Meu Amigo me Amava – Parte VI
Bom... isso mesmo, eu do carro, na tens�o do que o Pedro iria aprontar na minha casa, des�o correndo, com a mochila nas m�os. Meu mano logo abre a porta e manda o Pedro entrar, eu entro correndo, td suado n�o s� de medo, mais da rapidez que corri mesmo. O Pedro, o filho da puta, olha pra minha cara e come�a a sorri. J� vai se sentando no sof�. Minha m�e vem do quarto, ele se levanta “Ol� D. Zilda, a senhora que � a m�e desse leke aqui”. Minha m�e diz que sim, eu com muita raiva, come�o a encarar o Pedro. N�o tinha ideia do que ele iria aprontar. Vai que ele conta tudo. Que ele decide falar, o Pedro � sempre imprevis�vel, e n�o duvidaria que ele falasse tudo. Ele � do tipo do cara que ao mesmo tempo que te passa uma seguran�a fod�stica, � imprevis�vel, de veneta, � foda lhe dar com pessoas assim. Bom... pra meu espanto ele come�a “Pow D. Zilda vim aqui agradecer muito a senhora pelo filho que a senhora tem. Eu sou novo aqui no Rio de Janeiro, vim do Esp�rito Santo, com minha esposa e filha e pela primeira vez ao entrar num emprego encontro um cara generoso, amigo, muito do que eu sei agora eu devo a ele. Sei que j� est� tarde mais sempre falava com o Breno, pow cara me leva lah na sua m�e, quero conhece-la... mais na correria que ele vive nunca dava, s� vim mesmo para agradece-la e falar isso”. Nossa eu sinto um al�vio t�o grande, que na hora nem reparei que ele estava mesmo a me elogiar. Bom ele abra�a minha m�e, eu ainda em estado de choque por conta da palha�ada, o Pedro se levanta e sai. Minha m�e, chama minha aten��o por eu n�o leva-lo at� a porta, quem faz a gentileza � meu mano e eu fico ali, ainda sem entender bem o que estava acontecendo. Pow, por que na hora na boa, fiquei sem ch�o, sem a��o mesmo, s� pensava no pior, foi horr�vel. Vou pro quarto, pego umas roupas e vou pro banho, fico debaixo do chuveiro a pensar em tudo o que havia acontecido entre a gente, a transa que foi boa pacas, s� � que podemos chamar aquele amasso de transa. As atitudes intempestivas dele. O casamento, a filha... Putzz, a cabe�a da gente vai dando um n� do caralho. S� sei que caio na cama e n�o janto. Acordo, tomo caf� e direto pro servi�o, e ainda temos que agradecer neh. Qdo chego lah ele ainda n�o estava, na moral dei at� um suspiro de al�vio por que estava ainda com uma raiva do caramba da babaquice dele. Minutos depois ele chega, e deixa na minha mesa um recado “Te espero na hora do almo�o atr�s do estacionamento do mercado”. Ningu�m nota, fico mais puto ainda, nem na cara dele olhei. Comecei a trabalhar, no escrit�rio a correria de sempre, muita gente muita movimenta��o. Na hora do almo�o vou pro restaurante, como e volto pro escrit�rio pra estudar, nem vou me encontrar com o Pedro. Quem ele pensa que � pra ficar impondo as coisas, querer me controlar. Sempre fui o dono da minha vida, pelo menos acho que sou. E agora em menos de 3 meses um cara casado quer me dominar, me colocar r�deas, nunca que iria admitir isso. S� sei que depois de uns 30 minutos ele chega no escrit�rio puto. N�o tinha ningu�m s� eu estudando, p q hj tinha ainda a �ltima prova. Ele me entra bufando, me puxa pelo bra�o e me leva pro banheiro. Nunca vi ele t�o alterado. Me encosta na parede do banheiro e me olha nos olhos daquela maneira. Aqueles olhos castanhos, expressivos ficaram turvos, parecia que estava mesmo com muita raiva. “Porra muleke, me fez ficar lah maior temp�o a toa, tu pensa que sou ot�rio � isso? Pow se n�o estava afim de ir me ligava caralho, n�o fode!”. Eu estava nervoso, havia pensado bem no que iria dizer, mais na hora a gente deixa a racionalidade de lado e parte pro impulso. “N�o fode vc cara, porra, que palha�ada foi aquela ontem? Me diz, porra vc acha o que, que achei aquilo engra�ado, eu n�o achei n�o, muito pelo contr�rio. N�o estou afim de est� com um maluco, inst�vel como vc, que a cada dia vem com uma coisa inesperada, cheio de maluquices. Cara minha vida estava normal, tranquila, vc apareceu e mudou td, n�o consigo mais dormir direito, n�o consigo mais pensar cara, vc parece que domina tudo, ou faz quest�o pra dominar, controlar, n�o sou marionete veio. Sempre dominei a minha vida e isso v�o continuar, mesmo que pra isso eu tenha que”. Ele me corta e m� d� maior beij�o, de novo fico meio balan�ado. Ele diz que me ama. Ae escultamos o barulho do carro, eu saio do banheiro e ele fica, vou pra mesa e finjo que estava estudando. Come�am a chegar o pessoal, conversa vai e vem e o dia de trabalho continua at� as cinco da tarde. Saio do trabalho nem espero a carona, que estava me ajudando a economizar um trocado e chegava mais r�pido tbm. Fa�o a prova, assisto a segunda aula e estou indo pra casa, pensei que ele estivesse a me esperar como das outras vezes mais n�o estava. Chego no ponto, pego o buz�o e vou olhando pela janela pensando na confus�o que a minha vida havia se transformado em poucos meses. Chego em casa meio exausto. Minha m�e vem falando sobre o Pedro, e que ficou feliz em saber que penso nos outros, que sou solid�rio, mais na boa nem dei muita confian�a, dei boa noite e fui pro quarto. Pra melhorar ainda mais o fim do meu dia de c�o, meu mano j� chega falando igual um ditador, a minha sorte foi que na facul lembrei do bendito trabalho de Geografia e imprimir umas coisas, calando a boca dele joguei as folhas do trabalho, troquei de roupa e fui dormir de t�o cansado que estava, nem banho tomei. Acordo pela manha meio assustado, olho pro rel�gio e putzzzz... noto que estou atrasado, at� que cai a ficha que � s�bado e n�o trabalho, aproveito e volto a dormir mais um pouco, qdo d� umas dez e meia da manha, levanto, tomo um banho, caf�, pego a bike e vou dar um role no bairro. Aproveito pra ver os amigos, conversar com os vizinhos, pois alguns n�o vejo durante a minha semana corrida, entre trabalho, faculdade. Qdo estou voltado pra casa, noto um caminh�o de mudan�as, e que vamos ter novos vizinhos, bem na frente da minha casa. Tem um homem, de apar�ncia de uns 45 anos, uma mulher tbm, muito simp�ticos, e um rapaz, alto, forte, moreno bem expressivo, bonito at�, mais na boa de in�cio nem dei muita confian�a. Eles mesmo come�am a descer os m�veis. N�o era esses caminh�es de mudan�as especializados, com carregadores e coisa e tal, era um caminh�o de uma empresa e tal, e tinha s� o motorista, reparo que eles queriam ajuda, grito o meu mano me apresento e come�amos a descarregar os m�veis. Eles s�o bem simp�ticos, mais o jovem estava meio mal encarado, parecia chateado, a mulher � a primeira a puxar assunto. “Olha meu filho n�o repara a cara da Jhonny n�o, ele � um �timo menino, mais estava acostumado com Cabo Frio, mais o Henrique foi transferido pra empresa matriz que fica aqui no Rio ae j� viu, tivemos que mudar. Eu olhei pro Jhonny e na boa ele nem me olhava, sempre mal encarado, e come�amos a descarregar tudo, levamos umas meia hora pra descer tudo do caminh�o, eu e meu mano, que j� estava bufando pior do que o Jhonny e depois o caminh�o foi embora. Como n�o tinha mais nda pra fazer no domingo fiquei ajudando eles a colocarem tudo no lugar, eles n�o eram pobres... pobres, mais n�o tinham muitas coisas, classe m�dia.. m�dia, como lah em casa. Reparei que o Jhonny tinha um nootbook, e puxei conversa com ele. Pela primeira vez ele falou comigo, uma voz segura, perguntei a idade disse que tinha 24, falei que tinha 23, at� brinquei... pow 24, ae ele sorriu, diga-se de passagem sorriso na moral, lindo. Meu mano foi puxando assunto tbm e ficamos na escada a conversar, nisso vai caindo a tarde, at� lanchamos lah mesmo, qdo derrepente chega o Pedro. Buzina e eu vou at� o carro. “Quem � o leke?” Eu ainda puto falo “Pow o vizinho por que”. Ele manda eu entrar ae eu entro. O Jhonny do carro deu pra perceber que ficou me olhando, nem deu muita confian�a pro meu mano. O Pedro estaciona a dois quarteir�es do meu bairro e fala “Ae desculpas pela brincadeira daquele dia, na boa foi mal mesmo. Mais cara curto demais vc”. Eu tomo coragem e falo que tinha voltado atr�s e que o melhor seria a gente n�o namorar, qdo batesse a vontade a gente faria umas sacanagens e tal, mais que namoro seria arriscado demais. Ele respira um pouco e fica mudo, n�o fala nada, fica a olhar pra estrada e tal, eu fico meio que mal pela situa��o, mais no fundo sabia que seria o melhor. N�o iria terminar bem, ainda mais que o Pedro mesmo na brincadeira tinha um ci�me e isso n�o � nda legal, por que nunca cobrei nda dele, podia tbm impor limites dele ser casadoe tal, eu pensei bem qdo estava a pensar no buz�o, e achei melhor dizer pra ele. Ele vira por um isntante, olha nos meus olhos e pergunta. “� isso mesmo que vc quer, vc quer s� sexo, n�o quer namorar comigo?
Continua...
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