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MEU AMIGO ME AMAVA XIII

Meu Amigo me Amava – Parte XIII



Qdo o Pedro me faz essa pergunta, eu na boa nem raciocino na hora, fico meio que embasbacado, olhando pra cara dele, que ficou ainda mais possesso com o meu silencio. N�o sai nda, nem que sim, nem que n�o.... nem que sim, nem que n�o, ou seja nda. N�o tinha o que responder, o que dizer. N�o havia pensado nisso. Qdo pretendo me levantar, o Pedro aperta meus bra�os me for�ando a ficar sentado, eu dou um grito. “Porra muleke, meu bra�o seu filho da puta, quer me fuder ainda mais �”. Ele que acho que nem tinha percebido olha meu bra�o todo ralado, mais mesmo assim ele olha pros lados, pra ver n�o n�o h� ningu�m pr�ximo e come�a.” Breno, ta na hora de vc come�ar a abrir o jogo cara. Pow falou um segredo nosso, um lance que era s� nosso pro leke que vc conheceu ontem. O cara como vi l� ontem, ta com maior liberdade dentro da sua casa, pow cara, na moral, isso ta ficando foda”. Eu me levanto e n�o dou ouvidos, na verdade, eu ouvi sim td, mais n�o estava com cabe�a pra pensar nisso. Eu apaixonado pelo Jhonny, ou o Jhonny gostando de mim, td pra mim estava t�o surreal que na boa nem quis pensar. Come�o a andar, o Pedro vem atr�s. Puto tbm, puxa meu bra�o, no meio da pra�a, a sorte que n�o tinha ningu�m e d� mais um show. O Pedro � um cara muito intenso, e qdo fica nervoso j� deu pra perceber que fica mais ainda. “Olha aqui Breno, eu tenho mais do que perder do que vc, tu sabe disso. Cara sempre joguei limpo, td bem, tenho esse meu jeito meio descaralhado mais na boa, n�o deixo d�vidas a respeito dos meus sentimentos por vc”. Eu olho pra todos os lados e pe�o a ele pra falar baixo, parar de show. Tudo em v�o, estava cego, cego do mesmo jeito qdo entrou na minha casa e se sentou no sof�, do mesmo jeito que qdo pra dar um susto no Jhonny quase nos atropelou. “Que se foda, algu�m aqui na pra�a paga nossas contas, ent�o... Breno, cara, tu ta dividido, eu sinto. Percebi mais ontem cara, tu ao inv�s de ficar do meu lado, tu me mandou ir embora, tu ficou do lado do maluco, do maluco que vc conheceu ontem Pow Breno, fala cara, fala...”. Eu naquela situa��o horr�vel saio dali, ando r�pido, o Pedro fica, na boa nem olho pra tr�s. Estava cansado, estava cheio de coisas na cabe�a, faculdade, provas do segundo tempo que se iniciaria hj, s�o duas semanas de prova, monografia, trabalho. Esse lance com o Pedro. Fugi, literalmente fugi. Vou pro trabalho, entro no banheiro, lavo o rosto e come�o a trabalhar, td mundo estranha, pois antes mesmo de dar a hora pra voltar do almo�o, j� estava a frente do PC trabalhando. Reparo que o Pedro n�o volta pra trabalhar, fico pensando no que aconteceu, se ocorreu algo, pois ele nunca tinha feito isso. Meu orgulho fala mais alto e decido n�o ligar pro celular dele. Vou pra faculdade, geral come�a a me zuar, falo que foi numa briga e tal os lekes dizem que eu apanhei, eu confirmo. O macete pra uma zua��o n�o pegar � vc concordar com tudo, e principalmente contribuir pra zua��o, eles v�o notar que n�o funcionou e v�o parar, agora se vc ligar, se irritar pronto, v�o te zuar sempre. Fiz a prova, estava foda, mais tentei fazer, se tirar um 7,0 d� pra garanti na p2. Vim pra casa pensando na pergunta do Pedro. “Breno vc ta gostando do Jhonny, vc ta apaixonado por ele?” Desci do buz�o e fiquei novamente tenso pensando que o Pedro estaria ali, no carro, n�o estava afim. Estava esgotado. Chego em casa, tomo um banho, minha m�e vem perguntar se eu queria jantar digo que n�o, e vou pra cara, vejo que meu mano n�o est�, pergunto minha m�e, ela diz que est� no Jhonny e que j� vai chama-lo. Vou pra cama tentar dormir, cheio de dor de cabe�a. Vejo a luz se ascendendo, me cubro com o edredom, pensando ser o chato do Rick, meu mano, na verdade me cobri pra chorar, sempre me banquei o forte, mais � nos momentos que estou sozinho � que vejo o como sou fr�gil, na verdade, esse lance de que homem n�o chora � pura mentira, homem de verdade chora, acho que por isso o Pedro chora tanto, e principalmente na minha frente. Vejo aquela m�o me descobrindo, destapando minha cabe�a, qdo me viro com os olhos cheios de l�grimas � o Jhonny. “Pow tenho uma coisa pra te contar”. Acho que na hora da raiva, ele nem percebeu, mais qdo ele viu meu olho enchado a express�o dele mudou. “Cara�a, Breno, que merda que eu fiz”. Eu n�o consigo falar nda, fico triste, na verdade estou triste, e naquele momento estava desabando, o Jhonny novamente n�o fala nda, me abra�a, me d� um abra�o forte mesmo, sem maldade, um abra�o de irmao, de amigo, n�o sei, pelo menos da minha parte. Ficamos assim um minutos, ele me pede pra se acalmar, eu tento, mais as l�grimas continua a cair pelo meu rosto. Acho que o Jhonny foi o primeiro a me ver daquele estado. Ele vai na cozinha e pega a garrafa d´�gua, bebo um pouco, me controlo, ele fica ali queito, sem falar nda. Depois de um tempo eu pergunto pelo meu mano, ele diz que ficou na casa dele tentando zerar um jogo novo. E pergunto qual era a coisa que ele tinha pra me contar. “Pow cara, consegui um emprego, vou fazer entrega a domic�lio na farm�cia aqui do bairro, vou tirar 800 contos cara fora gorjeta, to feliz” Eu tendo d� um sorriso, o Jhonny se chega pra perto de mim, se aproxima e continua.”Breno, desculpas cara, mais ontem n�o consegui me controlar, meu pai me deu uma branca, minha m�e, queria vir aqui mais eles n�o deixaram. Mais cara sei lah... Fiquei com uma raiva daquele cara. Todo marrentinho, td cheio de pose.” Eu corto o Jhonny, n�o estava entendendo. “Jhonny vc nem conhece o Pedro cara, como pode dizer que tem raiva dele, cara. O Jhonny fica meio sem gra�a, eu fico na curiosidade, ele nem olha pra minha cara, fica olhando pro ch�o e continua. “Breno, sei lah. O cara ta atrapalhando sua vida, te fazendo ficar mal, pow domingo tu estava malz�o, acho que vc n�o merece isso brow. Vc � um leke t�o maneiro, gente boa, batalha pra caramba, rala o dia inteiro, faz facul. Cheio de problemas, imagino que n�o deve ser f�cil, e ainda o leke fica te enhendo de neuras.” Eu pergunto por que disso agora, o por que ele est� assim. Ele agora me encara, olha nos meus olhos, eu ainda malz�o, e me diz. “Breno, eu n�o queria cara, juro. S�rio mesmo, mais n�o estou mais conseguindo cara... leke, desculpas, mais... acho que estou gostando de vc.” Se levanta e bate a porta, n�o entendo nda, O cara fala aquilo que era tudo o que menos imaginava na momento, td o que menos queria e sai. Saio descal�o mesmo e seguro no bra�o dele qdo estava a fechar o port�o. O Jhonny s�rio, percebo que n�o est� brincando. Me diz do jeito dele, s�rio mais meigo ao mesmo tempo. “� isso mesmo que vc ouviu Breno, to gostando de vc, juro, n�o queria, mais eu estou, derepente vc at� percebeu jah. Ontem qdo vi o Pedro, qdo ele veio... sei l�. S� de pensar o que ele queria fazer contigo cara, abusar de vc, meu sangue esquentou, mais na boa n�o se preocupe, s� pesso que vc n�o deixe de ser meu amigo por isso”. O Jhonny se solta da minha m�e e entra na sua casa e fecha a porta. Eu ali no port�o, sem entender nda.



Continua....



Vlw galera por estarem acompanhado. Agrade�o, qualquer coisa me enviem e-mails. [email protected]



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