A segunda-feira chegou, novo dia de trabalho. A mulher de Marcos continuava emburrada, fazendo jogo duro. Pelo seu lado, ele preferia assim, pois as coisas estavam muito confusas. Quanto mais distante ela ficasse, menos perceberia.
Animado, caprichou no banho, fez a barba, passou mais tempo que de costume escolhendo a roupa, fazendo quest�o at� das meias e cueca. Ainda que n�o quisesse admitir nem para si mesmo, sabia que estava se arrumando para o seu amante, para Clayton. O pr�prio corpo n�o o deixava esquecer o boy, especialmente a ard�ncia no cu, um inc�modo, mas de alguma forma, um inc�modo bom.
Ao entrar no escrit�rio, foi olhado por todos. A roupa social impec�vel, os cabelos claros e cheios bem penteados, sapatos muito engraxados e o perfume amadeirado que exalava por onde passava. Quando chegou na sala, surpresa! Um buqu� de flores sobre a mesa, com um cart�o lacrado. Ao abrir, leu: "Obrigado pelo final de semana, meu loir�o gostoso".
Realmente, por essa ele n�o esperava. Um gesto de carinho destes, sem contar que pela qualidade do presente devia ter custado uma boa parte do magro sal�rio do office boy.
Absorto com o cart�o, Marcos nem percebe quando algu�m entra na sala, s� acordando quando ouve a chave trancando. Olha espantado e v� o boy, a cara de macho sacana de sempre, o risinho de canto de boca.
- E ent�o, gostou?
Desconcertado, sorri para o moleque, apenas acenando que sim com a cabe�a. Com aquele olhar caracter�stico de predador, o negro se aproxima e o segura com a determina��o de sempre, fazendo com que ele solte um suspiro ofegante. Sem perder tempo, tomba o loir�o para a altura do beijo, e de novo invade a sua boca com aquela l�ngua agitada, o beijo que lembra uma penetra��o.
Mais uma vez, o corpo do empres�rio amolece naqueles bra�os fortes.
Clayton interrompe o beijo e o encara, dizendo:
- De noite tem. Segunda-feira com hora extra, heim? Que tal?
Marcos sorri, acaricia o peito magro e forte do parceiro e s� faz que sim com a cabe�a. Para ele est� sendo duro admitir, mas parece que n�o tem volta. Sem querer, est� apaixonado pelo seu office boy dominador.
O dia corre tranquilo. Final de expediente, todos j� indo embora, Clayton entra na sala do patr�o. Para, surpreso, quando o v� conversando, todo sorrisos, com o motorista da empresa. Somente fecha a cara e diz:
- Desculpe, n�o sabia que estava ocupado "doutor".
Marcos percebe o tom do boy e apressadamente despede-se do motorista, passando as ordens finais para o dia seguinte. Quando a porta de fora do escrit�rio fecha, Clayton se apressa em tranc�-la e volta para a sala do amante.
- O que foi isso? - pergunta, nervoso, encarando o grand�o, que demonstra preocupa��o, sentado ainda à sua mesa.
Com olhar agressivo, o negro rapidamente se aproxima da mesa e segura o amedrontado chefe pelo colarinho:
- Escuta aqui, viado... Se eu souber que essa boquinha chupadora de pica encostou num pau que n�o seja o meu, voc� t� fudido comigo, mas fudido de verdade, t� entendendo?
Segura com for�a o colarinho, quase enforcando Marcos, debru�ando-o sobre a mesa. Assustado, ele nada responde, e j� sente a m�o pesada em seu rosto. O tapa � estalado, um tapa forte, carregado de brutalidade, diferente daqueles outros de tes�o a que j� estava se acostumando. O empres�rio d� um gemido. A m�o branca e macia tenta aliviar a respira��o, segurando o pulso forte que segura seu colarinho.
Irritado, o boy d� a volta e puxa-o para fora da mesa.
- N�o p�e a m�o em mim, voc� quer me enfrentar, � isso? - grita para o j� apavorado Marcos.
- Por favor... Eu n�o fiz nada... N�o aconteceu nada... - geme o loir�o, tentando de alguma forma se desculpar.
- Se n�o aconteceu, nem vai acontecer... Porque depois do que vou te mostrar hoje, s� se voc� for louco mesmo - sussurra Clayton com agressividade, sem alterar a voz.
Falando assim, o garoto mi�do atira aquele homem grande de costas contra a parede. Partindo para cima dele, segura com for�a seus cabelos e diz:
- Voc� pensa que j� me viu com raiva, viado?
Sem obter resposta, enche novamente a m�o na cara do indefeso Marcos.
- Eu fiz uma pergunta imbecil!
O empres�rio tenta balbuciar uma resposta, mas � atirado no ch�o, caindo de quatro no meio da sala.
- E ent�o, voc� acha o mot� melhor que eu, �?
Marcos se atira a seus p�s, com submiss�o. Segurando suas pernas diz:
- N�o, nunca tive nada com ningu�m, s� com voc�.
No auge do turbilh�o em sua cabe�a solta, sem querer:
- Eu t� apaixonado por voc�...
Clayton sente o sangue esfriar. Percebe sinceridade naquele homem indefeso no ch�o. Est� no meio da sala, com aquele coroa grande, bonito, t�o branquinho, submisso, de joelhos aos seus p�s. No �ntimo, sente pena do empres�rio. De sua fragilidade. At� mesmo uma ponta de remorso o invade, por ter sido sempre t�o duro com ele. Mesmo sendo Marcos homem e grand�o, Clayton percebe que � covardia trat�-lo assim, porque em suas m�os ele � mais fr�gil do que uma mulher ou uma crian�a.
Comovido, segura-o pelos ombros, erguendo-o do ch�o. O empres�rio fica tremendo, de cabe�a baixa, sem saber o que esperar. O boy pega o seu queixo e levanta-lhe a cabe�a. V� l�grimas nos seus olhos amedrontados.
- Calma, loir�o... J� passou... Desculpe...
Marcos se surpreende. Realmente, n�o esperava ouvir isso da boca daquele que o tratava como bem queria desde o primeiro dia. Clayton ent�o o segura delicadamente pela bunda e vai conduzindo-o at� o sof�, deitando-o com delicadeza. Acaricia seus cabelos, agora bem despenteados depois do sacode que levou. Olhando nos seus olhos, diz:
- Ent�o � verdade isso? Voc� se apaixonou pelo seu mach�o, �?
Marcos s� faz que sim com a cabe�a, ainda bem assustado por tudo que aconteceu. O moleque dominador parte ent�o para o beijo apaixonado, beijando o amante como s� ele sabe beijar. O grand�o, submisso, apenas geme, aliviado pelo novo rumo que as coisas tomaram.
Como sempre, � Clayton quem despe o passivo, deixando seu corpo branco em contraste com o sof� verde escuro. Acariciando de leve aquele p� macio, ele diz:
- De quem � esse pezinho?
Surpreso com o carinho, Marcos diz, meio l�nguido:
- � seu, s� seu.
Clayton aperta o tornozelo branquinho com sua m�o forte, provocando uma leve careta de dor no loir�o.
- � bom que seja s� meu mesmo... - fala, debochado.
- Mas voc� sai com outras pessoas... - murmura Marcos, temeroso.
Logo percebe que o temor tinha fundamento, quando toma um tapa na cara.
- E da�, viado? Eu sou eu, voc� � voc�. Eu saio com quem eu quero, voc� n�o, estamos entendidos?
Cada vez mais submisso, o patr�o faz que sim com a cabe�a, o olhar assustado.
Para variar, Marcos leva pistoladas do negro at� quase de madrugada. Movimentando seu corpo com facilidade, inventando posi��es para meter no seu cu rosadinho, Clayton deixa-o mo�do.
Ele s� geme, às vezes grita, com as investidas selvagens do negro, que n�o o poupa tamb�m de uns bons tapas na cara. Montado como um cachorrinho negro numa cadelona branca, o moleque finaliza a quarta gozada, enchendo mais uma vez o cu do passivo com sua porra.
Enquanto enfia o pau na boca do loir�o para a limpeza de sempre, segurando-o pelos cabelos, diz:
- T� bem tarde, chefinho, n�o tenho mais �nibus. Voc� vai ter que me levar em casa.
Este � um cap�tulo do livro DOMINA��O, dispon�vel no formato tradicional (livro impresso) e tamb�m em e-book, para ler no computador e demais leitores. � venda na livraria comprelivrosgls.com.br com total sigilo e seguran�a, al�m de FRETE GRÁTIS para todo o Brasil.