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3 - MARES SEM FIM

Internet ? essa maravilha moderna onde navegamos usando o teclado como caravela... Na net v�-se de tudo: futebol, pol�tica e, � claro, sexo, muito sexo.rnrnN�o h� palavra que se digite em um site de busca, por mais inocente que seja, que n�o retorne algumas op��es que envolvam a atividade humana mais praticada, desde o surgimento da nossa esp�cie. Temos a� alguns bilh�es de viventes para prov�-lo.rnrnAssim, como n�o poderia deixar de ser, tamb�m passei a usar a internet, mais especificamente, as salas de bate-papo espec�ficas para aqueles que se aventuram no mundo t�o cantado por Donatien Fran�ois.rnrnA princ�pio confesso que foi um desencanto. Ao entrar com meu nome, Rainha Sarah, em tais salas, fui abordada por v�rios, que se diziam submissos, mas que mal sabiam a maneira correta de endere�ar algu�m que usa tal alcunha.rnrnDistra�a-me mais com contos. Quando os achava com boa qualidade ? o que n�o era t�o comum.rnrnAinda lembro-me da primeira vez em que estive em uma sala de bate papo de BDSM: n�o foram poucos os que atra�dos por uma possibilidade de domina��o ?b�sica?, fugaz, abordaram-me sem boas maneiras.rnrnMas, mesmo assim, n�o desisti e, vez ou outra, encontrava algu�m para me divertir. Ningu�m em especial, apenas divers�o espor�dica.rnrnE assim, segui.rnrnPor�m, � importante que se diga que odeio quando, nestas salas voltadas para meu estilo de vida, que iniciem a conversa com ?Boa noite, Rainha. Como vai??. Oras, submissos n�o s�o meus iguais para iniciar comigo uma conversa como se estivessem me paquerando no bar da esquina.rnrnEm determinado dia, j� estava de sa�da, pensando que n�o encontraria nada al�m de wannabe subs, quando, inesperadamente, sub_sp envia-me uma mensagem: ?Desculpe-me por incomodar, Rainha. Mas se a Senhora quiser teclar comigo, estou ao seu dispor?.rnrnPrimeiro o choque ? oras, n�o � que h� nestes vastos mares virtuais algu�m capaz de respeitar a formalidade e escrever uma frase completa, colocando-se em modo de espera ? e ainda usando corretamente o pronome obl�quo? (Neste ponto � importante que eu esclare�a: n�o sou daqueles chatos que se debru�am discutindo a heresia do internet�s. A l�ngua � viva, progride e adapta-se. O internet�s � t�o somente a prova disto!)rnrnMas, o fato � que em meio à rudeza e despreparo de tantos que se auto-classificam submissos, despontava ali uma raridade. E raridades me atraem sobremaneira: seja o belo, seja o feio; seja o perfeito, seja o imperfeito - desde que tragam em si algo que os diferencia dos demais.rnrnA raridade em quest�o sabia que para se iniciar uma conversa com uma Mistress, sendo-se um submisso, tem-se que se colocar no devido lugar e fazer uso de todo o respeito e delicadeza que um idioma pode oferecer. Este � o �nico meio de se obter minha aten��o.rnrnAfinal, a verdadeira submiss�o ? assim como a verdadeira arte de Dominar ? n�o � algo pass�vel de ser ensinadoaprendido. Ou se �, ou n�o se �. Ou se nasce ou n�o se nasce.rnrnAssim, sub_sp cativou minha aten��o.rnrn?Descreva-se? ? obviamente, ele teria que ser algu�m que me agradasse minimamente.rnrn?1,80m. Cabelos castanhos. Meio vermelhos. Olhos azuis. Um pouco acima do peso. Um escravo por natureza?.rnrnInteressante.rnrn?Saia e entre com o nick escravo_RainhaSarah. Apenas me divirto com o que me pertence.?rn?Sim, Senhora?.rnrnImediatamente, aquele que se autonomeava sub_sp saiu e retornou usando o nome que eu lhe havia determinado.rnrnA resposta imediata aos meus desejos sempre desperta minha vontade e minha curiosidade. Quanto mais submissos, mais me interessam.rnrn?�s suas ordens, Rainha.?rn?De que maneira voc� est�??rn?De joelhos.?rn?Quero ver?.rnrnImediatamente ele liga seu v�deo-chat.rnrnVejo um amontoado de cabelos meio despenteados da cor castanha. H� um leve brilho vermelho neles. T�pico das misturas brasileiras, pensei. Na posi��o em que ele se encontrava, eu podia ver, al�m de seu cabelos, seus ombros de cor clara, mas cheio de sardinhas.rnrnO c�modo onde ele se encontrava estava bem iluminado, assim eu podia ver detalhes de seu corpo ? e sua c�mera era de �tima resolu��o. Ele estava de cabe�a baixa ? �bvio que n�o olharia diretamente para a c�mera naquele momento. As pessoas t�m vidas que querem preservar, oras.rnrnE confian�a � algo que se conquista pouco a pouco ? ainda mais entre uma Senhora e seu escravo. Pouco a pouco, sim, afinal, n�o existe treinamento, extens�o de limites e de possibilidades sem que haja confian�a ? o tempo � o verdadeiro aliado de uma Mistress. O tempo e sua pr�pria capacidade de Dominar e ser obedecida.rnrnAssim, meu brinquedinho de momento ? sim, pois, at� aquele ocasi�o n�o havia nada que pudesse indicar a profundidade da nossa rela��o que se estabeleceria com um forte v�nculo em pouco tempo ? possu�a um redemoinho encantador no meio de sua cabe�a.rnrn?Diga seu nome? sussurrei, j� com a voz embargada em antecipa��o, ao v�-lo de joelhos sem que fosse preciso orden�-lo ? considerando-se que era nossa primeira conversa.rnrn?escravo da Minha Rainha.?rnrnUm tremor percorreu meu bra�o. Uma vontade de segur�-lo pelos cabelos, bem perto daquele redemoinho e for�ar sua testa at� o ch�o ? mas, infelizmente a internet ainda n�o nos fornece todas as possibilidades.rnrnDisse-lhe que se pusesse de p�, mas ocultasse seu rosto. Eu queria observ�-lo por inteiro, todo o seu corpo, sua pele. Minhas narinas dilatavam-se imaginando o odor que exalaria de sua pele. Cheiro de submiss�o, cheiro de pertencimento.rnrnQuando ele se postou de p�, instru�-lhe a exibir seu corpo come�ando por suas pernas, que pareciam fortes, passando por seu est�mago e peito. Realmente, ele estava acima do peso, mas n�o era nada exagerado ? um corpo absolutamente normal para algu�m de sua idade. Pequenas pintinhas cobriam seu peito.rnrn?Vire-se?.rnrnN�degas me fascinam. Eu n�o poderia divertir-me com algu�m que n�o tivesse uma bunda respeit�vel.rnrnE a dele era: pequenos pelos lisos e finos cobriam a superf�cie de sua bunda clara, mais clara que o resto do corpo, com uma marca de sunga ? al�m de redonda.rnrn?Incline-se e abaixe seu torso para frente?rnrnAo abaixar-se ele me deu uma bela vis�o de sua bunda, na posi��o em que eu gostaria de meter um plug anal bem fundo... Mas, isso, certamente, n�o aconteceria. Pelo menos, n�o agora, n�o ainda.rnrn?Segure as duas partes de sua bunda com as m�os e exponha-se para mim.?rnrnSenti uma pequena hesita��o. Suas m�os demoraram um segundo mais que o necess�rio.rnrn?escravo. Minhas ordens s�o para serem seguidas. Agora, arreganha a porra da bunda? disse subindo o tom, sem elevar a voz, mas imprimindo nela toda a minha capacidade de comando, toda a minha Natureza.rnrnE, mais uma vez, tive a comprova��o, mesmo a quil�metros de dist�ncia: escravos s�o como c�es ? se voc� n�o der conta de dobr�-los à sua vontade com sua voz, � porque n�o se � seu Mestre. Ou Mistress.rnrnSuas m�os que hesitaram por um segundo apenas dirigiram para as duas partes de suas n�degas e as separaram expondo seu �nus completamente. Era rosado e pequeno e eu j� podia imaginar um consolo sendo enfiado por aquele buraco abrindo seu esf�ncter ao m�ximo do suport�vel.rnrn?Voc� tem feij�es??rn?Sim, Senhora? levantando sua cabe�a.rn?Mantenha esta posi��o. N�o lhe disse para se mexer.?rnPerguntei de novo, pausando bastante minha voz, tomando tempo. Eu sabia que aquela posi��o era desconfort�vel, ele fazia um �ngulo reto com seu corpo, mantendo as pernas em V. Com os bra�os esticados para tr�s suas costelas comprimiriam os pulm�es, mas apenas um pouco.rnrn?S-i-m, Se-nhora? disse ele ofegante, mas sem mexer-se um mil�metro.rn?�timo. Busque uma m�o cheia deles. Vou marcar o tempo. Sempre que eu o fizer, se voc� n�o o cumprir, eu desligo a conex�o e voc� n�o ter� mais como encontrar-me, entendeu??rn?S-im, Senho-ra.?rn?Levante-se. Voc� tem 30 segundos. V�, agora.?rnrnOuvi seus passos descal�os, fruto da sola de seus p�s batendo no taco, afastando-se rapidamente do microfone e, menos de 20 segundos depois, retornando.rnrnA c�mera estava posicionada de forma a que eu n�o visse seu rosto, mas todo o seu corpo do pesco�o para baixo ? por�m apenas quando ele estivesse posicionado pr�ximo a ela. Ele, na �nsia de obedecer, esqueceu-se que ao afastar-se da c�mera eu o veria por inteiro, especialmente quando ele se aproximasse.rnrnE assim foi. Vi seu rosto, de �culos, e seus cabelos lisos meio desarranjados que ca�am displicentemente sobre sua testa.rnrnE ele nem se deu conta do perigo.rnrnSorri internamente. Este possu�a alma de submisso ? com uma pequena press�o sobre si, esquecia-se de toda a cautela. Chegava a ser c�mico. Ainda mais se se pensasse que ele n�o possu�a nenhuma imagem minha. Eu jamais me permitiria ser observada de imediato.rnrn� �bvio que eu nunca me aproveitaria da displic�ncia de um submisso. Nem mesmo pela internet. Jamais. Meu senso de justi�a impedir-me-ia de faz�-lo, que fique claro!rnrnMas, mesmo assim, era lindo ver uma vontade dobrada t�o facilmente. Deixa-me com uma sensa��o quente e �mida entre as pernas ao mesmo tempo em que sinto o fogo cruzar o fundo dos meus olhos esverdeados.rnrn?Coloque os gr�os no ch�o.? Desta vez fui imediatamente obedecida.rn?Cuidado para que n�o se espalhem. Aponte a c�mera para voc� enquanto faz isto?rnrnEle os catou cuidadosamente e, agachado, deixou-os relativamente juntos.rnrn?Agora. Ajoelhe-se sobre eles. � sua li��o por hesitar.?rnrnEle levantou seu rosto, desacreditando do que ouvia, e eu pude v�-lo com clareza. Ele era bonito. Algumas sardinhas no seu rosto, mas n�o muitas. Aparentava ter, de fato a idade que havia me dito.rnrnE em seu rosto havia o olhar que denunciava que ele jamais havia passado por isto.rnrn?Alguma d�vida com rela��o à minha ordem?? disse em tom amea�ador.rnrnEle ajoelhou-se de pronto. De uma vez. Crispou levemente os dentes depois que seus joelhos acertaram os gr�os duros.rnrn?Eu lhe ordenaria permanecer por 30 segundos. Como demorou a obedecer a ordem, que sejam 45. N�o quero voc� sentado sobre suas canelas. Quero voc� ajoelhado, como numa prece. E repita incessantemente: Devo obedecer à minha Senhora sem hesita��o.?rnrnEle, resignadamente, abaixou a cabe�a e murmurou: ?Sim, Senhora.?rnrn?Eu quero ver sua cara, a sua dor.?rnrnSem questionar-me, ele levantou seu queixo e mirou a c�mera sem pestanejar, sem um dedo de hesita��o, enquanto repetia meu mantra pessoal.rnrnEste � todo meu ? pensei.rnrn?Devo obedecer à minha Senhora sem hesita��o.?rnrn10 segundos.rnrn?Devo obedecer à minha Senhora sem hesita��o.?rnrn20 segundos e ele fecha seus olhos, apertando-os.rnrn?Devo obedecer à minha Senhora sem hesita��o.?rnrn30 segundos e ele crispa seus l�bios.rnrn?Devo obedecer à minha Senhora sem hesita��o.?rnrn?N�o se mexa!? ? sussurrei com a voz cheia de tes�o. A dor dele causou-me uma contra��o no clit�ris.rnrn45 segundos.rnrn?Saia.?rnrnEle deixou-se cair no ch�o de taco e abaixou sua cabe�a para ver a vermelhid�o sobre seus dois joelhos acariciando-os com as m�os e removendo pequenos gr�os r�gidos que haviam entrado em sua pele.rnrn?Eu n�o lhe disse que poderia desviar seu rosto?.rnrnE ele me olhou. E seu olhar era doce e submisso. E triste.rnrnMeu cora��o acelerou e eu senti uma vontade imensa de tocar seus cabelos e acariciar-lhe a cabe�a para mostrar-lhe que havia feito o certo.rnrn?Aprendeu sua li��o??rn?Sim, Senhora. Eu agrade�o.?rn?E o que voc� deve fazer, cachorrinho??rn?Devo obedecer à minha Senhora sem hesita��o.?rnrnDe fato, a internet � muito �til. Muitos mares a serem navegados, afinal.rnrnE foi assim que meu c�ozinho aprendeu sua primeira de muitas li��es.rnrnMas sobre as demais, voc�s j� sabem. Outro dia.rnrnVeja mais em rainhasarah.blogspot.com

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