do escrit�rio. Qdo abro a porta pra sair, ele me puxa e me d� outra vez maior beij�o. Cara o tempo parou naquele momento. Que beijo, que boca o filho da puta tinha. Ele bate a porta e ficamos ali uns cinco minutos naquele beijo sem fim, parecia que cada beijo era melhor do que o outro. Qdo paramos pra respirar ele me pergunta. “Cara me diz, vc me ama? Do fundo do cora��o, vc gosta de um 19 do que eu gosto de vc?” Eu olho pra ele e....



Continua....



GALERA OBRIGADO PELOS E-MAILS, POR ACOMPANHAREM, POR DIZEREM QUE EST�O GOSTANDO, ISSO ESTÁ ME DANDO MAIS ÂNIMO PRA CONTAR TUDO PRA VCS, DESCULPEM PELO CONTO N�O SER EXPLICITAMENTE ER�TICO, MAIS A VIDA COMO VCS SABEM N�O � S� SEXO. E ISSO QUE VCS EST�O LENDO � REAL. CASO QUEIRAM ENTRAR EM CONTATOS [email protected] ab�o.

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