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MARY THE ANGEL

Capitulo 1

Uma nova amiga.



Uma garota em um quarto escuro, deitada em uma cama se contorcendo, gemendo a cada segundo, num prazer absoluto, cheio de pureza e descobertas de um mundo inimagin�vel.

Virando de um lado a outro se sentindo zonza, mas com uma sensa��o gostosa, ela mantinha os olhos fechados n�o querendo saber a origem e sim sentir por quanto tempo fosse poss�vel, aquela deliciosa sensa��o.

M�os macias e delicadas a tocavam, mesmo n�o sabendo por quem, n�o importava, o desejo de Marina era apenas alongar pela eternidade esse calor, esta deliciosa vontade que a vestia por inteira.

Marina foi acordada pelo seu despertador, ela abriu os olhos bem lentamente n�o acreditando o que aconteceu em seu sonho, que sensa��o era aquela na qual a deixou tremula e ao mesmo tempo euf�rica e que nunca tinha sentido nada nem parecido. Marina ficou na cama por mais alguns minutos pensando em seu sonho e em o que poderia ter sido e quando voltaria a sentir aquela sensa��o novamente. O que a deixou realmente intrigada era se aquilo existia ou imagina��o f�rtil criada pela sua mente de treze anos.

Como era de costume Marina j� estava um pouco atrasada para a escola, e saiu correndo para se arrumar, escovou os dentes rapidamente e come�ou a despir-se, come�ando por sua camisola de ursinhos que tinha ganhado na ultima semana de sua m�e Suzan, foi quando Marina notou algo diferente, algo que a deixou ainda mais intrigada, ao tirar sua calcinha branca, percebeu que a mesma estava molhada, mas n�o era xixi, n�o poderia ser Marina pegou sua calcinha e a cheirou confirmando para si mesma que j� tinha treze anos e n�o poderia fazer xixi na cama, ap�s este alivio, ela encostou-se na pia cheirando-a novamente, ficou ali por alguns instantes tentando imaginar o porqu� molhou-se e o porqu� daquele cheiro t�o gostoso.

Marina tomou seu banho, vestiu o uniforme do col�gio e desceu para a cozinha onde seus pais j� estavam na mesa tomando caf� da manh�. Seus pais Senhor e Sra. Martins eram boas pessoas, sempre muito rigorosos quando o assunto era a educa��o de Marina, eles a matricularam na melhor escola particular da cidade, e assim vivia a fam�lia Martins, uma fam�lia de classe m�dia que morava em um bom apartamento pr�ximo a vizinhos educados e “certinhos”.

Na grande maioria das vezes a Sra. Martins levava Marina à escola, mas nesta manh� Marina desejou ir com seu pai.

- Papai me leva à escola hoje?

Sr. Martins era rigoroso e bravo, mas ainda sim mimava Marina como nenhum outro pai deste condom�nio e estes como tantos outros pedidos, ele fazia com muita disposi��o.

Quase terminando seu caf� Marina pensou mais uma vez em seu sonho e em todas aquelas d�vidas n�o desvendadas, Marina se recorda da ultima vez que ficou assim pensativa e curiosa foi h� alguns meses atr�s, quando ao acordar percebeu que tinha sangrado a noite e ap�s aquele desespero inicial, decidiu esconder at� descobrir o que acontecera, mas no mesmo dia ao chegar da escola sua m�e a chamou e dedicou alguns minutos de seu tempo a explic�-la, que tinha menstruado, e que isso aconteceria outras tantas vezes durante muito tempo.

Sra. Martins era uma mulher muito ocupada e muito fechada para certos assuntos, explicar est� hist�ria de menstrua��o n�o foi nada f�cil. Sra. Martins ou Suzan como era mais chamada por suas amigas e colegas de trabalho, tinha 40 anos e trabalhava em uma empresa multinacional e passava muitas horas l�.

Ap�s esta lembran�a Marina pegou sua mochila e deu um beijo em sua m�e.

- Tenha uma boa aula filha!

- Obrigado Mam�e.

Saiu da cozinha correndo pela sala, abriu a porta do corredor e ‘POW’. Marina passava a m�o em sua cabe�a por causa da pancada, ao passar a dor marina levanta do ch�o e se depara com uma garota que nunca tinha visto.

- Me desculpe n�o tive inten��o. Disse a garota recolhendo seus pertences.

Marina gentilmente abaixa-se e ajuda a garota a recolher os livros que ca�ram.

- Desculpe, mas voc� � nova aqui?

- Sou sim me chamo Aline nos mudamos no final de semana.

- Aline, voc� esta usando o mesmo uniforme que o meu.

- Voc� ir� estudar na Emerald Becker?

- Sim! Disse Aline. T�mida com toda aquela situa��o.

- Estou um pouco nervosa, hoje � meu primeiro dia. Aline ainda arrumando seus �culos.

- Nossa! Que bom! Meu nome � Marina, prazer em conhec�-la. Tenho treze anos e voc�?

- Tamb�m tenho, fiz treze, m�s passado.

- Nossos pais j� fizeram amizade, est�o conversando l� embaixo na garagem.

- A prop�sito vou com voc� hoje, se voc� n�o se importar � claro, meu pai est� atrasad�ssimo, e seu pai muito gentil se ofereceu para levar-me.

Marina com um sorriso no rosto disse:

- Me importar?

- Que nada vou adorar! H� tempos n�o conhe�o ningu�m com quem conversar, e se tivermos sorte estaremos na mesma sala.

Marina a olhava e a escutava achando tudo isso o m�ximo. Marina sempre foi um pouco solit�ria, filha �nica e para completar em seu andar nunca houve nenhuma garota da sua faixa de idade.

Aline e Marina entraram no elevador, com pensamentos a mil. Marina por tudo que aconteceu e Aline por ser seu primeiro dia em uma escola nova.

Chegando à garagem do pr�dio, Sr. Martins j� estava esperando ao lado do sedan preto, as garotas foram para o banco de tr�s.

- Marina como � a Emerald Becker?

- Voc� vai adorar, os professores s�o excelentes a escola tem uma super estrutura voc� n�o poderia estar indo para lugar melhor, pelo menos � o que minha m�e sempre diz.

Marina dizia cada palavra com olhos fixados em Aline, Aline por sua vez tamb�m prestava muita aten��o em Marina.

Aline notou que Marina era mais solta ao contr�rio dela mesma que sempre ficava t�mida com quase todas as situa��es. Marina por sua vez percebeu que mesmo Aline sendo alguns meses mais novos que ela, Aline j� tinha seios maiores, visivelmente maiores, Marina achou o m�ximo quem sabe ela m�nstruo mais cedo e j� tenha at� tido os mesmo sonhos e poder� quem sabe responder suas perguntas deste dia que mal come�ara, mas que j� prometia e muito.

A viajem no carro teve muitas perguntas de ambas as partes. Na chegada ao col�gio, Marina e Aline j� estavam super amigas.

- Boa aula para voc�s! Disse Sr. Martins com um grande sorriso em seu rosto.

- Obrigado papa!

- Bom trabalho Sr. Martins e muito obrigado pela carona. Disse Aline ainda t�mida.

Aline e Marina sa�ram de m�os dadas em dire��o ao col�gio. Aline olhava tudo em volta, dando a completa impress�o de ser uma novata.

Emerald Becker � uma dos melhores col�gios da cidade, do ensino fundamental ao m�dio, Emerald Becker deixava os alunos preparados para encarar o vestibular em qualquer universidade.

Subindo as escadas que d�o acesso as salas de aula do 2ª andar, Aline conversava com Marina um pouco tensa, quando um grupo de garotos ia descendo, todos olhando para as duas de forma maliciosa e Marina cochichou no ouvido de Aline:

- Estes s�os os garotos do oitavo ano, s�o um bando de baderneiros.

- Aline voc� � filha �nica? Perguntou Marina super curiosa.

- Bom! Tenho uma irm�, mas ela casou agora, posso dizer que sou sim. E deu uma risadinha meia sem jeito.

Chegando ao corredor sul, em frente à sala 24.

- Aline pelo seu guia, est� � a sua sala. Queria que estiv�ssemos no mesmo ano, iria adorar estudar com voc�.

Aline frustrada disse:

- Tamb�m iria adora, mas somos vizinhas e vamos nos ver muito.

- � verdade! Disse Marina voltando a dar seu grande sorriso.

Deram-se um beijo no rosto e um abra�o r�pido e Marina foi correndo a sua sala, com Aline em seus pensamentos. Chegando a sua sala Marina sentou como de costume na frente, cumprimentou D�bora sua fiel colega da classe.

D�bora era uma garota muito inteligente, cabelos cacheados, pele morena quase negra e um corpo de dar inveja a muitas garotas do colegial.

Marina e D�bora sempre foram colegas de classe, Marina nunca fez muitas amizades, talvez por tirar as melhores notas da classe e interagir muito pouco com seus colegas de classe.

- Sentem-se em duplas iremos come�ar um novo trabalho. Disse o Professor Jorge com seu tom de superioridade.

� hora passou como habitualmente, r�pida, Marina sempre levou a s�rio seus estudos e D�bora tamb�m � um exemplo de excelente estudante.

- Tchau Deby! Nosso trabalho com certeza ser� o melhor, ficou muito bom.

- � verdade Mari nos superamos, agora que lembrei que temos aquele trabalho para come�ar, � para o m�s que vem.

- N�o podemos esquecer dele, temos menos de um m�s.

- Deby que tal voc� ir a minha casa neste final de semana?

- �timo Mari! Vou sim com certeza. Depois de combinarem como fariam o trabalho, as duas se despediram com beijos no rosto. Marina saiu de sua sala, louca para encontrar com Aline, j� que seus intervalos � em hor�rios diferentes, ela ainda n�o viu a Aline desde a entrada.

No Corredor...

- Voc� tem certeza que ela vem? Disse a garota de olhos puxados.

- Tenho sim! Combinamos de nos encontrarmos aqui.

- Ent�o vou indo, minha m�e j� deve estar me esperando. Adorei te conhecer Aline, e obrigado mais uma vez por me ajudar com aquele exerc�cio.

- Que isso Kira foi um prazer.

- Tava muito perdida e voc�, foi a primeira a falar comigo, quer que sejamos grandes amigas.

Kira era filha de japoneses, que vieram para o Brasil h� muito tempo, tinha dois irm�os menores e comparada a Aline, Kira tinha um corpo sem muitas formas.

Despediram-se e Aline ficou ali esperando Marina aparecer. Depois de alguns instantes Marina finalmente apareceu e juntas desceram as escadas onde encontraram o Sr. Mello pai de Aline, que j� tinha combinado com Sr. Martins de buscar as garotas no col�gio.

- Aline! Voc� tem que ir a minha casa hoje e me contar como foi o seu primeiro dia.

- Tudo bem! Anota meu celular para voc� me enviar mensagem informando à hora.

- As duas entraram no carro, Sr. Mello logo de cara colocou o CD de sua dupla sertaneja preferida e perguntou se tudo bem em por uma musica. As garotas concordaram, o volume foi aumentado e partiram.

A viagem foi bem r�pida, Aline e marina ficaram trocando mensagens no carro, pois falar estava imposs�vel por causa do alto volume do som do carro. Chegando ao pr�dio Marina disse:

- Aline v� a minha casa por volta das quinze horas!

- Tudo bem amiga vou sim.

Despedira-se e foram para seus apartamentos, Marina pensava se diria algo para Aline hoje a respeito de suas d�vidas ou esperava mais um pouco, a d�vida estava matando-a.

Marina decidiu deixar rolar caso tivesse oportunidade e o clima fosse propicio perguntaria, caso contr�rio aguardaria a melhor oportunidade.

Miriam a empregada da fam�lia, chamou Marina para almo�ar e foi fazer seus outros afazeres. Marina comeu pouco, estava muito ansiosa para poder comer, mexeu um pouco a comida e terminando colocou o prato na pia e decidiu dar uma arrumada em seu quarto para receber sua amiga mais tarde.

O quarto n�o estava muito bagun�ado, a limpeza foi r�pida e Marina se sentindo cansada deitou-se um pouco, e come�ou a pensar em todo que aquele dia cheio de novidades.

Marina acordou, eram duas e meia da tarde, marina decidiu tomar um banho, at� porque era ver�o, e os dias estavam muito quentes. Foi um delicioso banho, o banheiro de Marina era algo de cinema com banheira, Marina relaxava e saiu se sentindo super bem, colocou uma roupa bem leve, uma saia um pouco menor do que seu uniforme do col�gio e uma pequena blusinha que marcava seus pequenos seios.

A campainha tocou e Marina gritou:

- Mirian, deixa que eu atendo, � minha amiga.

A porta foi aberta mostrando Aline t�o linda quanto Marina, Aline assim como Marina colocou algo leve e curto um pequeno short jeans e assim como Marina, uma baby look rosa, que destacou ainda mais seus belos seios.

- Entre vamos para o meu quarto.

Aline estava meio t�mida afinal era a primeira vez que entrava na casa de Marina.

- Venha sente-se aqui na minha cama, ent�o Aline como foi hoje conheceu muita gente como te trataram, o que voc� achou dos professores?

- Bom! Cheguei e procurei um lugar e logo de cara uma garota chamada Kira me convidou para sentar ao seu lado ela me contou tudo sobre cada professor as fofocas, os carinhas da sala, as mais frescas enfim me contou praticamente tudo.

- Ent�o voc� j� fez uma nova amiga e pelo nome ela s� pode ser de olhos puxados, acertei?

-Sim! Ela � linda e � muito inteligente, meio t�mida, mas tamb�m sou e assim, acho que combinamos sabe?

- Que bom! Aline, e com quem voc� teve aula hoje?

- Tive aula com a Professora Karen, de matem�tica e o Professor Wilson de Portugu�s.

- Um professor entrou na sala para falar com a professora Karen, e ele nos cumprimentou, nossa Marina ele � lindo.

- Acho que deve ser o Professor Wendel, ele � muito lindo mesmo e dizem as m�s l�nguas que ele � apaixonado pela professora Karen.

- Marina!

- Aline pode me chamar de Mari.

- Tudo bem! Ent�o Mari um garoto ficou me olhando, acho que ele me achou bonita, a Kira disse que ele � uma dos mais inteligentes da escola, ele � t�o lindo loirinho de olhos azuis, seu nome � Daniel.

- Sei como �!

- Sabe? Aline ficou curiosa.

- � sei sim! Desde o come�o do ano, quando entrou um garoto novo vindo de outro estado, estamos trocando olhares.

- Isso � o m�ximo, e voc� j� conversou com ele?

- Algumas vezes! Quando tem trabalho em grupo eu e a Deby. Aline a interrompeu:

- Deby?

- Sim! A D�bora � minha melhor colega na classe, fazemos tudo juntas voc� deveria conhec�-la, as garotas do colegial t�m inveja dela.

- � e por qu�? Quando voc� ver ela, voc� ir� notar, ela tem um corp�o de dar inveja a muitas garotas, notei que alguns professores a olham de forma diferente.

- Diferente como?

- N�o sei dizer, mas n�o � com admira��o, de outra forma.

Aline, a olhou com um olhar curioso e disse:

- Humm, mas continua contando sobre aquele garoto qual o nome dele?

- Kevin, seu nome � Kevin, voc� logo o conhecer�, pois ele � o mais alto da minha turma.

Aline ficou toda vermelha, puxou mais ar para os seus pulm�es e tomou coragem e perguntou:

- Mari! Voc� j� beijou algu�m?

Mari ficou meio pensativa, ficou muda por alguns segundos e respondeu:

- N�o! Nunca, acho que morro de vergonha antes de conseguir, minha m�e disse que isso � errado, que n�o devo ficar de papinho com garotos e nunca me aproximar sozinha de nenhum, pois tenho que pensar somente nos meus estudos.

- Entendo minha m�e antes de morrer a um ano, dizia a mesma coisa para mim, ela dizia que estava me protegendo.

Marina a olhou nos olhos e disse:

- Somos muito parecidas, n�o �?

- � sim! Vamos lidar com isso da melhor forma poss�vel, vamos nos ajudar, um dia quando chegar a hora sei que estaremos preparadas.

- Concordo plenamente Aline, estou adorando te conhecer, iremos ser grandes amigas.

- J� somos grandes amigas Mari.

Marina e Aline se deram um forte abra�o e come�aram a rir caindo na cama.

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