Sou professor universit�rio de uma faculdade em Vit�ria (ES), 28 anos, jeito de intelectual, boa pinta, bom n�vel, simp�tico, inteligente, muito assediado pelas alunas, mas como sou s�rio, me fa�o de desentendido. Sou quase noivo e nunca havia pensado na hip�tese de ter nada com outro homem. At� que um dia aconteceu algo inusitado. Um dos meus alunos, o Gustavo, veio me tirar umas d�vidas sobre a mat�ria, dizendo que estava tendo dificuldades no assunto. Perguntou se poderia pegar umas aulas comigo na minha casa. Como me coloco dispon�vel sempre para sanar as d�vidas dos meus alunos, disse que sim. Marquei com ele às duas horas de um s�bado, pois j� havia combinado com outro aluno, o Henrique para ir neste hor�rio para explicar o mesmo assunto.
Gustavo chegou meia hora adiantado, pedi para ele sentar no sof�, enquanto esper�vamos o Henrique. Come�amos a conversar, tava passando uma reportagem sobre a parada gay na tv. Ele come�ou a falar que n�o suportava o cara querer se portar como mulher, que n�o aguentava viadagem. Eu n�o disse nada porque n�o gosto de dar corda para manifesta��es preconceituosas. Foi at� que ele veio com um papo estranho: “p�, quem tem tes�o de comer um viadinho deste. Eu n�o tenho coragem”. Olhou para mim e falou: “Se o cara fosse bonito, m�sculo, macho, tipo intelectual, gostoso, que gostasse de mulher, tivesse uma bundinha gostosa e me oferece a bunda, eu tra�ava, na boa. Agora estes viadinhos a�, sem chance. Eu at� que comeria um cara, mas tem que ser assim, do jeito que eu falei”.
Achei muito estranha a conversa pois Gustavo tinha a fama de ser o maior garanh�o da faculdade, j� tinha ficado com metade das garotas que passavam no seu caminho. E ao mesmo tempo me espantou o fato dele estar me descrevendo como sendo a pessoa que ele tra�aria, todas as caracter�sticas eram minhas. Eu falei com ele que se fosse esperar por um cara assim, ele poderia desistir, pois ninguem deste jeito, iria dar pra ele. Percebi que ele me olhava de um jeito que n�o era normal, mas deixei pra l�.
Henrique chegou e dei a aula para os dois. Quando foram embora, eu n�o parava de pensar naquilo. Suas palavras n�o saiam da minha cabe�a. Fui dormir pensando naquilo. Na semana seguinte, na faculdade ele estava sempre me olhando. Sempre que me via, punha a m�o no pau, por cima da cal�a e me olhava. No in�cio aquilo me incomodava muito. Mas no dia que vi ele no p�tio da faculdade, se atracando, aos beijos com uma menina muito gata da turma dele, me veio uma sensa��o estranha, que eu nunca tinha sentido. Ele estava sem camisa, de bermud�o, com parte da sunga aparecendo, beijando e pegando a garota com toda vontade. Na hora que ele me viu, come�ou a beij�-la de olhos abertos, olhando pra mim. Pela primeira vez me senti excitado com aquela situa��o. P�, o que tava acontecendo comigo? Da� em diante, passei a fazer quest�o de passar sempre por onde ele estava s� pra ver aquela pegada proposital no pau. E ele sempre fazia. Uma noite sonhei que ele estava me comendo, e eu estava adorando. Estava de quatro no sof� e ele vinha por tr�s me enrabando. Acordei com uma sensa��o muito boa, mas estranha (ser� que tou virando gay?).
A vontade de dar para o Gustavo t� me consumindo. Mas n�o quero deixar transparecer isto pois tenho d�vida se ele t� fazendo isto tudo porque combinou com a turminha dele de me armar uma cilada e depois contar pra faculdade toda que o professor curte a coisa ou se realmente ele quer isto mesmo, o que � pouco prov�vel pois ele n�o tem jeito afeminado. Nunca tive atra��o por homens, mas aquela situa��o me causou muito tes�o. Gustavo � um garot�o de 21 anos, playboyzinho, comedor, tra�a as mulheres mais gatas da faculdade, tem fama de garanh�o, vive sem camisa no p�tio s� porque sabe que � gostoso, faz quest�o de deixar a berada da sunga aparecendo s� pra excitar quem gosta, malhado, uma cara de safado e tarado, tem uma tatuagem no bra�o.
A cada dia que passa aumenta minha vontade de dar minha bunda pra ele. N�o sei o que este cara tem, s� que ele promoveu uma revolu��o na minha cabe�a. Mas, ao mesmo tempo, n�o posso chegar nele, pois corro o risco de queimar meu filme na faculdade. Al�m disso, estou praticamente de casamento marcado, n�o quero me arriscar. Acho que com ele n�o vai rolar. Infelizmente tenho que guardar meu tes�o. A vontade de ser enrabado por um macho aumenta a cada dia, mas o que me d� tes�o � s� caras com o estilo do Gustav�o: garot�o garanh�o.
Bom, este relato foi s� pra desabafar. Quem quiser trocar umas id�ias: [email protected]