O Irm�o Esportista XV - MEDO
Como tinha deixado no ar no conto anterior, com o passar dos dias o Alessandro me procurou mais vezes e todas foram exatamente iguais como a primeira, ele sempre me usando para ter o seu prazer e alem de n�o se importar comigo ainda ria da minha cara, eu ficava cada vez mais me sentindo horr�vel, usado, um prostituto que faz o servi�o e n�o recebe nada em troca, puts como eu estava me sentindo mal, e para piorar eu n�o tinha coragem de contar para o mano, tinha muito medo da rea��o dele.
Meus primos foram pra Porta Alegre e a M�e as vezes ficava com a gente, as vezes em casa com o pai que ficava em Crici�ma para trabalhar, o mano e eu tamb�m revez�vamos entre praia e casa, pois ele uma semana ficava de f�rias e outra passava uns 2 dias trabalhando, eu ficava na praia, e me “encontrava” com o Ale, e outras o acompanhava-o.
Sabe por mais que eu odiava aquela situa��o com o Ale, me sentindo horr�vel, era o tes�o bater, ele aparecer e eu n�o conseguia dizer n�o, ele j� tomava conhecimento disso e utilizava-se disso para conseguir o que queria. O que vinha me preocupando muito e muito mesmo era o Andr�, cara como isso me deixava preocupado, ansioso, pois eu teria que contar pra ele, afinal est�vamos namorando e n�o conseguiria me deitar com ele passando por aquela situa��o, o mano acho que conseguia esconder dele porque fazia um bom tempo que n�o rolava nada com ele.
Mais uma tarde dessas maravilhosas, sol radiante, aquela brisa t�pica de praia, e para melhorar o dia o Gui estava l� em casa com a gente, obvio que ele e o Rodrigo passaram umas horas trancados no quarto, e eu na rua com o pessoal, ate que...
- Bih Bih!
- Ahm?
- E ai garoto?
- Andr�! Eu estava tomando um suco quase me afoguei e comecei a tossir. O que ele estava fazendo aqui? Melhor, como chegou ate aqui? Ha essa hora? Ser� que algu�m percebeu algo? Puts...
- Fala Nando, tudo bom carinha? Ele chegou normal, me cumprimentou, apertou minha m�o, para ningu�m perceber nada, olhava para seus olhos e aquele sorriso de felicidade em me rever.
- Oi D�, puts quero um abra�o, quanto tempo cara. Eu n�o pude conter e meu sorriso se abriu, meus olhos brilhavam em ver a pessoa que eu estava aprendendo a amar e estava morrendo de saudades. Nos abra�amos forte e falei baixinho no ouvido dele.
- Que saudades meu gato, te adoro sabia.
- Tamb�m estava com saudades meu nen�m, e eu te amo Nando. Sussurrou ele no meu ouvido.
- Entra. Sinalizei para ele entrar e se sentar. O pessoal que estava na �rea conversando comigo sa�ram, tinha chegado visita n�.
- O seu irm�o onde est�? Perguntou o D� , depois de certificar-se que n�o tinha ningu�m por perto.
- Hahahahha adivinha? Est� no quarto com o Guilherme.
- Uhm boa id�ia a dele! Vamos tamb�m? Hehehehehe
- Depois, hahahahhaha convidamos eles ai fizemos um surub�o, hahahhahahahha!
- N�o senhor, voc� � s� meu e eu n�o divido com ningu�m. Falou passando sua m�o na minha perna por debaixo da mesa.
- Hehehe, D�? Voc� veio pra ficar aqui uns dias n�?
- Claro meu gatinhu, quero aproveitar esse tempinho que tenho livre com a pessoa que eu admiro. Aixxx qui fofuuuuuuu
Continuamos a conversar, ele me contando como tinha sido em Joinville com a fam�lia, o que fez o que n�o fez, bem voc�s conhecem esses papos b�sicos p�s viajem, hahahhahha. N�o demorou muito, escutamos vozes a porta do quarto abrir e o manu e o gui sa�rem rindo brincando, o D� e eu ficamos quietos s� ouvindo o papo deles:
- Ent�o ta, vou pegar a Patr�cia e da um bom trato nela, hahahhahah.
- Vai pode ir, mas ai eu vou sair com o carinha novo l� na academia, Rodrigo com chifres, veja pelo lado bom, voc� ter� uma fantasia para o carnaval, um boi. Hahhahahahahhhaa
- Boi n� sua putinha, mas tu gosta de sentir o boi aqui montado na vaca. Nessa hora eu n�o aguentei e cai na gargalhado o D� tamb�m come�ou a rir eles aparecera na porta da cozinha.
- Andr�? Perguntou meu irm�o assustado, ahahahhahahha ele n�o esperava encontrar ele ali.
- Dae Rodrigo beleza cara? O D� se levantou e apertou a m�o do mano, e depois a do Gui.
- Andr� esse � o Guilherme, Gui esse � o D�. Apresentei os dois.
- Prazer!
- Prazer o meu.
- Gui esse � o namorado do Nando, lembra dele l� na festa de natal, no barzinho?
- A sim lembro sim, e ae tudo bem?
- Comigo tudo beleza e com voc�? O D� todo sem jeito.
- Tamb�m.
- Bem, eu e o Gui est�vamos pensando em pedir uma pizza, algo para gente comer alugar uns filmes, o que voc�s acham? Disse o mano, aix ele estava apenas de cal��o de jogador. O Gui estava de bermuda e com uma regata.
- Por mim tudo bem. Respondi. O que voc� acha D�?
- Por mim, o que voc�s escolherem estar� bom.
- Ent�o acertado, vou colocar uma camiseta e o Gui me acompanha, vamos comprar as pizzas e alugar uns filmes.
J� era noite quando eles sa�ram e logo ap�s a partida deles o Andr� me puxou e me levou para um quarto, fechou a porta e se encostou na parede, ai puts ele me deu aquele beijo.
Ficamos ali abra�os, nos beijando, levemente, as vezes algo mais forte, mais intenso, sentia sua l�ngua for�ar o contato com a minha querendo relembrar a textura de minha l�ngua, sugava e sentia novamente o gosto de minha saliva e eu tamb�m fazia o mesmo, aos poucos o beijo foi cessando e se tornava apenas um contato de l�bios, molhados, suaves, sua respira��o quente tocava meu rosto e me sentia novamente protegido, acolhido, entre os bra�os daquele homem.
Ainda de olhos fechados nos afastamos um pouco, apenas os rostos e abrindo os olhos lentamente pude apreciar aqueles olhos negros divinos, minhas m�o estavam fechadas e apoiadas sobre os peitos do D�, como se estivesse dando soquinhos, e assim ficamos nos olhando, ate que soltei um risinho.
- Ta rindo do que?
- Nada, s� estou feliz de voc�s estar aqui comigo novamente, voc� � demais sabia. Falava entre sussurros.
- Voc� quem � Nando, sabe se fosse qualquer um dos caras que eu j� fiquei, neste momento estar�amos na cama transando, e cara, voc� � o �nico que me proporciona esses momentos.
- Aix D�, eu fico ate sem gra�a, sei l� pra mim namorar � isso.
- Shuuuuhhhh. Fez ele com o dedo na sua boca fazendo sinal para eu ficar quieto e levando o seu dedo ate minha boca para ficar quietinho e assim somente olhando em seus olhos me disse.
- Te amo.
- Puts puts PUUTTSSSSSSSS... cara eu quase chorei. (imagina eu Fernando chorando, que calunia, hahahahhah, brincadeira)
- Me abra�a D�, deixa eu sentir que voc� � meu, que voc� vai me proteger, cuidar de mim, me abra�a cara. Eu quase chorando abracei aquele homem e repousei minha cabe�a no ombro dele com meu olhar perdido no escuro daquele quarto.
Fiquei ali deitado sobre seu ombro me apoiando em seu corpo e me sentindo p�ssimo, cara como eu iria contar para ele sobre o Alessandro? N�o quero perder todo esse carinho esse amor, porra por que fui fazer aquilo? Cara como isso d�i, iria contar mas n�o naquele momento, queria aproveitar esse instante divino, sei que � covardia, � canalhice ou o que for, mas poxa n�o queria deixar de viver esse momento, sei sim pode me chamar de ego�sta, sei que estou errado, mas se coloca no meu lugar cara.
N�o demorou muito escutamos o carro do mano.
- Seu irm�o chegou. Disse ele olhando pra mim e abrindo aquele sorriso.
- Um ultimo beijo. E assim o fez
- Nando? J� entrou meu irm�o ma chamando.
- Oi, uhm que cheirinhu bom!
- Nando me ajuda aqui cara. Fala o Gui entrando com as pizzas, mas quem foi ajudar foi o D�.
- Obrigado Andr�. Agradeceu o Gui
- Nando, comemos aqui ou levamos tudo para o quarto e assistimos filme comendo? Perguntou meu irm�o.
- No quarto � melhor n�.
- Ent�o vamos.
- Que filme voc�s locaram Gui? Perguntei
- Exorcista e O amor � cego.
- Exorcista? Pra assistir a noite? Aieeeeee....
- Hahhhahahhahhahha ta cum medinhu � bebe? Tirando sarro o manu da minha cara.
- Cala boca seu idiota.
- Nando chega deixa quieto. Disse o D� pertinhu de mim para o Rodrigo n�o escutar.
- Vem povo. Chamou o Gui.
Come�amos a comer e assistir ao filme de comedia “O amor � cego” gente muito legal o filme, muito bom mesmo rimos pra caramba, eu e o Andr� numa cama e o mano e o Gui em outra, eles estavam na cama de cima do beliche e eu e o D� na cama de canal de baixo, vendo filme no escurinhu, uhns beijinhus aqui, umas bobicinhas ditas no ouvido ali, e tudo transcorria naturalmente ate que...
- Rodrigo?
- Eu, entra aqui no quarto.
- Ahm vendo filme �, e nem me convidaram. Advinha quem era? Isso mesmo o Alessandro. Todos j� tinham se afastado, o Gui desceu para a cama de baixo do beliche e o Andr� se afastou de mim.
- Pizza? Ofereceu o mano.
- N�o n�o, faz tempo que come�ou o filme.
- Uma hora mais ou menos.
- Dae nando beleza?
- Oi. Puts o filho da p... deu uma olhada pra mim e depois para o Andr�, como quem pergunta, quem � esse ai?
- Esse � o Andr�, e esse ai � o Guilherme. Apresentei tentando disfar�ar.
- Dae beleza brow? Disse o Ale para eles.
- Beleza! Respondeu o D�.
- Beleza, senta ai cara. Retirando as pernas e dando um espa�o para o Ale sentar na cama do Gui.
Voltamos a ficar em sil�ncio, mas o Ale n�o tirava os olhos de mim e eu olhava e voltava o meu olhar para o filme, foi foda porque teve uma hora em que o D� deu uma olhada para o Ale, pq ele n�o parava de me olhar, como dizendo “ta olhando o que meu irm�o?”. Eu fiquei na minha, mas o D� n�o ficou mais quieto ate que olhou para mim e eu olhei para ele, tava com aquela cara n�, ai fiz que n�o tava entendendo.
- Que foi? Perguntei baixinhu.
- Nada, outra hora a gente conversa.
- Ta. Puts cara, to fudido, ai n�o presto mais nada pra mim, o que eu n�o sabia e que depois fui saber da pior forma, � que o mano tamb�m percebeu.
O Gui tava puto, hahahahha ele sentou ali e n�o saia mais, ele louco pra matar a saudade do mano, ele s� olhava pra mim com aquela cara, e eu me afinava de rir. � ruim uma situa��o dessa n�, aposto que a maioria j� passou por uma igual ou parecida, ahhahahha � a vida. Bem continuando, eu n�o deixei de dar umas olhadas, claru n�, nem o Gui deixou, ahhahahahha ele apareceu l� em casa como sempre quase pelado, estava com um samba can��o branco, todo liso sem estampa, muito show, e ele ainda sentou e de pernas abertas se escorou pra tr�s, puts era s� puxar o pano e fazer um boquete, hahahahhahhahahhha, o mais podre, brincadeira.
Acabado esse filme, o Ale foi pra casa, ele j� tinha assistido Exorcista e tava afim de dormir, � pq ele detesta dormir, ahhahhaha. Levantamos, lavamos as m�os guardamos as coisas que levamos pro quarto, o mano acompanhou o Ale e chamou o D� para guardarem os carros na garagem, fecharam a casa e arrumamos as camas para j� dormir, o mano foi tomar banho, e voltou s� de cueca Box preta, puts eu mere�o, o Gui j� tinha tomado e ficou de cuecas tamb�m, mas com uma regata, o D� com mais vergonha ficou sem camisa mas com uma cueca e um samba can��o, eu como sou um menino comportado, santo, fiquei de cuequinha azul e debaixo do edredom ( a noite na praia faz friuzinhu, era mais medo do que friu mas tudo bem, ningu�m sabe disso, disfar�a, hahahhahah).
Depois de todos prontos, eu deitado agarradinhu no D� o mano e o Gui na em cima do beliche, colocamos a fita, eu j� me encolhia no D�, as vezes tapando a cara com o edredom, cara � serio eu morro de medo de filmes assim com dem�nio, tenho trauma daquele filme e daquela guria, ui. Os tr�s vendo o filme na maior, eu tremendo de medo, passei a maior parte do filme com os olhos fechados, tanto que outro dia fui assistir “O chamado” com as meninas e eu sai no meio do filme, puts, mas agora “Sexta feira 13” “Allien” esses filmes assim, eu morro de rir, que ver eu rir com os filmes “A hora do pesadelo” do Fredd Cruger, gente tem uma cena de uma l�ngua enorme enrolando na guria, eu s� imagino, nossa imagina uma l�ngua dessas l� no... hahahahha uii tes�o, ahahahha, mas agora filme que tem dem�nio, eu me gago.
Estamos vendo o filme quando tem aquela cena da escada, quem j� assistiu o filme sabe do que to falando pra quem n�o sabe conto rapidamente, a menina desce as escadas da casa fazendo uma ponte com o corpo e andando na ponta dos dedos, ai quando ela chega no final da escada ela abre a boca e sai uma sanguera da boca dela, ai logo em seguida fica uns 5 segundo de tela escura, bem voc�s j� devem saber do mico que eu paguei, quando a tela fico preta, eu dei um berro, sabe n�o aquele berro, mas aquele susto, e me agarrei no D� enfiei a cara no edredom deitado com a cabe�a quase me enfiando embaixo do pesco�o dele, o mano n�o quis saber de mais nada n�, logo quem, ria, ria, mais ria mesmo, que quase chorava de tanto que ria da minha cara.
- kakkakakakkakakakkakakakkakak, � um pirralho mesmo, com medinhu � pirralho, kakakakkakakakkakakkaka.
- Vai te fude Rodrigo, tenho medo sim e da�.
- Akkakakkakakkakakakkakakkakakakakakka, nada n�o s� � um pirralho, kaakakkakakakakak.
- Idiota, vai a merda babaca. Eu fiquei puto com ele.
- Ta Rodrigo, vamos voltar a ver. Disse o Gui.
- Nando, deita aqui. Disse o D� baixinho pra eu me deitar no seu ombro, eu todo encolhido n�.
Acabado o filme, desligamos tudo e fomos dormir, quer dizer deitamos para dormir, pq o medo n�o deixava eu pregar o olho, ai ficamos ali deitados tentando dormir, beijando muito o D�, ate que come�amos a ouvir.
- Sai Rodrigo, eles est�o aqui no quarto tamb�m. Dizia o Gui sussurrando.
- S� uma chupadinha cara, olha o meu tes�o, s� uma. Dizia o mano.
- N�o Rodrigo, para cara, por favor.
- S� uma Guilherme, porra to com tes�o, com saudades de voc�, chupa de uma vez. Falou o mano um pouco mais alto, ai eu n�o deixei barato.
- Vai no banheiro bate punheta Rodrigo e deixa o Gui em paz! Falei.
- � e porque tu n�o vem chupa pra cala essa tua boca seu pirralho.
- Cala boca Rodrigo.
- Cala boca tu pra v� se n�o vai apanha. Disse o manu levantando o corpo para eu poder v�-lo e ele tamb�m me ver, falou bem brabo, ate pensei que iria apanhar mesmo.
- Chega Rodrigo, deita aqui. Disse o gui puxando o mano.
- E tu tamb�m fica aqui quieto. Falou o D� pra mim, ai olha como ele � lindo ate mesmo brigandu.
- Andr�? Chamou o mano.
- Oi?
- Desculpa ai, por falar aquilo pro pirralho com voc� ai do lado.
- Tudo bem, esquece. Respondeu o D�.
E ficamos ali deitados, nos beijando, carinhos ate que todos pegaram no sono, inclusive eu, mas do nada dei um pulo, tive um pesadelo, puts, ate o D� acordou.
- Que foi nando?
- Me abra�a, tive um pesadelo.
- Nossa tais suado em, vem aqui vem, eu to aqui n�o precisa ter medo. E ficamos ali deitados, ele j� tava caindo, quase dormindo, quando chamei ele.
- D�?
- Oi.
- To com medo, droga pq fui ver esse filme, agora n�o durmo e nem deixo voc� dormir. Falei bem baixinhu quase chorando.
- Hei pode parar, eu to aqui, to aqui com voc�, deita aqui, cola teu rosto aqui no meu, melhor me beija.
- Te amu. Ai cara, puts nunca ningu�m fez isso comigo, pelo contrario cara, tiravam sarro da minha cara, como eu amo esse cara.
E assim dormi, ehehhe, acordei no outro dia com o D� me chamando para a gente ir no mar, mas logo que chegamos em casa, o mano veio atr�s de mim pra conversar sobre o Alessandro, aixxx fudeu... bem esse � assunto para o pr�ximo conto. Fui.