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RAQUEL, RAQUEL...

- 1 –

Geraldo assentou o bin�culo. Quando a focalizou, depois de alguns instantes, sentiu o cora��o acelerar. Era sempre assim quando a via. Absorto e tenso, passou a acompanhar seus movimentos...

Sempre a observava da janela do seu quarto, que ocupava o s�timo andar de um edif�cio pr�ximo da pequena floricultura da qual era propriet�ria. Para v�-la melhor, mais de perto, juntara suas economias e adquirira aquele bin�culo potente.

A mulher passava a maior parte do dia trabalhando no p�tio onde ficavam as plantas. Sem desconfiar que era observada, agachava-se ou dobrava-se despreocupadamente deixando suas partes �ntimas à mostra. Era alucinante olhar suas coxas alvas e parte dos seios opulentos. Chegou a ver sua calcinha em mais de uma ocasi�o!

O aposento dele e tamb�m o apartamento, estavam cheios de pequenos vasos de plantas que ele comprava s� para poder conversar com ela. Chamava-se Raquel. Era linda, sensual e, acima de tudo, elegante e gentil. Geraldo estava apaixonado. S� um detalhe atrapalhava seus deleites: era casada. “Que pena!”, pensava toda vez que se lembrava disso.

Um dia, ao assentar o bin�culo, notou que havia uma placa na entrada. Quando focalizou melhor leu, ou pensou ler, a frase "Precisa-se...". Seu cora��o disparou: “precisa-se de ajudante”? N�o hesitou e correu l�.

Ela o recebeu com um sorriso largo, como sempre o fazia.

-- Oi, Geraldo... Como vai?

-- Bem. E voc�?

-- Bem tamb�m. Um pouco atrapalhada, estou sozinha cuidando de tudo.

-- Eu vi a placa. O que aconteceu?

-- O Jorge foi embora para outra cidade.

Ele a encarou um tanto ressabiado.

-- Gostaria de me candidatar ao emprego.

Raquel n�o segurou uma risada.

-- Querido, isso n�o � coisa para voc�.

-- Por que n�o?

-- Porque � preciso levantar cedo todos os dias... � preciso carregar vasos pesados...

-- Ora, sou mais alto e mais forte que o Jorge, n�o vejo problema nenhum.

Ela sorriu com meiguice.

-- E mais bonito tamb�m, com certeza. Seria �timo para a freguesia feminina. Mas, continuo achando que n�o � coisa para voc�.

-- Por que n�o? -- insistiu ele.

-- Porque voc� est� estudando para o vestibular e iria atrapalhar...

-- Como sabe disso?

Sua pele branca ficou um tanto rosada.

-- Algu�m me disse... Todos por aqui sabem... Acho que foi sua m�e quem falou.

Geraldo sorriu ao v�-la encabulada.

-- Minha m�e n�o devia ter comentado. Mas, olha, pode ter certeza que ela vai adorar me ver trabalhando de dia e estudando de noite.

-- Ser�?

-- Com certeza. E sabe o que mais?

-- Humm?

-- Voc� n�o vai encontrar ningu�m que goste mais de plantas que eu.

Ela voltou a rir, dando-se por vencida.

-- Est� bem. Pegue a placa l� fora, por favor...

Ele foi e a entregou em suas m�os.

-- Quando pode come�ar?

-- Agora!

-- Bem, vamos fazer assim. V� at� sua casa e avise que vai trabalhar aqui comigo. Depois volte e me conte com foi a conversa. Se correr tudo bem, vamos por m�os a obra que tem muito servi�o parado.



- 2 –

Ele conseguiu facilmente na escola a transfer�ncia para o hor�rio noturno e sua m�e, de fato, ficou satisfeita com seu interesse em trabalhar.

Duas semanas depois j� estavam entrosados, trabalhando sem parar e sem atritos. Mais que isso, riam o tempo todo. Contavam piadas e hist�rias hil�rias sobre clientes engra�ados que atendiam. Raquel estava muito feliz com o trabalho dele e Geraldo ainda mais encantado com ela. Como n�o havia mais funcion�rios, eles se desdobravam entre atender, vender e entregar. Num primeiro momento Raquel n�o atinou para o fato de Geraldo ainda n�o ter habilita��o de motorista e isso trouxe alguns inconvenientes. Por�m, tinha se estabelecido desde o primeiro dia uma rela��o t�o boa entre eles que decidira contornar o problema indo ela mesma levar as plantas aos clientes quando fosse necess�rio. Convencera-se que seria por pouco meses, at� ele completar dezoito anos.

Raquel estava cada vez mais à vontade na sua presen�a, quando ficavam a s�s n�o se importava em se expor. Dobrava-se ou sentava-se sem a menor preocupa��o ou constrangimento. Mas se estava atendendo algum cliente punha a m�o espalmada no peito para segurar o vestido e agachava-se com as pernas juntas.

Geraldo j� tinha visto seus seios, suas coxas e at� sua calcinha... Por v�rias vezes, incr�dulo, teve a impress�o que ela fazia por querer tal era a displic�ncia nos seus modos.

Seu marido, a parte ruim da hist�ria, quase nunca aparecia e quando acontecia Geraldo mal o cumprimentava e se escondia, ia l� para o fundo, s� aparecendo quando o rival tivesse ido embora.

Numa dessas ocasi�es, depois que a loja j� estava fechada e os dois preparando-se para irem embora, ela comentou o fato.

-- Quando meu marido vem aqui voc� desaparece.

-- � verdade.

-- Por que faz isso?

-- N�o sei. Acho que n�o quero ficar amigo dele.

Ela continuou, maliciosa.

-- Para n�o ficar com consci�ncia pesada?

Geraldo franziu a testa.

-- Como assim?

-- Acertei?

-- Do que esta falando?

-- Ah, n�o se fa�a de desentendido, voc� fica me admirando o tempo todo. � disso que estou falando!

Foi a vez dele rir.

-- � t�o �bvio assim?

-- �.

Ele co�ou a cabe�a de modo engra�ado.

-- Pensei que estava sendo discreto, que voc� n�o percebia...

-- Pelo contr�rio, voc� n�o � nada discreto: olha mesmo!

-- Quer saber? � irresist�vel!

Raquel riu satisfeita.

-- E eu tamb�m facilito, n�o �?

Ele a olhou, tamb�m de forma maliciosa.

-- Voc� faz de prop�sito?

-- N�o disse isso. Disse que facilito!

Ela n�o conseguiu manter o olhar, olhou para fora, ele insistiu.

-- N�o notei facilidade nenhuma!

-- Ah, n�o? S� o fato de eu vir de vestido... N�o que eu venha por sua causa! -- tentou corrigir-se.

-- Humm, agora entendi...

-- T� vendo? Eu poderia vir de cal�a comprida...

-- Posso te contar uma coisa?

-- O que?

-- Quando vi seus seios pela primeira vez quase cai das pernas.

-- Oh, que exagero!

Instintivamente Raquel olhou para eles.

-- S�o lindos! -- Geraldo falou baixinho e esticou o bra�o para puxar-lhe a blusa.

Assustada com o gesto inesperado, afastou-se num pulo.

-- Opa, n�o fa�a isso!

Ele estancou com a atitude dela. Raquel continuou calmamente, mas firme.

-- Vamos combinar uma coisa: n�o quero que toque em mim.

Geraldo ia desmanchar-se em desculpas quando ela continuou.

-- Pode olhar, mas com respeito. S� olhar.

-- Nossa! Nunca te vi t�o brava.

Mostrou-se constrangido, sinceramente arrependido. Raquel sentiu o mesmo com rela��o a sua atitude dr�stica e quis amenizar.

-- N�o estou brava. S� n�o quero que toque em mim. Continue do jeito que estava fazendo. N�o vou me importar se quiser olhar.

O rapaz levou uns segundos para atinar.

-- Olhar? Poderei olhar?

-- E j� � muito. Nem sei como permito isso.

-- Eu sei.

Ela o encarou, tentando conter um sorriso.

-- Ah, �? Por que?

-- Porque sabe que o que sinto por voc� � uma admira��o ing�nua, verdadeira.

Raquel balan�ou a cabe�a, estava mais calma agora.

-- Pode ser.

-- E que sou inofensivo tamb�m, n�o e?

-- Ser�?

-- Prometo que s� vou continuar olhando.

Ficaram um instante em sil�ncio.

-- � verdade que me acha bonita, n�o �?

-- Voc� � linda!

Raquel franziu os olhos, curiosa.

-- O que mais te agrada em mim?

Aquela pergunta deixou Geraldo confuso, n�o podia toc�-la, mas podia olhar e falar o que desejasse. Que fosse assim, ent�o.

-- Tudo... Sua boca, suas pernas, suas coxas, seus seios...

-- J� viu os meus seios mesmo?

-- V�rias vezes.

-- Safado!

Alteou a voz ao mesmo tempo em que dava um tapa no ombro dele.

-- At� parece que � verdade!

-- Mas �.

-- N�o �, n�o. Quase sempre estou usando suti�. Como poderia ter visto?

Geraldo cocou a cabe�a daquele jeito engra�ado.

-- Algumas vezes voc� veio sem, acho que umas cinco ou seis vezes.

Ela colocou a m�o na boca para conter o riso.

-- Voc� contou!

-- Acho que contei at� as pintas que tem neles.

-- N�o acredito!

-- Acredite.

Raquel abaixou a cabe�a, n�o conseguindo evitar o acanhamento, mas, ao mesmo tempo, n�o controlando a curiosidade e a excita��o.

-- Eles s�o bonitos mesmo, n�o s�o?

-- S�o bel�ssimos! Sou encantado por eles.

Sem se controlar, mordeu os l�bios e aspirou entre os dentes, demonstrando o tes�o que estava sentindo.

-- Que bom que liberou.

-- Mas tome cuidado, ouviu? N�o d� bandeira quando tiver algu�m aqui nem comente nada por a�, certo?

-- Certo.

-- Seria desagrad�vel que seus amigos viessem aqui para querer ver alguma coisa tamb�m.

Ele a encarou com o cenho franzido. Que id�ia era aquela?

-- Nem pensar. Sou ciumento.

-- � isso a�. Quem cuida tem!

Ela tentou ser engra�ada, mas estava tensa demais para isso. Resolveu encerrar a conversa.

-- E o que mais n�o pode fazer?

-- P�r a m�o em voc�...

-- Exatamente. Agora, vamos embora que j� est� tarde demais.



- 3 -

As semanas seguintes foram ainda mais instigantes. Conhecedores dos pensamentos de cada um, sentiam-se tranquilos, ela para mostrar-se, ele para apreci�-la. �s vezes era not�ria a excita��o que tomava conta dela ao perceber os olhos dele devassando suas intimidades.

Come�ou a ir mais vezes sem suti�. Nestas ocasi�es Geraldo ficava mais assanhado porque sabia que ela, sabedora do encanto que seus seios provocavam nele, permitia que ele os visse a vontade. Permanecia ao lado dela o maior tempo poss�vel. Era preciso repetir uma ordem duas, tr�s vezes, para que fosse execut�-la. Raquel balan�ava a cabe�a e ria quando se afastava.

Raquel experimentou ir sem calcinha num certo dia. Manteve-se excitada o tempo todo, mas ele n�o deu a entender que tinha percebido. Com certeza, teria feito uma festa danada! Repetiu o gesto de vez em quando e, sem declarar, ficava na expectativa de que ele percebesse e comentasse. Caso estivesse um pouco mais ligado teria percebido a novidade, pois nessas ocasi�es Raquel ficava com o rosto afogueado e ria o tempo todo, denotando que n�o conseguia controlar sua emo��o.

Nesse tempo, continuou n�o havendo nenhum contato f�sico entre eles, t�o somente troca de olhares c�mplices e sorrisos marotos...



- 4-

Numa tarde, quando estavam fechando e ela ainda guardava os �ltimos pap�is nas gavetas da mesa do escrit�rio, ele sentou-se na cadeira do outro lado e falou, tentando parecer descontra�do, sobre algo que o excitava:

-- Ontem comprei uma revista de mulheres nuas...

Raquel parou o que estava fazendo.

-- N�o acredito! Pra que? Para compar�-las comigo?

-- Claro que n�o. Comprei por curiosidade, s� isso.

-- Ah, �? E da�, tinha alguma coisa interessante?

-- Fiquei impressionado com uma delas.

Raquel sorriu.

-- Por que?

-- Ela tinha o sexo mais lindo que j� vi. O conjunto, sabe? Os pelos, a vulva, eram bonitos demais!

-- � mesmo?

-- Fiquei imaginando com seria o seu...

-- O meu?

-- Sim.

-- O meu o que?

-- O seu sexo.

-- O meu sexo?

-- � t�o gostoso pensar que voc� tem uma "gruta do amor" entre as pernas...

Raquel n�o conseguiu conter o riso ao ouvir a express�o usada por ele.

-- "Gruta do amor"?

-- Aposto que � deliciosa...

-- N�o est� sendo um pouco abusado?

-- S� estou curioso...

Ela mordeu os l�bios tentando disfar�ar que estava interessada no rumo daquela conversa. Resolveu dar-lhe corda, n�o sem antes olhar para os lados para confirmar que estavam sozinhos.

-- Por que est� interessado nela?

-- Sempre estive.

-- � verdade... Voc� j� deu a entender isso...

-- Pois �...

Raquel pigarreou, um tanto tensa.

-- Se tivesse acesso à minha "grutinha", o que faria com ela?

Perguntou, fingindo que ajeitava uns pap�is sobre a mesa, sem conseguir encar�-lo diretamente.

-- Imaginando que estivesse de pernas abertas, bem oferecida...

-- Que � isso? Que exagero!

-- Me deixa continuar.

-- Como pode me imaginar de pernas abertas?

-- Fa�o isso o tempo todo.

-- Meu Deus!

-- Posso continuar?

Ela concordou com a cabe�a, remexendo-se na cadeira.

-- Ent�o, imaginando que estivesse de pernas abertas, bem oferecida, acho que os primeiros minutos seriam de contempla��o, porque imagino que ela � deslumbrante. Depois iria cheir�-la, beij�-la e por fim, chup�-la!

Raquel apenas arregalou os olhos.

-- Nossa, que abusado!

-- Que tal? -- perguntou, excitado. -- Posso ter esperan�a?

Ela voltou à realidade com a pergunta.

-- N�o acredito que estamos conversando sobre esse assunto! Voc� � danado, hem?

-- Foi voc� quem come�ou.

-- Eu? Quem falou da revista de mulheres nuas?

-- Fui eu! Mas que perguntou sobre a "grutinha"?

Raquel riu do jeito que ele pronunciou a palavra grutinha.

-- "Grutinha"!

-- Prefere "bucetinha"?

-- Prefiro parar de falar sobre isso. Sen�o, daqui a pouco voc� vai perder o respeito por mim.

-- Seria muito desrespeito se te disser que estou excitado?

-- Excitado? Como assim?

-- Ora, nunca viu um homem excitado?

Ela olhou para o sexo dele e assustou-se com volume sob a calca.

-- Nossa! O que � isso?

-- Um p�nis duro!

Raquel riu, sem conseguir afastar os olhos.

-- Isso eu sei, meu bem! Mas pode dar um jeito nele que precisamos ir embora.

-- De que jeito?

-- Sei l�! Pare de falar essas besteiras que ele se acalma.

-- Voc� n�o pode fazer nada?

-- Eu n�o! Ficou louco?!

Geraldo percebeu que ela estava ficando preocupada com o jeito dele. Resolveu voltar a t�tica de sempre.

-- Nesse caso, vou ao banheiro me aliviar sozinho.

-- Isso, boa id�ia. Vai, vai logo para podermos ir embora.

Ele come�ou a obedecer.

-- Vem comigo.

-- Oh, de jeito nenhum! Vai logo que precisamos ir embora!

Ele foi. Ela respirou aliviada. Havia uma profus�o de pensamentos em sua cabe�a. Ao mesmo tempo em que achava que tinha ido longe demais, tamb�m se excitara com a conversa picante que tiveram. Mas ainda n�o tinha certeza das atitudes de Geraldo. N�o sabia ate onde ele iria, ate onde aguentaria. O fato � que ele tinha se comportado bem. Riu lembrando-se do jeito dele. Ponto para ele!

Quando Geraldo voltou, reclamou.

-- Voc� podia ter ido comigo.

Ela retrucou, mais calma, sorrindo maliciosamente.

-- N�o reclame, te ajudei muito...

Quando estava pr�ximo da porta, Geraldo se aproximou do ouvido dela e sussurrou:

-- Gozei pensando na sua "grutinha"...

Raquel sentiu o corpo todo arrepiar.

-- Pode parar! -- Falava sem firmeza enquanto pensava: -- Espero que tenha sido bom...



- 5 –

A presen�a de Geraldo tornara Raquel mais fogosa. As situa��es, os di�logos, as brincadeiras, as piadas, tudo relacionado a ele, fazia com que a libido dela se expandisse. Naquela noite Raquel estava pegando fogo. O pensamento de que ele tinha se masturbado pensando no sexo dela n�o a abandonava. Chegou em casa, jantou, tomou um banho e se preparou para o marido. Estava disposta a transar com ele. Na verdade, estava necessitada. Precisava ter um orgasmo. Vestiu um pijaminha que ele gostava e sentou-se no sof� a sua espera.

Ele estava demorando a chegar. Geraldo ia e vinha na sua mente. O imaginava se masturbando. Sua m�o se movimentando no p�nis que pressentia que era grande. Quase que sem perceber levou a m�o à vulva e come�ou a acarici�-la. Gemeu de prazer. Que gostoso!, grunhiu. Quando a sentiu �mida, n�o resistiu e introduziu-lhe dedo m�dio. A partir da�, n�o conseguiu parar. Ent�o, se masturbou como h� muito n�o fazia.

Nos picos da excita��o, imaginava o p�nis dele exposto e pensava:

-- Amanh� vou cair de boca nele! Chupa-lo ate cansar. E se ele quiser gozar na minha boca, vou deixar. Menino danado, que fica me provocando! Vou pedir para chupar a minha bucetinha. Pedir n�o, mandar! N�o fica me provocando? Vai ter que me chupar! E eu vou gozar na boca dele tamb�m!

E teve um orgasmo t�o intenso que precisou de v�rios minutos para se recuperar.

Quando seu marido chegou, dormia. Com certeza ele notou que vestia o pijama que tanto apreciava, mas n�o entendeu o sorriso de satisfa��o que trazia nos l�bios.



- 6 –

No outro dia foi para o trabalho mais alegre. Manteve o semblante sorridente, como se tivesse tido um noite de amor perfeita. Quando cumprimentou Geraldo abriu um sorriso enorme.

-- Bom dia, querido!

-- Bom dia... O que foi? Viu um passarinho verde?

-- Por que?

-- Est� feliz com nunca. Ah, j� sei, n�o foi um passarinho verde que viu, mas um "pintinho" verde.

Ela riu com a compara��o dele.

-- N�o vi, nem senti, se quer saber.

-- Se n�o viu nem sentiu o "pintinho" verde... J� sei!

-- O que, seu pervertido?

-- Imaginou!

Arregalou os olhos, surpresa com a inusitada perspic�cia dele. Como a conhecia!

-- Como assim?

-- Voc� fez o que eu fiz! N�o foi?

-- Que id�ia � essa?

-- Confesse.

-- Confessar o que?

-- Que se masturbou.

-- Mas, que imagina��o � essa?

-- � claro que sim.

-- � claro que n�o! E vamos trabalhar!

O resto do dia trocaram olhares maliciosos, sorrisos c�mplices. Ele estava convencido, ela percebeu isso, mas n�o confirmou.



- 7 –

Na semana em que ele faria anivers�rio ela tentou sond�-lo para ter uma dica do presente que lhe daria. Mas os dias se passaram e ela esqueceu completamente de comprar alguma coisa. Mais ainda, n�o se lembrou que seria naquela quinta-feira. Quando ele chegou j� estava no escrit�rio pondo em ordem as obriga��es do dia.

-- Bom dia, querido. Tudo bem?

-- Bom dia. Hoje acordei especialmente feliz.

-- � mesmo?

Imediatamente se lembrou do anivers�rio dele.

-- Meu Deus, me esqueci do seu presente!

-- Voc� comprou um presente para mim?

-- Pior que isso: esqueci de comprar!

-- Ah, mas n�o se preocupe.

-- Claro que me preocupo, imagine! Voc� tem sido t�o legal comigo, tem me ajudado tanto! Ai, como fui esquecer, me perdoe!

-- J� te falei: n�o se preocupe.

Ela estava realmente desconcertada e sem gra�a.

-- Vou comprar na hora do almo�o, est� bem? O que gostaria de ganhar?

-- Se me der um abra�o bem apertado j� estar� bom para mim.

-- Ora, isso voc� vai ganhar de qualquer jeito.

Para confirmar suas palavras, rodeou a mesa de bra�os abertos, indo na sua dire��o. Abra�aram-se sorrindo, ela o apertou com forca.

-- Feliz anivers�rio, meu querido... Dezoito anos!

Agora j� pode se considerar um homem respons�vel.

-- Obrigado.

Era a primeira vez que se tocavam daquela forma.

-- � o abra�o mais gostoso que j� ganhei na minha vida.

Raquel tornou a apert�-lo ao ouvir aquela confiss�o. O encaixe era perfeito e ambos apreciaram com o mesmo prazer.

-- Pode me apertar tamb�m... – Sussurrou-lhe ao p� do ouvido.

Geraldo o fez, envolvendo-a mais fortemente. O perfume suave que emanava dela o inebriava. Fechou os olhos sem saber que ela fizera o mesmo, t�o satisfeita quanto ele.

Ficaram assim um longo minuto.

-- Precisamos abrir a loja...

-- Que pena.

-- Voc� j� se aproveitou demais...

-- Est� t�o bom...

-- Mas precisamos abrir a loja.

Ele se afastou devagar, sem vontade. Ela percebeu com satisfa��o, adorava saber que era desejada por ele.

-- Prometo que à tarde, antes de ir embora, te dou outro abra�o. T� bom assim?

-- Vou ganhar dois presentes de anivers�rio?

-- N�o, n�o, isso n�o � o presente. O presente, comprarei na hora do almo�o. Ali�s, voc� n�o me disse o que gostaria de ganhar.

Ela voltou a sentar-se, ainda sorrindo.

-- N�o precisa...

-- Precisa sim. Pense em alguma coisa e depois me diga.

-- Est� bem.

-- Agora v� abrir a porta.

Geraldo interrompeu os passos e voltou-se para ela com o olhar cheio de ternura.

-- Voc� � a mulher mais linda do mundo...

Ela devolveu-lhe o sentimento no olhar.

-- Obrigada... Que coisa mais fofa!

Geraldo saiu da sala mais feliz que nunca. E assim, entre sorrisos e afagos r�pidos, passaram a manh�. Depois ele foi almo�ar e quando voltou, a encontrou no escrit�rio.

-- Vou almo�ar e volto logo. Ali�s, logo n�o, vou comprar o seu presente. J� pensou nele?

-- Estive pensando...

-- E, ent�o?

-- Pensei num presentinho, pequeninho, que iria me dar um grande de prazer.

Ela o olhou ressabiada. A express�o safada que via lhe mostrava que estava com m�s inten��es. Desconfiada e divertida, o instigou.

-- O que?

-- Iria me dar prazer por uma semana, duas, sei l� quanto tempo mais.

-- O que que �? Fala logo.

-- Vou falar. Mas, antes quero lhe dizer que seria a coisa mais maravilhosa que poderia me dar.

-- Nossa, se � assim, vou pensar com carinho. O que �?

-- A calcinha que est� usando.

Ela engasgou.

-- Est� louco?

-- N�o, claro que n�o. N�o � loucura, � puro tes�o!

-- O que iria fazer com ela?

-- Ora, me masturbar.

-- Meu Deus, a que ponto chegou sua sandice!

-- N�o � sandice. E voc� nem precisaria sair para comprar nada. � s� chegar no fim do dia, tir�-la e me entregar. J� imaginou com seria f�cil?

-- N�o acredito que est� me pedindo isso.

-- Por favor, realize esse meu desejo!

Ela balan�ou a cabe�a.

-- N�o sei o que dizer, o que pensar...

-- V� almo�ar e pense com carinho como prometeu...

Raquel respirou fundo e saiu sem nem mesmo se despedir tamanha era a confus�o na sua cabe�a. Geraldo riu satisfeito. Tinha a certeza de que ela iria topar.

A retorno r�pido dela refor�ou sua confian�a. Pelo menos n�o tinha ido comprar nada. Apenas pusera um vestido mais sensual, fervilhando a imagina��o dele com pensamentos libidinosos. Como estava atendendo uma cliente, apenas se olharam e s� mais tarde se falaram.

-- E, ent�o?

-- Sabia que est� ficando cada vez mais safado?

-- A culpa � sua, sabia? Por que p�s esse vestido? Est� pensando em me dar mais alguma coisa?

Ela riu gostosamente com a imagina��o dele.

-- N�o pense mais bobagens ainda. Pus o vestido porque ia comprar o seu presente.

-- Ent�o...

Mas, n�o puderam conversar mais, tinha entrado um cliente. E, para desespero de Geraldo, foi um atr�s do outro. Mal conseguiu disfar�ar sua ansiedade. De certa forma, foi melhor assim, pois nem viu o tempo passar e quando viu Raquel pondo os vasos para dentro para fechar a loja, sentiu o cora��o disparar: era chegado o momento.

Ajudou-a para agilizar e finalmente foram para o escrit�rio. Ela sentou-se no seu lugar e ele na cadeira em frente.

-- E, ent�o?

-- Quer mesmo a minha calcinha de presente?

-- Quero muito!

-- Ai, meu Deus!

Ela tinha desviado o olhar e balan�ava a cabe�a. No fundo tinha decidido agrad�-lo, apenas n�o externara sua vontade. O desejo dele a excitava sobremaneira, pois tinha certeza que era verdadeiro, puro. E ele tinha se mostrado ao longo desses meses que era confi�vel, seu comportamento fora exemplar. Respirou fundo para arejar o c�rebro.

-- Est� bem.

Geraldo deu um pulo na cadeira.

-- Que bom! Que felicidade!

Corada, com um sorriso t�mido que n�o conseguia controlar, Raquel se levantou, pegou uma sacola pl�stica com a marca de uma loja onde costumava fazer compras pessoais e foi ao banheiro. Pouco depois sa�a. Contornou a mesa, estendeu-a para Geraldo, sentou-se e respirou fundo.

-- Fa�a bom proveito...

Ele pegou a sacola tr�mulo. Abriu-a e olhou para certificar-se que a pe�a estava mesmo l�. Seu cora��o acelerou quando a viu.

-- Se eu n�o vier amanh� � porque morri!

-- Ai, que brincadeira boba! Veja l� o que vai fazer, n�o quero me arrepender depois.

-- N�o se preocupe, n�o vou compromet�-la nunca. Gostaria que soubesse... -- parou e riu, cativante -- Prepare-se, vou fazer uma declara��o de desejo!

-- Ai, meu Deus...

-- Gostaria que soubesse, se bem que sei que j� sabe, que sinto uma admira��o muito grande por voc�. Acho que � a mulher mais linda do mundo, a mais gostosa de todas! Essas brincadeiras que acontecem entre n�s me deixam em estado de gra�a. Me considero o cara mais feliz do planeta s� por estar ao seu lado e poder ver uns pedacinhos da sua intimidade.

Levantou a sacola que segurava.

-- E aqui, tenho o seu cheiro mais �ntimo. Vou dormir com ela no travesseiro, ao lado do meu nariz, para poder sonhar e, quem sabe, transar com voc�...

-- Quanta imagina��o!

-- � a mais pura verdade.

-- Tome cuidado, por favor.

-- Tomarei.

-- Vamos embora?

-- E meu abra�o?

-- N�o se esqueceu, heim?

-- Voc� prometeu.

Sorrindo, Raquel se levantou e foi em sua dire��o, entregando-se nos bra�os dele. Outra vez se envolveram fortemente. Abusado e decidido, Geraldo deu-lhe um beijo na parte lateral da nuca provocando-lhe um arrepio e um gemido de satisfa��o. Recebeu outro em troca. Mas quando deu um segundo, ela se afastou.

-- Chega.

Apesar da meiguice no olhar, foi autorit�ria. Ele entendeu e n�o reclamou, apenas sorriu, concordando.

-- Me desculpe se exagerei.

-- Exagerou, sim. Mas est� desculpado, afinal hoje � o seu dia!



- 8 –

Na manh� seguinte, Raquel estava ansiosa para saber o que ele tinha feito. Geraldo chegou sorridente como nunca, ela tentou brincar, apesar da ansiedade.

-- Viu um passarinho verde?

-- N�o, mas bati o recorde de orgasmos!

-- Ai, meu Deus, para que fui perguntar.

-- Estou flutuando hoje!

-- Tomara que n�o tenha ficado fraco demais para trabalhar.

-- N�o, pelo contrario, estou forte com nunca.

-- Que bom!

-- E voc� mais bela que ontem.

-- Ai, que gentil... Obrigada pelo elogio.

Olharam-se com carinho.

-- Vamos trabalhar, querido?

Ele respirou fundo e sorriu encantadoramente.

-- Vamos, minha rainha! Mande, que eu obede�o!



- 9 –

No domingo seguinte, à tarde, quando a saudade come�ava a incomodar, ele observou do seu quarto que tinha algu�m na loja. Assentou o bin�culo, procurou atentamente, mas n�o viu ningu�m. Preocupado, resolveu ir ate l�.

Chegou devagar, pois pensou que podia ser algum gatuno. A porta estava encostada. Entrou p� ante p�. N�o via ningu�m. Come�ou a ficar tenso.

-- G�, estou aqui.

Reconheceu, aliviado, a voz de Raquel. Foi em sua dire��o. Encontrou-a sentada num banco de madeira exposto para venda, chorosa, segurando uma toalha de rosto. Sentou-se imediatamente a seu lado.

-- O que foi?

-- Estou arrasada.

-- O que aconteceu?

-- Descobri que meu marido tem uma amante.

Geraldo bateu a m�o espalmada na testa.

-- Que idiota!

Raquel riu e acariciou o rosto dele.

-- Por favor, tranque a porta... Nem vi que a tinha deixado aberta...

Ele obedeceu e voltou rapidamente. Teve vontade de tom�-la em seus bra�os, mas ficou hesitante, pensativo. Mas, ela o encarou t�o carente...

-- Posso abra��-la?

-- Pode... Estou mesmo precisando de um colo.

Geraldo a abra�ou com carinho. Raquel gostou e aconchegou-se em seu peito. Ficaram assim por algum tempo. Ela tinha parado de chorar. Olhou para ele com meiguice e alisou seu rosto.

-- Pensei em te ligar... Achei que ficaria um pouco comigo.

-- Pensou, mas n�o ligou. Ainda bem que tenho o h�bito de olhar toda hora para c�.

-- N�o queria te incomodar.

-- Que incomodar, o que! J� te disse: a coisa que mais gosto e ficar perto de voc�.

Ela sorriu.

-- Que bom que est� aqui...

Mexeu-se e pediu para que ele sentasse mais na ponta para que pudesse deitar-se e apoiar a cabe�a na sua coxa. Nestes movimentos Geraldo notou que Raquel n�o estava usando suti�. Seus olhos ficaram presos neles.

-- Voc� n�o esta usando suti�.

-- N�o...

Como se houvesse necessidade de provar levantou o tecido para que Geraldo pudesse ver seus seios livres.

-- Posso acarici�-los?

Ela demorou alguns segundos para concordar.

-- Pode... Voc� sempre quis fazer isso...

Geraldo sentiu o cora��o bater na garganta, sem acreditar que ela tivesse concordado. Levando a m�o lentamente, como se fosse pegar em algo fr�gil, que se desmanchasse ao toque, alcan�ou um deles e o bolinou suavemente. T�o macio, t�o liso, t�o delicado...

Raquel fechou os olhos ao sentir a car�cia. Geraldo manipulava com cuidado, com carinho, ora movimentando a m�o em circulo, ora apertando com a ponta dos dedos o bico intumescido. Ficaram assim por longos minutos...

De repente, Raquel sentou e ajeitou-se sobre as pernas dele como se fosse beij�-lo.

-- G�...

Seu h�lito quente invadiu as narinas dele.

-- Voc� quer transar comigo?

Ele arregalou os olhos. Ela amea�ou um sorriso.

-- Ficou espantado?

-- Sempre quis isso.

-- Eu sei.

-- N�o vai se arrepender depois?

-- N�o, n�o vou.

Inesperadamente uniu sua boca a dele, que correspondeu. Mais uma vez gostou do contato e prolongou o beijo. Quando se afastou, sussurrou:

-- Quantas vezes j� se masturbou pensando em mim?

-- Muitas vezes. S� penso em voc� nessas horas.

Raquel excitara-se.

-- Ent�o j� pensou em me penetrar...

-- Sim.

-- Em varias posi��es, aposto...

-- Sim, pensei.

-- Penetrar e gozar, n�o �?

-- Claro.

Deu-lhe um beijo de leve.

-- Pensou em gozar na minha boca?

-- Nossa! Muitas vezes.

Outro beijo.

-- E o que mais gostaria de fazer comigo?

-- Chupar voc�.

-- Chupar a minha “grutinha”?

-- Ela mesma.

-- O que mais?

-- Sua bunda...

-- Sabia que ia falar dela!

-- Algum problema?

-- Voc� n�o tem camisinha, tem?

-- N�o.

-- Ent�o. Eu n�o me sentiria bem.

-- Quer dizer que se eu tivesse uma camisinha me deixaria comer a sua bunda?

-- Talvez.

Aproveitou os l�bios entreabertos pela surpresa e deu-lhe mais um beijo estalado.

-- Hoje voc� n�o vai s� olhar...

-- Jura?

-- Vai poder fazer o que quiser comigo!

-- Jura?

-- Quero dar o troco naquele cretino!

-- S� por isso?

Ela hesitou.

-- N�o sei...

Voltaram a se beijar, agora de maneira s�frega.

-- Voc� beija bem!

Falou enquanto se levantava. Ficou de p� e o puxou para que levantasse tamb�m. Tornou a procurar sua boca enquanto ia tirando suas cal�as. Quando p�de, Raquel segurou o pau dele. Estava curiosa para conhec�-lo, saber o ia ter dentro de si. Arregalou os olhos: era enorme! Olhou para confirmar: grande e bonito! Muito mais que o do seu marido, muito mais m�sculo! “Um verdadeiro cacete!”, pensou.

Levantou o vestido e despiu a calcinha. Empurrou Geraldo delicadamente indicando que deveria sentar-se outra vez, ent�o passou as pernas sobre as pernas dele e de joelhos sobre o banco, ajeitou o membro na entrada de sua vagina e foi baixando o corpo para faz�-lo entrar. Olhava Geraldo nos olhos, queria captar todo o sentimento dele. Levantou e baixou o corpo para que a penetra��o acontecesse melhor. Assim, ele entrou por inteiro dentro dela, que parou e tomando seu rosto entre as m�os, murmurou, dando-lhe beijos na boca:

-- Era isso que queria fazer, n�o era? Voc� est� inteirinho dentro de mim!

-- Estou...

-- Ele � enorme.

-- � mesmo?

-- �. Nunca tive um t�o grande dentro de mim...

-- Jura?

-- Juro. Pensei que n�o fosse aguentar...

Ele sorriu, satisfeito.

-- Est� te machucando?

-- N�o, de jeito nenhum. Est� delicioso...

-- Que bom...

-- Est� gostando?

-- Muito...

-- Ela � gostosa?

-- �...

-- Eu sou gostosa?

-- Demais... Como imaginava.

-- Era assim que sonhava fazer comigo?

-- Era...

Ela levantou o vestido e o retirou pela cabe�a. Geraldo ficou sem f�lego ao ver os seios nus, t�o pr�ximos, balan�ando juntamente com os movimentos dela. Agarrou-os com forca e os apertou num �mpeto de prazer. Raquel n�o reclamou, ao contr�rio gemeu, incentivando-o.

-- S�o t�o lindos!

Ela impertigou-se, aproximando os bicos eri�ados da boca dele. Geraldo chupou-os e lambeu-os fascinado com tanta beleza.

Enquanto isso, Raquel rebolava sobre o pau espetado nela. E gemia muito! Estava tendo um prazer inesperado sendo possu�da daquela forma.

Quando ele diminuiu a intensidade de seus beijos, ela o inquiriu.

-- E a minha "grutinha"?

Afastou um pouco para que ele pudesse olhar e ver seu pau enterrado at� a metade.

-- Uma maravilha!

Raquel estava olhando o p�nis dele completamente deslumbrada.

-- Se encaixam direitinho, n�o �?

-- Faz ele entrar e sair...

Ela obedeceu. Ficaram observando-o entrar, quase sair totalmente para depois sumir de novo.

-- Vou fazer voc� gozar...

Aumentou a frequ�ncia dos movimentos a fim de levar a cabo seu intento. Geraldo n�o resistiu muito tempo e gozou como nunca tinha pensado que gozaria. Raquel sentiu o orgasmo dele e acompanhou seus gemidos. Ent�o, debru�ou-se sobre seus ombros e ficou quieta, deixando que ele apreciasse...



- 19 –

Continuou sobre ele, mantendo o membro esgotado dentro de si.

-- Voc� � t�o bonito!

Geraldo a encarou curioso.

-- Desde quando me acha bonito?

-- Desde que te vi pela primeira vez.

-- Nunca me disse nada. Por que?

-- N�o queria confundi-lo. Poderia pensar que eu estava interessada em voc�.

-- E quando desconfiou que eu estava interessado em voc�?

-- Desde que olhou para mim.

-- Dei tanta bandeira assim?

-- O tempo todo.

-- Se bem que deve estar acostumada a despertar o interesse dos homens, n�o � mesmo?

-- Nem tanto. N�o me acho t�o bonita assim.

-- Mas, � sim. Mais que bonita, � linda, e meiga, e gentil, e educada, e elegante...

-- Nossa, G�! Que bom saber que pensa tudo isso de mim.

-- Penso, pode ter certeza!

-- Espero que agora que conseguiu o que queria n�o mude de opini�o.

-- Nunca vou deixar de ach�-la maravilhosa, linda, encantadora...

Raquel teve um lapso de tristeza, debru�ou-se sobre os ombros dele.

-- Meu marido n�o deve achar.

-- � um idiota! Como p�de fazer isso com voc�?

-- Deve ter se cansado de mim.

-- Imbecil!

-- Ou ela � mais bonita.

-- Imposs�vel!

Ela tentou sorrir.

-- N�o fique t�o irritado, bobo. Ali�s, voc� devia agradec�-lo, afinal foi por causa do que ele fez que criei coragem para...

Parou de falar e virou o rosto, tentando esconder o riso incontrolado.

-- Para dar pra mim? -- completou Geraldo, maliciosamente.

-- N�o ia dizer isso!

Como que por encanto o p�nis que ainda estava dentro dela come�ou a reagir. Ela percebeu e come�ou rebolar para ati��-lo ainda mais. Sentia que sua vagina estava ensopada com o esperma dele.

-- Acho que ia, sim. Que bom saber que tamb�m estava interessada em mim.

-- Voc� fica falando e est� perdendo tempo. Devia se aproveitar da situa��o.

-- � verdade.

-- Nossa, ele est� duro outra vez!

Raquel, completamente despreocupada, excitava-se continuamente ao senti-lo empurrar suas entranhas. N�o se lembrava de algu�m ter chegado t�o longe.

-- N�o pensei que fosse gostar tanto de ter voc� dentro de mim. Eu s� queria dar o troco no meu marido, mas est� t�o gostoso!

-- Est� maravilhoso!

Continuava a se mexer sobre ele.

-- Nunca imaginou chegaria a tanto, n�o � mesmo?

-- N�o pensei que chegaria a tocar voc�, quanto mais...

-- Transar comigo!

-- Exatamente.

-- Sabe que at� ontem eu tamb�m n�o tinha pensado nisso?

-- �?

-- �... E agora, j� estou querendo que goze em mim outra vez! -- Fez uma pausa, olhou-o nos olhos com o semblante denotando raiva e malicia ao mesmo tempo, a� sorriu enigm�tica. -- Sabe por que?

Ele ficou meio perdido, curioso, com o jeito dela.

-- Por que?

-- Estou com segundas inten��es...

-- O que?

-- Hoje à noite, l� pelas nove horas, o safado vai estar l� em casa para definirmos tudo.

-- E da�?

-- Quero que nessa hora, quando estiver frente a frente com ele, eu esteja com a minha vagina cheia do seu gozo, do seu esperma.

Geraldo arregalou os olhos com aquele desejo t�o estranho.

-- Quero olhar para ele sabendo que tamb�m transei com algu�m, que fiz algo que ele nunca imaginou que pudesse acontecer. Sim, porque ele se acha o m�ximo!

-- Nossa, vou adorar fazer parte dessa trama!

-- Quantas vezes acha que consegue gozar?

-- N�o sei... Umas vinte vezes.

Ela riu.

-- Eu te ajudo!

-- Estou quase gozando agora...

-- Isso!

Come�ou a rebolar e a movimentar o corpo para cima e para baixo. Geraldo fechou os olhos para apreciar melhor o contato com a pele macia dela. Raquel sorriu satisfeita quando ele agarrou suas n�degas para adentrar ainda mais e ejacular l� no fundo. Abra�ou-o fortemente quando percebeu seus estertores.

-- Assim, querido, goze bastante. Aproveite para matar sua vontade, saciar seu desejo por mim!



- 19 –

No dia seguinte, quando Geraldo chegou, ela o chamou para o escrit�rio.

-- Como foi? -- Ele perguntou curioso, sem maiores delongas.

-- N�o foi!

-- Por que n�o?

-- Voc� acredita que o desgra�ado n�o apareceu? Ligou marcando para hoje na hora do almo�o!

-- N�o valeu de nada, ent�o?

Raquel estacou os gestos, pensou uns mil�simos de segundos e depois sorriu carinhosamente.

-- Claro que valeu. N�o valeu para voc�?

-- Para mim foi maravilhoso!

-- Ent�o? Eu gostei tamb�m, ali�s adorei! Nem tomei banho ontem à noite para ficar com voc� dentro de mim.

-- Ent�o, passei a noite com voc�?

-- Dentro de mim.

-- Que bom ouvir isso.

-- Quer saber mais? O que fizemos me ajudou a encarar a situa��o com outro pensamento. N�o estou t�o chateada mais, ter dado o troco nele me acalmou.

-- Isso � �timo.

Riram, finalmente. Geraldo pigarreou antes de perguntar.

-- Quer saber o que fiz ontem?

-- O que?

-- L� pelas nove horas, fiquei imaginando que voc� estava na frente dele e, como me disse, com a vagina cheia... Do meu esperma... N�o resisti e me masturbei!

Ela deu um grito abafado e se aproximando o agarrou pela camisa com as m�os.

-- N�o fa�a mais isso! Guarde para mim, quero toda a sua produ��o!

Usou uma express�o que, de vez em quando, dizia aos fornecedores de plantas. Geraldo ficou at�nito.

-- Jura?

-- Juro.

Quis test�-la imediatamente.

-- E se te disser que estou com uma produ��o pronta?

-- Agora?!

-- Sim.

-- Ai, meu Deus...

Sentiu uma descarga el�trica pelo corpo e sua vagina se contrair.

-- Ent�o, v� trancar a porta. Vou me preparar para receber essa sua produ��o!

N�o precisou repetir a ordem.

-- Pronto!

Raquel se aproximou levantando o vestido at� a cintura. Seu semblante denotava a excita��o que tomara conta dela.

-- Voc� pode entregar nos fundos?

Ele arregalou os olhos, surpreso.

-- Tem certeza?

-- Voc� se importa?

-- Vou adorar...

-- Ent�o...

Com calma, ela foi baixando a calcinha e ficando de costas para ele. Exp�s sua bunda branca e lisa. Com a calcinha nos joelhos, dobrou-se sobre a mesa. Geraldo hesitou.

-- Sem camisinha?

-- �, sem camisinha, querido. Quero que seu esperma fique em mim. Mas n�o se preocupe, acredite, estou limpa e lubrificada, pronta para te receber...

Ele se aproximou e separou-lhe as n�degas.

-- Meu Deus, at� seu cuzinho � lindo!

Ela riu.

-- Nunca imaginei que iria ouvir isso...

Imediatamente posicionou a cabe�a do p�nis na entrada do pequeno orif�cio e come�ou a empurrar. Sentiu uma pequena resist�ncia. Ouviu um gemido de Raquel, mas continuou...

Logo estava inteiro dentro dela que agora, gemia sem parar. Mas n�o era s� de dor, isso Geraldo percebia, era de prazer tamb�m.

-- N�o consigo acreditar que estou fazendo isso!

Ela tentou sorrir entre os gemidos.

-- Para dizer a verdade, G�, eu tamb�m n�o estou acreditando que estou te deixando fazer isso. Voc� est� todinho dentro de mim!

-- Est� doendo?

-- Um pouco. Mas est� delicioso!

-- Para mim tamb�m.

-- Pode gozar quando quiser...

Geraldo n�o quis esperar mais, come�ou a se movimentar lentamente para faz�-lo entrar e sair daquele espa�o apertado. Logo depois aumentou o ritmo at� gozar abundantemente.

Raquel respirou fundo ao sentir que ele tinha ejaculado. Ficou parada e esperou um pouco para que ele curtisse o orgasmo, ent�o, aprumou-se, obrigando-o a sair dela. Sem perder tempo levantou a calcinha para amparar o l�quido deixado l� dentro. Virou-se para ele.

-- Gostou de fazer isso?

-- Adorei!

Ela tinha pegado o p�nis amolecido e o manipulava carinhosamente.

-- Voc� tem uma ferramenta maravilhosa. N�o poderia ter escolhido melhor.

-- Gostou mesmo dele?

-- Pode ter certeza... V� lav�-lo...

Quando ele voltou do banheiro, ela se aproximou com um sorriso nos l�bios.

-- Tirei o suti�, s� para te ati�ar...

Na sequ�ncia, curvou-se e abaixou o decote para mostrar-lhe os seios.

-- Como s�o lindos!

Sem pestanejar, Geraldo rodeou-a e posicionou-se atr�s dela para agarrar-lhe os seios por sob os ombros. Eram firmes e macios. Aproveitou para apert�-la contra si e esfregar-lhe o sexo em suas n�degas. Raquel gemeu, ainda disposta. Mas, a campainha tocou, ela levou um susto e voltou-se para a entrada. Tinham demorado em abrir a loja e algum cliente queria entrar. Ajeitaram suas roupas rapidamente e ele foi abrir a porta.



- 19 –

O trabalho os trouxe de volta à realidade do dia. Tinha combinado, e ele seguia à risca, que as car�cias s� seriam trocadas no escrit�rio porque l� ficavam longe das vistas de todos.

Assim, a manh� foi acontecendo como de costume. O que a tornava diferente era a cumplicidade dos olhares trocados e os coment�rios que faziam quando ficavam a s�s.

-- Como est� a produ��o? -- perguntava Raquel.

-- A pleno vapor!

-- Quer uma ajuda?

-- Quero.

Ent�o iam para o escrit�rio e ele lhe pedia que levantasse a saia ou expusesse os seios...

Pr�ximo do meio-dia o telefone tocou, era o marido querendo confirmar o encontro. Raquel sentiu o peito arfar quase que sem controle denotando sua raiva incontida. Pediu um minuto.

-- G�, v� l� e feche a porta. Depois venha aqui.

Quando ele voltou disse-lhe resoluta.

-- Meu marido est� ao telefone. Quero fazer uma coisa que estive pensando a manh� toda: goze na minha bunda enquanto falo com ele!

Ele come�ou a rir.

-- Voc� faz isso?

-- Claro!

Raquel levantou o vestido e baixou a calcinha at� os joelhos. Inclinou o corpo e apoiou os cotovelos na mesa de forma a facilitar para o amante.

-- Desculpe a demora, -- falou ao telefone -- estava confirmando algumas coisas.

Nesse momento a cabe�a do p�nis de Geraldo come�ava a adentrar-lhe. Teve que apertar os l�bios para n�o gemer. Seu marido estava se desculpando.

-- Sobre o que quer conversar? -- perguntou ela.

Sentia que Geraldo n�o estava preocupado com a situa��o, enfiava-lhe sem pestanejar. As l�grimas vieram-lhe aos olhos e sua voz saiu distorcida. O marido notou e perguntou o que estava acontecendo. Ela disse rapidamente:

-- Estou quase chorando...

Ouviu o que ele respondeu.

-- N�o vou chorar, mas saiba que est� doendo muito.

Geraldo parou ao ouvi-la. Ela pediu um minuto ao marido e tapando o fone, virou-se para o amante:

-- N�o pare, n�o pare. Quero que goze enquanto estou falando com ele.

Sorriu-lhe para refor�ar o pedido e voltou ao aparelho.

-- Voc� est� arrependido?

Ao ouvir a resposta, insistiu:

-- Est� mesmo? Voc� me fez pensar que n�o sou t�o boa como mulher. O que ela fez de diferente?

Dessa vez ele falou seguidamente, tentando explicar-lhe porque tinha feito o que fez. Enquanto isso, Geraldo movimentava-se cada vez mais r�pido.

-- Por favor, espere um minuto que estou acabando de receber uma produ��o de...

Tapou o fone para gemer. Sentia o p�nis socando suas entranhas e derretendo-se l� dentro.

Esperou que, exaurido, sa�sse dela, ent�o p�s o aparelho sobre a mesa e aprumou-se enquanto vestia a calcinha. Virou-se para Geraldo e dando-lhe um beijo nos l�bios, agradeceu:

-- Obrigada!

Em seguida sentou-se e apanhou o fone para continuar a conversa. Geraldo continuava em p� ao seu lado manipulando o p�nis meio amolecido. Raquel acompanhava seus movimentos com um sorriso de satisfa��o no rosto. Voltou a falar ao telefone.

-- Desculpe a demora, onde paramos?

Enquanto ouvia, viu Geraldo se afastar em dire��o ao banheiro. Sorriu satisfeita. Estava adorando o desenrolar dos acontecimentos. Nunca imaginou que faria aquilo que estava fazendo. O �nus dolorido a excitava ainda mais. Remexeu-se na cadeira para acalm�-lo.



- 19 –

Quando voltou do encontro, no meio da tarde, Geraldo quis logo saber o tinha acontecido. Estava ansioso e preocupado com a demora. Ela lhe pediu que esperasse at� o fim do dia para conversarem melhor. Contrariado, ele n�o teve outra alternativa a n�o ser esperar. Mas estava apenas curioso, n�o mais preocupado. At� porque Raquel lan�ava-lhe olhares carinhosos, alegres, cheios de promessas. Trancou o port�o as seis em ponto e veio falar com ela no escrit�rio.

-- Est� tudo fechado!

-- Legal. Sente-se, vamos conversar...

Ele obedeceu, intrigado. Ela olhou para fora antes de come�ar a falar.

-- Estive pensando at� agora e n�o sei se cheguei a uma decis�o...

-- Sobre seu ex-marido?

Raquel riu com a express�o dele.

-- Ex-marido? Ele j� � meu ex-marido?

-- Pensei que estava t�o brava, t�o chateada, que n�o teria volta!

-- � mesmo?

-- Aonde voc�s foram?

-- Voc� n�o vai acreditar, mas fomos a um motel!

Geraldo deu um pulo na cadeira.

-- Motel?!

Raquel escondeu o rosto entre as m�os e riu, estava meio envergonhada com ele.

-- Ele me levou meio que a for�a... N�o pude fazer nada!

-- N�o pode ou n�o quis?

-- A� � que est�, querido, eu estava decidida at� me encontrar com ele, mas quando vi o rostinho dele t�o triste, t�o arrependido...

-- Triste, arrependido... -- Geraldo balan�ava a cabe�a olhando para o ch�o.

-- Isso mesmo!

Ele a encarou e acabou rindo.

-- Imagino o que deve ter acontecido!

Ela riu tamb�m.

-- Aconteceu mesmo!

Ca�ram na gargalhada. Depois de um instante em silencio, Geraldo falou com cenho franzido.

-- E aquela id�ia?

-- Qual?

-- De estar com o traseiro cheio ao falar com ele.

-- Ai, voc� nem imagina como me excitou!

-- � mesmo?

-- Acho que foi isso que minou a minha resist�ncia, sabe?

-- Que era muita, pelo que entendi. -- brincou.

-- Poder ser, querido... Mas, imaginar que voc� tinha gozado duas vezes na minha bunda e que ele estava todo amoroso sem perceber nada, me fez sentir realizada, vingada, dona da situa��o!

-- � mesmo?

-- E excitada ao extremo! Voc� nem imagina! Quando vi que ia acontecer, fui ao banheiro e limpei a minha bunda; tirei o excesso para ele n�o desconfiar, sabe? Mas tenho certeza que os espermas de voc�s est�o se misturando entre as minhas pernas. � tao excitante!

Geraldo deu outro pulo na cadeira e ficou de p�. Instintivamente agarrou seu membro endurecido.

-- N�o acredito!

Raquel levantou o vestido expondo suas coxas, enfiou a m�o sob a calcinha e melecou a m�o entre a vagina e o �nus, t�o �midos. Mostrou-a a Geraldo e riu.

-- Olhe, ainda estou molhada!

Ele caminhou em sua dire��o, abaixando a cal�a e tirando o p�nis completamente endurecido.

-- Vem... -- incentivou Raquel, voltando a mexer na vagina, como se masturbando.

Geraldo parou a seu lado e come�ou a esfregar o p�nis no rosto dela. Usando a m�o passou a bat�-lo na boca dela. Que arregalou os olhos, meio assustada.

-- O que quer? Gozar na minha boca?

-- Castigar voc� um pouco. -- respondeu sem parar o que estava fazendo.

-- Est� bravo comigo?

-- Estou me sentindo tra�do...

-- N�o pense isso... Pense que a sua metade n�o foi tocada... N�o � bom saber disso?

Ele parou um instante.

-- Sua bunda?

-- �, ela... N�o foi tocada! -- olhou-o com tes�o

-- Continue me batendo... Nunca apanhei assim...

Geraldo aumentou a for�a das batidas o m�ximo que pode, os gemidos dela subiram tamb�m. Falava entre os gemidos, at� que um som gutural, vindo de sua garganta anunciou que estava gozando.

-- Que del�cia, G�... Complete o servi�o, goze no meu rosto! -- pediu, de olhos fechados e a cabe�a recostada no espaldar, bem l�nguida.

Ele estava gemendo tamb�m.

-- Queria gozar na sua boca...

-- Agora n�o, por favor, goze no meu rosto...

Enquanto ele manipulava o pau, come�ou a prometer.

-- Outra hora voc� goza minha boca... Na minha garganta... No meu est�mago! Vou adorar beijar esse seu pau t�o bonito, t�o grande, t�o gostoso... Amei quando o colocou no meu cuzinho... Ali�s, daqui para frente s� voc� p�e nele... Ele ser� todo seu... S� seu...

O primeiro jato atingiu-lhe um olho, os demais se espalharam pelo rosto encantador, que sorria feliz ao sentir o esperma quentinho escorrendo por sua face.

Quando as explos�es diminu�ram, pegou o membro esgotado e o levou a boca. Sugou o restante devagar. Depois come�ou a passar a m�o pelo rosto e trazer o podia para a boca, alternando entre chupar os dedos e o p�nis amolecido.

-- Nunca pensei que ia levar tanta vantagem em ser tra�da... -- falou de forma quase inaud�vel.



- 19 –

Nos dias seguintes Raquel mostrou-se cada vez mais feliz e satisfeita com a decis�o tomada. Retomou o casamento ao mesmo que manteve o amante. Nunca mais seria fiel ao marido, mas o seria a Geraldo; n�o cobraria dele a mesma fidelidade e, principalmente, n�o esperaria do marido que n�o a tra�sse.

Quando esclareceu isso para o amante ouviu dele uma �nica exig�ncia.

-- Qual? -- perguntou um tantinho aflita.

-- Quero ter exclusividade em apenas uma coisa.

-- Qual? -- repetiu a pergunta.

-- Sua bundinha linda e maravilhosa!

Raquel n�o conteve o riso.

-- J� tinha te prometido isso, n�o se lembra?

-- E est� cumprindo?

-- Claro! Pode ficar tranquilo! Minha bundinha ser� s� sua... S� voc� vai me pegar por tr�s! E sabe por que?

-- Por que ?

-- Primeiro porque ele merece um castigo, nunca mais vou lhe dar esse prazer, e eu sei o tanto que ele gostava de fazer isso. Segundo porque adoro do jeito que voc� faz. Nunca tive prazer em dar a bunda, sempre fiz para agradar meu marido, mas com voc� e t�o gostoso que quase gozo. Ali�s, quero insistir para atingir o orgasmo tamb�m.

Parou de falar e sorriu-lhe.

-- Satisfeito?

-- Muito. Sou o cara mais feliz do mundo!

-- E est� me fazendo feliz tamb�m. Sabia?

-- Que bom!

-- Que bom!

-- At� quando?

-- At� quando estivermos tendo prazer. Que tal?

-- � isso a�...

Selaram o acordo com um abra�o e um beijo demorados. Nesse dia e nos dias seguintes e por muito tempo transaram para valer. E festejaram muito quando, pela primeira vez, Raquel chegou ao orgasmo sendo enrabada.



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