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A PRISIONEIRA

A PRISIONEIRA





Efetivamente R. surpreendeu-se um pouco quando uma voz masculina an�nima procurou-a no telefone da firma onde trabalhava. De regra os convites p as entrevistas de trabalho eram enviados pelo correio e uma carta teria servido como ind�cio para localizar, se n�o o cativeiro, pelo menos o sequestrador. Ela devia saber que era perigoso ir para um lugar t�o afastado, na casa de um desconhecido que lhe propunha um novo emprego com a possibilidade de viajar… e ela gostava tanto de viajar! Foi talv�z por isso, ou por um inc�nscio e obscuro dejedo de enfrentar algo de misterioso, que R. deixou de lado as regras b�sicas de seguran�a, pegou o seu carro e saiu da cidade.



Agora, enquanto se encontrava nua e acorrentada nas m�os de um s�dico torturador, lembrou-se que devia ter informado os colegas sobre a entrevista, mas ele tinha sido esperto em lhe recomendar de n�o falar nada com outras pessoas pois, de uma certa forma, ele estava "roubando" aos concorrentes os funcion�rios mais experientes. R. acatou o conselho, pois o racioc�nio do seu sequestrador tinha, efetivamente, uma certa l�gica, sem contar que, caso a entrevista n�o tivesse dado certo, ia ser melhor que seus chefes nada soubessem do encontro...



Lembrou-se de como tinha chegado cheia de esperan�a naquela casa isolada, cercada por um muro alto, que a tornava pareciada a um castelo medieval… Lembrou-se da sensa��o de solidade que emanava do jardim e das paredes cinzentas da fachada, mas n�o podia imaginar que, ao entrar no �trio, seria logo narcotizada, despida e atada!

Onde estava agora o seu carro? Com certeza fora queimado e jogado num precip�cio junto com seus documentos e seu celular, assim, caso um dia algu�m o tivesse descoberto, os investigadores iriam pensar num tr�gico acidente de tr�nsito. Mas afinal quem devia acionar a polìcia? Ao sair da firma, R. n�o falou p ningu�m onde estava se dirigindo. Em casa morava sozinha e os vizinhos sabiam que ela tinha o h�bito de ficar pelo mundo afora sem se comunicar por semanas e semanas. Quanto aos amigos, j� estavam acostumados com seus estranhos sil�ncios, com suas viagens repentinas…



Sim, agora R. estava lentamente percebendo que ningu�m a procuraria, que era como morta para o mundo: uma morta viva. Naquela sala abafada, seus olhos vendados procuravam om raio de luz; seus p�s, fortemente acorrentados, tateavam o ch�o como se aquele piso vetusto e coberto de p� pudesse lhe dar uma resposta aos interrogativos que a atormentavam. Sentia seus bra�os e suas m�os presos sem a menor chance de se livrar e lembrou-se de uns filmes que tinha assistido e de reportagem que tinha lido… agora sabia o que sentia uma desaparecida nos por�es da ditadura.



E lembrou-se de como o homem tivesse insistido sobre a oportunidade que lhe oferecia de viajar. Com efeito, agora estava prestes a come�ar uma "viagem" realmente diferente: uma viagem no mundo da submiss�o total, onde a sua vontande n�o tinha algum valor, onde o seu corpo teria sido tratado como um mero objeto de prazer, como uma cobaia utilizada para experimentar formas requintadas de tortura f�sica e psicol�gica!



Passou um certo tempo… N�o ouvindo o menor barulho, pensou que o seu carcereiro devia ter se retirado e tentou explorar aquele espa�o procurando, quem sabe, uma porta, uma janela, um telefone… (mas mesmo que os tivesse encontrados, como podia fazer p chamar socorro se estava de olhos vendados e as m�os estavam acorrentadas atr�s das costas e presas a um cinto de couro que cingia a sua cintura?). Mesmo assim come�ou a se locomover, mas o carcereiro havia atado tamb�m suas coxas com dois cintos de couro, bem à altura dos joelhos que, dessa maneira, nem podiam se dobrar. S� podia avan�ar arrastando os p�s no ch�o, mas apenas por um ou dois dec�metros por vez de tanto que a corrente que juntava as tornozeleiras era curta. Deu v�rios passos numa dire��o qualquer mas, a um certo ponto, algo de rijo bloqueou sua marcha grotesca. Percebeu que, al�m das grossas tornozeleiras, o carcereiro tinha preso cada tornozelo com uma argola de ferro e que as argolas ficavam à extremidade de uma outra corrente relativamente comprida que a segurava ao piso: desesperada, deu-se conta que seus p�s estavam duplamente acorrentados! Sentiu-se perdida, sentiu-se como uma escrava presa numa masmorra medieval: tudo era sil�nco, um sil�ncio terr�vel, quebrado apenas pelo barulho met�lico e frio das correntes e pela esfrega das solas no piso de pedra. Dois ru�dos de natureza oposta e contrastante: um �spero e duro (como a voz imperiosa do sult�o), o outro suave, feminino, submisso… (como a voz meiga de Sheerazade).



Apesar de tudo tinha uma certa harmonia naqueles sons, uma certa complementaridade entre a rigidez absoluta e irrevog�vel das tornozeleiraz e a fragilidade viva dos tornozelos e dos p�s: R. percebeu claramente esse detalhe e, apesar do medo, sentiu um friozinho gostoso na barriga, sentiu que talvez, no fundo daquele t�nel obscuro, podia encontrar uma maneira diferente de existir, uma dimens�o que at� aquele momento lhe era desconhecida…



Como um animal cego, continuava explorando o piso mas, em qualquer dire��o se dirigisse, sempre o limite imposto pela corrente lhe impedia de proceder. Desconhecia as dimens�es de seu cativeiro. Resolveu, ent�o, ir na dire��o oposta à for�a que a bloqueava: deu uma meia-volta e, acompanhando com os dedos dos p�s a corrente estendida no pavimento, tentou lentamente alcan�ar o ponto onde devia ter sido fixada ao ch�o. Depois de ter percorrido cerca de quatro metros, percebeu a presen�a de uma esteira de junco: imaginou, justamente, que tivesse sido colocada para ela se deitar.

Sentou-se, ou melhor, caiu em cima dela, pois os cintos e as correntes tornavam muito dificultoso qualquer movimento. Permaneceu sentada por cerca de uma hora tentando se livrar, for�ando alternativamente as ataduras dos bra�os e das pernas, percebendo todavia que, à medida que ela se enfraquecia, os atilhos n�o cediam de um s� mil�metro. Esperneou, gemeu, chorou, mas n�o gritou para n�o chamar a aten��o do sequestrador que talvez estivesse por perto. Enfim, exausta e vencida, deixou que o seu corpo se afrouxasse em cima da esteira. As correntes que seguravam seus pulsos machucavam suas costas, teve que deitar-se de bru�os e logo entrou num sono pesado e povoado de sonhos esquisitos…



Um barulho de chaves, de trincos abertos e novamente fechados, de passos que se aproximavam acordou-a. Agora o carcereiro estava perto dela! As m�os do homem a ajudaram a se levantar e R. ficou ajoelhada em cima da esteira. Os dedos do desconhecido palparam seu pesco�o. Logo sentiu o contato com o couro frio de uma coleira e ouviu o som met�lico e seco de um pequeno cadeado que estava sendo fechado. Sentiu-se como se sente uma cadela e teve vergonha de estar nua e impotente diante do seu sequestrador. Baixou a cabe�a enquanto o homem come�ou a tocar seus peitos, a caricià-los voluptuosamente: instintivamente R. levantou a cabe�a procurando encontrar os olhos do indiv�duo, mas a venda n�o lhe permetia de enxergar nada… Mesmo assim o senhor interpretou esse gesto como um desafio, como uma grave forma de insubordina��o. Despeitado, apertou com a m�o os peitos e os mamilos, pegou uma correntinha (segurando-a na argola dianteira da coleira) que terminava com dois prendedores cuja press�o podia ser regulada com um parafuso. Os prendedores foram colocados nos mamilos e os parafusos apertados progressivamente para o deleite do carcereiro. R. gemia profundamente, mas o homem n�o se importou e apertou at� que os mamilos ficaram bem presos… Ajudou a mo�a a se levantar e, puxando-a pela correntinha, acompanhou-a at� um v�o onde estava um sanit�rio. R. teve que urinar diante do homem: ficou morta de vergonha, mas era uma escrava, um animal: n�o tinha direito nem sequer à menor privacidade. O carcereiro enxaugou a vagina da mulher que era totalmente depilada… cariciou os l�bios vaginais, o clit�ris e a parte interna das coxas. R. ficou excitada e envergonhada de ter ficado excitada. O homem percebeu que os mamilos de R. tinham ficado durinhos e aproveitou para apertar mais ainda os parafusos. A mo�a sentiu dor mas,

contra a sua pr�pria vontade, ficou molhada…



Voltaram perto da esteira… O carcereiro deu umas mordidinhas nas orelhas e no pesco�o de R. Ela ficou toda arrepiada. Quando o homem come�ou a cariciar as costas, a bunda, a barriga e as pernas, ela estremeceu mal segurando suspiros de desejo. Sentiu-se sem vontade pr�pria, como se fosse um simples peda�o de carne, mas carne viva, com todo seus horm�nios e seus nervos!



Agora estava em p�: nua e atada diante do seu senhor. Ele come�ou a beij�-la na boca, mordendo os l�bios e os ombros, chupando a parte de pesco�o livre da coleira. R. sentiu uma onda de calor invadir todas suas fibras. Nunca tinha sido beijada com tanta ousadia, com tanto ardor e, principalmente, nunca tinha experimentado as ataduras. Ela, que sempre tinha encarado com ironia os relacionamentos sadomaso, estava ensaiando pela primeira vez um prazer que lhe era desconhecido. Ela, que costumava mangar de uma amiga submissa, estava agora constatando que seu desejo sexual -desejo de escrava- alcan�ava intensidades inimagin�veis… Ainda tinha vontade de fugir, de correr, mas n�o eram s� as correntes que lhe impediam de si livrar. Uma for�a obscura, prepotente, avassaladora surgia das partes mais �ntimas do seu corpo e se espalhava enfraquecendo os m�scolos, os nervos, o c�rebro. Pensou que se n�o tivesse sido t�o fortemente atada, suas carnes teriam se desmanchado como uma gel�ia: de uma certa forma eram os cintos e as correntes que a sustentavam…



O desconhecido, sem parar de beij�-la e de explorar seu corpo com a lingua, come�ou a brincar com seu clit�ris apertando-o e esfregando-o com os dedos. O desejo alcan�ou um limite insuport�vel… Para melhor oferecer a boca aos beijos do carcereiro -que era alto- R. levantou-se na ponta dos p�s: nesta posi��o os grilh�es apertavam mais ainda os tornozelos fazendo com que ela percebesse com intensidade maior a sua condi��o de escrava. Quando o homem introduziu tamb�m um dedo no �nus massageando a sens�vel mucosa, a mo�a teve um orgasmo t�o intenso que quase desfaleceu. O seu corpo, molhado de suor, de saliva e de humor sexual, foi abandonado em cima da esteira. Por enquanto o seu dono (assim R. percebia agora o sequestrador) estava satisfeito de t�-la dominada psicologicamente, mas este era apenas o pr�logo de um longo caminho de submiss�o que devia incluir etapas bem mais doloridas… R. sabia disso, mesmo assim adormeceu satisfeita, sem se importar com as torturas vindouras…



O sono de R. foi interrompido bruscamente. Uma dor viva e cortante dilacerou suas n�degas. Estava sendo chicoteada sem ter a menor possibilidade de reagir! Os golpes caiam na bunda e nas coxas com regularidade: um em cada tr�s segundos. O senhor sabia o que fazia, sabia como castigar uma escrava at� quebrar a vontade dela, at� dom�-la e subjug�-la totalmente… Ele n�o tinha pressa e nem batia com muita for�a, pois o objetivo era de prolongar ao m�ximo o castigo sem todavia machucar excessivamente o corpo da mo�a. Nesse sentido era realmente um mestre… Os golpes eram dados com per�cia, perpendicularmente ao corpo de R., come�ando da parte mais alta das n�degas at� os cintos de couro que prendiam os joelhos. Nunca um golpe era repetido no mesmo ponto.



A escrava sentia dor, mas era uma dor prazerosa que renovava seu desejo de orgasmo, principalmente quando o homem mudou a dire��o dos golpes que agora caiam paralelos ao corpo, castigando o lado interno das coxas e o rego das n�degas. Em certos momentos a dor se tornava mais intensa, quase insuport�vel… Era evidente que aquele castigo era fonte de um imenso deleite para o seu dono e que portanto R. n�o passava de um mero objeto de prazer nas m�os de um senhor absoluto e implac�vel. Nada podia fazer, a n�o ser gemer (às vezes de dor, às vezes de prazer). Enfim a tortura terminou. Ou pelo menos foi isso que ela pensou…



O carcereiro pegou os tornozelos da prisioneira e colocou um cadeado nas argolas dos grilh�es: dessa forma os p�s de R. ficaram totalmente presos, sem a menor possibilidade de movimento. O mestre come�ou a cariciar e beijar o dorso e os dedos dos p�s, a massagear as plantas, demonstrando um interesse descomunal para as extremidades da sua escrava. Objetivamente R. tinha muito orgulho de seus p�s, pequenos, branquinhos, esteticamente perfeitos. Lembrou-se de como in�meras vezes tinha-os usado como instrumento de sedu��o. Sempre saia descal�a para ir fazer compras nas lojinhas perto de casa. Via, satisfeita, os homens sentados nas mesinhas do bar, babando, os olhos cheios de desejo… Saia de casa descal�a, mesmo nos dias de chuva ou no inverno, bem maquiada e elegante para demonstrar que a falta de cal�ados n�o era devida à pre�a, e sim uma op��o pessoal. Os homens ficavam loucos…



S� agora se lembrou que nas �ltimas duas ou tr�s semanas um carro escuro, importado, dos mais caros e exclusivos, estacionava frequentemente perto da sua casa: dentro um homem elegante, grisalho, de �culos escuros a observava com interesse e ela, com instinto tipicamente feminino, demorava propositalmente para oferecer ao desconhecido a vis�o sublime de seus p�s maravilhosos. Ela sorria para ele, mas era um sorriso de esc�rnio, pois gostava de assanhar um homem que, como idade poderia ter sido seu pai… Agora estava arrependida, pois tinha certeza que seus belos p�s estavam em poder daquele homem misterioso!



Deitada na esteira, sentiu que seus tornozelos estavam sendo amarrados a suas m�os da tal forma que as canelas ficaram perpendiculares ao ch�o e as solas expostas à qualquer tipo de viol�ncia… Em seguida o mestre pegou um chicote bem flex�vel e iniciou a bater as plantas, come�ando pelos calcanhares e descendo at� os dedos… repetidamente. Instintivamente R. tentou proteger uma sola com a outra, mas o senhor pegou dois aneis de ferro que, mediante um pequeno cadeado, bloquearam os polegares dos p�s. N�o tinha absolutamente como se defender dos golpes que, tamb�m dessa vez, caiam ritmados e impiedosos. Sentiu dor, mas era uma dor estranha, diferente daquela que tinha experimentado na bunda… talvez mais profunda mas, ao mesmo tempo, mais prazerosa. Era como se os impulsos nervosos alcan�assem diretamente o c�rebro, como se tivesse sido estimulada a parte mais �ntima e sens�vel de seu corpo. Uma perfeita mistura de dor e de prazer, uma manifesta��o de submiss�o total e incondicionada. Percebeu -orgulhosa- a excita��o do seu senhor, o respiro acelerado dele: mais uma vez seus p�s haviam funcionado como um instrumento de sedu��o… Chegou perto do orgasmo, mas o homem n�o permitiu que ela alcan�asse o topo do prazer. Ele guardou o chicote flex�vel, pegou outro cuja ponta terminava com tr�s bolinhas de ferro e bateu energicamente nas plantas de R. Dessa vez a dor foi grande, assim como foi grande o desespero da mo�a. Ela chorou e implorou que a tortura parasse e… a tortura parou, mas n�o devido suas s�plicas… apenas porque o seu dono n�o queria arruinar aquelas solas lindas e aveludadas, fonte de seu desvairado prazer!!



Foi deixada naquela posi��o por horas e horas! A pele da bunda e das coxas ardia, as plantas pareciam ter sido queimadas com fogo, os prendedores apertavam impiedosamente seus mamilos e, ainda por cima, o senhor, antes de sair, colocara um consolo em sua vagina. As horas passavam lentas… O corpo de R. tremia de febre e de dor mas, a medida que a dor ia diminuindo um pouco, voltava uma excita��o paradoxal, uma necessidade imperiosa de ter um orgasmo que a compensasse de tantos sofrimentos. Tentou mexer os quadris para alcan�ar o prazer, mas estava t�o atada, t�o imobilizada que os movimentos eram milim�tricos... Mentalmente contou os cadeados que a prendiam: um na coleira, dois nos bra�os, dois nos pulsos, um no cintur�o, dois nos joelhos, quatro nos tornozelos mais um que segurava os quatro e enfim um nos polegares dos p�s. Em tudo quatorze cadeados. Duas vezes sete, que � o n�mero perfeito: portanto ela era uma escrava duplamente perfeita! E sete eram tamb�m os pontos do corpo de R. que tinham sido atados: o pesco�o, os bra�os, as m�os, a cintura, as coxas, os tornozelos e os polegares dos p�s! E pensar que sempre tinha gostado do n�mero sete, achando-o o n�mero da sabedoria (efetivamente, nesse caso, era express�o da sabedoria do seu senhor!). Agora cabava de aprender que sete simbolizava tamb�m a perfei��o da domina��o… Certos momentos adormecia um pouco, outros meditava sobre a sua condi��o de escrava: em menos de doze horas tinha passado de uma condi��o de liberdade total a outra absolutamente oposta. Tinha sido despida, atada, acorrentada, exposta, chicoteada, torturada, privada de sua personalidade e dignidade; sentiu-se inferior at� a um animal, pouco mais que um objeto cuja fun��o era de proporcionar prazer a um senhor desconhecido e cruel… Mas, ao mesmo tempo, compreendeu que, apesar das apar�ncias, ela mesma estava exercendo um poder subterr�neo, tel�rico sobre o seu carcereiro. Se ele era o sol, R. era a lua, pois seu instinto lhe indicava -sem a menor possibilidade de engano- que o homem necessitava dela, do seu corpo, da sua mente, da sua alma… Ele a dominava fisicamente, mas ela era a dona absoluta dos pensamentos, dos desejos e dos sonhos de seu mestre-amante…



Pouco antes do amanhecer, ele entrou de novo, tirou a corda que juntava os pulsos com os tornozelos e o corpo de R. ficou de novo esticado em cima da esteira. Rapidamente o homem passou um creme em torno do �nus da mo�a e come�ou a penetra��o. N�o era a primeira vez que R. tinha um amplexo anal, pois gostava dos dois lados… Mas dessa vez entendeu que n�o era admiss�vel outro tipo de relacionamento sexual: s� assim podia ser concebida a rela��o entre um dominador e uma escrava!! Tamb�m nessa circumst�ncia o sequestrador soube demonstrar uma not�vel compet�ncia e um profundo conhecimento da sensibilidade feminina… Agindo sem pressa, com determina��o temperada, soube proporcionar um prazer desumano à prisioneira que chegou a gozar uma, duas, tr�s vezes antes de desmaiar definitivamente…



E o carcereiro? Como foi o sono dele agora que o objeto de seus desejos mais secretos estava em seu poder? O que R. ainda n�o sabia � que o Senhor era tamb�m o propriet�rio da firma onde ela trabalhava. Como todos os demais funcion�rios R. conhecia apenas o gerente, mas nunca tinha visto o dono… Ele frequentava a firma disfar�ado de homem de neg�cios, indo direto para a diretoria, sem nunca tirar seus �culos escuros, sem nunca olhar para ningu�m, com a clara inten��o de proteger a sua ver�dica identidade. Aparentemente nem olhava para os funcion�rios, mas via e observava tudo e v�rias vezes teve a oportunidade de notar aquela mo�a que, al�m de bonita, charmosa e elegante, parecia possuir uma intelig�ncia viva e uma curiosidade �nica. Ficou logo apaixonado e poderia ter aproveitado da posi��o social para conquist�-la, mas… n�o queria apenas uma amante (j� estava farto de amantes): o que queria era uma escrava. O melhor, queria uma mulher que o amasse e que se deixasse amar como uma escrava, e o comportamento de R. indicava que tinha nascido para ser escrava, mesmo que nunca tivesse imaginado essa sua voca��o secreta. Raptando-a, tratando-a como uma sequestrada e vendo a rea��o da mo�a, o Senhor teve a confirma��o que R. ia ser a perfeita companheira, a mulher que desde sempre ele tinha procurado… sabia que a partir daquele momento eles teriam sido duas pessoas diferentes. Na obscurid�o de uma masmorra tinham encontrado o que todo ser humano procura: a felicidade!

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