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O COMPRIMIDO AZUL

O s�ndico pediu minha ajuda. Alguns problemas no pr�dio, a serem resolvidos com a construtora. Nada grave, estava quase tudo acertado, mas eles pediram que o acordo final se fizesse no escrit�rio dos advogados deles.



Segundo me informou seria algo simples, apenas passar l� para uma r�pida conferida, checando se o documento ali gerado realmente atendia tecnicamente às reivindica��es que o pr�dio fazia à construtora.



O escrit�rio fica no centro, num grande edif�cio. Quando chego à porta do tal M. Richards Malheiros e Associados, a porta demorou a ser atendida.



Fiquei l� no 41ª andar, olhando pelas janelas do corredor, certificando-me de que n�o houvesse Boeings sequestrados a caminho...



Finalmente a porta se abre, uma secret�ria apressada me atende, coloca-me na sala de espera e sai, dizendo que a "Dra. Marisa" j� vir�.



Logo ela aparece. � uma morena de cabelos pretos lisos, pele clara e olhos negros muito brilhantes. Confesso que tive uma certa dificuldade para me compor.



Al�m de bonita, ela � muito simp�tica, se interessou pelo fato de ser eu Arquiteto, perguntando se fa�o projetos de reformas de apartamentos. Claro que sim...



Cuidamos do assunto do pr�dio rapidamente, e estava tudo de acordo. Ela ent�o se p�s a falar do apartamento, levantando-se para apanhar uma planta no arquivo atr�s de sua escrivaninha.



Quando voltava, uma ponta de sua saia ficou presa na gaveta fechada. Era uma saia longa, de um tecido leve, com uma abertura lateral levemente provocante.



A saia, presa, descosturou, fazendo a abertura ir quase at� a cintura... Pude vislumbrar a al�a de uma calcinha azul marinho, tipo asa-delta. Al�m, claro, de uma coxa apetitosa...



Ficou toda sem gra�a, e sentou-se tentando esconder as revela��es surgidas, o que n�o era f�cil, pois o tampo da sua mesa era de vidro...



Mostrou a planta do apartamento. � um daqueles im�veis da d�cada de 60, em Higien�polis, heran�a de fam�lia. Enorme, algo em torno de uns 600 m², mas, pelo que pude ver, com uma divis�o interna discut�vel.



Dei algumas sugest�es preliminares que ela gostou. E combinamos de que na manh� seguinte eu a encontraria l� para dar uma olhada.



No meio dessa conversa ela foi-se descontraindo, esquecendo-se da fenda aberta...



S� voltou a se dar conta disso na hora de sair. Como sempre, sou muito prestativo, e disse que com durex em c�rculos poder�amos colar a parte que se desprendera, para que ela pudesse caminhar at� o estacionamento discretamente.



Fiz isso para ela, e para obter a ader�ncia foi preciso toc�-la for�ando o vestido contra suas pernas.



Sua rea��o foi dizer que tenho m�os suaves...



No dia seguinte pela manh� fui ao seu apartamento.



Atende uma empregada, que me disse para aguardar, pois a Dra. Marisa estava no banho e j� viria.



- O Dr. Malheiros quer conversar com o senhor.



Claro: uma morena daquelas n�o estaria livre...



Levou-me a uma sala, transformada em biblioteca e escrit�rio. Um ambiente de m�veis de madeira escura, pesados, num clima que se pretendia aristocr�tico, mas que na verdade revelava um inequ�voco mau-gosto.



- J� viu que vai ter trabalho, n�o �?



Viro-me e a um canto, junto um dos janel�es est� Dr. Malheiros. Lia alguma indigesta pr�tica forense, sentado numa berg�re, ali�s, o �nico m�vel de alguma qualidade por l�.



- Meu sogro foi um nouveau-riche. Foi a vida toda enganado por alguns decoradores de talento duvidoso e resultou nisso - ergue a m�o e aponta o ambiente todo.

- Realmente. Mas isso era comum naquela �poca. At� hoje, ali�s... - eu concordo...



Um tipo que parecia ter sa�do de um algum filme sobre a aristocracia inglesa. Um vasto bigode, um terno impecavelmente cortado, uma proeminente gravata de seda, �culos de aros finos de ouro. Uns trinta anos, pelo menos, a mais que a esposa.



Dr. Malheiros disse que viviam sempre em Campinas, que s� h� dois anos resolveram instalar-se em S�o Paulo. O apartamento ficara uns quatro anos fechado, ainda refletia às d�cadas de gosto duvidoso com que foi montado.



Quis fazer alguns coment�rios, mas ele me impediu.



- Vamos tomar um caf�. Isso voc� aprofunda com a Marisa.



Pouco depois saiu, mandando a empregada chamar a esposa.



- Voc� est� a�, meu caro?



Um aroma de perfume vem. Ela chega, vestida num roup�o de banho...



A pe�a mal chega ao meio das pernas, e est� amarrada de forma sutilmente desleixada, de maneira a formar um decote generoso.

Fico algo perturbado. N�o consigo deixar de imaginar a bela nudez que mal se esconde naquele roup�o pequeno. Isso tudo sabendo que o marido est� por perto...



- N�o h� pressa, posso aguardar a senhora se vestir – digo, tentando disfar�ar minha perturba��o.

- Querido: primeiro pare de me tratar de “senhora”, detesto essas formalidades. J� bastam as que tenho que aguentar na minha vida profissional. Al�m do mais, voc� � mais velho que eu, e tamb�m n�o deve estar querendo que te chame de “senhor”, n�o �?...



Apanhou uma pasta com plantas e documentos e a levou para uma mesa, puxou cadeiras e me convidou a sentar-me por l�.



- Espero que n�o se incomode com minhas vestes. Estou aguardando minha massagista chegar...



Como o tampo dessa mesa era de madeira, n�o pude – mas bem que imaginei... – ver suas coxas sendo exibidas...



A empregada volta, ela se levanta e vai a porta falar com ela. De longe posso notar que a empregada a olha de alto a baixo, olha para mim e de novo para ela, com ar de reprova��o.



Pelo que entendi, tinha ido avisar que a tal massagista n�o poder� vir. Marisa d� de ombros e retorna. Um pressentimento me incomoda e se confirma quando Dr. Malheiros entra abruptamente na sala. Para e olha a esposa com ar de reprova��o parecido com o da empregada.



- Tua informante j� lhe avisou? – ela o encara, com ar de desafio.

- Mas nem precisaria. Seus h�bitos j� s�o bem conhecidos, n�o �, sua vagabunda semi-nua... - e termina dando-lhe um tapa no rosto.



Onde fui parar! ...



Levanto-me, tento pedir que se acalmem, quero cair fora daquilo tudo. Mas para minha surpresa, ambos se viram para mim, e como num ato ensaiado, ao mesmo tempo apontam-me as m�os espalmadas, sinalizando-me que pare e aguarde.



Dr. Malheiros se dirige a mim:



- Acalme-se, est� tudo bem aqui. Sempre esteve – vira-se para a esposa e pergunta – N�o �?



Ela confirma – me olhando – com a cabe�a.



Ele continua me falando:



- Por favor, permane�a sentado. O senhor talvez j� tenha conhecido o lado profissional dela, muito competente. Mas esta Dra. Marisa aqui tem outros segredinhos...



Para mais surpresa minha, ele a coloca à sua frente. Por tr�s abra�a-a e ent�o suas m�os apanham as golas do roup�o branco. Puxam-nas num golpe abrupto. Marisa fica totalmente nua na minha frente. Exibida pelo marido maduro...



- Est� a� o segredinho, doutor – ele a domina e a faz caminhar em minha dire��o.

- Minha mulher tem essa coisa de puta. Precisa sempre de outro homem...



A vis�o dela � inebriante. Tal como imaginava, uma mulher deliciosa, seios m�dios bel�ssimos, corpo bem talhado. At� uma elaborada depila��o na virilha...



Dominada pelo marido, olha para mim. Vejo que sua pele est� arrepiada – e n�o por tempo frio... - ela treme, morde os l�bios. As pontas de seus seios est�o rijas.



Ainda sinto desconforto, a hip�tese de tudo acabar em viol�ncia – envolvendo-me – preocupa-me. Mas a id�ia de fugir de l� come�a a ser abandonada.



N�o � – definitivamente - um tipo de aventura que eu procuraria. Mas n�o h� jeito: estou excitado.



Coisa que, ali�s, marido e esposa notam.



- Vejo que gosta, doutor... Est� certo! Quem n�o gostaria de uma puta dessas?...



E empurra a mulher, fazendo com que caia sobre mim.



- Fa�a bom uso!



E afasta-se, enquanto Marisa come�a a desabotoar minha camisa, beijar-me, lamber-me todo.



Bem: em Roma como os romanos. Se � h�bito da casa, vamos em frente. Livro-me – com uma �vida ajuda dela – de todas as roupas.



Levanto-me e a beijo. Ela toma minhas m�os e as faz percorrer todo seu corpo. Apanha delicadamente meu membro mais que rijo:



- Vai entregar pra mim esse teu tes�o todo?...



Digo que sim, mas ap�s outro beijo, diviso a presen�a de Dr. Malheiros do outro lado da sala. Isto por um instante quase compromete minha ere��o. Mas ele, sempre na sua hier�tica postura de Lorde ingl�s, mant�m-se sentado na berg�re de couro. Toma um gole de um conhaque, mira-me e pisca um olho...



Marisa se ajoelha. Cai de boca no meu pau. Outra surpresa, essa muito agradavel: j� conheci mulheres que se destacam pala forma como fazem um boquete, mas ela realmente � uma coisa. Faz, chupa sem pressa. Enquanto meu pau est� na sua boca, � brindado ao mesmo tempo com uma suc��o e carinhos de uma l�ngua muito ativa. Engole-me quase todo.



Para um instante. Tira da boca e me pede, quase em tom de s�plica:



- Vem! Deita aqui comigo...



No ch�o, um tapete de pele de carneiro. N�o t�o macio como uma cama de motel, mas com conforto razo�vel, al�m de agregar um certo tempero à cena.



Ela me faz deitar de barriga para cima. Meu pau se ergue no ar. Vem por cima de mim, ao contr�rio. Entendo o que quer ela. N�o lhe nego, caindo com fome na buceta quente e molhada que me oferece, enquanto volta a me chupar com gosto.



Esse cl�ssico 69 segue por mais alguns minutos, quando ent�o ela para. Sem olhar para tr�s, pergunta:



- Querido, voc� ainda est� a�?

- Sim meu amor... – a voz grave do Dr. Malheiros responde.

- Ent�o olha bem: a puta da tua mulher vai dar pra outro homem na tua frente...



Vira-se para mim:



- Me fode gostoso para o corno ver, tesudo!...



Dr. Malheiros, marido, corno?... N�o consigo mais me preocupar com sua presen�a.



Ela senta-se no meu pau. Cavalga-me como uma �gua no cio. Mexe, rebola sem parar, curva-se e me oferece os seios. Geme e grita. E n�o para mim...



- Ai, querido! Voc� n�o sabe como esse caralho est� gostoso!...



Mexe-se mais, convida-me a entrar mais fundo, mais forte, at� que lan�a um grito gutural que enche o ambiente, sinalizando seu orgasmo. Sai de cima de mim e lan�a-se de novo de boca em meu pau, como uma cadela sedenta.



Recebe em sua boca toda minha ess�ncia masculina...



Senta-se, olha para o marido. Seus cabelos, sempre bem tratados, agora est�o algo desgrenhados. Algumas gotas do meu s�men escorrem pelo canto de sua boca. Provocativa, encara-nos ambos. Recolhe com a l�ngua as �ltimas gotas.



Aquela voz grave ressoa outra vez no ambiente:



- Querida... N�o seja uma anfitri� descort�z. Ofere�a algo de beber ao cavalheiro...



Ela levanta-se e vai at� uma estante atr�s da berg�re de onde o marido nos assistiu. Vejo-a caminhar num certo andar que parece ainda provocativo. Claramente ela acentua os movimentos do quadril, mexendo as coxas de forma mais aberta que o normal. Certamente para possamos ver os flu�dos que escorrem.



Serve-me o u�sque – um 21 anos! – que sorvo com muito prazer. Mas o desconforto ser ali aquele estranho no meio da intimidade de um casal – casal poderoso, ali�s – volta a me rondar.



Ainda mais que a vejo conversar com o marido. Falam aos sussurros, para que eu n�o ou�a.



Ela de p�, ele sempre em seu trono. De repente vejo que ela se abaixa para que ele lhe diga algo ainda mais em segredo ao ouvido. Tem um leve tremor, olha para mim e continua aquela conversa��o herm�tica. Ent�o aumentam o tom de voz, talvez querendo que agora os ou�a:



- Ok! Ser� que ainda tem l� nosso quarto? – ela pergunta.

- N�o, putinha. Voc� n�o precisa mais disso. Voc� d� conta...



Ele me encara nos olhos, enquanto a segura da mesma forma dominante do in�cio de tudo:



- O senhor certamente h� de concordar, n�o � doutor? DAR � uma especialidade dela.



Levanta-se e a tr�s at� onde estou. Tinha voltado a sentar-me numa das cadeiras da mesa onde supostamente uma reuni�o de trabalho deveria ter acontecido.



Apesar de um certo constrangimento com tudo aquilo, n�o h� jeito. Outra ere��o me toma. Devidamente checada pelo marido.



- Sempre alerta, n�o � doutor? Ent�o sirva-se de novo...



Faz Marisa se postar de quatro sobre o tapete.



- Sodomize a vagabunda! Como toda puta que se preza ela adora...



Marisa ali em posi��o, exibe de novo aquela pele arrepiada, aqueles suaves tremores no corpo.



- Vem tesudo. Sou toda tua. Por favor, p�e devagar. Mas me enfie tudo...



Negar-se a um pedido desses?...



Posiciono-me atr�s dela. Coloco meu pau vagarosamente. Sinto que ela procura se abrir para me receber dentro dela. Parece acostumada a pratica e pouco a pouco vou me introduzindo.



Dr. Malheiros pede a palavra de novo. L� est�vamos n�s, Marisa nua, de quatro no tapete de pele de carneiro, com mais ou menos j� metade de meu pau enfiado. Paramos nessa posi��o para ouvi-lo ( acreditem ou n�o...):



- Meu amigo, n�o � hora de trat�-la como um cavalheiro. Humilhe a vagabunda, bata nela. Vai ver que ela gosta. E assim, vai servi-lo com muito mais entusiasmo...



- Isso mesmo tes�o!!!!! Isso! Me fode toda!...Me xinga! Me bate que eu mere�o... - ela acrescenta.



J� que s�o regras da casa, trato de me adaptar. Puxo os belos cabelos negros dela para tr�s, para que me ou�a bem. Aplico uma, duas, tr�s, v�rias palmadas na sua bunda. Vou lhe dizendo:



- Voc� gosta de dar, n�o � sua puta? - e ato continuo, enfio tudo!



- E puta que � puta sabe dar o cu pra seus machos. Toma, piranha! - acrescento com outra estocada mais funda.



Dr. Malheiros estava certo. Marisa tornou-se uma potranca. A cada palmada recebida ela respondia rebolando para mim, a cada estocada, jogava os quadris para tr�s para que eu entrasse mais e mais. Nenhuma d�vida que estava num frenesi de profunda excita��o.



Como antes, continua falando com o marido.



- Ai amor! Como � gostoso te cornear! Ele t� fodendo meu cu gostoso...



- Enfia tudo, tesudo! Me faz tua puta, tua vagabunda. Me fode! Me fode! ME FOOOOODEEEE!!!!!....



O clima seguiu nesse diapas�o, culminando num orgasmo intenso.



Aquela empregada de maus bofes certamente vai ficar ainda mais indignada, ao ver o trabalho que ter� para limpar o tapete molhado. Marisa gozou. E muito...



Ela pede que tire de dentro dela. Beija-me carinhosamente e levanta-se caminhando at� a berg�re onde o marido assistiu a tudo.



Novamente aquele andar rebolativo... Vai at� a estante das bebidas e busca a garrafa de conhaque, servindo outra dose ao marido. Faz isso virando-se de costas para ele, claramente exibindo a umidade que lhe escorre pelas coxas e a dilata��o resultante dessa �ltima penetra��o.



Dr. Malheiros a examina e olha para mim. Morde os l�bios e balan�a a cabe�a em sinal de aprova��o. Ent�o me dispensa:



- Doutor, saindo por esse corredor, à sua direita h� um lavabo onde poder� se higienizar. – meu anfitri�o informa.



Apanho minhas roupas e vou.



Quando retorno, de novo algo preocupado, pois estava sem saber o que agora me esperava, encontro Marisa vestida como uma executiva. Eles conversam assuntos profissionais, voltam a falar comigo sobre a reforma do apartamento.



Como se nada tivesse acontecido...



De repente, Dr. Malheiros enla�a muito carinhosamente a esposa, e lhe diz:



- Meu amor, certamente nosso visitante est� cansado. Vamos continuar esta reuni�o em outra hora.



Sou dispensado e saio do enorme apartamento guiado pela empregada de maus bofes. Saio à rua sem acreditar no que havia acontecido.



Ficou marcada uma nova reuni�o para uma sexta-feira, dois dias depois. Aparentemente ser� mesmo uma reuni�o de trabalho, pois foi marcada para o escrit�rio. N�o aquela sala, com aquele tapete de pele de carneiro...



Na quinta estive o dia todo fora. Quando retorno no fim da tarde, meu s�cio avisa:



- Aquele tal de Dr. Malheiros ligou tr�s vezes pra voc�. Retorna pra ele...



Quando ligo, ele me atende, afetuosamente:



- Ol�, meu querido amigo. Tudo bem, doutor?

- Sim Doutor Malheiros, tudo bem por a�?

- �timo Doutor, simplesmente �timo!...Mas precisamos conversar. Tenho boas e m�s not�cias.



A refer�ncia a m�s not�cias me causa um calafrio, mas ele continua:



- Decidimos cancelar a reforma daquele apartamento...



Sou for�ado a concordar. O custo da readequa��o necess�ria, ap�s d�cadas de reformas erradas e interven��es de mau gosto que o apartamento teve, seria muito alto. Mas ele continua:



- Mas vamos às boas not�cias: essa semana devo fechar a compra de um duplex nos Jardins. Certamente precisaremos de alguma reforma, que deixaremos a seu encargo. Al�m disso, eu possuo uma fazenda na regi�o de Valinhos, coisa de uns 200 alqueires. Estou pensando em investir l�, talvez criando um hotel-fazenda. Precisamos conversar sobre isso...



- Sempre às ordens, Dr. Malheiros...

- Sim... Uma coisa que sei bem � que o senhor est� sempre às ordens- e riu sua risada brit�nica...



Pigarreou e retornou a conversa:



- Mas doutor, ou se permite, acho que posso trat�-lo de voc�, n�o?

- Claro...

- Essas quest�es de reformas ainda v�o demandar um certo tempo...

- Ent�o adiamos a reuni�o de amanh�?

- Sim, mesmo porque, posso lhe dizer, j� que temos intimidade... Marisa est� muito cansada. Aquela �ltima – ele para um instante – aquela... digamos...aquela “reuni�o” que tivemos, inspirou muita coisa depois l� em casa. Prolongou-se madrugada afora. E isso, voc� sabe, nos faz despender muita energia...

- Sim, sim... – respondo algo intrigado com o rumo da conversa.

- Mas gostar�amos muito que o senhor, ali�s, voc�... nos visitasse de novo na semana que vem. Para uma nova, digamos... ”reuni�o”...

- O senhor se refere àquela “reuni�o”?

- Siiiiiim... Exatamente: esta mesmo! Com toda aquela, digamos... “pauta”...



Meu s�cio me olha de sua mesa. Nunca vai imaginar o que acontece. Doutor Malheiros, sempre na sua voz de Lorde, continua:



- Fique sabendo: esses “eventos”... alentam-nos depois um fragor, um fogo que para n�s j� estava se perdendo. Se me permite, com todo o respeito dizer-lhe, o senhor... voc�, melhor dizendo, � o nosso comprimido azul! Que tal quarta-feira às 16:00 horas?



Bem: como disse antes, eu jamais buscaria por uma coisa como essa.



Mas j� que todos ficam felizes, por que n�o?...





LOBO

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Texto Publicado. Direitos autorais reservados. Proibidas sua reprodu��o, total ou parcial, bem como sua cess�o a terceiros, exceto exclusivamente com autoriza��o formal do autor. Lei 5988 de 1973





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