Amanda nunca me escondeu a sua energia sexual. Ainda namorados, adorava pensar em fantasias onde era possu�da por dezenas de machos, de todas as ra�as ou tipo. Certa vez chegou ao orgasmo imaginando ser currada no celeiro de uma fazenda por um bando de pe�es. Mesmo sem duvidar, nunca cheguei a pensar na possibilidade de que algumas fantasias seriam solidamente materializadas.
Dois anos haviam decorrido desde que iniciamos a vida a dois, quando fui transferido para uma cidade do interior, a pacata Para�so, distante 600 quil�metros da capital. Nessa �poca j� t�nhamos dois filhos, em idade escolar e pr�-escolar, que estudavam pela tarde. Meu trabalho era intenso e poucas eram as folgas. Amanda ainda n�o tinha se adaptado à vida distante dos parentes e constantemente os visitava, viajando de �nibus em trajetos noturnos que s�o menos cansativos.
O afastamento de seu c�rculo de amizade produzia r�pidas mudan�as no comportamento sexual de minha mulher. A cada dia aumentava o desejo por fantasias, at� que um dia confidenciou que deseja ver-me transando com outra mulher juntamente com ela. Seu maior tes�o, disse, era que eu possu�sse a parceira por detr�s, mas na vagina, de modo que ela permanecesse em posi��o invertida para praticar sexo oral com ambos (em mim e na parceira) e poder sorver nossos semens a um s� tempo. Surpreso, n�o pude deixar de ficar excitado e disse que aceitaria, se fosse mesmo o desejo dela. E assim foi feito.
Mas isso ser� contado em detalhes em outros epis�dios. Depois dessas experi�ncias, envolvendo outras mulheres, Amanda, nesta �poca com 26 anos, nunca mais foi a mesma. Sua lux�ria n�o parava de crescer e sua vol�pia me arrastava, meio que indefeso, meio que conivente. O fato � que estava adorando tudo.
Um dia, quando retornava de noite de uma de suas viagens à capital, com poucos passageiros no �nibus, aconteceu um fato que nunca imaginei poss�vel, a n�o ser em casos er�ticos de fic��o.
Cada �nibus intermunicipal � conduzido por dois motoristas que se revezam. Nesta noite, quando um deles passou a dire��o ao colega, l� pelas tr�s horas da madrugada, foi abordado por Amanda que fez-lhe alguma pergunta sobre a viagem. O homem, que se chamava N�lio, era um jovem simp�tico, de estatura m�dia, com cabelos negros e a pele meio parda, cuja presen�a n�o chamaria muita aten��o em nenhum ambiente. Com as crian�as na capital, Amanda retornava sozinha e a conversa com o motorista veio mesmo a calhar, pois sentia-se muito solit�ria. Do primeiro di�logo informal at� os assuntos relacionados a casamento e sexo n�o precisou muito tempo. Com a cl�ssica mentirinha de que “se sente meio desprezada”, Amanda come�ou a incendiar o macho que acabara de conhecer. Neste momento seus corpos j� estavam colados nas cadeiras com bra�o central recolhido, a antepen�ltima da fila do lado do motorista. N�o havia mais volta para aquilo, e iniciando uma prolongado beijo, daqueles que servem para evitar as palavras, o destro motorista iniciou a escalada de seus dedos at� a vagina de Amanda, que viajava de vestido. Esta, por sua vez, rapidamente iniciou os movimentos de fric��o no p�nis do parceiro, pondo-o para fora da cal�a, ao mesmo tempo em que N�lio, com incisivo movimento de press�o sobre sua cabe�a f�-la abocanhar gulosamente a avermelhada glande, surrurando-lhe no ouvido incentivos como “chupa minha gostosa, ele � todo seu”. Ao longo dos cinco minutos seguintes, minha mulher seguiu chupando gulosamente o p�nis do novo amante, quase levando-o ao orgasmo, que somente n�o ocorreu porque a ‘sacana’, ansiosa por ser penetrada ali mesmo, afastou a boca o enrijecido membro, n�o sem antes ter engolido uma enorme quantidade de esperma, espelido precocemente. Ato cont�nuo, retirando a calcinha, sentou-se no ‘caralho’ do motorista, iniciando um alucinado movimento de ‘vai e vem’ que a levou a um tremendo e sonoro orgasmo (como viria a contar depois). Para cont�-la e evitar que seus gritos fossem ouvidos, N�lio, meio excitado, meio at�nito, sussurou-lhe que “se o outro motorista descobrir, voc� vai ter que trepar com a garagem toda, porque ele � escroto”. Refeita, mas ainda insatisfeita, Amanda tentou voltar a sugar o pau do parceiro, mas desta vez este tomou a iniciativa. Minha mulher foi posta “de quatro” com a cabe�a virada para a janela, passando a ser literalmente enrrabada pelo corredor, primeiro pela ‘racha’ e depois pelo ainda apertado ‘cuzinho’. Nesse momento n�o havia mais fato novo a acontecer. O pouco grosso, mas comprido p�nis de N�lio surrava Amanda num movimento fren�tico de ‘vai-e-vem’, enquanto suas m�os apertava-lhe os seios deixando-a alucinada e levando os dois ao del�rio de mais um orgasmo. O dia amanhecia perto do destino, quando exausta a dupla finalmente se recomp�s.
Ap�s uma breve troca de n�mero de telefones, minha mulher desceu do �nibus, tomou um t�xi e chegou em casa. Por sua perna escorria abundamente o soro do seu amante e com isso a sua sensual sand�lia de couro adquiriria uma mancha permanente que por muito tempo se manteria como um s�mbolo da bem sucedida aventura. Em casa, Amanda voltou a excitar-se e fizemos sexo durante toda a manh�. Foi um momento importante e irrevers�vel para nossas vidas, pois a imensa quantidade de s�men nas pernas, vagina e �nus bem poderia dispensar a sua pausada narrativa. Foi um marco na minha vida. Minha mulher estava mostrando o outro lado da liberdade sexual que ela mesmo me oferecera. Estaria cobrando algum pre�o? N�o importa o drama de desconhecer o real significado da palavra amor e se difere de sexo, lux�ria, ou de prazer. O fato � que fiquei alucinantemente excitado e pude possu�-la de todas as formas, como um desesperado, at� chegarmos ao orgasmo juntos e o meu s�men sobrepor-se ao do seu amante, ao mesmo tempo em ela com a voz tr�mula e ofegante sussurrava-me: “goza em sua puta, corno”.
Pelo menos por mais de um ano, at� uma outra mudan�a de cidade, os dois continuaram se encontrando e transando. Com a aus�ncia das crian�as pela tarde, Amanda realizava uma de suas muitas fantasias, nada mais e nem menos do que trepar com N�lio na nossa cama. Disto derivou o detalhe de uma nova fantasia. Fazer uma marca na lateral da cabeceira da cama de casal sempre que um novo parceiro, homem ou mulher, a possu�a no nosso quarto. Neste per�odo continuamos a realizar outras fantasias, a maioria com mulheres. A necessidade de ser discreta e proteger-se sempre impediu que Amanda contasse ao parceiro a verdade sobre nosso relacionamento (que eu sabia de tudo), coisa que muito queria fazer. At� hoje n�o consigo entender o que senti quando ela apresentou o “marid�o” ao amigo, na esta��o rodovi�ria da cidade.