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MEU AMIGO ME AMAVA PARTE VIII

Meu Amigo me Amava – Parte VIII



Bom... no momento em que o Pedro chega, ele n�o se senta perto nem de mim nem do Jhonny, senta com a sua filha, Luana, perto da Luciana, que estava agachada. Olho bem pro Pedro que ainda continuava a me encarar, reparo o inchasso no nariz dele, a Luciana acreditou na historinha que ele inventou que bateu com o nariz ao sair do banheiro, eu confirmo, dizendo que foi isso mesmo que ele falou, ele aparta minha m�o e continua a brincar com a sua filha, o Jhonny sempre atento, observa tudo, eles saem e o Jhonny n�o comenta nda, desconversa. Ele � do tipo de leke que n�o se mete muito na vida dos outros, eu j� percebi que ele havia notado algo, mais se n�o puxou assunto, nem me preocupei em inventar uma mentira. Minutos depois vem o pentelho do Rick, que senta e puxa a �gua de coco das minhas m�os. “Pow eu com uma sede danada e o muquirana nem oferece”. O Jhonny come�a a sorri, e o Rick volta pra �gua. “seu mane � uma com�dia neh, deve ser engra�ado ter um pentelho em casa”. Eu fico puto, “Pow vc � doido cara, eu tenho 23 e meu mano 15, n�o s�o muitos anos de diferen�a, mais ele enche o saco, pentelho mesmo, vou mandar ele lah pra sua casa”. O Jhonny sorri. “Pow at� que seria legal, tenho s� uma mana e ela j� � casada, mora lah em Cabo Frio, fiz de tudo pra ficar l� com ela, mais meus pais e o marido dela dificultaram tudo”. Eu pergunto se ele curtia morar em Cabo Frio .“Cara meus amigos est�o l�, minha hist�ria, nasci e cresci lah e de uma hora pra outra me arrancaram tudo. Tudo bem meu pai n�o teve culpa foi transferido pra matriz e tal, foi promovido fiquei feliz por ele, mais na boa n�o queria mesmo. Ainda bem que te conheci, menos mal, sen�o seria um t�dio”. Fico feliz com as palavras dele e me empolgo a perguntar. “ Pow lah vc deve ter sido o garanh�o. Diz ae qtas mins vc deixou lah apaixonada por vc”. Ele sorri, e sai correndo pra dar mais um mergulho, me deixando sem resposta. N�o tinha nem como n�o reparar, o cara tinha uma bunda carnuda, empinada, aquelas perns grossas, com pelos bem rente ao corpo. Costas largas, um moreno de chamar aten��o mesmo, e come�a a brincar com meu mano. Estava calor, estava um dia lindo de sol, mais por dentro estava triste e ainda mais depois de ver o Pedro, de observar o machucado que diz em seu nariz. Umas 4 horas fomos pra casa. Cheguei em casa, tomei um banho depois de disputar no grito com o pentelho do Rick e cai na cama, fui dormir. Acordei lah pelas seis da tarde, com a cara toda amassada, dor de cabe�a, tomei um lanche, e fui pro port�o. Sentei lah e comecei a olhar po c�u, estava bem estrelado, uma noite linda mesmo. Chega o Jhonny no port�o, td queimado. Senta ao meu lado e n�o fala nda. Pergunto se ele curtiu hj na praia, ele disse que nda se compara a Praia do Forte, uma das melhores de Cabo Frio, sorrimos e ficamos ali. Do nada ele me pergunta “Breno, vc est� chateado com aquele moreno alto que apareceu hj lah na praia neh. Eu vi no dia da mudan�a qdo vcs sa�ram e qdo vc voltou, que ele te deixou ali na frente vc veio assim, meio bolado”. Eu fico frio, mais no fundo j� sabia que ele havia reparado algo. “Pow cara nda demais. Tipo ele � meu amigo de trabalho, vc viu, ele � casado, tem uma filha”. Ele percebendo que queria contornar a situa��o. “Pow isso n�o quer dizer nda, o que n�o falta hj em dia s�o homens casados que traem suas esposas com homens.” Eu me levanto meio irritado. “Pow vc ta me chamando de que cara, vc nem me conhece e j� vem insinuando que eu e o Pedro temos um caso, que somos viados”. Ele permanece sentado, calmo. “Quem est� dizendo isso � vc, disse apenas que o que mais tem s�o homens casados que d�o em cima de caras”. Estou mentindo. Eu me sento, tomo coragem e falo “Pow Jhonny, na moral vou te contar uma parada mais na boa, se quiser se afastar de mim vou entender. A� sou maior bichona cara, estou at� com nojo de mim, fico com homens as vezes, mulheres, maior leke vulgar, nojento, estou com raiva, com nojo de mim, com nojo deu ser assim, ae, se afasta, sou doente, e n�o quero prejudicar um leke t�o maneiro como vc, tchau.” E bato o port�o e entro. Fico uns 20 minutos dentro de casa e saio pra rua, ainda lembrando na tentativa do Pedro em querer me penetrar a for�a, do que eu falei pro Jhonny, da Luciana que n�o merecia nda daquilo. Come�o a andar, querer fugir de td aquilo, mais sem rumo, sem dire��o, meu olhos td emba�ado de l�grimas, na verdade nem sabia ao certo pra onde queria ir. Sento num banco de pra�a e come�o a perceber o qto sem rumo, sem ch�o eu estou. Havia crian�as a brincar na rua, casal de namorados, amigos sorrindo, jogando conversa fora e eu ali sozinho, isolado, sem ch�o, sem um porto seguro. Me levanto da pra�a e continuo a andar. Qdo percebo chego at� a praia, vou em dire��o a areia e me jogo, fico a olhar as estrelas. Chorando... chorando muito. Qdo sento, j� um pouco mais calmo percebo passos em minha dire��o. Senta-se ao meu lado. Qdo olho, � o Jhonny. Nem retribui meu olhar, olha fixo pro mar. “Pow muleke, o que vc est� fazendo aqui, me deixa em paz, me deixa sozinho por favor, eu estou mal... mal mesmo, nem sei como vou trabalhar amanha”. Ele me abra�a e eu come�o a chorar no ombro dele, ele n�o diz nda apenas fica ali do meu lado. Depois de uns instantes ele me pergunta se estou calmo, eu digo que sim, pe�o at� desculpas por tudo que eu tinha falado, fui meio grosseiro, ele diz que entende e continua. “Cara, eu entendo td o que vc est� passando, passei at� por coisa pior, mais hj eu me aceito mais.” De in�cio eu nem entendi, mais ae ele continuou.”Foi maior barra, a primeira pessoa que contei foi minha mana, que contou pra minha m�e, que contou pro meu pai, foi foda de in�cio, mais agora eu levo de boa. Breno eu sou gay, cara. Hj na praia, qdo vc me perguntou se eu havia deixado muitas minas apaixonadas por mim em Cabo Frio deu vontade de dizer, mais n�o tive coragem. Mas hj lah em casa td mundo sabe, at� por isso que meu cunhado colocou maior press�o pra eu n�o ficar lah. Sempre fui muito assediado por meninos e meninas, como vc pode ter percebido eu me desenvolvi muito r�pido, aos 19 anos meu corpo j� parecido com um adulto. Ficava com as minas, mais n�o sentia nenhum tes�o. Fui perder a virgindade a poucos meses, com 24 anos, com um leke do cursinho de offshore.” Fico meio que perplexo das palavras dele.



Continua....



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