HIST�RIAS SECRETAS (21) AT� ONDE � VÁLIDO?
Ol� leitor, queremos agradecer aos v�rios e-mails recebidos, e mais ainda àqueles que por algum motivo se sentem reconfortados com nossos contos. Abordaremos um tema, a partir de agora, que n�o tem muito haver, diretamente, com nossa hist�ria. Mas devido a alguns coment�rios de leitores em e-mails recebidos, oferecemos essa nossa experi�ncia e esperamos de alguma forma contribuir com aqueles que nos escreveram. Algumas coisas ser�o relatadas em car�ter de onisci�ncia, mas nos foram contadas pelos participantes, por�m para efeito do conto faremos como se estiv�ssemos participado. Ent�o. Vamos ao que interessa aqui?
Manoel conheceu a NEIDE ainda na universidade, namoraram e ela engravidou dele. Filha de uma fam�lia tradicional do interior paulistano, ele lhe prop�s casamento, ao que ela aceitou, para consolo da M�e dela, pois a mesma n�o aceitava que a filha fosse m�e solteira. No come�o tudo ocorreu normal, ele logo se formou em engenharia e ela, pouco tempo depois em psicologia. Ap�s um ano as coisas come�aram a ficar estranhas, pois ele tinha umas sa�das misteriosas e uns plant�es mais estranhos ainda. Ap�s dois anos e meio, com bom nome no mercado, Manoel fixou escrit�rio em uma cidade do ABC paulista, tornando-se s�cio de um arquiteto. A NEIDE montou consult�rio em S�o Paulo junto com mais tr�s amigas de profiss�o e uma psiquiatra.
J� est�vamos a um bom tempo em S�o Paulo, terminei minha resid�ncia e como o GUTO ainda tinha mais tr�s anos pela frente, entrei como cooperado em uma cl�nica e dei encaminhamento em outra especializa��o (por influ�ncia do meu supervisor). Assim eu teria uma desculpa para esperar o meu AMOR terminar o curso dele.
O pai de um dos s�cios nos vendeu um pr�dio por um pre�o simb�lico. Logo, combinamos de reform�-lo para melhor adequar à cl�nica, precisar�amos de um engenheiro e na hora lembrei-me do Manoel. Falei com ele que pegou a obra no ato. Marcamos uma visita para avaliar o local e poss�veis sugest�es de mudan�a. Para essa visita vieram o Manoel e o s�cio dele, o Josu�. No come�o pareceram muito profissionais, mas logo notei uns olhares c�mplices, uns sorrisos correspondidos, por�m deixei para l�, afinal poderia ser apenas caraminholas da minha cabe�a.
Nossa amiga NEIDE, embora fosse uma profissional excelente, volta e meia estava se desabafando conosco, embora tivesse seu pr�prio psic�logo, ela dizia que conosco era mais relaxante. Dessa maneira t�nhamos conhecimento do desenrolar, nada bom, do seu casamento.
Naquela tarde chovia muito, e como est�vamos pr�ximos da obra, decidi pararmos l� e esperar a chuva passar. Descemos, e notamos que o vigilante n�o estava na portaria, por�m como t�nhamos a chave, estranhamos, mas entramos. Como estava pr�ximo o fim da obra, algumas coisas j� estavam chegando à cl�nica. Para nossa surpresa ouvimos um barulho estranho, sussurros e gemidos vindos de uma das salas que estava sendo usada como dep�sito. Aproximamos-nos sorrateiramente e qual n�o foi a surpresa ao vermos nossas suspeitas confirmadas, pois o Manoel lambia o cu do Josu�, que gemia muito, enquanto esse chupava o pau monstruoso do vigilante. Manoel era branco corpo normal sem barriga e sem defini��o muscular nenhuma, j� Josu� era bem definido, branco, loiro e olhos verdes. O vigilante, por sua vez era moreno, malhado, cabelos pretos lisos e um pau de uns 22 cm e um pouco grosso. Em meio a tudo isso Josu� para de chupar o vigilante e diz:
- Amor enfia vai, mete tudo em mim. Sem perda de tempo, Manoel levanta-se, deixando a cal�a cair, encapa o pau e o direciona para o cu do Josu�.
Enquanto penetrava seu amor, Manoel fazia caras e bocas para o vigilante e ap�s acenar com a cabe�a, chamando-o para tr�s, o vigilante sorriu, mordeu os l�bios e veio. Logo, o moreno lambia o cu do Manoel e lhe introduzia alguns dedos, deixando-o pronto para receber aquele mastro. O vigilante encapa o seu pau e se prepara para arrombar o cu do Manoel. Quando eu olho para o lado, a surpresa, o GUTO estava de pau duro batendo uma, eu rio e pergunto sussurrando:
- Que � isso amor?
- Ora amor, teatro de sexo, melhor que v�deo porn� Me responde o Guto sorrindo, enquanto eu o puxo para um beijo.
Aproveito, exponho meu pau e come�o a me masturbar junto com ele. Nisto a cena continua. Agora era um trenzinho, o vigilante acaba de introduzir tudo, ent�o estava Josu� na frente, Manoel no meio e o moren�o atr�s mandando ver, Manoel gemia muito e como ele estava no meio, quando ele tirava do Josu� o vigilante o empurrava de volta com sua pica. Nesse meio tempo eu j� batia uma no GUTO, enquanto ele batia em mim. Ent�o come�ou:
- Vai amor enfia. HUUUUUmmmmmm, arrebenta porra. Vou gozar. Vai. E Josu� come�ou a lan�ar jatos descomunais de esperma no pl�stico dos colch�es.
- Ai J�, Ahhh! Tamb�m t� gozando - E cravou o pau no Josu� segurando-lhe pela cintura.
Agora era o vigilante, que urrava como um animal e mordia as costas do Manoel, em meio a tudo isso n�s nos beijamos e gozamos ali mesmo no ch�o empoeirado. Ent�o, guardamos nossas picas e decidimos sair dali, enquanto o vigilante fazia o mesmo l� dentro.
Dirigimos-nos para a sa�da e quando est�vamos saindo, j� no carro, o vigilante surge na porta, tira o bon� e passa a m�o na cabe�a com ar de preocupado. Eu fa�o a volta, abro o vidro da janela, pois a chuva agora era bem fina, e aceno para ele fazendo sinal de positivo com o polegar esquerdo, ele apenas sorri e acena positivamente com a cabe�a, enquanto fecho o vidro e dirijo-me para sair dali.
No dia seguinte, somos surpreendidos por uma visita logo no caf� da manh�, era o Manoel com um ar de muito nervosismo e totalmente sem jeito.
- Bom dia meninos! Manoel falou meio cabisbaixo.
- Bommm Dia Manoel Disse o GUTO com um sorriso maldoso no rosto. Eu o repreendi apenas com um olhar severo, ao qual ele abaixou a cabe�a meio sem gra�a.
- Bom Dia Manoel. Falei tentando ser o mais cordial poss�vel Vamos sentar. Algum problema? J� tomou caf�?
- N�o Caio. Amanheci sem fome. Me respondeu olhando nos olhos, mas com uma express�o de quem pede socorro.
- Ent�o o que o tr�s aqui? Perguntou o GUTO com seu jeito r�spido. Ao qual eu repreendi apertando-lhe fortemente o pulso.
Ele apenas apoiou o cotovelo no joelho, cobriu o rosto com as m�os e desabou em prantos. Entreolhamos-nos, Eu e MEU AMOR, nos levantamos e nos colocamos lado a lado no sof� onde ele estava.
- Ei, calma. N�s estamos aqui Falei enquanto colocava a m�o esquerda no ombro dele.
- Caio... GUTO E ap�s uma respira��o profunda O que... O que voc�s viram ontem?
- Ah! � isso? Fez o que fez com a NEIDE e agora vem chorar arrependido Falou o GUTO com ar irritado e sem piedade.
- Sai daqui GUTO. Saia j� daqui, ou n�o respondo por mim Falei s�rio e o encarei irritado. Ele apenas mordeu os l�bios e me encarou com aqueles olhinhos de n�o briga comigo e foi sentar-se no sof� maior.
O Manoel por sua vez, se agarrou comigo e chorou mais ainda. Eu o consolei e esperei at� ele se acalmar. Liguei para o Hospital e disse que estava mal e que faltaria aquela manh�. Peguei �gua na cozinha e ofereci ao Manoel.
- Beba aos poucos. E enquanto ele bebia, comecei a relatar o que vimos na noite anterior, inclusive da nossa gozada.
- � eu sei. O vigilante nos falou. Agora eu estou nas m�os de voc�s.
- Ningu�m est� nas m�os de ningu�m aqui.
- Desde quando Manoel? Desde quando voc� trai a NEIDE? Perguntou o GUTO.
- Vou lhes contar tudo.
Ent�o ele nos relatou que s� casou com a NEIDE, por que ela havia engravidado, pois tinha medo do pai e da fam�lia dela. Ele gostava muito dela e isso facilitou as coisas. Com seis meses de casado o Josu� o for�ou a separar-se dela, j� que eles namoravam desde a faculdade, por�m ele alegou a crian�a que estava por vir, ent�o eles terminaram. Segundo o Manoel foi uma �poca muito dif�cil, pois ele amava o Josu�, ficando dif�cil administrar a situa��o, j� que estar casado lhe dava um status mais respeit�vel. Ap�s o nascimento do S�vio a coisa melhorou, afinal a crian�a lhe trouxe mais responsabilidade ajudando-o a conviver com a aus�ncia do seu amor. Quando apareceu a oportunidade de abrir a empresa ele procurou o Josu� e o convidou a ser seu s�cio, em alguns meses a presen�a constante fez com que eles reatassem. Quando o S�vio cresceu o Josu� exigiu de novo a separa��o, mas ent�o a NEIDE engravidou novamente, e vieram o Artur e a Morgana. Nesse ponto do relato o GUTO diz:
- Mas, Manoel. Os meninos agora est�o crescidinhos. Voc� n�o acha que est� na hora de dar um basta nessa hist�ria, parar de enrolar a NEIDE e seguir tua vida n�o?
Ele suspirou, baixou a cabe�a, apertou as m�os e nos olhou nos olhos.
- Voc�s s�o fogo heim?
- N�o Manoel. Veja bem. Conhecemos a NEIDE antes de conhecermos voc�. Sem falar que somos amigos bem �ntimos. Coloque-se no nosso lugar. N�s vimos o que vimos, sabemos o que sabemos. Como voc� acha que vamos nos sentir diante da nossa amiga?
- �... O cerco t� fechando. Agora s�o voc�s tamb�m.
- Como assim? Perguntou o GUTO enrugando a testa.
- O Josu� est� me pressionando de novo.
- Pois bem Manoel. S� cabe a voc� decidir.
- Meninos. Obrigado! Estou mais aliviado e vou pensar no assunto. Agora deixem-me ir trabalhar.
Despedimos-nos e Manoel saiu dizendo que qualquer coisa iria buscar nossa ajuda. Na sexta-feira dessa semana, o Manoel nos liga pela manh� e pergunta se dava para ficarmos com os meninos aquela noite. Pegamos as crian�as e fomos à um parque de divers�o. Quando voltamos a NEIDE disse que iria colocar as crian�as para dormir e que mais tarde nos chamaria para conversarmos. Assim, na hora que deu certo, ela nos chama no seu apartamento. Logo que entramos ela se agarra comigo e com o GUTO e come�a a chorar.
- Meninos o Manoel me deixou. Passa aqui amanh� s� para pegar as roupas e pertences mais �ntimos. Foi por isso que ele pediu para que ficassem com as crian�as. Voc�s sabiam de alguma coisa?
Eu fechei os olhos e s� ouvi a voz do GUTO:
- N�o NEIDE sab�amos de nada n�o.
- Pois �. Agora estou eu sozinha e com tr�s crian�as para cuidar.
- O que ele alegou? Perguntei preocupado.
- Disse apenas que n�o dava mais e que depois conversar�amos melhor... J� falei para voc�s que ele j� vinha estranho algumas vezes... Meu Deus ser� que � outra? Falou tudo isso em meio a l�grimas.
- NEIDE, nos perdoe, mas temos um assunto muito serio para conversar.
Olhei para o GUTO assustado e pensei: meu Deus ser� que o GUTO vai contar tudo aqui e agora?. Ele apenas levantou o olhar e a encarou no fundo dos olhos.
- O... O... O que voc� t� querendo dizer GUTO?
- GUTO n�o... Falei j� preocupado.
- � melhor ela sentir a dor toda de uma vez Caio. Falou o GUTO de forma r�spida.
A NEIDE come�ou a se tremer e a chorar compulsivamente. Fui at� a cozinha e trouxe um copo de �gua para ela. Esperamos ela se aclamar ent�o o GUTO relatou quase tudo que sabia sobre o Manoel e o Josu�, excetuando a nossa participa��o indireta no acontecido na cl�nica. A rea��o inicial dela foi ficar muda e est�tica. Ao ver essa rea��o, achei melhor agir clinicamente, fui at� o apartamento pegar um calmante forte e nos prepararmos para dormirmos no apartamento da NEIDE. Quando entro e me dirijo a minha maleta m�dica o telefone toca.
- Al�
- Caio, � voc�?
- Sim Manoel, sou eu. Algum problema, quer dizer... Al�m do que j� est� ocorrendo?
- Voc� tem not�cias da NEIDE?- pergunta Manoel preocupado
- Acabei de vir aqui pegar um medicamento para ela.
- Meu Deus... O que houve?
- Calma. � s� seguran�a, nada mais. Voc� viu como o GUTO � estourado. Com exce��o da nossa participa��o indireta do que aconteceu na cl�nica, ele contou tudo para NEIDE. Disse apenas que vimos voc�s se beijando.
Ap�s um tempo de sil�ncio ao telefone, eu pergunto:
- Manoel. Voc� ainda est� a�?
- Caio... Manoel suspirou forte Acho que foi melhor assim. Voc�s me pouparam da dor de contar tudo a ela. Por favor, cuida dela para mim. Obrigado.
- De nada Manoel, afinal somos mais amigos dela que seus.
- �... Eu sei. Boa noite... Espera, s� me diz mais uma coisa.
- Sim, Manoel.
- Daria para um de voc�s dois dormirem l� no apartamento hoje?
- J� vim providenciar isso. E n�s dois dormiremos l�.
- Obrigado! Bem fez a NEIDE em cultivar e preservar t�o bem a amizade de voc�s. Boa noite.
- Boa Noite, Manoel.
Desligo o telefone e arrumo o que tem que ser levado para o apartamento da nossa amiga. Chegando l�, administro o f�rmaco e a levamos para o quarto.
- Meu Deus, quantas mulheres eu atendi passando por esse problema. Quantos rapazes eu esclareci sobre a defini��o da sua sexualidade. Agora... Eu... CAIO, GUTO.
- Estamos aqui NEIDE Respondeu o GUTO de um lado da cama, enquanto eu estava do outro lado.
- S� me pergunto agora AT� ONDE � VÁLIDO? UM CASAMENTO PARA JUSTIFICAR PARA A SOCIEDADE UM STATUS, UMA POSI��O SOCIAL. E OS FILHOS? Olha podem ter certeza de uma coisa, voc�s n�o sabem o quanto admiro voc�s, e agora mais ainda. Voc�s se amam... Tudo bem a sociedade n�o aceita o incesto de forma alguma. E homossexual ent�o? Mas voc�s est�o firmes, um ao lado do outro, sempre ajudando quando podem. Quantas vezes voc�s n�o me tiraram do sufoco com meus filhos? Obrigada! Muito obrigada!
- NEIDE, pode ter certeza de uma coisa, n�s sempre estaremos aqui. E vamos dormir aqui hoje. E n�o se preocupe em arrumar nada n�o. Eu j� trouxe tudo que precis�vamos e sabemos onde ficam os colch�es dos hospedes. Falei tentando passar um pouco de calma para a nossa amiga.
Ela sorriu e apertou a m�o de cada um de n�s dois, o GUTO come�ou a passar a m�o nos cabelos dela e ent�o ela dormiu.
Como t�nhamos colocado os colch�es na sala, acordamo-nos pelo Artur e a Morgana pulando em cima do tio (HIST�RIAS SECRETAS 15). Tomamos caf� com eles e sa�mos para mais um dia.
Dias depois Manoel e NEIDE conversaram e definiram sua situa��o. A n�s coube dar apoio a ambos na medida do poss�vel.
Sabemos que esse conto foi longo e talvez at� cansativo, mas esperamos ter deixado aqui a mensagem que alguns pediram. Pois uma coisa � a pessoa ser bissexual e saber levar os dois lados, outra � querer justificar-se para a sociedade atrav�s de um casamento que s� lhe trar� infelicidades e constrangimentos e muitas vezes at� �dio, quando tudo � descoberto. Obrigado a todos e at� o pr�ximo conto.