A bicha da minera��o.
O galo praticamente me derruba da cama às cinco da madrugada. Levanto – me aborrecido, pois odeio o meu trabalho que � lavar as latrinas dos garimpeiros. Nunca vi povo mais sujo! Parece que nunca ouviram falar sobre higiene em toda a vida. Sou uma bicha feia e magra, nem bunda tenho, a idade indefinida entre vinte e oito e trinta. Meu quarto fica colado aos banheiros coletivos onde os mais de trezentos machos desta minera��o v�o se lavar antes do caf� ,e tomar banho à tarde, ap�s o t�rmino do trabalho, atolados naquelas po�as de barro e lama e terra e pedras . Eu mesmo n�o tenho p� de caf� nem a��car, portanto preciso pedir uma caneca cheia emprestada da cozinheira que prepara a gororoba para eles que me faz esse favor com a cara mais azeda desse mundo,como se fosse uma esmola. Tenho que lavar as privadas antes que eles cheguem e comecem a mijar nas bordas, parece que n�o conseguem acertar o buraco largo do vaso, ou fazem isso de prop�sito.
Sou um viado velho de bunda magra e boca larga que eles chamam de Boca de Vaca e a cor de minha pele n�o � escura como a deles . S� os cabelos s�o longos e lisos e costumo amarr�-los num rabo atr�s com uma fita amarela encardida.
Pagam-me pelo trabalho trezentos reais no fim do m�s mais direito a comida, se � que se pode chamar aquilo de comida.. S� h� uma mulher por essas bandas: a cozinheira negra, velha e gorda, pois o capataz proibiu a presen�a de mulheres depois que come�aram as brigas e as mortes e os assassinatos ..
Geralmente eles se banham com as costas coladas na parede , pois � quest�o de honra n�o ficar mostrando a bunda pros outros enquanto se banham.
Eu pendurei alguns calend�rios com mulheres lindas e nuas perto do espelho de modo que os homens possam contempl�-las enquanto se penteiam e emplastram os cabelos com aquela brilhantina de cheiro enjoado..
Os mais mo�os se satisfazem ali mesmo , quando est�o sozinhos e s�o r�pidos na punheta pois atr�s vem gente.
Termino a limpeza das privadas l� pelas seis horas da manh� e tenho um tempo de folga que vai das seis às oito horas. Inventei uma esp�cie de detergente-desinfetante à base de erva cidreira fervida que serve para perfumar e limpar os banheiros e at� ganhei um elogio meio enviesado do capataz sempre t�o zangado e t�o calado.. � temido at� pelos mais valentes, � aquele que recolhe o ouro e vai vend�-lo na cidade com a caminhonete.
�s oito e meia tenho que ajudar a cozinheira a preparar o grude.
L� pelas duas da tarde tenho que voltar pra limpar e lavar todo o banheiro novamente e est� naquele estado.
J� falei que meu quarto fica parede – meia com o banheir�o? J�. Foi por isso que, humildemente, pedi ao capataz que mandasse algu�m abrir tr�s buracos na parede , de tr�s tamanhos diferentes. Ele perguntou para qu� e logo que compreendeu o motivo fez aquela cara de assassino, n�o acreditando que eu teria aquela coragem.
Ficou muito revoltado comigo.
Quando lhe fiz o pedido pela segunda vez , meteu-me o p� na bunda e me mandou pra puta que pariu.
Depois ele mesmo , sem querer , espalhou o boato e ele pr�prio sentiu a press�o dos pe�es mineradores , repensou e chegou à conclus�o de que pelo menos ajudaria a aliviar a tens�o do tes�o entre os homens.
� l� pelas onze horas da noite que come�a o movimento. Eu falei que tem mais de trezentos, mas s� uns cento e cinquenta n�o conseguem se satisfazer sozinhos e precisam de minha ajuda. Eles se revezam e j� ouvi v�rias vezes a conversa: “C� foi ontem? Ent�o hoje vou eu...”.
Uma bicha pode at� ser velha e feia, mas se souber usar as t�cnicas certas, n�o ficar� no preju�zo. Os machos no auge da fissura n�o olham o rosto atrav�s do buraco , s� se importam com os movimentos da boca e da l�ngua , a ilus�o de que se trata da boceta desejada e isso � tudo. Tem uns desgra�ados que , s� pra infernizar , colocam o pint�o no buraco e mijam dentro do meu quarto. Mas s�o poucos. A maioria mesmo n�o dispensa uma boa chupeta.
J� falei que os buracos s�o de tr�s tamanhos diferentes? J�. � que alguns s�o especiais. Principalmente um deles.
Tamb�m n�o vou engolindo tudo o que vejo. Primeiro examino direitinho para ver se n�o est�o doentes, sem verrugas, corrimentos , manchas,etc. Um sebinho na chapeleta at� gosto, levando-se em conta que muitos n�o s�o chegados à higiene.
J� tive muitas surpresas agrad�veis e outras nem tanto . Mas nunca sei qual deles estou chupando. Embora consiga distinguir alguns e principalmente aquele , que ocupa sempre o buraco maior. Fiquei impressionado na primeira vez que se apresentou e olhei aquele baita caralho pulsando atrav�s do buraco. Eu o servi como se serve a um rei poderoso com todos os requintes e salamaleques. Gostaria de conhecer o seu dono, mas sei que pelas regras duras do garimpo, � melhor ficar quieto e aproveitar a ocasi�o sem esperar mais que isso. Quem muito quer...
J� disse que come�o às onze? J�. Durante algumas noites, frias principalmente – nesta regi�o os dias s�o quentes, mas as noites s�o frias, costumo chupar uma m�dia de tr�s , quatro ou cinco caralhos.. E uma coisa impressionante: todos – todos acabam esporrando em meus l�bios, ou em minha garganta ou dentro das bochechas.
Sou uma bicha velha, feia e magrela, mas tenho anos de experi�ncia. Acho que sou uma bicha ativa no que se refere à atividade labial - bucal.
Ontem, l� pelas duas da madrugada, j� havia terminado minha fun��o - j� havia lavado a boca para me livrar das v�rias esporradas que conseguira abocanhar, ouvi as batidas na madeira da parede, caracter�sticas de algu�m necessitado. Atrav�s do buraco mais largo vi surgir o cacet�o descomunal, completamente teso, pulsando à espera de ser servido.
Apoiei minha bunda magra sobre os calcanhares e me curvei sobre ele pousando os l�bios grossos e largos sobre a ponta arredondada do cabe��o e mamei no olho at� ficarem lambuzados de pr�-gozo. Isso facilitou a tarefa de esconder a glande inteira dentro das bochechas. Passei a l�ngua sob e sobre ela retirando os pontinhos de esmegma que a tornavam �spera. E chupei-o finalmente , com todo o desejo que me inspirava, fazendo-o foder minha garganta com movimentos longos e gorgolejantes. No instante do gozo, afastei-me, masturbei-o com ambas as m�os e recebi os jorros de porra dentro da boca escancarada.
Justo no momento em que ele se afastava n�o me contive e espiei pelo buraco para ver o vulto do capataz se afastando enquanto abotoava as braguilhas.
Era o capataz – o �nico entre os trezentos que tinha a liberdade de usar a caminhonete para ir at� a cidade negociar o ouro e visitar a esposa ,ou os bord�is que lhe desse na telha.
A vida n�o � uma caixinha de surpresas? Mas, em boca fechada, n�o entra mosquito.
Por isso , amigas : n�o se desesperem . Se a vida lhes
oferece um lim�o,fa�am uma limonada!.