Jaqueta de neon
H� muitos anos cansado da rotina do trabalho, resolvi virar a mesa e partir para uma autonomia mais condizente; visto que, neste Pa�s, trabalhar de empregado � o mesmo que aderir a um regime de escravid�o. Ent�o, sa� a campo com um tanto de bugigangas para vender, o que facilitou em muito a minha aproxima��o com as pessoas. Estava acostumado, na verdade, à vida mon�tona de atendimento de balc�o interno, e comecei a vislumbrar o outro lado da plataforma aberta. Conheci o Renan em seu trabalho. Ele era do tipo garot�o esperto, devia ter uns dezessete ou dezoito anos, sen�o por a�, e tinha um jeito moleque boquiaberto de sorrir. Fui ao seu encontro na incumb�ncia de vender-lhe uma jaqueta de couro, a prop�sito, uma linda jaqueta de couro. No fricote de vendedor, eu argumentei que a jaqueta combinaria com tudo dele, at� com o jeito despojado e safado que ele tinha. Ent�o, foi ai que ele quis experiment�-la e perguntou-me se haveria algum problema de, no caso, experiment�-la em casa, numa posi��o mesmo despojada, visto que em seu trabalho, n�o poderia faz�-la. Entendi a posi��o dele como um sinal verde e, dele, eu anotei o endere�o e o telefone para um contato à noite, quando lhe fosse melhor apropriado. Assim, às 20h, cheguei à sua porta com a jaqueta. Quando me viu, sorriu, e pediu gentilmente que eu entrasse. A sua casa era confort�vel, uma kitinete simples, por�m de intenso bom gosto. Havia quadros sensuais expostos, iluminados por l�mpadas de neon, o que me chamou a aten��o. Ele perguntou, quebrando a t�pica situa��o inicial: “Voc� trouxe a Jaqueta que pedi”? Ent�o respondi: claro, vim nesse prop�sito, aqui est�. Da�, ele a pegou, disse-me que era linda e que eu esperasse um pouco porque iria experiment�-la, e foi em dire��o a um quarto à esquerda da casa. Minutos ap�s, adentrou sorrateiro, de cueca e de jaqueta. Parecia uma pintura imaculada, como os quadros de sua parede... Eu tentava me conter, mas o meu cora��o, traidor, era um s� descompasso e ele notou. Disse: “sabia que voc� iria gostar do meu despojamento”! Ent�o, ele se aproximou e, em f�ria, come�ou a me beijar. Quando dei por mim, estava tirando àquela simples jaqueta, em majestoso tronco de homem. Um cheiro sublime de sexo exalava no ar. O mundo parecia imenso dentro de uma kitinete, no Arpoador. A jaqueta j� estava no ch�o. Mas, a cueca resistia intacta ao pulsar daquele membro. Parecia uma coisa descomunal, devia ter uns 22 cm e n�o parava de latejar sob o tecido lycra, sumariamente criado. Aproximei-me cheirando e mordendo àquele corpo, e logo estava degustando o seu mastro. Suguei ali uns 19 min, devagarzinho, levando-o a loucura. Num gesto r�pido ele levantou e me agarrou por tr�s. Carinhosamente, desabotoou a minha cal�a, puxou minha cueca e me deu o maior banho de l�ngua. Sua l�ngua penetrava cada espa�o dispon�vel (e tudo era dispon�vel, claro); ent�o me senti penetrado no inusitado contexto. Depois do frisson, ele colocou um dedo com bastante saliva e fez movimentos de vai e vem. Quando eu n�o estava mais aguentando, desvairado de excita��o, ele apontou o p�nis naquele bot�o c�lido e meteu firme. Parecia que iria estourar-me as carnes, mas o mo�o era pr�digo, e sabia o que estava fazendo. Por um tempo intermin�vel, ele meteu muito, freneticamente, at� extasiar-se em gozo pleno. Logo depois, ele olhou-me nos olhos, beijou a minha boca e disse: “Essa jaqueta � minha”!