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MEU AMIGO ME AMAVA XIX

Meu Amigo me Amava – parte XX



Bom... qdo a Alessandra d� esse beij�o no Jhonny, na boa, nem acreditei, e pra minha surpresa o Jhonny correspondeu, beijou tbm, todo mundo vibrou, pois como palavras da pr�pria Alessandra, “ o maior e melhor presente que ela gostaria de ganhar no dia do anivers�rio dela era um homem”, s�rio, e ela estava feliz, pois pensou que tinha conseguido.A festa continua, depois de estar exausto, e J�lia no meu p� me beijando. E o Pedro com o pessoal do escrit�rio sempre me olhando, e aquilo estava me incomodando, decido provocar o Pedro e embarcar na do Jhonny, come�o a ficar com a J�lia, e beijo mesmo, amassos, sempre gostei dela, era uma menina legal, simp�tica, e por que n�o. Ent�o ficamos. Chega na mesa o Jhonny e a Alessandra, ela sai pra ir ao banheiro e d� maior beij�o na boca do Jhonny, ficamos eu, Jhonny e a Julia na mesa, bebendo e conversando, e o Pedro a nos olhar, na pista, dan�ando e virado pra gente, toda hora o Pedro bebia, wisk, ice, vodca, estava animado. O Jhonny percebe o constrangimento e me chama, dou um beijo na J�lia e vamos ao banheiro: “Breno, quer ir embora cara, olha n�o tem problema, metemos o p�, quer ir?”. Digo que n�o: “Que ir embora o que Jhonny, o Pedro n�o vai azedar nossa noite, n�o vou d� esse prazer pra ele,n�o vou mesmo.” Aproveito pra perguntar neh, a cena do beijo n�o saiu da minha cabe�a: “Jhonny que foi aquilo na pista brother, na boa pensei que vc fosse ficar super constrangido com a Alessandra?.” Ele me corta: “Breno, que isso leke, tu acha o que, s� por que sou gay, que curto caras nunca fiquei com mulher, relaxa, eu sei at� onde posso ir.” Fico sem gra�a e falo que depois que ele me confessou ser gay que nunca paramos mais pra conversar sobre isso, e que nos �ltimos dias aconteceram tantas coisas que realmente nos impediram de continuar o assunto que se iniciou na praia. Ele me pergunta quem � a garota que eu estava beijando, eu digo ser uma amiga minha da faculdade, ele me pergunta se realmente gosto dela, digo que j� hav�amos ficado e que ela � legal, ele sorri e me diz: “n�o foi isso que perguntei brother, mais j� entendi.” Sorri e sai do banheiro, eu vou logo em seguida. Voltamos pra mesa e a Alessandra igual um polvo agarra o Jhonny, foi surreal, uma coisa que jamais imaginei. A J�lia vem pro meu lado e voltamos a nos beijar, o Jhonny � puxado literalmente pela Alessandra pra pista, e ele vai, nunca o vi t�o solto, t�o alegre, animado mesmo, qdo olho pro balc�o est� o Pedro, sentado, virado pra minha mesa, com aqueles olhos, e bebendo, disfar�o e volto a ficar com a J�lia, algumas pessoas do escrit�rio come�am a ir, principalmente os mais velhos, nesse momento j� eram quase 2 horas da madruga, a boate lotada, o Jhonny suando, se acabando. Derrepente o Pedro vem at� minha mesa, e tira a camisa, algumas mulheres come�am a gritar est�ricas: “gostoso, tes�o, vai gostoso”. O Pedro pra meu espanto tira a camisa e come�a a dan�ar, em poucos instantes juntos v�rias mulheres ao seu redor, at� as dos escrit�rio, que sabiam que ele era casado. Pra meu espanto nem sabia que o Pedro sabia dan�ar, mais ele dan�a, � provocado, provoca, at� que uma das meninas mais atiradas lhe tasca um beijo na boca, ele corresponde, eu na mesa olhando aquilo tudo, a J�lia decide me puxar pra eu ir pra pista, eu vou, dan�o tbm, o Jhonny vem pro meu lado, e ficamos a dan�ar, a Alessandra animada, foi se juntar as amigas e azarar o Pedro, que estava se achando, e toda hora me olhava, na boa mesmo depois de td n�o gostei, estava achando aquilo p�ssimo, o Jhonny puxa eu e J�lia e fazemos um c�rculo e come�amos a pular, a pista nessa hora estava lotada, td mundo dan�ando, e come�amos a pular muito. O Jhonny me animando e a J�lia tbm. At� que os amigos da J�lia a chamam pra ir embora, a gente se despede, ela me d� mais um beijo e diz que amanha me liga depois, eu digo beleza e ficamos eu e o Jhonny ali dan�ando. O Pedro vai pra mesa, a Alessandra e o Maur�cio ficam com ele lah, e continuamos a dan�ar, eu e o Jhonny. Observo que qdo o Mauricio sai da mesa chega um cara bonito, loiro, forte, estava sem camisa at� e com bermuda, fala algo no ouvido do Pedro, que me olha, percebe que estou olhando, o cara fala algo no ouvido do Pedro e vai em dire��o ao banheiro, o Pedro d� uma golada no wisk que estava bebendo e vai, o Jhonny me puxa pelo bra�o: “Breno, qual foi cara, esquece esse cara pow, deixa ele”. N�o ou�o o Jhonny e vou em dire��o ao banheiro, o Jhonny me agarra pelo pesco�o, pra quem passava parecia que ele estava me abra�ando, mais ele estava me puxando mesmo e pelo pesco�o:”Breno... mais confus�o n�o”. Ele me leva pra fora da boate e me diz pra ficar calmo, esquecer o Pedro, mas n�o adiantava, entrei correndo pra bate e o Jhonny atr�s me grita, vou em dire��o ao banheiro, entro no banheiro masculino e h� pouca movimenta��o, vou at� os vasos sanit�rios que tem portas e tal, vou olhando por baixo da porta, qdo vejo 4 pernas, nesse momento eu respiro fundo a abro a porta e vejo o Pedro com o rapaz loiro e forte, o cara de cal�as arriadas e o Pedro o enrrabando, qdo abro a porta o cara at� fica um pouco envergonhado e tal, mais o Pedro pra se amostrar acelera, e come�a a meter mais, e sorri pra minha cara, aquilo me d� um �dio t�o grande cara, n�o por mim, acho que por mim tbm, mais pela Luciana, pela filha dele, um �dio que n�o enxergo nda, parto pra cima do Pedro com tudo, o cara n�o entende nda, p�e suas cal�as e sai de fininho, o Jhonny vem logo em seguida, rapidinho o banheiro enche de curiosos, o Pedro ri, debocha da minha cara. O Jhonny me segura com for�a, mais a raiva era tanta que consigo sair dos bra�os do Jhonny e vou pra cima do Pedro, dou socos, pontap�s, gravatas, e ele me empurra, xingo muito ele: “Seu filho da puta, seu canalha, como vc pode cara, como vc pode ser t�o sujo, t�o podre, eu tenho nojo de vc, nojo”. Nesse momento chegam os seguran�as que coloca eu, o Pedro e o Jhonny pra fora, foi maior barraco. Na porta da boate continuamos a discuss�o. O Pedro sem camisa, o Jhonny tentando me controlar, mais td em v�o. O Pedro me provoca: “Vc n�o disse pra terminamos, pra acabar com tudo, n�o tenho culpa cara, vc pensou o que, que iria ficar pelos cantos, sofrendo por vc”. O Jhonny me puxando, observando que as pessoas em volta estavam ouvindo, comentando, mais n�o enxergava ningu�m, apenas queria matar o Pedro, foi muita raiva na hora, e o Pedro continua, me provoca: “N�o tenho culpa se o muleke que vc queria ficar, que vc est� apaixonado, ficou com a Ale na sua frente, seu man�. Breno vc se acha o cara, mais no fundo vc n�o � nda, vc � um leke inocente, bob�o, cheio de sonhos cara, que vai quebrar a cara sempre.” Nesse momento dou um empurr�o no Jhonny que cai na cal�ada, ou pra cima do Pedro, nos embolamos no ch�o, em frente a boate, os seguran�as se aproximam, e acerto um soco na cara do Pedro que cai no ch�o, estava j� meio alcoolizado, acho que por isso ele caiu. O Jhonny me puxa forte, me sacode, me pede pra parar, come�o a chorar ali mesmo, ele liga a moto e sa�mos, ele acelera, paramos num quiosque, isso j� eram quase 3 e meia da manha, ele me compra uma coca, me pede pra se acalmar. Vamos pra areia, ficamos lah, a brisa do mar me acalmou um pouco e o Jhonny ao meu lado. N�o demoro muito e come�o a desabafar: “Vc viu Jhonny o qto o cara � canalha, � sujo, comendo o cara no banheiro cara, igual um bicho, se achando “o melhor”. N�o podia cara, muita sujeira”. O Jhonny me abra�a, come�a a sorrir, e diz: “Vc dois duas crian�as sabiam. Breno cara, vc ficando com a J�lia pra por ci�mes no Pedro, o Pedro tira a camisa e come�a a chamar aten��o na pista, n�o satisfeito pois vc continuava a beijar a J�lia, pinta um boy afim de pica na pista e ele come, pois sabe como vc �, te conhece e sabia que vc arrumaria aquele esc�ndalo todo. Pow Bren�o, tudo previs�vel cara”. Ao ouvir o Jhonny falar isso, perceo o qto sou idiota, realmente, o Pedro s� pode ter feito aquilo pra me provocar, pra me descontrolar mesmo, ele queria me testar e conseguiu, ca� feito uma anta. O Jhonny continua: “S� n�o entendi qdo ele disse que vc o largou por causa de mim, que vc quebrou a cara, que fiquei com a Ale. Breno p q vc n�o disse pro Pedro a verdade, te falei pow, contei pra vc, disse que era gay. Vc teve vergonha de mim cara, da minha op��o sexual, foi isso?” Eu na hora fico sem gra�a, e depois falo que n�o foi isso, mais que era um segredo dele, e que n�o tinha o direito de sair espalhando pra td mundo sua op��o. O Jhonny me entende o pergunto sobre ele ter ficado com a Alessandra: “Jhonny e vc cara, curtiu ficar com a Alessandra cara, pensei realmente que vc fosse ficar mal?” Ele sorri e me diz: “Cara, antes de ser gay eu sou homem, td bem me decidi h� um tempo jah sobre o que eu realmente queria, acho que a maioria passa por essa fase, Breno sou como vc cara, Antes tbm ficava com mulheres e com homens, mais chega um momento em que vc n�o consegue mais se enganar, n�o se sente bem enganando as pessoas. Decidi jogar limpo comigo mesmo, foi dif�cil mais foi o melhor. Vi que � bobagem, que meus pais, meus amigos tinham que me aceitar do jeito que eu sou, que minha op��o sexual, que por eu gostar de homens n�o me faz pior do que ningu�m, foi dif�cil, n�o � f�cil, eu sofri, sofri muito e sofro at� hj, p q como j� te disse n�o queria ser assim, n�o queria, mais agora cara que me aceito, que abri o jogo me sinto bem, sou feliz, pelo menos tento. Cara sou feliz por ter uma fam�lia, por ter sa�de, por ter vc ao meu lado, por poder ver vc todo dia.” Qdo ele me diz isso eu fico super sem gra�a, ele percebe e pergunto: “Ent�o por que vc beijou a Alessandra, vc n�o sentiu nda?” Ele sorri e continua: “Cara sei lah, queria me diverti hj, e foi divertido, dancei, pulei, bebi, fiz td o que a um temp�o n�o fazia, e a Al� estava ali toda carente, e eu tbm, ent�o embarquei, uns beijinhos n�o faz mal a ningu�m.” Pergunto o que ele vai fazer caso ela se interesse por ele, ele me olha s�rio e diz: “Breno n�o sei, n�o � a primeira vez que isso acontece, mais caso venha acontecer falo pra ela que sou gay e pronto.” Fico assim meio sem gra�a e pergunto se ele n�o sentiu nda pela Alessandra, ele me olha e fala abertamente: “Breno, d� rpa perceber que vc � um leke cheio de neuras ainda, mais te entendo cara, eu tive que amadurecer na marra, e cada um tem o seu tempo, na moral, isso � super normal. Breno se vc quer saber se eu fico de pau duro qdo vejo ou fico com uma mulher gostosa eu te pergunto, sim cara, fico. Ser gay n�o significa ser impotente, n�o tem nda haver, quer um exemplo maior cara o Pedro, � casado, tem uma filha, e fica com homens, ficou com vc, n�o se espante qdo eu disser que vc n�o foi o primeiro nem o �ltimo, assim como vc j� ficou com outros caras, com mulheres, eu tbm cara. O pau sobe, vc pode casar, ter filhos, mostrar pra sociedade que vc � um macho, mais eu te pergunto e no final vale a pena, vale a pena enganar uma mulher, ter filhos e n�o ser realmente feliz, n�o fazer o que realmente te d� prazer? Claro que n�o brow, e a esse papel eu jamais me prestaria. Acho isso uma covardia, mais cada um � cada um e eu respeito.” As palavras do Jhonny penetram minha alma como uma flexa, realmente ele tinha raz�o, ser� que vale a pena? Nesse momento penso no Pedro, ele casado, pai de fam�lia, disse que me amava, fica a pergunta na minha cabe�a “ser� que ele � feliz?”. Ficamos uns minutos na praia em silencio, admirando o mar. E vamos pra casa, o Jhonny para em frente ao port�o de casa j� tudo escuro, pe�o pra ele deixar a moto no quintal e entrar, ficamos na varanda, ele ao meu lado. Ficamos ali ouvindo os latidos do cachorros dos vizinhos, derrepente ele me abra�a, n�o fala nda, me d� um abra�o, eu o abra�o tbm. E ele me diz: “Qdo o Pedro hj cara disse que vc � um cara sonhador, inocente, que vai apanhar muito ainda na vida, eu pensei cara na hora comigo, “ele tem raz�o”. Na hora fico puto e respondo: “At� vc Jhonny, me acha um bob�o, um idiota que qualquer um leva no bico � isso pow valeu.” Nesse momento me levanto e pego a chave pra entrar, o Jhonny me puxa pelo bra�o e sento, ele olha nos meus olhos e diz: “Breno, na boa, n�o tem como uma pessoa n�o gostar, n�o admirar vc, cara vc um dia me disse que eu sou um cara especial, blz, eu aceitei, mais vc tbm � cara, na moral, brother at� vc nervoso, alterado consegue ser sei lah... engra�ado. Cara vc � forte e ao mesmo tempo fr�gil, � pura emo��o, um leke transparente, humano, solid�rio. Cara a cada dia gosto mais de vc, a cada da te amo mais.” Qdo ele diz isso me sinto sei lah... sem ch�o. N�o falo nda, o abra�o e come�o a chorar, ficamos no sof� da varanda assim juntos, percebemos que est� quase amanhecendo. Me levanto e chamo ele pra dormir na sala, nem percebo e Jhonny j� havia dormido ali mesmo, no sof� da varanda, qdo olho aquele cara ali, dormindo, lindamente, feito um anjo, dou um beijo nele, me assusto qdo ele acorda, fico sem gra�a, ele me olha, puxa minha cabe�a e me beija, eu correspondo, no beijo mais que esperado

Continua...



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