{a parte inicial deste est� em “Maridos covardes”}
Artur, num acesso de raiva, bateu na namorada (Daniela). Ela foi para casa assustada, nervosa e chorando muito. Contou para seu pai, Sr. Souza, um banqueiro de jogos de azar (bicheiro). O pai dela e seus capangas deram um cacete em Artur e ele ficou mais de um m�s no hospital. Quando se recuperou, Sr. Souza avisou-o que se ele batesse em sua filha novamente, ele j� sabia o que iria acontecer! (risos)
Enquanto Artur se recuperava, Daniela e seu pai me procuraram. Contei-lhes toda a hist�ria. Eles ficar�o sensibilizados comigo e meus filhos. Na frente de sua filha, Sr. Souza me disse:
- Solange, eu gostei muito de voc�. O que eu puder fazer para lhe ajudar, conte comigo! Minha filha s� ir� ficar com ele se ela quiser. Respeitarei a vontade dela.
Querendo-o sempre por perto, Sr. Souza ofereceu-lhe trabalho. Artur aceitou (estava desempregado). Seu trabalho inicial era fazer o interc�mbio com outras bancas de jogos do bicho, sempre sob os olhares atentos de Sr. Souza. Hoje em dia, Artur me d� uma boa pens�o e fica com nossos filhos de quinze em quinze dias. Sr. Souza e sua mulher, sempre que podem, passam em casa para saber de mim e meus filhos. Artur, gra�as a Deus, “parece” que se transformou num homem consciente de seus limites. Namorou Daniela por um ano. Apaixonaram-se e se casaram. Eles demonstram que se amam e vivem bem. Eles t�m dois filhos. (fico contente por eles)
No come�o, minha fam�lia me criticou por eu me separar, mas com o tempo foram se sensibilizando comigo. Minha irm� � meu anjo da guarda. Amo-a muito! Minha confidente! Ela sempre me visita! Linda! Ela me pediu para sempre contar com seu amor, independente do que eu estiver passando. Que eu n�o deixasse mais as coisas chegarem ao ponto em que chegaram. Que eu sempre aprenda com os acontecimentos na vida.
Meninas, n�o aceitem apanhar de seus maridos e companheiras. Consulte sempre um advogado (a). Agress�o � crime, previsto na lei. Ap�s agredida, v� a um pronto socorro e fa�a constar na ficha de atendimento a informa��o “agress�o”. Denunciem às autoridades competentes. Delegacia da mulher � um bom exemplo. Fa�a exames de corpo de delito. N�o tenham medo! Os seus medos alimentam a agressividade dos companheiros (as). A primeira vez que apanhar deve ser a �nica. Separe-se! Se ele (a) te bate, � porque n�o te ama. Bater n�o � declara��o de amor. Quem bate perde a raz�o. N�o tenha d� dele (a) e nem acredite que ele (a) ir� mudar. Ningu�m muda ningu�m. A pessoa s� muda quando quer.
Durante os quatro anos de casada, eu, Solange, me abandonei. Tudo era para Artur, para a casa e para os filhos. Minha irm� arrumou um emprego para mim na empresa em que eles trabalham. Depois de seis meses, voltei a estudar. Entrei na faculdade, curso de Letras. Minha vida era trabalhar, estudar, cuidar de mim, dos filhos e da casa. Fiquei quatro anos nesta vida e, muitas vezes, sentia vontade de estar com algu�m. Masturbava-me lendo contos er�ticos, assistindo cenas de sexo expl�cito e me imaginando com uma mulher. Minha irm� mostrou-me o caminho que eu quero para minha vida. Nunca me esqueci daqueles momentos m�gicos que tivemos. Eu sou l�sbica. Eu sinto isso. � fant�stico estar com uma mulher!
Conclui o curso de Letras aos vinte e nove anos de idade e permane�o trabalhando na empresa. Assim que me formei, conheci Ana, uma menina de trinta e tr�s anos, que veio transferida de outra �rea. Almo��vamos juntas quase todos os dias. Logo, percebi que ela gostava de meninas e se interessou por mim. Eu me deixei levar! Reparei que ela expressava-se de uma forma masculina. Tinha cabelos lisos (castanhos escuros) bem curtos, cheirosa, seios e bumbum pequenos, n�o usava maquiagens, quase sempre estava de cal�a, camiseta e t�nis. Raramente usava uma blusinha. Passados uns vinte dias que nos conhecemos, ela convidou-me para sair. Aceitei. No dia combinado, deixei meus filhos na casa de minha irm�. Ana passou em casa e fomos jantar fora. Eu estava de tamanco preto, saia vermelha e uma blusinha preta. Cabelos arrumados, cremes, perfume, brincos, l�pis preto no contorno dos olhos, batom vermelho e minha bolsa. Ana estava de t�nis, cal�a jeans, camiseta branca baby look feminina, sem maquiagem, sem batom e de bolsa. Ela era uma mulher inteligente, encantadora, alto astral e bem incisiva para me conquistar. Durante o jantar ela ficou me cantando, me alisando a pele e querendo grudar em mim no restaurante mesmo. Senti-me desejada e fiquei excitada pelos afagos dela.
Saindo do restaurante, nos beijamos dentro do carro e come�amos numa intimidade maior. Ela ligou o carro e me levou para seu apartamento. Assim que chegamos, na sala mesmo, tiramos a roupa uma da outra. Eu estava muito excitada, fazia tempo que n�o ficava com ningu�m. Ela me conduziu para seu quarto me agarrando e me deixando doida! Em sua cama de casal, Ana lambeu meu pesco�o, chupou meus seios, tocou-me a vagina e, com seus dedos, fez-me gozar! Beijei sua boca, seu pesco�o, seus seios (chupando-os) e fui descendo pelo seu corpo com minha l�ngua. Toquei sua vagina e comecei a lamber seu clit�ris. Logo ela se desmanchou em gozo! Ana se levantou, pegou sua n�cessaire, retirou um p�nis (16 x 4 cent�metros) com cinta, em l�tex, com saco pequeno e veias. Prendeu-os em sua cintura, passou lubrificante e ficou mexendo nele com as m�os, para cima e para baixo (masturbando). Neste momento, eu vi o homem que existe dentro dela. N�o me senti à vontade v�-la fazendo isso, mas n�o quis quebrar o clima. Ela veio para cima de mim, beijou-me, abriu minhas pernas e come�ou a introduzi-lo dentro de minha vagina. Eu sentia aquele brinquedinho entrando e saindo. Nos gemidos que ela dava e nas express�es de seu rosto, percebi que ela sentia mesmo ter um p�nis de verdade. Eu fiquei tensa enquanto ela estava sobre meu corpo, me comendo. Esperei ela realizar-se dentro de mim. Eu n�o senti prazer em estar abrindo minhas pernas para ela. Assim que ela gozou, tirou o brinquedinho de dentro de mim e depois a cinta de seu corpo. Exausta, deitou ao meu lado e at� cochilou. � mole? Nem se preocupou comigo! Eu vesti minha calcinha e blusinha preta. Liguei a televis�o e me deitei na cama. Esperei a “beleza” acordar. Pedi para ela me levar embora, pois j� estava tarde! (eu tava fudida com ela, mas n�o demonstrei)
Ela me levou para casa e disse-me que, no dia seguinte (um domingo), viria em casa pra gente se ver. Eu s� a olhei e dei um sorriso amarelo. No dia seguinte, ela veio em casa e ficamos conversando. Soraia ainda n�o tinha trazido meus filhos. Ana tentou me comer de novo, mas eu resisti. Disse-a que n�o estava bem, sentia dor de cabe�a. (mentira, risos). A partir deste dia, fui mostrando a ela que nossa rela��o era s� de amizade mesmo. Ela ainda insistiu em sair comigo, mas logo tamb�m notou que eu n�o estava mais afim.
Olha, gente, eu, Solange, amo ser mulher! Eu gosto de mulher! Eu gosto de cheiro de mulher. Eu gosto de toques femininos sobre mim. Sou tarada por mulher. Eu gosto de meninas de saias, vestidos, cal�as justas, roupas coladas, mini blusas. Eu gosto de meninas cheirosas, bem cuidadas. Eu gosto de meninas que usam maquiagem, passam batom, cremes pelo corpo. Eu gosto de meninas que se depilam, fazem as unhas e s�o femininas. Eu gosto de abra�ar meninas e sentir os cheiros de seu corpo em mim, o cheiro de seus cabelos, o gosto de seus beijos. Como dizem algumas amigas minhas, eu gosto de Barbie! (risos) Eu n�o quero encontrar o menino que existe dentro de uma menina. Eu quero encontrar a menina que existe dentro de uma menina. Eu quero trocar car�cias, sentir os corpos colados, os beijos, os toques de uma na outra. Podemos sim usar brinquedinhos, mas tudo tem sua hora!
Depois de mais ou menos um m�s, num s�bado, minha irm�, Soraia, me convidou para irmos ao shopping com as crian�as. Soraia levou seus filhos (Francine e Francisli com dezesseis e Eduardo com quatorze anos) e eu levei os meus (Mateus com quase nove e Helena com seis anos). Passeamos pelo shopping, vimos vitrines e, quando entramos numa livraria, Solange encontrou uma amiga, Fernanda. Que menina linda, fiquei encantada por ela! Ela nos apresentou e ficamos conversando. As crian�as estavam famintas e fomos todas tomar um lanche. Enquanto convers�vamos, minha irm� notou a troca de olhares entre eu e Fernanda. Mas ficou na dela, deixou rolar. Na hora de irmos embora, trocamos telefones. Soraia continuou sem nada dizer sobre Fernanda. Eu suspeito at� hoje que minha irm� j� sabia que Fernanda tamb�m gostava de meninas e me preparou este encontro.
Durante a semana nos telefonamos e combinamos de sair juntas. Fernanda, uma menina de trinta e um anos, pele branca, 1,66 m, 60 Kg, olhos verdes, cabelos loiros (lisos escorridos), seios grandes, bumbum m�dio, pernas grossas e boca carnuda. Eu, Solange, uma menina de vinte e nove anos, pele branca, 1,63 m, 61 Kg (emagreci), olhos e cabelos (lisos) castanhos claros, seios pequenos, um bumbum redondinho e pernas charmosas. O sorriso de Fernanda era lindo. Ela trabalha como embriologista (inicia a cultura dos �vulos e espermatoz�ides para a fertiliza��o e entrega o cateter ao m�dico para a fecunda��o do embri�o), numa cl�nica de fertiliza��o. N�s j� est�vamos apaixonadas uma pela outra! Se voc�s acreditam em amor à primeira vista, foi isso que nos aconteceu!
Noite de s�bado, lua cheia, por volta das 21h, Fernanda passou em minha casa e sa�mos para jantar. Est�vamos excitadas e ansiosas para ficarmos juntas num lugar mais aconchegante. Ap�s o jantar, nos beijamos dentro do carro e come�amos a nossa hist�ria de amor. Ela me convidou para ir ao motel. Eu aceitei! Assim que abrimos a porta do quarto, nos agarramos. Ela tinha um cheiro t�o gostoso, uma pele macia, lisa, quente e um gemido que me enlouquecia! Fernanda estava de vestido e sand�lias pretas. O seu vestido real�ava suas curvas! Eu estava de vestido e sand�lias vermelhas. Ela me pressionou contra a porta, alisou todo meu corpo e ro�ou seus belos seios nos meus. Fiquei doida de vontade de me deitar com ela. Eu passava as m�os em seus cabelos, suas costas e buscava a todo instante seus beijos, sua respira��o, seus cheiros. Ela se agachou na minha frente, colocou suas m�os por baixo de meu vestido e desceu minha calcinha. Levantou meu vestido e abocanhou minha boceta. Eu j� estava melada! Fiquei ainda mais! Ela sentiu, pela primeira vez, o gosto de meu orgasmo. Minhas pernas tremiam! A l�ngua dela entrava e sa�a de mim. Fernanda lambia meu clit�ris e sua saliva se misturava ao mel de minha vagina. Ela se levantou, me beijou e eu pude sentir o meu gosto em seus l�bios. Eu e Fernanda fomos lavar as m�os. Em seguida, ela me conduziu at� a beira da cama e retirou de sua bolsa o lubrificante a base de �gua e dois pares de luvas cir�rgicas (l�tex), n�o est�ril. Vestimos as luvas. Voltamos a nos beijar e deitamos. Rolamos juntas, nos acariciando. Fiquei sobre ela e comecei a beijar seu pesco�o, cheirar seus cabelos, esfregar meus l�bios e seios contra os seus. Tirei os seios dela para fora do vestido. Carinhosamente, abocanhei-os. Abaixei sua calcinha sob o vestido e notei que ela se arrepiou ainda mais. Ela abriu as pernas, indicando o que eu deveria fazer. Enfiei meu rosto entre suas coxas e afundei meus l�bios na sua fenda. Que macia! Que cheirosa! Que saborosa era sua vagina! Ela gemia e mexia seu quadril enquanto eu realizava-a sobre a cama. Fernanda ergueu suas pernas, passei lubrificante e comecei a introduzir dois dedos dentro dela e lamber seu grelinho. Meus dedos, envoltos pela luva (total sensibilidade ao tato), afundavam em sua vagina. Mexiam l� dentro e buscavam a regi�o de seu ponto G. Fernanda delirava de prazer enquanto abria e fechava seus lindos olhinhos. Ela come�ou a gozar! Maravilhosa! Ela alisava meu bumbum e passava lubrificante em meus orif�cios. Nossa pele estava arrepiada. Nossos seios e vagina estavam inchados. Nossos rostos estavam avermelhados. Ofereci a ela meu bumbum, em seu rosto. Empinei-o e permiti que ela introduzisse ora sua l�ngua e ora seus dedos, tamb�m envoltos pela luva. Ela abria minha vagina e enfiava sua l�ngua dentro. Segurei em suas pernas e as ergui. Passei lubrificante e comecei a acarinhar seu �nus. Ela piscava-o e me deixava ainda com mais vontade de senti-lo. Enfiei um dedo dentro, com carinho, e fiquei mexendo lentamente, num entra e sai. Abocanhei sua vagina e a realizei mais uma vez. Abaixei meu quadril em seu rosto e senti sua respira��o em minha vagina. Isso me deixou louca! Gozei! Fernanda apertava meu bumbum, enfiava um dedo dentro de meu �nus e sugava meu grelinho. Ela dava mordidinhas na poupa de meu bumbum! Que del�cia! Gozamos diversas vezes. Uma qu�mica incr�vel rolou entre n�s duas. Entrela�amos nossas pernas e esfregamos nossas vaginas. (xana com xana) Enquanto nos acarinh�vamos, sent�amos o orgasmo fluindo atrav�s do atrito de nossos l�bios e clit�ris. Que mulher fant�stica! Enquanto faz�amos amor, t�nhamos a sensa��o de estar sob uma chuva de cora��es vermelhos e p�talas de rosas.
A partir deste dia, come�amos a namorar e n�o nos desgrudamos mais. Minha irm�, quando soube que est�vamos namorando, ficou encantada! Sou eternamente grata a ela, por tudo! Fernanda adorou meus filhos. Eles tamb�m a adoraram. Quando completamos tr�s anos de namoro, decidimos ter um beb�. A mulher, como eu, com trompas laqueadas pode voltar a engravidar ap�s uma microcirurgia tub�ria. A cirurgia � f�cil e com �timos resultados, realizada por laparoscopia e mini-laparotomia, necessitando de internamento de apenas dez horas, com alta hospitalar no mesmo dia e retorno ao trabalho em sete dias. A Fertiliza��o "in vitro" tamb�m pode ser utilizada com �timos resultados. A escolha do m�todo de tratamento fica a crit�rio do casal. Conversamos com o patr�o de Fernanda (ginecologista) e ele nos indicou a fertiliza��o “in vitro”, tamb�m chamada de beb� de proveta. Fizemos uma s�rie de exames na cl�nica de fertiliza��o em que ela trabalha. Com base em nossas caracter�sticas f�sicas, escolhemos um doador an�nimo no banco de s�men da pr�pria cl�nica. Iniciamos o tratamento de fertiliza��o in vitro que consiste em v�rias etapas. Em resumo, Fernanda teve seu �vulo fertilizado pelo espermatoz�ide, do doador an�nimo, em laborat�rio e o embri�o assim formado foi implantado em meu �tero. (fico emocionada s� de me lembrar) Na segunda tentativa, treze dias depois da transfer�ncia embrion�ria eu fiz o teste de gravidez (beta-hCG). Ficamos ansiosas. Era tudo o que n�s duas quer�amos. O teste deu positivo! Eu estava gr�vida! Lembro-me que, emocionad�ssimas, choramos juntas. Minha irm� e todos na cl�nica, sentindo a nossa emo��o, tamb�m choraram! Uma emo��o indescrit�vel! Fant�stica! Ap�s nove meses, aos trinta e tr�s anos de idade, eu dava luz à Vit�ria. O fruto do amor entre Solange e Fernanda. Minha irm� � a madrinha de nossa filha!
Fique em paz e obrigado pela leitura. Beijos.