Ele traiu a mulher. Ela descobriu. Ele quis de novo. N�o deu certo. Um belo dia, voltou a discuss�o. Frustrado, irritado, depois de tomar umas, deu um tapa na mulher. Ela aceitou. Sentindo-se forte de novo, voltou à amante. Mas a vida desabou e ele ficou manso. Foi o jeito.
A mulher aceitou, mas n�o aceitou aquele tapa. Ficou na cabe�a dela que n�o podia ter acontecido. Poderia at� passar com mais tempo, mas ele voltou a se encontrar com a amante. Ela agora tinha medo de apanhar de novo. N�o conseguia enfrent�-lo como antes.
Lembrou de um vizinho da rua, que j� tinha enfrentado o marido dela, no pouco tempo em que estavam ali. Lembrou de como o marido pareceu ter medo dele. Pensou nesse vizinho, sujeito rude e abusado, bem mais velho que eles, cuja voz ouvia ecoar desde o bar da esquina tantas vezes, onde fazia ponto. Tentou recordar de quantas vezes cruzaram os olhares, de como ele a cobi�ava.
O cara passava para o bar na hora de sempre, no finalzinho da tarde. Ela o esperou passar na cal�ada, aguando displicentemente as plantas no jardim, vestida numa saia transparente, calcinha cavada, de blusa curta, e quando ele passou perguntou se ele n�o teria uma escada para emprestar, porque precisava mexer numas coisas que estavam num arm�rio alto, e n�o sentia mais seguran�a na escada que tinha.
Ele se prontificou imediatamente, olhando entre incr�dulo e tarado. Come�ava a escurecer quando ele chegou com a escada. Armada a escada em frente ao arm�rio, ela subiu e deixou o bruto estarrecido. A saia n�o era t�o curta, mas daquela altura, mesmo com a luz fraca do quarto, era imposs�vel n�o ver. Enquanto ela fingia interesse nas coisas em que mexia l� em cima, esticando-se, empinando-se, imaginava o efeito daquela cena para ele, l� embaixo. Sentindo-se poderosa na cena, metida naquela saia fina, com a calcinha reduzida a um fio, a rebolar nas alturas para o cara, pediu que ele a ajudasse a se firmar na escada, segurando-a nos tornozelos.
Quando desceu da escada, a calcinha tava ensopada, o grandalh�o suando. Ele demorou um tempo para atinar que ela tinha descido mesmo, estava ali ao alcance da m�o. Quando ela se virou, como se fosse deixar o quarto, ele a agarrou por tr�s, colou. Com uma m�o nos peitos, subiu a outra por entre as coxas dela. Ofegando, quente de tes�o, ela sussurrou sedutoramente alguns n�os, por causa da chegada do marido. Mas, posta contra parede, sentiu o pesco�o assediado, lambido, mordido, a calcinha sendo afastada com viol�ncia e um dedo que podia ser mais grosso que o membro do marido entrando pela buceta. E ouviu o cara dizer, colado em seu ouvido, com aquela voz grave e pesada que sempre a impressionava, aquilo que ela queria: que fazia at� gosto que o corno chegasse e visse a mulher engatada num macho que ele respeita.
Ela chupou o cara contando o tempo. Ela queria que o marido chegasse e a encontrasse estatelada sobre as investidas daquele troglodita. Aquilo � que era pau, ela pensava, enquanto chupava e se imaginava aguentando. Colada no quarto deles, para onde ela sabia que o marido iria assim que chegasse, havia uma saleta com sof� e tv. Ali, de porta fechada, com o pau do cara nas m�os e na boca, ela aguardou ansiosamente pelos primeiros ru�dos que anunciaram a chegada dele.
Quando percebeu que chegava mesmo, antes que ele abrisse a porta da rua ela se deitou ao longo do sof�, empinou a bunda e de olho na fechadura da porta, por onde sabia que o marido olharia, esperou a penetra��o. Veio longa, arrastada, gemida, grossa, como o pau grosso daquele grosseiro. Quanto pau que entrava, enquanto ela ouvia, entre os pr�prios gemidos altos, os passos do marido dirigindo-se para o quarto, como ela previra.
E a foda veio pesada, intensa. Sentia-se montada por um touro. O ritmo, as estocadas fundas, o impacto do corpo dele, entrando e saindo, com for�a, mas com capricho. Ele mete como quem fode e fode bem. Ela vai aos gritos. O marido n�o aguenta, espia e v�. Ela diz alto, para que ele ou�a, "n�o, n�o, pare, meu marido vai chegar". E o cara mete mais fundo, responde que est� torcendo para o corno chegar e ver a mulher gemendo embaixo dum macho de verdade. Mas ao dizer isso dispara o gozo. Urra jorrando um monte dentro dela, que j� gozara tanto.
Ela se levanta, quase caindo de tonta, sentindo-se arrombada, procura a calcinha, mas n�o encontra, nem lembra onde deixou. Azar. O cara abriu a porta da saleta e viu marido no final do corredor. Ela saiu e a cena pat�tica, mas planejada por ela saiu melhor que esperava. O grandalh�o subiu a m�o por entre as coxas dela, olhando desafiadoramente para ele, veio com a m�o melada de porra, mostrou-a e apontando o dedo disse: muito tesuda, fode bem como uma puta, geme alto como uma gata, uma foda e tanto, mas n�o v� bater nela porque agora � corno ou vai se ver comigo.