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MEU AMIGO ME AMAVA XV

Meu Amigo me Amava – Parte XV



Qdo o Pedro ouviu da minha boca que havia sido o Jhonny o respons�vel de leva-lo para aquela Cl�nica de bacanas na zona sul do Rio, confesso que ele ficou meio perplexo, n�o acreditando no que eu tinha contado. Logo em seguida chega a m�dica me pedindo para sair, pois ele precisava repousar por conta das medica��es e ficaria em observa��o por 24 horas. Dei um abra�o nele, que ainda meio no choque me correspondeu e nda conseguiu falar. Sa� da sala e liguei pro pessoal do escrit�rio, que j� sabia o que estava acontecendo pois pra minha surpresa o Jhonny tinha ido l� comunicar. Fui pra casa tentar me recompor um pouco, pois h� alguma horas teria mais uma prova na faculdade, na verdade n�o estava mais aguentando, semanas de provas em faculdade � uma tortura sem igual, bem pior do que escola, s�o muitas coisas pra ler, v�rias coisas pra estudar, e eles sabem em sua a grande maioria trabalha, n�o tem tempo, mais mesmo assim eles n�o querem nem saber, vc tem que se virar, e isso que tentava fazer, me virava, literalmente, nos 30.



Cheguei em casa, e dei gra�as a Deus, n�o tinha ningu�m. Fui direto pro banheiro, tomei um banho, e de cueca mesmo ca� na cama, tentando entender o por que de tanta confus�o, tantas complica��es. Estava cansado, s�rio, exausto de tudo, tendo que ser forte a todo instante. Pensava no Pedro, naquele Pedro mais crian�a ainda, naquele corpo de homem feito. Pensava no Jhonny, naquela crian�a feita, madura, humano. E eu no meio daquilo tudo, no centro daquela confus�o. Me dei conta de que estava realmente dividido, em d�vidas entre o Pedro e o Jhonny, um me descontrolava literalmente, era um mix de desejo, sentimentos confusos e paix�o, o outro me pasava calma, me controlava, me acalmava e me dava for�a. Acordei, logo em seguida chegou minha m�e, inventei uma hist�ria de que o chefe tinha me liberado cedo pois estava querendo estudar, ela caiu, eu peguei a mochila e fui direto pra facul. No percurso at� a facul veio passando um filme em minha mente, a rela��o conturbada com o Pedro, o surgimento do Jhonny, a confiss�o do Jhonny na praia em me dizer, em confiar em mim contando o seu maior segredo, “ser gay”. O Pedro com suas atitudes loucas, dizendo que me ama, ficando doente, dizendo que foi depois da briga. Tudo isso, td isso e a vida exigindo-me a todo instante, trabalho, faculdade, provas, monografia, td isso. Sinceramente percebi que estava no meu limite, estava a ponto de explodir, d� um pontap� em tudo. Nem assisti a aula do t1, fui pra cantina tentar estudar um pouco, na verdade fazer uma leitura din�mica tentando absorver o m�ximo de conte�do poss�vel, olhei em volta e alguns amigos tbm faziam o mesmo. Esse lance de ralar o dia td e a noite estudar � fogo, um n�o quer saber o outro, o trabalho n�o te ajuda a estudar e muito menos os estudos quer saber que vc trabalha. Ou seja “cada um com seu problema”. Fiz a prova e vim direto pra facul, falei com poucos amigos, no ponto mesmo comentamos sobre a fod�stica prova e vim pra casa. Ao descer vejo o Jhonny chegando no carro do Pedro. Ela vai direto pra casa, estaciona o carro em frente a sua casa e vem em minha dire��o. Respiro fundo, tento sugar as �ltimas for�as que ainda me restam pra essa conversa. N�o poderia em hip�tese alguma ser rude com o Jhonny, ou melhor com nenhum dos dois, o problema era meu, quem estava dividido, ou encrencado era eu, e teria que tomar uma decis�o, essa era minha miss�o, mais coragem pra isso n�o tinha. O Jhonny senta na cal�ada do port�o de casa e senta, estava at� um pouco engra�ado com o uniforme da farm�cia. Cal�a azul escuro, camisa de gola p�lo azul clarinho e o logotipo da farm�cia. N�o pude deixar de notar o como o uniforme lhe caia bem. Ele tem um corpo show, pernas, ombros, bunda, rss, e � um leke bonito, aquele corpo de homem feito num rosto e crian�a, esse era o seu charme. Eu nem me sentei, me joguei mesmo na cal�ada, ele sempre observador me esperou iniciar a conversa, a maioria das vezes era assim eu come�ava a falar, tipo acho at� que � uma maneira que ele tem de saber se estou bem ou mal. “Cara vc ta show de bole nesse uniforme. E a� curtiu o primeiro dia?”. Ele sorri e me diz: “Pow foi td show de bola, cara fiz tantas entregas, o gerente me colocou pra atender no balc�o tbm, mais claro com a ajuda do farmac�utico, pois n�o entendo nda de rem�dios, mais foi maneiro. Mais... e ae como anda o Pedro?” Respondo que est� td tranquilo, que foi apenas uma crise de labirintite e que amanha ele j� teria alta. Surge aquele silencio e tento ser objetivo, ir direto ao ponto, sem rodeios: “Cara, a respeito do que vc me disse ontem, na boa fiquei surpreso, mais gostaria de conversar com vc”. O Jhonny me corta, diz pra eu esquecer, pra n�o se preocupar. Ele tenta se levantar e ir embora, fugir do assunto. Ele entra no carro, eu penso, mais acabo entrando no carro tbm, ele me olha meio assustado, tomo a iniciativa e falo: “Jhonny, liga esse carro, vamos conversar e vai ser hoje cara, vai... liga”. Ele liga o carro e vai dirigindo, olhando meio assustado pra minha cara. Estacionamos num local pr�ximo a praia e tal, que � mais movimentado e o risco de assalto � menor, pois h� policiais e muitas pessoas nos quiosques bebendo choop e tal. Sa�mos e vamos pra areia, eu de cal�a jeans, camisa, t�nis, ele uniformizado, algumas pessoas nos olhavam n�o entendia nda, o Jhonny foi na frente e eu atr�s, tentando organizar ainda o que iria falar, sabia que a conversa no fundo n�o seria f�cil, mais sinceramente tinha que decidir algo, mesmo sem nda decidido nem na minha mente e muito menos no meu cora��o. Ele se senta e olha pro mar, com aqueles olhos fixos, as vezes aquilo me incomodava, ele se senta e eu ao seu lado, n�s de t�nis, cal�as na praia. Ele n�o me olha, fico olhando pro mar tentando achar uma maneira menos ofensiva de falar... mais falar o que? Mesmo assim tomei coragem e comecei: “Jhonny, cara na boa, ontem qdo vc me disse que estava gostando de mim, que tipo n�o era pra eu parar de ser seu amigo, e vi que vc foi pra casa mal. Cara na boa tudo menos te magoar.” Ele tenta me cortar, dizendo pra eu n�o ficar preocupado com isso, que o vacilo havia sido dele, mais eu o interrompo e continuo, tinha que falar, e tinha que ser naquela noite: “Jhonny... por favor cara, deixa eu terminar. Olha eu gosto muito de vc, e aprendi a gostar, admirar ainda mais. E hj leke vc ter me ajudado, se arriscado a chegar atrasado no seu primeiro dia de trabalho, te ajudado o Pedro sem ressentimentos, sem m�goas, cara vc n�o faz ideia, tu � um leke que tipo raro de se encontrar, cara seu cora��o � enorme, vc � um cara muito especial”. N�o consigo e come�o a chorar, as l�grimas rolam, nunca havia sido t�o sincero, t�o intenso numa conversa com uma pessoa, reparo que os olhos do Jhonny tbm enchem d’�gua, e continuo: “ Cara, minha fida t� uma foda danada, n�o queria... n�o desejei ser assim. N�o sei o que fazer, o que pensar. S� sei que estou no meu limite, s�rio, n�o quero Jhonny perder sua amizade cara, n�o imagino mais viver sem vc, sem sua presen�a, sem a for�a, os conselhos que vc me d�, s�rio, tu cara se tornou algo essencial pra mim, pra minha vida.” O Jhonny come�a a chorar, n�o aquele choro intenso, cheio de caras e bocas como o Pedro. O Jhonny chorava tranquilo, � um cara de puros sentimentos, n�o me encarava, n�o me olhou olho no olho em nenhum instante, sempre pro mar, e eu continuava, estava engasgado, tinha que falar, por mim, pela situa��o, por tudo: “Cara, decidir escolher por mim, pela minha vida, mesmo que eu sofra, na verdade minha vida nunca foi f�cil mesmo.” Ele me corta, dizendo que em nenhum momento me pediu pra escolher, que em nenhum momento queria me deixar mal, que havia se arrependido de ter me contato tudo, mais o atropelava, eu sei que iria ouvir, mas seria depois, agora era minha vez e prossegui: “Cara, decidi terminar com o Pedro, s�rio, gosto dele, muito... muito mesmo, n�o tive coragem de dizer hj pra ele mais n�o d�, n�o ter�amos algo s�rio, e no fundo eu n�o quero nda s�rio, sempre levei minha vida numa boa, transando as vezes com homens, com mulher, sem nenhum problema. Namorar nunca foi meu objetivo, muito pelo contr�rio, ainda mais namorar um HOMEM, e ainda por cima CASADO. N�o... chega”. O Jhonny me olha, me encara nesse momento, com os olhos ainda cheios de l�grimas. Aquela cara de crian�a, ficou ainda mais n�tida, meu cora��o estava em peda�os, mais mesmo assim finalizei: “cara n�o quero ficar nem com o Pedro, e nem com vc, quero sua AMIZADE, MAS POR FAVOR N�O SE AFASTE DE MIM, N�O ESTÁ SENDO FÁCIL, preciso de vc ao meu lado, mais do que nunca se n�o sei que n�o vou aguentar. N�o quero problemas, estou no �ltimo ano da minha faculdade, td enrolado com td, quero solu��o cara, sei que posso parecer meio ego�sta, que n�o penso nos sentimentos dos outros mais n�o. A verdade � que eu vivo mais pelos outros do que por mim, e hj depois do desespero que foi com o Pedro, e td mais decidi escolher por mim. Jhonny, me diz... vc vai continuar a ser meu amigo, cara me responde. Vc vai ficar chateado, magoado comigo, me fala cara vai?” No olhar pensativo do Jhonny,



Continua....



Desculpe pela demora de postar este conto, a continua��o na verdade, � que est�o acontecendo muitas coisas, e vcs saber�o no decorrer dos pr�ximos, continue entrando em contatos, mandando e-mails, na boa estou meio desanimado em ficar escrevendo aqui e se n�o houver o apoio de vcs irei parar, Bom... MANDE-ME E-MAILS, [email protected] , ab�os.

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