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TROCA DE CASAIS





O Adamastor chegou tarde do trabalho naquele dia. Precisava e queria ter chegado mais cedo, pois sabia que um primo da sua esposa, que ele n�o conhecia, estava na cidade e vinha jantar com eles, s� que v�rios problemas o prenderam no escrit�rio e ele s� pode voltar àquela hora.

Tinha tempo de chegar em casa, tomar um banho e estar pronto at� na hora do jantar, s� que queria estar em casa para receb�-lo, pois gostava muito da esposa e era importante para ele receber bem um parente dela. Ela e o primo tinham sido criados juntos, mas o pai dela viera para S�o Paulo quando ainda era pequena e nunca mais o viu, pois ele ficou na Bahia. Estava ansiosa por v�-lo e ia ficar chateada com o seu atraso.

Quando ele chegou em casa � esposa estava sozinha na sala. Ele deu um beijo nela, e enquanto tirava o palet�, se desculpou e perguntou pelo primo:



- Boa noite querida, desculpe o atraso. Fiz tudo pra chegar mais cedo, mas n�o deu. Fiquei preso at� agora no trabalho, o dia foi uma loucura. Mas cad� o seu primo que vinha jantar com a gente. Ele n�o veio?



- Veio sim amor. Estava muito cansado e eu falei pra ele ir tomar um banho. Est� l� em cima, no banheiro. Ele j� vai descer, mas prepare-se para ter uma grande surpresa.



- Voc� e suas surpresas. Desde que te conheci a vida ficou cheia delas para mim... De belas surpresas, come�ando por voc� que � uma pessoa surpreendente e maravilhosa.



- E voc� n�o para de ser o homem mais galanteador que eu conheci, s� que essa surpresa que estou falando tamb�m me surpreendeu. Eu n�o acreditei quando reencontrei o meu primo. Quando abri a porta, para atender a campainha, deparei com uma loira lind�ssima que me sorriu e me perguntou se eu era a Rosa Maria. Quando respondi que sim eu a ouvi me dizer:



- "Oi prima, o tempo fez de voc� uma linda mulher. N�o est� me reconhecendo? Eu sou o Teodoro, seu primo", e eu fiquei em frente a ela, de boca aberta, sem saber o que falar. Ele � travesti amor. Voc� o olha e v� em sua frente uma mulher perfeita. Estou surpresa e abismada at� agora.



- Que � que voc� est� me falando querida. Que tem um primo que � travesti? Que parece ser uma mulher?



- � isso mesmo querido. Eu deixei de v�-lo a mais de vinte anos e nessa �poca ele era um moleque travesso que n�o tinha nada de afeminado. N�o acreditei quando o vi agora.



- Bem, seja ele o que for, � seu primo e vamos trat�-lo com respeito e carinho. A vida particular dele n�o nos interessa, afinal n�s tamb�m temos � nossa.



- Voc� tem raz�o, mas falando nisso voc� ligou pra Magali ou pro Jos� Carlos desmarcando o encontro de hoje?



- Liguei diversas vezes, s� que n�o consegui falar com nenhum deles. Eu acho que eles v�o aparecer como combinamos.



- E agora o que vamos fazer? Com o Teodoro aqui vai ser um problema receb�-los. Mesmo que eles venham, nada vai rolar.



- Eu vou tentar de novo e se eles atenderem eu explico e marco pra outro dia.



Ele ligou pra dizer ao casal amigo que n�o poderiam se ver aquela noite, mas ningu�m atendeu. Eles n�o estavam e àquela hora provavelmente estavam vindo para sua casa. Fosse o que Deus quisesse.









Quando o Teodoro terminou o seu banho e desceu para a sala o Adamastor, apesar de j� saber que o primo da esposa era um travesti, ficou admirado e encantado com a beleza dele. Era uma linda loira, muito alta, dona de um rosto delicado e olhos azuis muito grandes, que brilhavam e pareciam dar luz a seus tra�os marcantes, que ele viu descendo a escada. Os cabelos, ondulados e fartos, caiam at� a altura de sua cintura muito fina. O corpo tinha uma perfei��o de causar inveja, as mais belas mulheres, e qualquer homem o abra�aria e o beijaria na boca deliciado, acreditando ter em seus bra�os uma linda mulher. Olhou pra ele e na mesma hora se sentiu atra�do por sua beleza marcante. A sua esposa o apresentou a ele:



- Amor, esta linda mo�a � o meu primo Teodoro.



- Ol� primo. Posso te chamar assim, n�o �? - O Teodoro falou com uma voz muito suave e bastante melodiosa, que tinha um forte sotaque das pessoas que nascem e vivem na Bahia.



- Claro que pode, a Maria Rosa me fala sempre de voc�. Ela morre de saudades do tempo em que voc�s eram crian�as.



- Eu tamb�m sinto muitas saudades daquele tempo. A prima era uma menina doce e eu um moleque peralta que vivia infernizando ela. Reencontr�-la agora, depois de vinte anos sem v�-la, � uma coisa maravilhosa. J� era pra eu ter vindo aqui antes, mas tinha medo dela n�o aceitar e ficar escandalizada com a posi��o que assumi em minha vida.



- Que � isso primo, n�o aceitar ou ficar escandalizada com o que? Todos temos o direito de escolha e de sermos felizes, a nossa maneira, nesta vida. Agora vamos sentar e voc� vai me contar as coisas l� da Bahia. J� nem me lembro direito de l�, s� tenho umas vagas lembran�as de quando �ramos crian�as e l� de casa.



Os tr�s ficaram algum tempo conversando e se conhecendo. Adamastor se sentia cada vez mais maravilhado com o primo da esposa. A beleza que ele tinha o atraia. Ele via na sua frente umas mulheres fascinantes, cheias de sensualidade e muito sedutoras. Ouvia a voz cantada e cheia de do�ura que saia da sua boca carnuda e muito vermelha, em que ela passava a l�ngua todo momento, e n�o podia deixar de sentir vontade de beij�-la. Era uma loucura para ele o que estava acontecendo, pois nunca tinha se sentido atra�do por um homossexual. Adorava fazer sexo em grupo e tanto ele como a esposa, recebiam casais de amigos para isso, s� que ele transava sempre com as mulheres e ela com os maridos. Nunca tinha feito sexo com um outro homem e pela primeira vez essa id�ia surgia para ele. Divagava confuso com o que se passava com os seus sentimentos, e conversava com a esposa e com o primo dela, quando a campainha tocou.



- Deve ser o Jos� Carlos e a Magali, a Maria Rosa falou. V� atender querido, por favor.



Enquanto o marido foi abrir a porta ela falou para o primo:



- Deve ser um casal de amigos com quem marcamos nos encontrar esta noite, antes de saber que voc� vinha nos visitar, e n�o conseguimos entrar em contato com eles para desmarcar. Eu queria dedicar essa noite s� para n�s primo. Espero que n�o a estrague ter pessoas estranhas a voc� entre a gente.



- Claro que n�o Maria Rosa. Se eles s�o amigos seus eu vou adorar conhec�-los. Vou dar um pulo at� l� em cima, pra retocar a maquiagem, e enquanto isso voc� prepara os seus amigos pra conhecer o seu primo transviado, ele falou como resposta e deu uma risada gostosa.



Quando o Adamastor adentrou na sala, acompanhado do casal de amigos, o Teodoro tinha acabado de subir a escada. Maria Rosa cumprimentou os dois e eles se sentaram para conversar:



- Voc�s v�o nos desculpar, mas vamos ter que adiar a nossa transa de hoje. Chegou um primo da Maria Rosa, que mora l� na Bahia, e est� ai para jantar conosco. Eu sinto muito, mas faz mais de vinte anos que eles n�o se v�em e n�o conseguimos contatar voc�s para avis�-los que ele estava aqui, o Adamastor falou pra eles em rodeios.



- Tudo bem. A gente vai e volta outro dia, quando ele n�o estiver aqui. Depois voc� me liga pra gente marcar.



- Voc�s n�o precisam ir. Fiquem e jantem com a gente, s� que a nossa transa n�s vamos deixar para outra vez. Voc�s entendem, n�o �?



- Eu acho melhor a gente ir. N�o somos da fam�lia e voc�s devem ter bastante o que conversar. N�o queremos atrapalhar.



- N�o v�o atrapalhar em nada. Eu falei para o meu primo de voc�s e ele disse que adoraria conhec�-los. Tenho certeza que v�o gostar muito dele tamb�m. Se sirvam de uma bebida que ele j� vem, s� subiu pra retocar a maquiagem e n�o deve demorar.



- Seu primo foi retocar a maquiagem!



- Sim. O meu primo � travesti e trabalha como transformista numa boate em Salvador.



- Transformista! Voc� quer dizer que o seu primo � "viado"?



- Deixa de ser vulgar Jos� Carlos, eu disse que ele � transformista. A gente olha para ele e n�o sabe que � um homem, porque v� uma linda mulher na nossa frente.



- Eu j� vi fotos e li algo a respeito deles, mas nunca vi um. Ele se parece mesmo com uma mulher? Tem peito, bunda, o corpo igual mesmo?



- Ele � uma mulher na apar�ncia e uma das mais lindas que voc� j� viu.



Enquanto a Maria Rosa falava isso o Teodoro vinha descendo a escada. Quando o viram os amigos deles n�o acreditaram que era um homem que ali estava. Aquela loira que estavam vendo, dentro de um vestido branco que � cada passo dela na escada deixava ver sua bela e longa perna atrav�s do corte que ele tinha do lado, era linda demais. Era imposs�vel acreditar que uma mulher, com tamanha beleza, tinha um pinto entre as pernas. S� podia ser brincadeira dos seus amigos.

O Teodoro se aproximou deles, que estavam no p� da escada, deu-lhes um sorriso encantador e falou com sua voz melodiosa e cheia de suavidade:



- Ol�. Voc�s, com certeza, s�o os amigos que a minha prima estava esperando. Ela falou muito bem de voc�s e eu estava ansiosa para conhec�-los. Muito prazer meus queridos, eu sou Rosa Maria.



- Mas o Adamastor falou... O Jos� Carlos soltou sem pensar e ficou engasgado, envolvido pela surpresa e pelo encantamento que aquela pessoa na sua frente lhe causava.



- Eu sei, eu sei o que eles falaram. Que tinham um primo em casa e � verdade. Meu nome � Teodoro e Rosa Maria � s� o meu "nome de guerra", que adotei em homenagem a minha querida prima. Inverti o nome dela e � com ele que eu me apresento em meus shows.



- Mas voc� � mesmo homem, o Jos� Carlos conseguiu perguntar abismado? Estou vendo a mulher mais linda que j� tive em minha frente.



- Voc� me deixa feliz falando isso e suas palavras me fazem muito bem. S� que sou homem e me transformo nessa mulher que est� vendo.



Passado o momento de espanto e surpresa, em que se conheceram, eles ficaram amigos e conversaram bastante antes do jantar. O Teodoro contou hist�rias engra�adas das noites baianas, disse como elas eram lindas e como ele adorava viv�-las. Falou da sua vida, do quanto achava normal o contato sexual e disse ser um adepto do sexo livre. Afirmou sentir prazer tanto com os carinhos de um homem como com os de uma mulher. Dominou a conversa e as pessoas presentes, deixando-as encantadas. Os maridos davam aten��o total a ele, n�o conseguindo disfar�ar o quanto estavam fascinados pela loira que tinham em sua frente. Seu vestido branco tinha um decote bastante avantajado que deixava a mostra parte dos seus seios, que eram bonitos e enormes, dos quais eles n�o conseguiam tirar os olhos.

Depois de saborearem um lauto jantar eles voltaram para a sala enquanto a Rosa Maria tirava a mesa, ajudada pela amiga. As duas conversavam:



- Minha amiga, seu primo � uma pessoa ador�vel. Como ele consegue se transformar em uma mulher t�o bonita! � dif�cil de acreditar.



- Eu tamb�m n�o consegui acreditar Magali. S� depois de eu e ele falarmos da nossa inf�ncia foi que n�o pude mais duvidar.



- Voc� viu como os nossos homens olham para ele cheios de admira��o por sua beleza. Ele os envolve com a sua sensualidade e os conquista. Se ele fosse mesmo uma mulher, com certeza, iam querer com�-la, pois mesmo sabendo ser um transformista n�o conseguem disfar�ar o tes�o que sentem por ele.



- �, percebi e n�o posso culp�-los. Se eu fosse homem me sentiria da mesma maneira em frente a tanta beleza.



- Estou tendo uma id�ia. E se a gente transasse esta noite, como combinamos, e convidasse o seu primo para participar da nossa suruba?



- Loucura menina, ele n�o ia querer!



- � claro que ia. Ele mesmo falou que gosta de transar com os dois sexos. Tenho certeza que ia adorar.



- �, pode at� ser. Por mim eu topo, s� que precisamos saber o que os meninos acham. Eu vou falar da sua id�ia com o Adamastor e voc� conversa com o Jos� Carlos. Se eles toparem eu falo com o meu primo.



As duas deram um jeitinho de falar a s�s com os seus maridos e expuseram para eles a id�ia que a Magali tivera. Tanto um quanto o outro a aprovaram, pois tinham combinado transar naquela noite e a presen�a daquela loira linda, entre eles, s� fez aumentar o tes�o que j� sentiam. Estavam os cinco na sala conversando quando a Maria Rosa se dirigiu ao Teodoro para lhe falar da id�ia que tiveram:



- Primo, eu e o Adamastor sempre recebemos amigos pra jantar e depois a gente transa. T�nhamos marcado com a Magali e o Jos� Carlos hoje e eles apareceram porque n�o os encontramos para avis�-los que voc� estava aqui e desmarcar. Eles ficaram para jantar, mas combinamos deixar a nossa transa para outro dia. Depois que eles te conheceram n�s tivemos a id�ia, ou melhor, foi a Magali quem teve, e ela foi aprovada por todos n�s. Resolvemos deixar a nossa transa rolar com voc� participando. O que � que voc� acha? S� depende de voc�.



- Id�ia magn�fica Maria Rosa. Adoro fazer sexo com gente bonita e voc�s s�o pessoas lindas. Tenho certeza que vou adorar. E quando a gente come�a, agora?



Com a id�ia aprovada os cinco ent�o tiraram as roupas. Quando o Teodoro ficou s� de cuecas deixou as duas mulheres taradas com o volume do seu pau, pois ele estava duro s� dele ver todos tirando a roupa e pensar no que ia rolar. Quando abaixou ela, seu pau enorme as deixou maravilhadas. Aquela loira linda sentou-se no sof�, com seu p�nis apontando para cima. Passou a m�o nele carinhosamente, olhou para as duas mulheres e falou:



- Bem meninas j� que parecem ter gostado sirvam-se, ele adora ter uma boca quente e molhada chupando-o.



A Maria Rosa se ajoelhou em frente daquela loira maravilhosa e engoliu o pau do primo at� a metade, pois era t�o grande que n�o cabia todo em sua boca. Ele nesse momento pegou na m�o do Adamastor, que estava ao lado deles, e o puxou para que este sentasse ao seu lado. Enquanto sua prima chupava o seu pau, deliciada, ele envergou o corpo e abocanhou o pau do marido dela para chup�-lo tamb�m.

Dai em diante n�o teve sacanagem que n�o fizeram. A loira meteu na prima e na amiga dela, e foi enrabada por seus maridos. Eles comeram a bunda do Teodoro olhando para ela maravilhados, pois era mais bonita e tinha o cuzinho mais apertado que o da suas mulheres. A loira chupou as bucetas delas, enquanto os maridos metiam em seu rabo, e ficou com a boca toda branca da porra que delas escorreu.

Quando eles, completamente exaustos e hiper satisfeitos, deram um tempo na sacanagem que faziam, para tomar uma bebida e descansar um pouco, comentaram a del�cia que estava sendo aquela suruba:



- Eu juro que pensava que paulista n�o sabia viver, mas estava totalmente errado. Voc�s curtem quietinhos, s� que sabem aproveitar bem a vida. Foi uma "foda" maravilhosa. Esse papo de troca de casal � o maior barato que j� curti. Pena n�o ter conhecido antes.



- Foi sim priminho, e voc� fez com que a nossa suruba fosse perfeita essa noite. � delicioso quando voc� mete na gente e tenho certeza que os meninos adoraram te enrabar.



- Todos s�o muito gostosos e adorei transar com voc�s, ele retrucou. De agora em diante nunca mais vou transar com um homem ou com uma mulher de cada vez. Vou adotar essa onda de troca de casais. Eu adorei e a minha parceira, a Rosa Maria, tamb�m. Afinal eu fui um casal n�o fui? Transei com os maridos e com as esposas e fiz todos gozarem, ele falou e soltou uma gostosa gargalhada.









CARLOS CUNHA o Poeta sem limites













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