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ANA, ANA...

-1-

-- Boa tarde, dona Ana, eu sou o Cristian.

-- Boa tarde...

-- Serei seu atendente por esses dias. Ali�s, seu e do seu marido.

-- Quantos anos voc� tem?

-- Vinte e dois... Por qu�?

-- Por nada.

Doze a menos que ela. Ser� que Alberto iria gostar de um atendente t�o apresent�vel?

-- E seu marido?

-- Chegar� à noite...

-- Ah, sim. Posso lhe mostrar o chal�?

-- Por favor...

Estavam na recep��o e at� o chal� foram num Buggy, cortando a mata por uma estrada estreita e cheia de curvas. No caminho, v�rios outros chal�s chamavam a aten��o, pareciam confort�veis e elegantes, pr�prios para os h�spedes que para ali iam, pessoas refinadas e exigentes. Cristian aprendera a n�o olhar duas vezes para elas, principalmente para as mulheres acompanhadas.

A aprova��o do chal� foi imediata. Todos os c�modos tiveram um coment�rio favor�vel.

-- Maravilhoso!

-- Que bom que gostou.

-- � tudo lindo!

Ele descarregou as malas e levou-as para o quarto do casal. Na volta a sala, ficou um instante parado a observ�-la que, por sua vez, reparava na vista da janela. O mar pr�ximo enviava o barulho das ondas. Quantas lembran�as causavam nela.

-- Que saudade de um banho de mar!

Cristian tossiu discretamente. Ela se virou rindo, pois achara engra�ado o jeito como fizera aquilo.

-- Pois n�o?

-- Desculpe-me por perturb�-la, mas tenho que lhe passar mais algumas orienta��es.

-- Claro...

-- Este � um aparelho que se comunica com o meu e com o do gerente. Se apertar 29 eu atendo, 20 ele atende. Seu nome � Carlos. Estamos a seu dispor vinte e quatro horas por dia. N�o hesite em nos ligar se precisar de alguma coisa ou se algo n�o estiver do seu agrado. Queremos que essas duas semanas sejam de muita paz e tranquilidade para voc�s.

-- Nossa!

-- Pode parecer um discurso decorado, mas n�o �. � a pura express�o dos meus sentimentos.

Ela sabia que era decorado.

-- Mas eu acreditei. E agrade�o muito.

-- Muito bem. Posso ajud�-la em mais alguma coisa?

Ana respirou fundo.

-- N�o sei.

-- A senhora j� almo�ou?

-- Senhora?

-- Como?

-- Voc� me chamou de "senhora"?

-- Sim...

-- Como � mesmo que liga para o seu gerente? Devo apertar 20? Vou fazer minha primeira reclama��o.

Cristian arqueou as sobrancelhas, ela estava com o semblante s�rio, parecia estar brincando ao mesmo tempo que sua express�o denotava o contr�rio.

-- �... 20...

Ana n�o conteve uma gargalhada simp�tica.

-- Se me chamar de "senhora" outra vez, ligarei mesmo, ouviu?

Ele riu tamb�m, e ela pode observar os dentes alinhados, que tornavam seu sorriso ainda mais encantador.

-- Devia sorrir mais, fica ainda mais simp�tico.

-- Obrigado, farei isso. Mas esse primeiro contato � um tanto tenso para n�s, atendentes. Nunca se sabe como reagir� nosso h�spede. Temos que tomar cuidado.

-- Como me sa�?

-- Como assim?

-- Voc� gostou de mim?

-- Ah, sim, com certeza. Voc� �...

Parou, fechando os l�bios, claramente para reter o que ia dizer. Ana inclinou a cabe�a, segurando o riso.

-- Sou o qu�?

-- N-nada... Eu ia dizer...

Ela pegou o aparelho.

-- Vou ligar para o seu gerente.

-- Ia dizer que voc�, com todo o respeito, � muito simp�tica e... Bonita.

-- S� isso?

-- � muito bonita.

-- S� isso?

-- Sim, por favor, n�o ia dizer mais nada!

-- Est� com medo de qu�?

-- N�o estou com medo, mas as minhas observa��es n�o t�m import�ncia nenhuma.

-- Mas fui eu quem te perguntou, portanto, para mim tem.

-- Est� certo, n�o vou me esquecer disso se pedir minha opini�o de novo.

-- Muito bem.

Ele se movimentou na dire��o da sa�da.

-- Posso ajud�-la em mais alguma coisa?

-- Voc� falou em almo�o. Ainda est�o servindo?

-- Sem d�vida, nosso restaurante funciona vinte e quatro horas.

Foi ao frigobar, apanhou sobre ele um card�pio e o estendeu para ela.

-- O que gostaria de comer? Buscarei num instante.

Ela sorriu ante a gentileza dele. T�o jovem e t�o prestativo. Os gestos elegantes n�o eram estudados, eram autom�ticos, naturais. Folheou at� a parte de lanches.

-- Vou escolher um lanche e uma salada. N�o quero comer demasiadamente, pretendo jantar com meu marido à noite.

-- Muito bem.

-- Estou vendo que tem um n�mero em cada prato.

-- � para facilitar o pedido.

-- Voc� pode me trazer o 29, o seu n�mero?

Ele sorriu, acenando que sim.

-- E a salada?

-- De folhas, por favor, qualquer uma.

-- Certo. Estarei de volta em vinte minutos. Est� bom assim?

-- Queria tomar um banho...

-- Se quiser, me ligue quando estiver pronta.

-- Isso. Farei isso.

-- Ent�o, at� logo.

-- At�...

Ele se foi e Ana ficou pensativa. Como podia encontrar algu�m t�o bonito trabalhando num lugar t�o remoto como aquele? Sim, porque Cristian n�o era apenas bonito, era muito bonito! O corpo alto e m�sculo era bem definido e mal disfar�ado no uniforme largo. A m�o era grande e forte, que apertou a sua com firmeza e ao mesmo tempo delicadamente.

-- Deveria ter vindo sozinha!

Caiu na gargalhada com aquele pensamento. Seu marido n�o iria gostar, com certeza. E n�o seria esse o medo que percebera no mo�o? � claro que sabia de sua pr�pria beleza e dos problemas advindo disso. Ela mesma n�o passara por isso? Ao mesmo tempo que as portas se abriam com o sexo oposto, elas se fechavam, por inveja, quando se tratava de pessoas do mesmo sexo. E havia aqueles homens que quando nada conseguiam passavam a odi�-la sem maiores motivos.

-- Coitado... Se tiver tempo vou conversar com ele sobre isso.

Trancou a porta e foi banhar-se. Depois ligou para Cristian e pediu-lhe o favor de trazer sua comida. Pouco tempo depois ele chegava e a cumprimentava sorrindo, demonstrando prazer de estar ali. N�o seria tamb�m ensaiado?

-- Espero que esteja a seu gosto.

-- Com a fome que estou...

Levantou a cabe�a de repente.

-- N�o quis ser indelicada... Me desculpe.

-- Eu compreendo, n�o se preocupe.

-- Obrigada.

-- Vou indo, se precisar, j� sabe...

-- 29.

-- Isso.

-- J� vai mesmo?

-- Sim, a menos que precise de mim ou queira que lhe fa�a companhia enquanto come.

-- Adoraria se ficasse mais um pouco...

-- Claro.

-- N�o vai te atrapalhar?

-- Nem um pouco.

-- Ent�o, sente-se, por favor...

Ela preparou-se para comer e ofereceu a ele, que recusou elegantemente.

-- � sempre estranho comer lanches, � preciso usar diretamente as m�os e d� impress�o que voltamos no tempo.

-- Compreendo. Mas � delicioso, n�o � mesmo?

Ana sorriu, relaxada. Ele tinha a capacidade de faz�-la sentir-se à vontade e de forma t�o natural que n�o parecia estar fazendo teatro. Comeu com vontade, aprovando o n�mero 29.

-- � mesmo delicioso esse seu n�mero.

-- Obrigado. Quer beber alguma coisa?

-- Divide um refrigerante comigo?

-- Obrigado, n�o posso.

-- N�o pode?

-- N�o devo compartilhar nada com os h�spedes. Se ficarem sabendo serei advertido.

-- E quem vai contar?

-- N�o � isso. Trata-se das normas do hotel.

-- Gostaria de trat�-lo como um amigo.

-- Seria um prazer para mim, mas n�o quero abusar da sua boa vontade.

-- Abusar? De mim? Vou pegar o refrigerante...

-- Eu pego para voc�.

Ela j� tinha se levantado.

-- ... e se voc� recusar, eu vou ligar para o 20 e dizer que est� me contrariando.

Ele riu.

-- N�o faria isso.

-- Claro que n�o. Viu como est� me conhecendo melhor? Tenho certeza que seremos bons amigos.

-- Com j� disse, ser� um prazer.

Dividiu a bebida e voltou a sentar-se.

-- Voc� estuda?

-- Sim, fa�o Faculdade de Turismo.

-- Meu Deus, onde tem Faculdade de Turismo por essas bandas?

-- Na verdade, estudo na Capital. Estou fazendo um est�gio aqui.

-- Ah, bom... Mas, � natural daqui?

-- N�o, do interior.

-- Ent�o, est� longe de casa?

-- Sim, e por isso tenho que tomar cuidado.

-- Voc� j� foi h�spede alguma vez?

-- Sim.

-- E foi bem tratado?

-- Na maioria das vezes n�o.

-- Eu tamb�m n�o.

-- Espero que n�o aconte�a aqui.

-- Se continuar desse jeito, com certeza n�o.

Ficaram em sil�ncio. Cristian continuava a descobrir detalhes que a tornavam ainda mais bonita. Neste momento, admirava a beleza do colo acetinado que o vestido, suspenso por duas al�as finas e um tanto decotado, deixava ver. Notara que ela n�o se preocupara em sem vestir de forma mais recatada para receb�-lo. Talvez fosse por causa do calor...

-- J� est� escurecendo.

-- �...

-- N�o vai se preparar para receber seu marido?

-- N�o estou bem assim?

-- Est� �tima, mas n�o v�o ao restaurante jantar?

-- Acho que sim, mas pensava em ir desse jeito. N�o est� de acordo?

Ela levantou o peito e esticou o tecido e, ent�o, as formas dos seios ficaram bastante definidas. Eram protuberantes e os bicos, que eri�aram, apontaram ainda mais. Cristian arregalou os olhos.

-- Apenas colocaria um suti�.

-- Suti�? N�o tinha reparado...

-- N�o tinha reparado?

-- N�o.

-- Acha que estou indecente assim?

-- N�o, por favor, n�o quis dizer isso. Voc� est� linda, maravilhosa. � que pensei... -- parou e fez um gesto de desalento, -- Est� vendo como n�o devemos nos exceder em nossos coment�rios? Quis dizer uma coisa e voc� entendeu outra!

Ana deu uma gargalhada gostosa. Estava se divertindo com o encabulamento dele.

-- Estou brincando com voc�. � claro que vou me vestir melhor. Al�m do mais, meu marido n�o me deixaria sair daqui assim. Mas ainda � cedo, ele s� vai chegar l� pelas nove horas.

-- Ah, sim... Que al�vio!

Ana estava come�ando a ficar preocupada com os movimentos irrequietos dele.

-- N�o estou te atrapalhando, n�o � mesmo?

-- N�o, de jeito nenhum!

-- Os amigos s�o sinceros um com o outro.

-- Por que insiste em falar de amizade?

-- N�o quer ser meu amigo?

-- Claro que sim, mas sou apenas um empregado daqui. Existem tantas pessoas bacanas hospedadas e que poderiam ser companhias mais agrad�veis.

-- Estou adorando estar aqui com voc�. Sua presen�a � muito interessante. Por isso quero que me diga a verdade sobre o fato de estar te atrapalhando.

-- N�o est�. Confesso que estou adorando, voc� � bonita e agrad�vel.

-- Ai, que bom ouvir isso de um jeito t�o c�ndido.

Ana, apesar de tudo, era um tanto insegura. Imaginava que todos os homens se aproximavam por causa de sua beleza e que n�o seria diferente com aquele rapaz, igual a tantos outros atendentes. A diferen�a era que esse mo�o era muito bonito, educado e gentil. Estava se mostrando uma �tima companhia. O olhava intensamente, que desviou o olhar e o assunto.

-- E seu marido? J� ligou?

Ela sorriu entendendo a inten��o dele.

-- Ainda n�o. Combinamos que ligar� as oito...

-- S�o quase oito.

-- Ent�o o telefone tocar� a qualquer momento.

Ana estava acostumada com a rea��o dos homens ao v�-la, sabia que era bonita e que chamava a aten��o. Muitas vezes era um empecilho para algumas atividades, como caminhar pelas ruas ou nos shoppings. Seu marido reclamava muito desse ass�dio.

Nesse momento o telefone tocou, ela atendeu.

-- Oi, querido. Onde voc� est�?

De repente seus olhos apertaram-se.

-- Quem est� a� com voc�?

...

-- Me pareceu ter um ouvido uma voz...

...

-- A que horas vai chegar?

...

-- S� amanh�? E o que fa�o?

...

-- Sim, estou instalada. O local � �timo. Voc� vai gostar daqui. N�o d� para vir hoje?

...

-- Voc� est� b�bado? Quem est� rindo a�?

...

-- Est� bem... Te espero amanh�... Tchau...

Estava l�vida. Desligou o telefone e largou-se na poltrona mais pr�xima. O vestido subiu demasiadamente e grande parte de suas coxas ficaram expostas. Cristian ficou sem a��o, a vis�o era excitante, mas o estado emocional dela tamb�m chamava a aten��o.

-- O que foi?

Ela o olhou ainda em choque.

-- Ele estava com algu�m. Uma mulher!

Cristian, que tinha se levantado, pegou uma almofada e foi levar-lhe. No trajeto, viu um peda�o da calcinha antes de entregar-lhe. Ana entendeu o gesto dele e agradeceu. Colocou-a sobre as pernas e manteve-se jogada para tr�s. Estava chocada.

-- Ele estava com uma mulher!

-- Tem certeza?

-- Tenho! Estava b�bado e ela tamb�m. Voc� precisava ouvir as risadinhas dela. Meu Deus, e eu aqui esperando por ele.

-- Voc�s n�o se d�o bem?

Ela respirou fundo.

-- Sim. Quer dizer, faz algum tempo que estamos tendo alguns atritos, mas nada que...

Parou um instante e o olhou tristemente.

-- N�o consigo engravidar e ele tem cobrado muito isso. Essa vinda para c� � uma tentativa de melhorar as coisas. Fizemos um longo tratamento e t�nhamos a esperan�a que uma segunda lua-de-mel fosse bom para o nosso casamento. Mas, ele est� com outra! N�o estou acreditando!

-- N�o est� sendo precipitada?

-- N�o, n�o estou. Me passe o celular...

Assim que ele o fez, ela ligou.

-- Posso falar com o Sr. Alberto no apartamento 1036?

-- ...

-- � a secret�ria dele: dona Tereza.

-- ...

-- Sim, fui eu que fiz a reserva.

-- ...

-- Ele saiu com a esposa? Faz tempo?

-- ...

Seu semblante se enfureceu, mas manteve a calma.

-- N�o precisa anotar recado, ligarei amanh� cedo. Obrigada.

Desligou o telefone e jogou-se de volta na poltrona.

-- Ele a registrou com se fosse eu!

Cristian n�o soube o que dizer.

-- � t�o dif�cil de acreditar.

Ana jogou a almofada longe e p�s-se a chorar sentida. Estava novamente exposta para ele, que tentava n�o olhar. O choro emocionado dela o confundia, ent�o, consternado, agachou-se ao seu lado.

-- N�o sei o que fazer... Ou dizer.

-- Foi dele a ideia de vir para c�. De repente surgiu essa viagem de �ltima hora. Meu Deus, tudo planejado!

Cristian n�o conteve o pensamento de que o marido dela era um idiota, poderia ter sa�do com a outra depois, noutro dia. Por que agiu assim? E ainda, ligar b�bado, com a amante do lado? Que falta de cuidado!

Ana parou um instante e, sem se preocupar com o seu gesto, acariciou os cabelos dele.

-- Que bom que est� aqui agora.

Cristian n�o quis se aproveitar da situa��o.

-- Quer que lhe prepare um ch�?

-- N�o, n�o se preocupe... Estou bem.

Foi a vez dele retribuir o carinho, afastando uma mecha de cabelo que lhe ca�a no rosto. Ela fechou os olhos, pensativa.

-- Carinho, preciso de um pouco disso... H� quanto tempo n�o recebo um pouco de carinho?

Deram-se as m�os. Ela, ent�o, o encarou e tentou sorrir.

-- Preciso pensar um pouco no que vou fazer.

-- Vou deixar-lhe a s�s, mas estarei alerta. Basta ligar.

-- Eu sei...

Levantaram-se e foram at� a porta.

-- Tem certeza que vai ficar bem?

-- Tenho.

N�o era a primeira vez que passava por aquilo. E isso era uma da causas de sua inseguran�a: sua beleza n�o impedia que fosse tra�da. Por que, meu Deus? Era t�o fiel, t�o am�vel, t�o carinhosa! O que lhe faltava?

-2-

Por volta da meia-noite o aparelho de Cristian tocou, o acordando.

-- Pode vir aqui?

-- Estou indo.

Levantou-se, lavou o rosto e pegando uma ma�� no cesto foi ter com ela. Encontrou-a de camisola. Quando entrou para a claridade tentou n�o olhar para a transpar�ncia que mostrava o corpo esbelto e apetitoso.

-- Estou com medo de dormir sozinha.

Notou que estava alcoolizada.

-- Est� bem. Posso dormir aqui no sof�.

-- Estava dormindo com a sua namorada?

Ele riu.

-- N�o, estava dormindo sozinho. N�o tenho nenhuma namorada.

-- N�o me diga que ningu�m d� em cima de voc�.

-- N�o � isso. � que tento n�o misturar as coisas, preciso muito desse est�gio.

-- Que preocupa��o boba!

-- Pode ser...

Olhou para a mesa e viu a garrafa de vinho pela metade. Ela acompanhou seu olhar.

-- Quer um pouco?

-- N�o, obrigado, tenho que levantar cedo amanh�.

-- Como assim? N�o est� por minha conta? Ent�o vai levantar quando eu levantar. E n�o se preocupe que n�o serei t�o chata como espera que eu seja.

-- Vou preparar um ch� para voc�.

-- N�o precisa.

Mesmo assim ele foi para a cozinha e p�s-se a trabalhar. Ela o acompanhou e ficou observando. Em poucos minutos recebia dele a x�cara fumegante. Experimentou. Estava bom, resolveu tomar. Insistiu para que ele fizesse o mesmo.

Pouco depois, esperou que ele se ajeitasse no sof� e foi dormir.

-3-

Mas n�o conseguiu pregar os olhos. Os pensamentos sobre o que o marido estava fazendo n�o lhe deixavam em paz. O �lcool tinha liberado suas fantasias e ficava imaginando a amante sugando o sexo dele ou o contr�rio. Com certeza tinha feito sexo anal, ele gostava muito. Ela pr�pria n�o tinha se preparado para isso, a seu pedido? E agora estava ele se deliciando com outra. Quem ele pensava era para tra�-la daquela forma. Ai, meu Deus, n�o podia ficar assim. Ele merecia o troco. N�o o fizera da outra vez, tinha perdoado e acreditado nele. Mas o safado estava de novo aprontando e dessa vez iria a forra. Sem medo, sem remorso.

A presen�a de Cristian come�ou a atormentar sua imagina��o. Era t�o m�sculo, t�o bonito, t�o fofo, t�o discreto...

Subitamente levantou-se e foi ter com ele.

-- Cristian?

Sentou-se ao seu lado, na borda, o obrigando a acordar e afastar-se para o fundo.

-- O que foi?

-- Vem dormir comigo na cama.

-- Como?

Ela sorriu.

-- Vem comigo.

-- N�o est� se precipitando? N�o � melhor esperar at� amanh�?

-- Tenho certeza que ele est� com outra mulher.

-- E quer dar o troco?

-- Quero. E com voc�.

-- Meu Deus...

-- N�o est� acreditando, n�o �?

-- N�o.

-- Talvez seja dif�cil de entender, mas amanh� quando encontrar meu marido preciso estar calma, n�o posso me separar dele agora, ainda não. E se eu souber que fiz a mesma coisa, que dei o troco, que tenho o resqu�cio de outro homem dentro de mim, vou encar�-lo em p� de igualdade. Entende?

-- N�o sei...

-- Aproveite a oportunidade. Amanh�, dependendo do que acontecer, posso ir embora... E ter� perdido a oportunidade de transar comigo.

Cristian mantinha os olhos bem abertos.

-- Pensa que n�o vi seus olhos brilharem quando me viu? E quando viu minha calcinha?

-- Voc� � maravilhosa...

-- Talvez seja gostosa tamb�m...

A m�o dela procurou o p�nis dele sob short. Estava intumescido.

-- Oh, ele estava escutando nossa conversa!

Ajoelhou-se, livrou o membro das roupas e, sem pestanejar, o abocanhou com vontade, com vol�pia, beijando-o e sugando-o sem parar. Seus gemidos se confundiam com os de Cristian. N�o esperava um pau t�o grosso!

-- Se continuar assim vou gozar...

Ela aumentou o ritmo. Come�ou a movimentar a cabe�a para faz�-lo entrar e sair, enquanto apertava sua base. Sabia o que estava fazendo. Ent�o, ele gozou e ela engoliu cada grama que era ejaculado. Depois o sugou por mais alguns minutos at� sentir que nada mais restava nele.

Num gesto final, descansou o rosto sobre ele enquanto respirava ruidosamente para recuperar o f�lego. Finalmente, se acalmou.

-- Que del�cia!

-- Eu que o diga...

-- E voc� n�o queria.

-- � que eu n�o estava acreditando no que estava acontecendo. A verdade � que achava que voc� era muito para mim.

Ela levantou a cabe�a e o encarou.

-- Era. N�o sou mais, espero que se aproveite.

Ele acariciou os cabelos sedosos dela, que se agradou e o convidou uma vez mais.

-- Vamos para minha cama?

Foram de m�os dadas. Ela tirou a camisola e a calcinha. Na penumbra, um tanto clara, Cristian podia ver como seu corpo era perfeito.

Ao deitarem-se, virou de costas para ele, que tamb�m tinha se despido, e esfregou-lhe as n�degas no p�nis.

Cochilaram por algum tempo e ele acordou com Ana manipulando seu pau. Seu pau tinha reagido involuntariamente e ela acordou quando sentiu o volume pressionando suas n�degas.

Cristian beijou-lhe a nuca e acariciou-lhe os seios. Sentiam o p�nis que endurecia continuamente e isso lhes excitava cada vez mais.

Sem acanhamento, Ana esfregava o pau duro no seu �nus e o l�quido que saia dele permitia a lubrifica��o da entrada. Ela pressionava os quadris para tr�s e fazia com ele apontasse dentro dela, ent�o recuava. Aquilo estava excitando Cristian em demasia que tentou penetr�-la de uma vez. Ela reclamou.

-- Assim n�o. Tenha calma. Deixe que eu fa�a.

E devagar, com cuidado, indo e vindo, fez com ele entrasse inteiro dentro dela. Satisfeita, sorriu-lhe.

-- Agora fique à vontade, pode fazer como quiser.

Ele come�ou a movimentar-se com furor, ela se agarrou ao travesseiro para suportar os arroubos um tanto rudes. N�o reclamou, queria mesmo que ele a possu�sse com for�a, sem delicadeza. Esperava que a dor por ser possu�da daquela forma amainasse seus sentimentos. Pensou no marido que gostava de fazer aquilo e sorriu, estava se vingando.

Cristian estava bufando quando gozou. N�o pensou que chegaria aquele ponto com uma mulher t�o elegante, t�o distinta.

Ficaram quietos e quando ele saiu dela j� estavam dormindo e n�o perceberam. Mas aos primeiros clar�es do dia ele acordou.

-- Preciso ir antes que clareie mais. � melhor para voc�.

-- N�o estou preocupada, mas tudo bem.

Ele vestiu a roupa e se preparou para sair. Ela continuava de bru�os, abra�ada ao travesseiro, nua e expondo suas n�degas brancas. Consciente disso, n�o se virou quando o chamou.

-- Cristian...

-- Sim.

-- Amanh�, quando vir meu marido, olhe bem nos olhos dele e pense, intensamente, que gozou na minha boca e na minha bunda. Nenhum homem suportaria isso...

Ele riu e brincou.

-- Voc� est� sendo vingativa demais!

-- Nem comecei...

-- Bem, vou indo.

-- Cristian?

-- Sim?

-- Minha bunda � bonita?

-- A mais bonita que j� vi.

-- N�o quer com�-la mais uma vez?

-- Est� tentadora nessa posi��o...

-- Ent�o venha, meu querido, aproveite...

Cristian livrou-se das roupas e num instante estava entre as pernas delas. O orif�cio apareceu e instigou a libido dele. Posicionou o pau completamente endurecido nele e empurrou. Apesar do resqu�cio da vez anterior teve dificuldade para penetr�-la.

-- Passe um pouco de saliva... -- gemeu Ana.

Ele separou-lhe as n�degas e cuspiu-lhe, acertando em cheio. Ana achou nojento, mas aprovou o gesto, quanto mais fosse tratada como rameira, melhor.

Agora entrou com mais facilidade, mas ela gemeu forte e alto. Ainda se ressentia da penetra��o anterior quando j� teve dificuldade em aguentar a invas�o. Mas, apesar da dor, n�o refugou e deixou que Cristian se deliciasse.

Em poucos minutos ele gozou e, mais uma vez, muito. Ana sorriu aliviada quando sentiu o p�nis saindo dela, deixando apenas o gozo l� dentro. Estava satisfeita.

Quando Cristian estava saindo, insistiu:

-- N�o se esque�a do que pedi...

-4-

Nada aconteceu pela manh�. Ana dormiu at� mais tarde e eram onze horas quando se aprontou. N�o quis telefonar para o marido, esperaria que chegasse, a hora que fosse para falar com ele.

Ligou para Cristian.

-- Oi, bom dia. Tudo bem?

-- Tudo. E com voc�?

-- Tamb�m. Pode me trazer um caf� da manha? Estou faminta.

-- Em quinze minutos estarei a�.

-- �timo.

Ela o esperava mais bonita que no dia anterior. Trazia um sorriso faceiro e recebeu-o com um beijo.

-- Que bom te ver.

Em poucos minutos a mesa esta posta e ela devorava o que ele havia trazido.

-- Seu marido?

-- N�o sei. N�o quero saber.

-- Precisa se acalmar.

-- Estou calma, n�o d� para perceber?

-- �. De fato. Pensei que iria encontr�-la irada.

-- Voc� me acalmou.

Ele balan�ou a cabe�a, ainda n�o tinha assimilado tudo aquilo.

-- Ainda estou viajando.

-- Por qu�?

-- Porque foi inesperado. Se eu contar ningu�m vai acreditar.

-- Contou para algu�m?

-- N�o, n�o se preocupe. N�o contarei para ningu�m sem que me autorize. Penso que poderia chegar ao m�ximo da vingan�a se todo mundo soubesse. Mas, a� sua imagem seria arranhada...

-- N�o quero isso... Mas tem raz�o numa coisa: o que os olhos n�o veem o cora��o n�o sente.

-- Exatamente.

-- Por�m, pelo menos por enquanto, nada farei.

Os telefones de ambos tocaram ao mesmo tempo. Para ela, era marido avisando que tinha chegado; para ele, o chefe pedindo para que fosse buscar Sr. Alberto.

Cristian decepcionou-se ao v�-lo, era bem mais velho que Ana. Apesar de manter a forma f�sica era not�vel sua apar�ncia envelhecida. Esperava encontrar um homem com a idade pr�xima a dela; decepcionou-se com ela tamb�m, cheirava a interesse financeiro pois, sabia, aquele senhor era muito rico.

Foi apresentado a ele e o levou ao chal�. No caminho falou sobre o resort e suas atra��es. Notou que o h�spede n�o estava muito interessado.

O encontro do casal foi um tanto frio, Ana n�o conseguia se controlar com afirmara antes. Alberto sabia que ela estava desconfiada de alguma coisa e estava cheio de dedos com ela.

Cristian deixou-os o mais r�pido que pode e voltou. E assim que se viram à s�s come�aram a discutir acaloradamente.

Ana insistia em saber quem era a mulher que estava com ele e, Alberto, em negar que estava com outra. Ela chorou copiosamente, j� ele fez declara��es e juras de amor. Depois de algumas horas, estavam mais calmos e foram almo�ar. Ela com a certeza de que o marido mentia e ele de que tinha controlado a situa��o.

O almo�o transcorreu em paz. Depois foram à praia aproveitar o resto do sol daquele dia.

� noite n�o sa�ram e foram dormir cedo, sentiam-se exaustos, e nem cogitaram fazer sexo. Nenhum dos dois queria mesmo que isso acontecesse, cada um com os seus motivos.

-5-

O sol j� estava alto quando acordaram na manh� seguinte, parecia que tinham perdido a gra�a com as f�rias.

Assim que terminou o caf�, servido por Cristian, Alberto comentou que gostaria de dar um mergulho, ela recusou o convite, mas aceitou acompanh�-lo at� a praia.

Em pouco tempo, Cristian tinha preparado um espa�o na areia com guarda-sol e cadeiras para eles. Esperou que se acomodassem e se afastou. Ficaria por perto, era s� cham�-lo.

Ao lado deles, alguns jovens riam a vontade e, um tanto embriagados, chamavam a aten��o. Alberto tentava disfar�ar, mas n�o tirava os olhos das jovens que transitavam de um lado para outro; Ana fingia n�o ver, mas n�o conseguia sufocar a bronca e reclamava do barulho. Quis mudar de lugar, mas Alberto alegou que gostava de ver a juventude em plena forma.

Quase uma hora depois, come�aram uma partida de frescobol. Ana levantou-se e avisou que iria ao banheiro. Caminhou lentamente para o chal�.

Pr�xima dele, virou-se e viu seu marido empunhando uma raquete, balan�ou a cabe�a desolada.

-- N�o perdeu tempo...

Decidida pegou o aparelho e teclou 29. Cristian atendeu rapidamente.

-- Pode vir aqui? Estou no chal�.

-- Eu sei, eu vi.

-- Viu? Onde voc� est�?

-- Numa tenda, à sua direita...

-- Est� vendo meu marido?

-- Sim, est� se divertindo.

-- Pois �. Queria me divertir tamb�m. Voc� vem?

-- Com o maior prazer!

Quando chegou ela estava olhando pela janela os movimentos do marido.

-- Est� preocupada com ele?

Ela voltou-se, levemente assustada.

-- Acho que n�o. Na verdade ele sempre foi assim, eu � que me iludi achando que o mudaria, que seria a �nica. Mas, eu n�o quero desperdi�ar esses dias. J� que � assim, ent�o vou fazer o mesmo...

De repente calou-se e o encarou, estudando sua fisionomia.

-- E voc�? Estou te enrolando nessa teia, mas talvez n�o queira ficar comigo. N�o gostaria que fosse assim, que ficasse comigo por qualquer outro motivo que n�o prazer. Eu te dei prazer?

-- Muito.

-- N�o est� contrariado? Juro que n�o gostaria de ter mais um homem que n�o me quisesse. Me faria muito mal.

-- Olha, cada vez que te vejo, me pergunto quando terei outra mulher igual. Sabe a resposta que surge de imediato? Nunca! Nunca mais terei outra igual. Voc� � a mulher mais linda que j� vi, a mulher gostosa com quem j� transei. Temo que daqui para frente terei dificuldade para me relacionar com outras mulheres porque tenho certeza que nenhuma delas chegar� aos seus p�s.

-- Que bom ouvir isso...

-- S� mesmo um garanh�o inveterado como seu marido para n�o perceber isso. Ali�s, garanh�o n�o, burro!

Ela riu com entona��o usada.

-- Ele � burro?

-- �.

Ana olhou pela janela e o viu dando risadas.

-- � mesmo!

-- Claro que �.

Voltou-se para o rapaz.

-- E... Com toda essa admira��o que sente por mim, est� disposto a realizar meus desejos?

-- Qualquer um.

-- E minhas taras?

-- Qualquer uma. N�o estou mais preocupado com meu est�gio ou minha faculdade. Vai valer o risco.

Ana j� estava excitada. Levantando a sa�da, tirou a parte de baixo do biqu�ni.

-- Quero gozar na sua boca.

-- Meu Deus, como? -- Espantou-se Cristian.

-- Sente-se aqui no ch�o...

Apontava para o lugar embaixo da janela de onde podia ver o marido. Ele obedeceu, sentindo a excita��o à flor da pele. Tudo o que dissera antes sobre ela era verdade, o receio pelo emprego tinha desaparecido, estava disposto a ir longe naquela aventura.

Ana posicionou-se de tal forma que sua vulva ficara na dire��o da boca dele. Cristian, apoiando sua cabe�a na parede, agarrou-a pelas ancas com ambas as m�os e come�ou a beijar, e a sugar, e a lamber o sexo oferecido. Era isso que ela queria!

Ana pegou os �culos escuros que trazia na m�o e os colocou para servir de disfarce. Via o marido ao longe jogando charme para as garotas. T�o seguro de si. Que ing�nuo! Ali embaixo, uma boca �vida desvendava sua intimidade. Sentia a l�ngua que delicadamente a invadia, que massageava seus l�bios vaginais e o clit�ris intumescido.

-- Que del�cia, meu querido... Que gostoso... N�o tenha pressa... N�o se canse...

Apoiada nos cotovelos sobre a janela, abria os olhos de vez em quando para seguir os movimentos de Alberto, que continuava na brincadeira. Isso a excitava ainda mais porque sentia que a vingan�a era completa. Sorriu satisfeita com sua atitude e deliciada com o que lhe fazia o amante.

Sentiu que o orgasmo se aproximava. Veio do fundo de suas entranhas para explodir na boca do rapaz. Um ai, longo e abafado, escapou de seu peito. Sentiu as pernas bambearem e, tendo um segundo de sua aten��o desviada para olhar o marido, escorregou para o colo do amante que a aparou com seguran�a.

Cristian estava com o rosto molhado pelo l�quido dela. Tirando os �culos, encarou-o e, com o desejo estampado no rosto, p�s-se a beij�-lo com sofreguid�o. Sentia o pr�prio gosto e gemia de prazer.

Apoiando os joelhos no ch�o, insinuou-se com gestos para que ele se preparasse para penetr�-la, a posi��o era perfeita. Cristian abaixou as calcas e segurou o membro em riste para que ela sentasse nele. Quando o fez, gemeu ainda mais forte. A vagina, t�o pouco usada nas �ltimas semanas, sentiu a press�o do p�nis grosso antes de acomod�-lo em sua quentura.

Ana lembrou-se do marido e teve medo que ele surgisse de repente. A contragosto levantou-se e olhou para a praia: ainda estava l�. Abaixou-se para ser novamente penetrada e riu. Come�ou a movimentar-se sobre o membro para faz�-lo gozar. Queria que o fizesse logo. Estava temerosa e aumentava o ritmo cada vez mais.

Cristian n�o aguentou muito e gozou tamb�m. Seus gemidos demonstraram que tinha sido intenso. Como se combinados, ficaram de bocas abertas encarando-se e ent�o riram do que tinham feito.

Ela esticou a m�o e pegou a pequena pe�a do biqu�ni e, com cuidado para n�o deixar sair o gozo dele, vestiu-a sentada no ch�o. A�, levantou-se e viu que marido estava parado esperando sua vez de jogar.

-- Como estou?

-- Maravilhosa!

Ela riu.

-- Est� parecendo que acabei de transar?

-- Est� um pouco vermelha...

-- S� isso?

-- De resto est� normal.

-- Vou indo... Saia discretamente, por favor.

-- N�o se preocupe.

Deu-lhe um beijo nos l�bios, p�s os �culos e saiu ao encontro do marido. Levava um sorriso que n�o tinha trazido. Ser� que ele repararia?

Quando se sentou na cadeira percebeu a presen�a dele e levantou o rosto.

-- Demorei?

-- N�o. Estava aqui brincando com as crian�as.

-- Nem sentiu a minha falta?

-- N�o � isso, querida... N�o quer jogar?

-- N�o, estou bem aqui. Vou ficar olhando...

Ele se afastou, ela suspirou profundamente. N�o precisava de mais nada, s� de curtir a lassid�o que o orgasmo lhe provocara. Fechou os olhos e sorriu...

-6-

-- Vamos embora?

Tinha cochilado e nem se dera conta. O sol j� estava fraco e a praia um tanto vazia. Seus novos amigos estavam agitados arrumando as coisas.

-- Que sono gostoso!

Espregui�ou-se graciosamente para o deleite de Alberto. Tinha se esquecido de como era bonita! Seus olhos estiveram ocupados com as mo�as ao lado e nem se detiveram na esposa por um minuto.

-- Voc� est� linda...

-- Obrigada.

Foram-se a passos lentos carregando as bolsas. Alberto n�o conseguia tirar os olhos dos quadris que rebolavam a sua frente.

-- Vamos tomar banho? -- perguntou.

-- V� na frente... Tenho que separar a umas roupas para essa noite...

-- Vamos ao clube?

-- N�o gostaria?

-- Sim, se voc� quiser.

-- Eu quero, estou presa aqui desde que cheguei...

-- Est� bem.

Pouco depois ele avisou que tinha terminado de banhar-se, era a vez dela. Ana olhou-se no espelho e viu-se com o biqu�ni, ficou satisfeita, pois estava encantadora. Quando tirou a parte de baixo do biqu�ni e viu a mancha provocada pelo esperma de Cristian ela percebeu o risco que estava correndo de ficar gr�vida, afinal fizera um tratamento e o amante tinha despejado seu s�men antes do marido. E agora? Riu da pr�pria sorte, mas n�o tinha problema nenhum, bastava seduzir o marido naquela noite. Ele precisava ejacular na sua vagina tamb�m. S� isso!

Enquanto a �gua ca�a, enfiava o dedo m�dio na vagina para se desfazer do m�ximo de vest�gio de Cristian. Trazia um sorriso constante, denotando o quanto estava satisfeita com ele.

E naquela noite, depois de divertirem-se no clube, n�o teve dificuldade para realizar seu prop�sito. Assim que se deitaram, procurou sob os len��is o p�nis dele e o fez endurecer na sua boca. Depois, quando sentiu que estava no ponto, sentou-se nele. Como estava preocupada com seu objetivo e n�o com transa em si, sua vagina n�o estava completamente lubrificada ent�o sentiu dificuldade na penetra��o, provocando-lhe at� um pouco de dor. Mas n�o desistiu e recome�ando, duas, tr�s vezes, fez com entrasse. A� come�ou o vaiv�m como se a masturb�-lo. Alberto estava boquiaberto com a iniciativa dela e excitad�ssimo com tudo aquilo. Os seios dela subiam e desciam e tremulavam de forma a provoc�-lo ainda mais.

-- Se continuar assim vou gozar...

Ela sorriu candidamente para ele.

-- � o que eu quero que fa�a! Quero aproveitar toda essa energia acumulada nesses dias todos que ficamos sem transar.

Ele fechou os olhos para n�o encar�-la. Ana percebeu e riu dele.

-- Goze, meu amor... Goze bastante...

-- E voc�?

-- N�o se preocupe comigo, temos muitos dias pela frente. Pode gozar... Vou adorar...

E ele gozou. E se agarrou no espaldar para suportar os movimentos de Ana durante o orgasmo. Seu p�nis tinha explodido dentro dela.

-- Isso, meu querido... Que bom, que bom!

Ent�o, saiu de cima dele e deitou-se ao seu lado para se recuperar. Respirava aceleradamente. Alguns minutos depois, quando se acalmou, virou-se para falar com ele, mas viu que tinha dormido. Achou gra�a e, ajeitando-se de lado, fechou os olhos para dormir tamb�m. Tinha resolvido seu problema...

-7-

Assim que o dia come�ou a clarear sentiu as car�cias dele e o movimento para se posicionar entre suas pernas. Abriu-as e esperou a penetra��o. Uma, duas tentativas e pronto, conseguiu. Ana sorriu discretamente, estava contente com a iniciativa do marido, pois era um refor�o para a sua tentativa de engravidar e camuflar o gozo do amante. Fechou os olhos ao se lembrar dele e, espontaneamente, imaginou que era ele quem estava ali, dentro dela.

De repente sentiu um dedo que bolinava seu �nus. Voltou-se para a realidade, seu marido adorava fazer aquilo. Tudo bem, aproveite! Pensou. Afinal isso o faz se excitar alem da conta. Agora o dedo m�dio estava inteiro dentro dela. O dedo e o p�nis ro�avam-se atrav�s do �nus e da vagina. Come�ou a excitar-se tamb�m...

Mas n�o demorou muito, ela pode perceber pelos gemidos que aumentaram, e o marido ejaculou.

Quando terminou, saiu dela e virou-se para o lado respirando ruidosamente, se recuperando. Mantiveram-se em sil�ncio e dormiram novamente.

-8-

Durante o almo�o receberam um convite do resort para uma pescaria em alto-mar. Partiriam as quinze e voltariam às vinte e uma horas. Ele animou-se muito, ela nada. N�o gostava tanto de pescar e tinha medo de ir ao mar num barco pequeno. Riram dela, mas foram compreensivos. Assim, ficou acertado que Alberto iria e ela pegaria uma praia.

Quando j� tinham partido, ela foi at� o cais acompanhar a partida, voltou caminhando pela areia. Estava tranquila e sentou-se na tenda pr�xima ao seu chal�. Em poucos minutos Cristian surgiu.

-- Quer beber alguma coisa?

Ofereceu-lhe o card�pio.

-- Oi, meu querido, que bom te ver.

-- Voc� est� linda nesse vestido...

-- S� estou usando ele.

-- � mesmo?

-- Fique na minha frente e olhe...

Ele obedeceu, ela abriu as pernas e mostrou-lhe a delicada vulva e seus pelos alourados.

-- Meu Deus, como � linda!

-- E gostosa?

-- Muito, quase morri ontem...

-- Imagine, que exagero. Voc� � jovem, aguenta bem mais que uma transadinha.

-- Quatro...

-- Nossa! Est� contando?

-- Foram inesquec�veis.

Ela riu, ele n�o tirava os olhos do sexo dela. Ana olhou em redor, estavam sozinhos.

-- Como est� sua disposi��o?

-- Para?

-- Mais uma transadinha... Estou precisando muito, preciso melhorar o meu ego!

-- Estou sonhando com isso... Ali�s, sua bunda n�o me sai do pensamento.

Ela riu, movimentando-se, excitada.

-- Voc� se esbaldou com ela...

-- Meu Deus, lembrar de voc� deitada de bru�os...

-- Mas n�o pode ser nela agora, n�o est� preparada ainda... Ter� que ser na frente...

-- Claro...

-- Ou na minha boca...

-- Meu Deus!

Ela n�o conteve uma gargalhada ante as express�es dele. O dia estava ficando claro e belo outra vez. No horizonte via o barquinho que conduzia o marido. Aquilo que come�ara como vingan�a tomava outra conota��o agora, queria se divertir j� que n�o havia nenhuma preocupa��o moral em rela��o a Alberto. Tinha percebido que uma das garotas do dia anterior tinha ido junto na pescaria, ent�o ele se divertia l�, ela aqui.

-- Traga-me uma Marguerita e, depois, me espere no chal�... E por favor, seja discreto, finja que vai levar alguma coisa para mim.

-- N�o se preocupe, o chal� e isolado e ningu�m estar� observando.

-- �timo...

A lembran�a do corpo do amante e, principalmente, do seu p�nis avantajado provocou-lhe um arrepio. Olhou o mar em busca do barco que levava o marido, ia longe. Em volta ningu�m, apenas algumas pessoas caminhavam pela praia, um tanto distantes. Levou a m�o entre as pernas e acariciou o sexo.

-- Voc� vai ter o que merece...

J� estava �mida.

-- Ai, meu Deus, n�o quero nem saber, vou me acabar com esse menino, depois... Ora, depois vejo o que vai acontecer...

Dali a pouco o viu se aproximar trazendo a sua bebida.

-- Obrigada, querido.

-- � prazer te servir.

Ela sorriu encantadora.

-- O prazer em servir e meu, estou adorando dar para voc�. Fazia tempo que n�o transava com tanta vontade, que n�o gozava t�o gostoso. Agora, por exemplo, n�o veja a hora de ter voc� dentro de mim. Se olhar para ela vai ver que esta pronta para te receber.

Abriu as pernas para mostrar o sexo.

-- Meu Deus, que coisa mais linda! Queria cair de boca nela!

Ana arregalou os olhos tomada pelo tes�o.

-- Ai, voc� faria isso? Iria adorar... N�o aqui, e claro! Mas, depois?

-- Claro que sim, vou adorar...

-- Ai, o que estamos esperando?

O rosto dele mostrou-se levemente desconcertado.

-- Olha, preciso voltar l� na sede por um tempinho, mas, vou em seguida.

-- N�o me deixe esperando muito...

-- N�o, claro que n�o. Nem pensar!

-9-

Depois degustar a Marguerita, ela chegava ao chal�, ansiosa pelo que ia fazer. n�o o encontrou, e sem perturbar, resolveu fazer um enema em si para satisfazer o amante, caso ele quisesse. Pratica como era, o fez em poucos minutos. Seu �nus estava limpo e lubrificado.

Ainda teve que esperar mais algum tempo at� que ele aparecesse. Olhava o rel�gio de minuto em minuto. Acostumada aos atrasos do marido manteve-se tranquila. E quando estava prestes a ligar para saber o que acontecia, Cristian apareceu se desculpando.

-- Tive ficar na portaria para que o meu amigo fosse almo�ar.

-- T�o tarde?

-- Pois �...

-- Desanimei...

-- Oh, n�o!

-- Mas voc� demorou demais!

Cristian foi à sua dire��o.

-- Puxa, mas estou aqui agora.

Conseguiu abra��-la sem muito esfor�o e a beijou com sofreguid�o. Ana gostou da sua atitude e correspondeu com a mesma intensidade. Aos trope�os foram para o quarto e nus, atiraram-se na cama. Aproveitando um momento em que ele estava por baixo, deslizou pelo seu corpo e foi brincar com o p�nis endurecido. Sua boca quente e gulosa chupou, lambeu e mordeu o membro t�o adorado. Tinha se encantado com ele desde a primeira vez. Agora podia aproveitar para sabore�-lo com tranquilidade.

Cristian puxou-a para que se virasse e permitisse que ele brincasse com o sexo dela tamb�m, como tinha prometido. Abocanhou os l�bios �midos e sentiu o gosto do l�quido que saia dela. Viu que �nus estava �mido e imaginou que Ana o tinha preparado para ele. Com certeza estava limpinho e untado para receb�-lo. Intensificou os movimentos à medida que o tes�o aumentava.

N�o resistindo de vontade, pediu que ela ficasse de quatro, queria penetr�-la por tr�s. Ana entendeu que ele tinha visto seu orif�cio preparado e obedeceu. Estava mesmo esperando por aquele momento.

Ficando naquela posi��o, submissa, tornou-se ainda mais desej�vel. Cristian posicionou-se entre as pernas flexionadas e colocou o p�nis na entrada do buraquinho min�sculo. Surpreendeu-se com sua aparente delicadeza e teve d�vida se suportaria a penetra��o. Depois sorriu lembrando-se das vezes anteriores.

Empurrou devagar, arrancando dela gemidos de dor. N�o se deteve por causa disso. Pressionou mais e mais, at� adentr�-la. Pode ver o orif�cio se alargando e seu pau sumir dentro dele. A vis�o da bunda branca e delicada se transformou com aquele membro intruso e que destoava de tamanha beleza.

Mas Ana estava gostando tanto quanto ele. Seu semblante alternava express�es de dor e de satisfa��o, enquanto gemia continuamente. Queria que ele resistisse o m�ximo naquele vaiv�m intenso. Sentia que seu esf�ncter tinha se adaptado ao pau roli�o e que dor diminu�ra. Era s� apreciar agora...

Seus seios tremulavam com o choque das virilhas dele com suas n�degas. Nesse momento soltava um gritinho, misto de prazer e preocupa��o, visto que sabia estar ele inteiro dentro dela. Que ponto de suas entranhas estava tocando?

-- Cristian?

-- Oi...

-- Quando gozar n�o tire, fique dentro de mim...

-- Que maravilhoso isso!

-- E se gente aguentar, vamos come�ar de novo sem que tenha tirado...

-- Meu Deus!

-- Sempre tive essa vontade...

-- Meu Deus!

Era s� o que ele conseguia dizer. Imediatamente recome�ou o vaiv�m e n�o demorou para gozar, aquela nova expectativa tinha atingido sua libido como um raio. E gozou de forma t�o intensa que urrou, arrancando dela um gemido longo alem de um largo sorriso de felicidade.

A primeira parte do seu plano tinha acontecido, Cristian tinha gozado com prazer, com muito prazer, na sua bunda. Agora era esperar para saber se conseguiriam fazer tudo aquilo de novo.

-10-

Ajeitaram-se na cama de forma a manterem-se ligados pelo membro que descansava no reto inundado. Ficaram em sil�ncio enquanto a respira��o se acalmava. Cristian tinha agarrado um de seus seios e de vez em quando o apertava.

Ana sentia-se tranquila, sem nenhum remorso em rela��o ao fato de ser casada e estar ali, nos bra�os do amante. Seu marido tinha permitido que sua mente, sua moral, cogitasse essa possibilidade. No primeiro momento fora apenas por vingan�a, mas agora era por prazer puro e simples. Cristian era maravilhoso. Dono de uma simpatia encantadora e um corpo m�sculo, bem cuidado, igualmente encantador. Alem disso, que seria suficiente para conquist�-la, era discreto e muito atencioso. Notara que ele a desejava de verdade, como h� muito n�o percebia nas a��es do marido.

Lembrou-se dele l� em alto mar, n�o preocupado com a pesca, mas em divertir-se com aquela moca. Que bom tivera coragem para dar-lhe o troco!

Tentou controlar seu esf�ncter e percebeu que tinha recuperado seu controle. O p�nis amolecido havia cedido espa�o para isso. Come�ou ent�o a contrist�-lo para provocar uma press�o no intruso.

Cristian acordou de sua sonol�ncia ao sentir os movimentos. A excita��o alterou sua respira��o que por sua vez despertou ainda mais o desejo de Ana. Ao mesmo tempo percebia seu �nus alargando-se, perdia o controle sobre o esf�ncter. Para compensar come�ou a movimentar-se para faz�-lo entrar e sair. O barulho provocado pela inunda��o anterior e que teimava em sair chegava aos seus ouvidos para excit�-la ainda mais. Levou a m�o na vulva e procurou o clit�ris intumescido, dessa vez queria gozar tamb�m. N�o sentia nenhuma dor, nenhum inc�modo, apenas uma sensa��o intensa de prazer que entorpecia aquela regi�o. Ent�o teve o primeiro orgasmo e quando enfiou dois dedos na vagina e sentiu o p�nis que os pressionava atrav�s da parede do canal vaginal durante as estocadas de Cristian, gozou de novo e forma ainda mais gostosa, extenuante. Largou-se na cama, incapaz de se mexer, nem mesmo de gemer, para submeter-se aos arroubos do pau que lhe cutucava sem d� nem piedade.

Conseguiu sorrir quando os gemidos de Cristian intensificaram-se e ele despejou seu l�quido mais uma vez dentro dela. Sabia que tamb�m gozara como n�o o fizera antes. As virilhas pressionavam suas n�degas tentando entrar mais um pouco. Estava inteiro l� dentro e queria ir mais fundo.

Finalmente se jogou ao lado e ao movimentar-se para deitar de costas saiu dela. Ana sentiu um alivio sem precedentes quando se sentiu vazia, oca. Imaginava que sua bunda estava ensopada, aberta, arrega�ada! Mas esse pensamento ao inv�s de trazer-lhe preocupa��o a deixava satisfeita e excitada. Se Cristian conseguisse poderia fazer de novo e de novo at� cair morto. Mas n�o disse nada, deixou que ele tamb�m se recuperasse.

-11-

Quando acordou j� passava das sete horas. As �ltimas luzes do dia entravam clareavam o ambiente. Sentou-se e olhou em volta. Viu que estava sozinha e que tudo estava em ordem. Por um segundo pensou que tivesse sonhado, mas ao sentir o cheiro de sexo e a umidade em sua bunda atinou que n�o, tinha acontecido ali uma das melhores transas de sua vida.

Ao se levantar olhou as manchas no len�ol e n�o conteve o riso, Cristian tinha despejado muita coisa dentro dela. Meio cambaleante dirigiu-se ao banheiro e deixou a ducha cair como uma caricia, aliviando aquela sensa��o de sonol�ncia. Sentiu fome e assim que terminou o banho, ainda de roup�o ligou para Cristian e, formalmente como tinham combinado, pediu comida e uma muda da roupa de cama. Em menos de vinte minutos ele chegava com os pedidos.

Ela o recebeu com um olhar carinhoso e um sorriso de felicidade.

-- Oi, tudo bem?

-- Tudo. E com voc�?

-- Estou morrendo de fome.

-- Imagino. Eu j� jantei.

-- N�o vi voc� sair.

-- N�o quis te incomodar, estava t�o tranquila...

-- Fazia tempo que n�o dormia assim t�o pesado.

O riso safado dele chamou sua aten��o.

-- Do que esta rindo?

-- Quase morri naquela hora...

Ela riu alto.

-- Voc� quase me matou! Perdi completamente as forcas!

Outra vez o olhou de forma carinhosa.

-- Voc� � muito gostoso...

-- Voc� tamb�m...

-- Que bom que tudo isso aconteceu.

-- Para mim est� sendo �timo.

-- Para mim tamb�m. N�o me arrependo de nada, pelo contr�rio, quero mais! Sempre que puder e estiver disposto, tamb�m estarei.

Olhou para a comida sobre a mesa e brincou.

-- Mas para isso preciso comer, preciso recuperar as minhas for�as! Se quiser me comer, tem que me alimentar bem!

-- Claro.

Ap�s algumas garfadas, anunciou:

-- Depois vou a praia esperar o barco.

-- Eles v�o chegar da pescaria bem a noite.

-- J� entraram em contato?

-- O tempo todo... N�o se preocupe, est�o bem. J� pegaram alguns peixes gra�dos e...

-- N�o estou preocupada, estou me divertindo tamb�m.

Seu olhar foi de satisfa��o. De fato, nada mais lhe estragaria o humor dali para frente. Aqueles dias que haviam come�ado de forma angustiante tinham tomado um rumo interessante. Tentou fazer as contas e n�o conseguiu enumerar exatamente quantas vezes tinha transado. Lembrou-se que o marido a tinha comido duas vezes, mas o amante...

-- Quantas vezes voc� me comeu?

Ele do riu jeito dela se expressar.

-- Eu te comi um monte de vezes.

-- Quantas?

-- Tenho que pensar... Por que quer saber?

-- Para quando encarar o safado do meu marido pensar que tamb�m o tra�, que algu�m gozou em mim tantas vezes que estou at� mais pesada.

Parou um pouco e franziu os olhos, vingativa.

-- Nossa! Se ele imaginar que voc� gozou na minha bunda, vai ter um ataque do cora��o! Ele diz que � o tesouro dele. At� j� masturbou olhando e passando a m�o nela.

-- De fato, ela � maravilhosa. E gostosa!

-- E voc� est� se aproveitando!

-- Seis vezes...

-- Seis vezes o que?

-- Que gozei em voc�.

-- Meu Deus! Em tr�s dias?

-- Exatamente.

Lembrou-se das duas do marido.

-- Nossa, bati o meu recorde. Nem na lua-de-mel!

Ficaram em sil�ncio, pensativos. Cristian estava admirando sua beleza enquanto ela comia. Era t�o elegante a maneira que se alimentava, t�o delicada. O roup�o entreaberto mostrava parte dos seios opulentos. Com certeza estava sem calcinha tamb�m. Seus cabelos, quase secos, teimavam em cair pela face e ela insistia em coloc�-los atr�s das orelhas.

Ela surpreendeu seus olhares.

-- O que foi?

-- Estou encantado com sua beleza.

-- � mesmo? Sou bonita mesmo?

-- Voc� sabe que sim, n�o sabe?

-- Sei. �s vezes isso me atrapalha porque tem pessoas que se aproximam por causa disso. E pior, às vezes tamb�m se afastam!

Parou um instante.

-- Voc� deve passar por isso, n�o � mesmo?

-- Eu?

-- Voc� sabe que � bonito, n�o sabe?

-- �s vezes me sinto assediado sem motivo!

-- Pois �. Ent�o sabe do que estou falando.

-- E foi por isso que permitiu que me aproximasse tanto?

-- Tamb�m. Pelo menos no princ�pio. Mas voc� � muito gentil e educado. Mais: � confi�vel!

-- Obrigado.

-- � verdade. Voc� � uma pessoa rara.

-- Nossa!

Ana riu inesperadamente.

-- N�o permiti apenas que se aproximasse, mas que entrasse!

Ele riu tamb�m. Sua alegria era contagiante.

-- E voc� foi fundo, querido! Estou at� preocupada com os estragos que pode ter feito.

-- Est� brincando?

-- Estou!

E gargalhou gostosamente.

-- Que horas s�o?

-- Oito e quinze.

-- Vou me trocar...

Eles se levantaram e Cristian come�ou a limpar a mesa. Ana caminhou para o quarto.

-- Ana?

Ela parou.

-- Oi?

-- Posso te acompanhar?

-- At� à praia?

-- N�o, claro que n�o. At� a�, no quarto.

-- Ah, quer me ver trocando de roupa?

-- Sim.

-- Claro que sim... Mas s� olhar, t� bom? N�o dar� tempo para mais uma!

Riram.

-- Claro...

Imediatamente ela abriu o roup�o e o deixou cair, expondo-se.

-- A menos que queira se masturbar...

Estava parada na porta, com a m�o apoiada no umbral e uma das pernas levemente dobrada. Apesar das palavras ditas num tom suave, excitava-se com a inten��o dele.

-- Meu Deus, n�o sei o que fazer...

Ana entrou e foi at� o arm�rio para escolher o que vestiria. Cristian ficou parado na porta, observando seus movimentos. Os seios fartos balan�avam, as n�degas perfeitas tremulavam. Come�ou a alisar o p�nis que endurecia rapidamente sob o cal��o. Quando o tirou estava enorme. Sem se preocupar, come�ou a se masturbar seguindo a sugest�o dela.

Quando ela percebeu o que estava acontecendo e tornou seus movimentos mais lentos e l�nguidos. Foi at� a cama e pegou o travesseiro para tirar a fronha, ficando de costas a menos de um metro dele. Depois, se dobrou uns segundos. O que o confundiu, pois pensou que ela estava oferecendo sua bunda. Mas, ela voltou-se logo e estendeu-lhe a fronha. Seu semblante denotava tens�o, ansiedade. Queria v�-lo gozar!

-- Deixe-me gozar no seu rosto!

-- No meu rosto?

N�o esperava aquele pedido, mas sorriu para ele, concordando.

-- Est� bem...

Ajoelhou-se aos seus p�s e se preparou, semicerrando os olhos. Seu gesto submisso acelerou a ejacula��o iminente. O primeiro jato saiu com for�a, obrigando-a a fechar os olhos visto que foi direto num deles. Depois vieram os outros, seguidamente. O l�quido cobria v�rias partes da face sorridente e escorria para colo e os seios... Ao sentir os l�bios pressionados pelo p�nis macio, lambeu-o e o gosto do esperma trouxe-lhe a vontade de engolir um pouco, ent�o abriu os olhos impregnados e a boca para receber o p�nis que j� se antecipava e adentrava os l�bios entreabertos.

Cristian sentiu a boca quente envolvendo-lhe o pau e teve um �ltimo estertor, expelindo uma derradeira gota do seu s�men na garganta da amante.

Ana continuou sugando-o at� senti-lo amolecer. Ent�o, se levantou e abriu os bra�os.

-- Olhe o que fez comigo... Vou precisar de outro banho!

-- Voc� � incr�vel!

-- Sete!

-- O que?

-- Com essa, voc� gozou sete vezes em mim!

-- � mesmo.

-- Seu fogo n�o acaba nunca?

-- � voc� a respons�vel.

-- Mas n�o sei se vou aguentar.

O esperma escorria pelo seu corpo e ca�a no ch�o.

-- Vou tomar um banho. � melhor ir embora...

-- Vou s� trocar o len�ol.

-13-

As horas passaram. Ana estava esperando pelo comunicado da chegada da embarca��o para ir ao ancoradouro. Eram quase dez horas quando seu aparelho tocou. Da sede do resort avisavam que, infelizmente, o barco fora surpreendido por um mal tempo, quase uma tempestade, e que teria de passar a noite ao largo a espera de um momento melhor para retornar. Seu marido solicitara que fosse at� l� para conversar com ele pelo r�dio. Cristian estava a caminho para peg�-la.

De fato ele chegou poucos minutos depois da liga��o ter encerrado. Recebeu-o com ar de preocupa��o pois aquilo foi inesperado.

-- O que aconteceu de fato?

-- Nada demais, n�o se preocupe. �s vezes o tempo vira de uma hora para outra. � normal! Eles v�o ficar ao abrigo de uma das ilhas e voltar�o assim que clarear.

-- S� isso mesmo?

-- Sim. Quando falar com seu marido, ficar� mais tranquila.

-- Ai, meu Deus. Vamos ent�o.

O r�dio amador ficava numa sala isolada e havia v�rias outras pessoas para falar com seus parentes no barco. Logo percebeu que o problema n�o era s� dela, havia ali algumas esposas e filhos ansiosos.

Esperou sua vez e falou com Alberto numa conversa curta na qual ele procurou tranquiliz�-la. Estava bem. Ficara um pouco preocupado no come�o, mas a tripula��o experiente conseguira acalm�-lo, at� porque o barco estava nesse momento em �guas serenas. Iria aproveitar para pescar mais um pouco. Tinha pegado um peixe enorme, o maior de sua vida e estava muito feliz. Em nenhum momento mostrou-se preocupado com ela, com o fato de ter que passar a noite sozinha ou qualquer outra coisa. Por�m, ela achou normal, afinal era comum ficar s� quando ele viajava a neg�cios. Assim que se despediram sorriu para si mesma e pronunciou entre dentes:

-- S� me resta esperar.

Cristian a acompanhou at� o chal�.

-- Precisa de alguma coisa?

-- N�o, n�o. Acho que n�o. Vou me deitar e tentar dormir.

Estava taciturna desde que entraram no Buggy. Ele pensou em se oferecer para ficar, adoraria passar a noite com ela, mas esperou que partisse dela o pedido.

Ela se despediu abanando a m�o fazendo um adeus e entrou. Decepcionado Cristian sentou no carro e esperou. Vendo que ela n�o voltava a abrir a porta, deu a partida e se foi.

Umas duas horas depois, quando j� estava em pleno sono, seu aparelho tocou. Era Ana que n�o conseguira pregar os olhos.

-- Te acordei?

-- Sim, mas... Aconteceu alguma coisa?

-- N�o consigo dormir.

-- Est� preocupada com seu marido?

-- N�o, estou com raiva dele. Tem certeza que essa hist�ria do barco � verdadeira?

-- J� aconteceu outras vezes.

-- Algo me diz... Intui��o feminina, sabe?

-- N�o leve t�o a s�rio.

-- Est� frio l� fora?

-- Acho que n�o. Voc� est� sentindo frio?

-- Um pouco. Ser� que � porque estou nua?

-- Nua?

-- Peladinha...

-- Est� precisando de um cobertor?

-- Estou precisando que voc� venha me cobrir...

-- Estou indo.

-- Vem mesmo?

-- Agora!

-- Ai, que bom, meu querido. Vou fazer de tudo para que n�o se arrependa!

-14-

Ela o esperava nua como tinha dito. Mal fechou a porta o agarrou num abra�o apertado e ofereceu a boca �vida por beijo, que durou v�rios minutos.

-- Que bom que veio.

-- N�o queria ter ido naquela hora.

-- Por que n�o falou?

-- Voc� estava com a cara de preocupada.

-- Estava apenas confusa.

-- Est� mais relaxada agora?

-- Agora estou com tes�o, um baita tes�o. Relaxada estarei quando me fizer gozar!

Sua m�o procurou o p�nis dele, estava duro, pronto para o sexo. Imediatamente Ana o livrou das roupas para senti-lo melhor.

-- Meu Deus, que coisa boa!

Ajoelhou-se e o abocanhou de uma vez. Sua garganta o impediu de entrar mais. Queria engoli-lo de verdade! Come�ou a sug�-lo, gemendo e movimentando a cabe�a. Se ele gozasse n�o se importaria.

Mas Cristian queria mais, queria gozar, p�r na vagina �mida e quente. Ent�o, segurou a cabe�a da amante.

-- Assim, vou gozar logo... Vamos para sof�...

Ana obedeceu. Ele sentou-se na borda e puxou-a na sua dire��o. Ela compreendeu a inten��o dele e ajoelhou-se sobre o membro ereto. Foi baixando o corpo à medida que era invadida. Sentia a vagina alargar-se para dar passagem ao p�nis intruso. De vez em quando se levantava um cent�metro e baixava de novo para que a penetra��o acontecesse melhor. Quando sentiu seu p�bis tocar o dele come�ou a rebolar e falar.

-- Ai, meu Deus, que coisa boa! Que pau gostoso � esse? Posso senti-lo inteiro dentro de mim!

Parou de mexer e tomou-lhe o rosto entre as m�os.

-- N�o goze ainda, aguente o m�ximo que puder. Me deixe curtir esse pau maravilhoso!

-- Vou tentar...

Ela riu e passou a dar-lhe beijos pelo rosto.

-- Vai tentar, meu gostoso? Ent�o vamos ver quanto tempo consegue segurar.

Come�ou a cavalg�-lo deslizando sua vagina pelo mastro onde estava espetada. Cristian agarrou os seios que balan�avam na sua cara.

-- Isso... Brinque com eles... Tente segur�-los...

-- Como s�o lindos. T�o delicados!

-- N�o aperte com for�a, por favor, seja delicado!

De repente parou o que estava fazendo e voltou a rebolar fazendo com seu clit�ris se esfregasse no p�bis dele. Cristian estava chupando o bico do seio mais pr�ximo. Ela gemia concatenando a press�o da mama sugada com o clit�ris esmagado.

-- Continue, querido, que vou gozar!

As m�os que o seguravam pelos ombros crisparam no momento do cl�max e Cristian p�de perceber o momento exato em que ele a atingiu. Ficou satisfeito por permitir que Ana o usasse para chegar a um orgasmo t�o intenso. Riu com os gemidos roucos dela. Finalmente parou de se mexer e o abra�ou pelo pesco�o enquanto respirava ruidosamente no seu ouvido. Esperou se acalmar um pouco antes de agradecer.

-- Obrigada, querido. Ai, que bom, que bom! Que gozada gostosa! Ai, vou sentir saudades quando for embora. Que del�cia!

-- Eu tamb�m.

Voltou a remexer-se sobre ele.

-- Sabe o que acho interessante? Parece que os dois se encaixam direitinho. Acho que foram feitos um para o outro.

Cristian riu.

-- � verdade. Olhe, ele � maior que o do Alberto, mais grosso tamb�m, e nessa posi��o o dele estaria cutucando meu �tero, me incomodando. O seu n�o! J� me mexi para todo o lado, j� apertei, j� me esfreguei de todo jeito e n�o senti nada, s� prazer! � uma del�cia estar com ele enterrado dentro de mim. Se minhas pernas aguentassem, passaria a noite inteira aqui, tendo um orgasmo atr�s do outro!

-- Elas est�o doendo?

-- Ainda n�o. Ai, que del�cia!

Ela olhava para o teto, agarrada nos ombros dele e rebolando cada vez mais.

-- Posso te fazer um pedido?

-- Claro.

-- Fique assim mais um pouco... Me deixe gozar de novo!

-- Ai, minha gostosa, vou adorar!

-- Sou sua gostosa?

-- �.

-- Voc� j� comeu alguma mulher mais gostosa que eu na sua vida?

-- Nunca, nunca...

Seus movimentos se intensificaram.

-- Acredite que eu tamb�m nunca fui comida por ningu�m t�o gostoso! Olha isso... Vou gozar de novo!

Dessa vez cravou as unhas na pele dele marcando o orgasmo que lhe percorria o corpo. Estava bufando agora, demonstrando que este tinha sido mais intenso.

O abra�ou novamente para se acalmar.

-- Ai, que gostoso, que gostoso!

Cristian movimentou-se e ap�s sentar-se melhor, levantou-se a carregando espetado no mastro que permanecia extremamente duro. Foi em dire��o a mesa de jantar que sabia ser robusta o suficiente para o seu intento. Sentou-a nela e a ajudou a se deitar na madeira fria que lhe reconfortava do aquecimento que tivera. Ao sentir-se largada sobre a mesa, com as pernas abertas e tendo ainda o pau atolado na sua vagina, deleitou-se com a iniciativa dele. Ainda estava longe de acabar o seu prazer. Agora seria usada e isso a satisfazia tamb�m.

-- Se quiser por no meu cuzinho, fique a vontade, eles tamb�m se encaixam direitinho... E eu sei que voc� gosta... Ele � mais apertadinho, n�o �?

Cristian come�ara a dar estocadas lentamente.

-- �. Mas, sabe o que quero fazer agora?

-- O que? Faca!

-- Quero chupar voc� e beber os dois gozos que acabou de ter.

-- Ai, meu Deus, vou gozar de novo!

Ana agarrou-se as bordas da mesa e preparou-se para o que ele ia fazer. Ent�o Cristian saiu dela e ajoelhou-se, aproximando o rosto do seu objetivo. A vagina ainda estava aberta, n�o tinha se recomposto ainda. Deu-lhe uma ampla lambida sentido o sabor agridoce que combinava com cheiro que exala dela. Percebeu que a medida que ela ia se fechando o l�quido nela contido ia escorrendo. P�s-se a sug�-lo devagar, apreciando o gosto com prazer.

Ana estava de boca aberta e os olhos fixados no teto, n�o acreditando que pudesse sentir tanto prazer. E Cristian continuou o que estava fazendo at� sentir a vulva quase seca. Ent�o, quis voltar a penetr�-la. Levantou-se e com calma posicionou-se entre as pernas dela. Colocou o p�nis na entrada e empurrou para adentr�-la. N�o encontrou resist�ncia porque a vagina t�o usada continuava a se lubrificar. Ana esteve prestes a gozar tendo a l�ngua dele lhe bolinando o sexo.

Agora estava outra vez alargada e recebendo as estocadas cada vez mais viris. N�o sentia mais as pernas, t

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