"Por tr�s do olhar inocente de uma garota se escondem desejos que ningu�m pode imaginar. Um rosto bonito, cabelo arrumado, roupas discretas e uma express�o de seriedade funcionam como uma muralha que muitas vezes oculta vontades inconfess�veis, uma fome ardente de prazer e fantasias que poucos admitem guardar." rnrnCap�tulo 00 (Introdu��o): As pernas nuas da "Santinha" rnrnSolange tinha 19 anos, estava no segundo ano do colegial e era uma garota estudiosa desde sempre, exemplo de comportamento, �timas notas em todas as mat�rias e bastante t�mida, sem muitos amigos, na verdade, nenhum, apenas conversava de vez em quando com as outras garotas estudiosas que sempre sentam nas cadeiras das primeiras filas da sala de aula. Apesar de bonita era muito s�ria e por isso os garotos n�o davam muita aten��o a ela: a maioria deles n�o saberia dizer nada al�m do seu nome ou no m�ximo comentariam entre si que ela tinha seios m�dios bastante atraentes. rnrnMas alguma coisa tinha mudado. Certo dia chegou na escola usando uma saia relativamente curta. Digo "relativamente curta", porque, desde que entrou na escola, h� dois anos, ela costuma usar jeans, na verdade jamais tinha ido à escola de saia ou vestido, pelo menos n�o que algum dos garotos se lembrasse, e se lembrariam, visto que tinha pernas deliciosamente belas. rnrnNaquele dia os corredores conspiravam coment�rios de esc�ndalo. Por que raios Solange, a garota exemplar, haveria de estar vestida daquele jeito lascivo, a exibir a sensualidade de suas pernas, despertando o desejo dos jovens, t�o vulgar para uma escola de elite e t�o incompat�vel com a aquela s�ria menina que todos tachavam de santinha? rnrnApesar de vestida de forma t�o sensual, Solange n�o estava nada à vontade. Estava muito envergonhada, seu olhar voltado para o ch�o, o passo apressado, quase correndo, o rosto ruborizado. Era como se estivesse vestida daquele jeito contra a vontade. "O que teria acontecido?", se perguntavam os colegas. rnrnPassou pelo p�tio e pelo �ltimo corredor sem olhar para ningu�m, mas sendo vista por todos. Atraia, a cada passo que dava, olhares invejosos de muitas garotas, a admira��o e excita��o dos garotos e a curiosidade de todo mundo. rnrnNingu�m sabia o que estava acontecendo, ou melhor, quase ningu�m. Roberto, um belo e atl�tico jovem da mesma turma de Solange, olhava-a com meio sorriso no rosto, mas seu sil�ncio guardava o segredo que explicava o estranho comportamento da garota. rnrnQuando Solange se virava para entrar na sala, apressada, olhando para baixo, esbarrou fortemente com J�lio, um garoto que saia correndo da sala, numa brincadeira idiota com outros garotos, e o encontro foi t�o terr�vel que Solange foi atropelada, jogada ao ch�o, bateu de costas na parede do corredor e por um segundo o interior de suas pernas ficaram expostas em certo �ngulo. rnrnTodos a viram cair, houve alguns sorrisos, mas alguns, que estavam mais pr�ximos, perceberam uma coisa diferente e seus olhos quase saltaram. Poucos perceberam, apenas duas garotas que estavam ao lado, J�lio, Roberto, que n�o pareceu surpreso, e outro garoto - Carlos - que se encostava à parede ao lado da porta. Pareciam n�o acreditar: a doce e pura Solange n�o estava apenas usando um vestido curto; o pior era que ela estava sem calcinha. rnrnRapidamente, antes que o pr�prio J�lio pudesse ajud�-la, Solange se recomp�s e correu para sentar-se em seu lugar na sala. As costas do�am, mas a vergonha era muito maior. Tentou acreditar que ningu�m tinha percebido, mas a vis�o da nua buceta de Solange n�o sairia facilmente da cabe�a de J�lio e de Carlos. Logo, logo ela descobriria. rnrnRoberto sentava sempre ao fundo, mas como algumas alunas das primeiras filas faltaram, aproveitou para sentar-se ao lado de Solange. Antes que a aula come�asse, teve tempo de se aproximar do ouvido de Solange, que estava de cabe�a baixa, e sussurrar: rn-Muito bem, minha Cadela, à noite ter� sua recompensa. rnrnSolange n�o respondeu, nem sequer levantou a cabe�a, mas, apesar de nervosa e ainda envergonhada, formou-se um discreto sorriso em seus l�bios. Sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo, parando calorosamente no meio de suas pernas. rnLembrou-se com vol�pia da noite anterior e do acordo que fizera com seu novo amigo... rnrnPr�ximo cap�tulo: 01 "A noite do acordo"