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O INESPERADO

O Inesperado.



Eu tinha um contato na Sexta-feira, pela manh�, com uma empresa que fica perto de onde tenho uma casa , no Litoral Norte Paulista. Resolvi ent�o aproveitar, e antecipar meu fim de semana, para curtir um pouco a paz de uma solid�o à beira-mar.



O contato n�o deu em nada, ao menos à curto prazo, muita conversa fiada, nenhum contrato, mas em compensa��o...



Bem: n�o resisto a te contar...



No caminho de volta, ap�s a reuni�o, eu entrei num condom�nio de luxo l� por perto, onde h� um shopping e um supermercado; tinha que comprar algumas coisas para o fim de semana.



Quando estou estacionando, um carro para do meu lado. A motorista me parece familiar. Reconhe�o-a quando sai do carro: � Maria Helena, uma colega de faculdade que n�o via a uns 19 anos, desde que nos formamos.



Depois disso soube que tinha ido para o exterior, havia conseguido fazer p�s-gradua��es em universidades de ponta, e que ao voltar tinha assumido um alto cargo numa multinacional , com f�bricas em Cama�ari, perto de Salvador.



Tal como era nos tempos da faculdade, ela continua muito bonita, e bem casada, claro...



Estava passando f�rias, alugando a casa de uns amigos ali, enquanto o marido e os filhos tinham ido para os Estados Unidos. Conversamos rapidamente, relembramos os velhos tempos e nos despedimos, e tudo teria terminado por a�.



Mas quando cheguei em casa, a mulher do caseiro tinha deixado uma enorme lista de material de limpeza. Eliminei metade e decidi que à noite iria l� de novo para comprar.



Arrumei minhas coisas, fiquei pela praia. L� pelas 7:00 da tarde tomei um banho e retornei ao condom�nio de luxo ( � perto, s� uns 19 quil�metros de estrada).



No caminho eu lembrava de uma fantasia de ter um caso rel�mpago com alguma daquelas mulheres apetec�veis, que ficam por l� em Julho, no meio da semana, enquanto os maridos trabalham. Mas isto era s� uma fantasia, nada que eu acreditasse.



Quando entro na avenida principal, vejo à minha frente uma mulher numa bicicleta importada. Usa um capacete de ciclista que disfar�a um pouco o rosto, um top pequeno que deixa metade dos seios à mostra e um short muito curto. Parece daquelas cal�as cortadas, onde o tecido surge s� depois que as coxas j� acabaram....



Ela pedala devagar, chama aten��o de todos os homens que passam, e parece estar gostando muito disso...



Fiquei atr�s dela algum tempo, curtindo a vis�o daquele delicioso rabinho empinado, e depois passo. Naquele lugar, veraneia uma classe alta, que contabiliza suas contas em uma quantidade de d�gitos bem maior que a minha. N�o � a minha turma...



Pensando que n�o teria qualquer chance, iria seguir adiante, mas quando cruzo por ela, bem...voc� j� adivinhou quem era.



Percorro alguns metros ao seu lado. Ela olha, sorri, vou freando.



Quando paro, ela parece se assustar um pouco ao me reconhecer, e vestida assim, definitivamente n�o � a imagem que sempre tive dela. Mas conversamos mais um pouco, e ela se descontrai. Da� olhando para meu carro ( o meu na revis�o, estava com a pick-up de meu s�cio...) diz que estava cansada, pede se eu n�o podia lev�-la...



Botei a bike na ca�amba e Maria Helena dentro do carro ( que cansada, na verdade n�o parecia... ), e quando se debru�ou para entrar, a cintura do shortinho cedeu um pouco, mostrando a inexist�ncia de uma calcinha...



Entrei no carro, j� certo de que os deuses me sorriam...



No caminho ela me perguntou se eu conhecia a nova marina ( claro que n�o...).



-" Vamos l�, meus amigos tem um barco, eu mostro pr� voc�..."



Fomos, estacionei e logo adiante haviam algumas lanchas e um pequeno veleiro de uns 30 p�s ( � assim que dizem ) com cabine na parte de baixo, era este .



Ela foi na minha frente, achou uma chave escondida e me convidou:



-" Vem, vamos tomar um u�sque pelos tempos da nossa escola querida..."



Abriu a porta para mim, eu entrei e ap�s passar , ela trancou-a. Maria Helena ficou ali me olhando, com a coxa dourada de sol apoiada sobre o corrim�o. Me fita de uma forma fixa por um momento, e ent�o me diz:



-" Voc� n�o sabia que existiam duas de mim.... de dia a senhora s�ria que voc� encontrou, e agora de noite a puta vagabunda que voc� est� vendo..."



Eu n�o acreditava!



Mas ela continuou...



-" E eu preciso ser punida pelo que fa�o..."



E o que se seguiu - believe me or not...- foi exatamente como descrevo agora:



Sem dizer mais nada, ela veio at� mim, me empurrou, fazendo com que sentasse no sofanete . Da� ent�o, baixou o shortinho e deitou-se de bru�os nas minhas coxas.



-" Vai, aplica o corretivo que mere�o..."



Eu estava completamente aturdido, nunca a imaginei assim, e por outro lado, tamb�m jamais me imaginei estando de verdade nessa situa��o.



Mas devo te confessar: eu estava excitad�ssimo...



Vendo que eu hesitava, afinal, eu sou mais do carinho...ela come�ou a me provocar:



-" Me bate seu frouxo! Eu sou uma piranha! Uma puta sem-vergonha, eu dou pra todo mundo, corneio at� voc�!..."



Bem: em Roma, como os romanos...



Comecei a lhe dar umas palmadas, ela dizia que eram fracas , comecei a vibrar com mais vigor minha m�o naquela deliciosa bunda, durinha de muita malha��o...



E ap�s cada palmada, minha m�o escorregava por suas coxas, me dando o prazer do contato com sua pele sedosa...



No in�cio, eu era meio desajeitado, depois fui tomando ritmo.



Enquanto a imobilizava com o bra�o esquerdo prendendo suas m�os às costas, eu erguia minha m�o direita no ar, soltando-a depois com energia.



-" Ai! Ahhhh!"



Era assim: ela reagia primeiro com um grito, um solu�o de dor, que logo em seguida era suplantado por um suspiro denotando muito prazer.



Ro�ando na minha coxa esquerda, eu sentia como seus seios arfavam, numa respira��o que se tornava mais e mais forte a cada nova palmada.



Depois de um tempo, quando aquela provocante bunda se avermelhava, a pele fervendo, ela pediu que parasse, e suplicou meu perd�o ( !?)...



-" Perdoa esta vagabunda incorrig�vel... eu te pago... com meu corpo !"



Minhas coxas estavam molhadas do sexo dela que escorria, contando melhor que palavras o que ela sentia...



Ent�o indicou onde haviam umas cordas , numa gaveta ao lado do leme. Pediu que a amarrasse. Primeiro de frente, mais tarde de costas.



Ser� que eu preciso perder tempo com a descri��o �bvia de tudo o que aconteceu...?

Ora...Aconteceu de tudo!



Amarrada de barriga para cima, ela era toda minha.



Lambi seu corpo todo, aqueles seios com aqueles mamilos rosados e bicos viol�ceos, enrijecidos de todo tes�o. Alimentei-me do seu sexo, daquela buceta incandescente, que flu�a um caldo denso, apimentado, encimada por um clit�ris delicioso que mordia suavemente...



-" Me usa! Me faz toda tua!" ...ela gritava .



Levantei-me um instante, fiquei de p� sobre ela, vendo como olhava fixamente para o meu membro r�gido.



Ajoelhei-me, com meus joelhos ao lado do seu rosto. Lentamente, fruindo cada segundo, abaixei a cintura, at� que meu pau estivesse ao alcance da sua boca... Ela o engoliu todo, sugando vorazmente, enquanto ele latejava em sua garganta...depois passei-o no seu rosto, nos seus seios, enquanto ela imobilizada se contorcia de tes�o...



Da�, com uma voz carregada de calor , que parecia vir de dentro de si, ela gritou para mim:



-" Me fode! Enfia tudo nessa tua puta que est� louca pelo teu caralho!"...



Seu pedido foi aceito...Eu a possui daquela forma, penetrando-a profundamente com estocadas vigorosas .



Maria Helena gemia muito, gritava de tes�o, e foi delicioso quando explodimos juntos numa corrente de eletricidade que nos percorreu por inteiros...



Foi ent�o que ela me pediu que a amarrasse de bru�os:



-" J� fui tua puta pela frente, agora quero ser tua puta por tr�s..."



Deve imaginar como a vis�o daquele rabinho delicioso, todo à minha disposi��o me excitou. Meu pau se enrijeceu novamente, e de tal forma, que at� do�a de tanto tes�o...e ela gritava:



-" P�em tudo de uma vez s�, enfia at� o saco...enche a tua puta de porra...!"



Eu atendi, e enterrei todo meu pau nela, de uma forma profunda, como nunca havia metido numa amante antes... enquanto ela rebolava e gemia ainda mais alto, de muito prazer .



Gozamos de novo, num gozo prolongado, que dificilmente esquecerei.



Mais tarde, ela j� livre das cordas ( perdoada...) se levantou e saiu do barco nua, e mergulhou no mar, me chamando para ir.



L�gico que fui...

Era j� madrugada, felizmente n�o havia ningu�m por l�. A �gua estava morna, da noite de ver�o, o mar calmo, em ondas suaves.



Ficamos nadando pr�ximo ao barco, brincando como crian�as.



At� que a luz da Lua, refletindo nos nossos corpos nus, o brilho faiscante nos olhares, o sublime apelo das peles molhadas, novamente nos despertaram...



Pois ent�o, culminamos a noite fazendo amor uma vez mais, agora de uma forma mais carinhosa, dentro d'�gua ao lado do cais, ela se segurando nas correntes da �ncora enquanto eu a penetrava...



Mais tarde, na pequena cozinha do barco, enquanto faz�amos um caf� ela me explicou tudo que acontecia.



Que tinha uma vida muito dif�cil. Muitas press�es no trabalho, inclusive com constantes armadilhas colocadas por subordinados que nunca aceitam uma mulher no comando.



E em casa, problemas constantes com a fam�lia do marido, tradicional da alta classe de Salvador. Mesmo ap�s tantos anos, n�o a aceitam, sempre insinuando que ela seja uma mera intrusa, "de fora".



E al�m disso, sofrendo o drama de ter um filho mais velho envolvido com drogas, indo e saindo de interna��es.



Uma, duas vezes ao ano, ela decide fugir de tudo, para viver uma fantasia. Aquilo � sua forma de esquecer e suportar tudo.



Estava j� h� 3 dias naquele condom�nio no Litoral Norte Paulista. Todas as noites repetia o ritual do passeio noturno. Tinha sido assediada, recebido cantadas de uma infinidade de homens, mas n�o havia encontrado at� ent�o ningu�m que confiasse, que sentisse seguran�a para ir em frente.



Aquela era, definitivamente, a minha noite de sorte...



J� era muito tarde, eu precisava ir, pois meu pessoal chegaria pela manh� cedo.



Nos despedimos, trocamos telefones...mas um novo encontro ser� dif�cil, dadas as dist�ncias e diferen�as das vidas que levamos.



Mas tive ainda tempo de comentar com Maria Helena que costumo escrever vez por outra, principalmente contos. Os amigos t�m gostado, incentivando-me a produzir mais. Ela ent�o me pediu que escrevesse e publicasse este relato.



Seria, me disse com um ador�vel sorriso, uma forma de eternizar uma noite que ela n�o vai esquecer; tampouco eu...



E aqui est�. Mudados, para seguran�a � claro, seu nome e cidade atual - ela mesmo escolheu - tudo que contei realmente aconteceu.



Se voc� acha tudo � fic��o, nada posso fazer. Considere ent�o tudo um conto er�tico. E eu ficarei com a lembran�a de todos aqueles momentos...



Talvez nunca mais ocorram de novo.



E talvez seja melhor assim...casos como esse tendem a ficar totalmente fora de controle, perigosos.



Ou n�o ?...





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