Uma doce brisa soprava, penteando e dando contornos cristalinos ao mar calmo daquelas paragens. Coqueiros e amendoeiras se debru�avam livremente sobre a praia, e suas sombras nos convidavam ao descanso enquanto caminh�vamos. Um dia lindo de sol e c�u azul celebravam àquela viagem que por tantos anos planejamos. Sonh�vamos com uma lua de mel, onde pud�ssemos curtir e explorar o mundo com grande intensidade.
Gost�vamos de caminhar, pois assim conhec�amos mais profundamente os lugares visitados, e a Ilha de Cosmos possu�a muito a ser desvendado. Tudo por l� era ex�tico e estupendo, suas �guas calmas e transl�cidas, sua fauna, flora e quanto à popula��o, bem pequena e composta por poucos nativos descendentes dos antigos Maias. Havia tamb�m imigrantes vindos de todo o planeta, em busca de tranquilidade, condi��es naturais e humanas que estimulassem o processo de amplia��o da mente. No passado, houve muitas guerras entre os povos originais e invasores oriundos das outras ilhas caribenhas, at� que o imp�rio Maia se estabeleceu acima de todos e prevaleceu com seus costumes at� meados do s�culo XIII. Posteriormente os espanh�is chegaram e nada encontraram al�m de descendentes distantes que viviam da pesca e agricultura rudimentar.
Cosmos passou por um novo processo de coloniza��o, assim como todo o Novo Mundo, se tornando j� no s�culo XX o destino perfeito para pessoas agn�sticas que buscavam liberdade de express�o, opini�o e o direito de exercerem seus valores e costumes sem o bra�o forte da sociedade julgando e marginalizando os diferentes.
Suas areias ainda preservavam contornos originais e variavam entre branco e muitos tons de rosa. Suas �guas fant�sticas desfilavam exuberantes no vai e vem das mar�s, se transformando a cada hora num tom diferente entre o azul e o verde, sem falar da vida animal presente, seres raros e end�micos, aves multicoloridas, crust�ceos e peixes como nunca vistos em nenhum lugar do planeta. Possu�a tamb�m picos nevados de at� seis mil metros de altitude e infinitas cachoeiras com quedas de at� oitocentos metros, al�m de floresta tropical e predadores como Leopardos e On�as Pintadas.
Cosmos adquirira moeda pr�pria e independ�ncia do mundo, n�o possu�a governo, mas um conselho de anci�os formado por alguns nativos dentre outros que vieram de fora e ali se estabeleceram h� muitos anos. Sua economia era voltada totalmente para o eco-turismo, suas terras n�o estavam à venda e tudo o que se produzia comercialmente era distribu�do igualmente entre todos, de maneira que nada faltava à sua popula��o e mantinham um alt�ssimo n�vel de educa��o, sa�de, lazer e moradia. O PIB era t�o forte que podiam sair para qualquer parte do mundo quando quisessem, mas raramente o faziam. Tecnologia e reciclagem, tudo em perfeita sincronia, viviam os prazeres do mundo moderno, mas sem agredir a base de sua sociedade, o meio natural e a liberdade de pensamento. Era de fato uma cultura baseada na constru��o eterna e no ciclo filos�fico da experimenta��o e da novidade.
A ilha era muito pouco visitada, pois suas acomoda��es ricamente adornadas e contraditoriamente simples custavam valores acima do padr�o internacional. Porque os turistas deixariam de ir à Polin�sia dentre outros tantos lugares lindos e mais econ�micos para visitar Cosmos? Sendo que a cultura de valores ex�ticos e livres era tamb�m extremamente condenada pelos demais pa�ses e culturas do mundo. Consideravam Cosmos uma Ilha exc�ntrica, de valores perigosos e confusos, local onde loucos viviam, pessoas sem Deus e sem religi�o.
Assim decidi que este cen�rio era perfeito pra mim, buscava uma parte do planeta onde pudesse pensar, dialogar com pessoas que acumulavam conhecimentos, que estavam muito al�m dos dogmas e que viviam a vida experimentando e gozando sua verdadeira ess�ncia. Sabia que aqueles que visitavam Cosmos pensavam como eu, buscavam a independ�ncia da mente, a liberta��o intelectual e moral.
A princ�pio, minha esposa Juliana resistiu um pouco, n�o estava preparada totalmente para o que viveria e veria, questionou acerca do que lhe contei sobre o lugar, mas por outro lado, percebi que havia mais que apreens�o em seus olhos, havia l� no �ntimo, um delicioso cora��o querendo palpitar mais forte, por�m n�o preparado para se tornar imoral, amoral, alternativo e livre dos olhos alheios do mundo onde viv�amos.
Caminhando naquelas areias, nos sentimos no principio da humanidade, cruzando com pessoas saud�veis e lindas, educadas que alegremente nos brindavam com um "bom dia" espont�neo e verdadeiro. Por todo o caminho que trilhamos, pessoas se cumprimentavam e dialogavam formando pequenos e grandes grupos, praticando esportes diversos, namorando livremente e se curtindo como no Jardim do �den. Alguns n�o usavam roupas e expunham seus corpos bronzeados e de contornos perfeitos ao sol, outros desfilavam uma moda praia mais sedutora e atraente, com cortes onde �ngulos e partes dos corpos ignorados no cotidiano eram ricamente explorados. Biquines min�sculos onde pelos pubianos dourados apareciam e combinavam com suas cores, sungas pequeninas e curtas que cobriam apenas os membros sexuais masculinos, valorizando-os com a tamb�m exposi��o dos pelos pubianos bem cortados e queimados ao sol.
Tudo isso vimos ao longo de uma hora de caminhada, o suficiente para aquecer nossas almas. Vidas aprisionadas pela mal�cia do mundo, onde viv�ncias como aquela eram inimagin�veis. Sentimos-nos livres verdadeiramente pela primeira vez, respiramos fundo, olhamos em volta e nos beijamos delicadamente, aquecidos pelo sol e �midos de um recente banho numa das muitas piscinas naturais da ilha. Nosso sexo acordou como nunca e como est�vamos colados um no outro, pudemos sentir nossos volumes e curtir nossas presen�as.
Sentamos abaixo de uma �rvore bicenten�ria e de copa larga e iniciamos um longo di�logo, curtindo toda a perfei��o daquele lugar. Logo percebemos a presen�a de dois rapazes que caminhavam livremente como n�s. Ambos pararam perto, nos cumprimentaram de maneira descontra�da e se sentaram. Por incr�vel que pare�a, foi t�o natural que nos sentimos confortados com àquelas companhias. A maldade, o desrespeito e o desamor n�o estavam ali, definitivamente seus olhares eram tenros, doces e meigos e os tra�os gregos n�o negavam suas origens. Seus trajes mais lembravam pequenas tangas da mitologia, corpos grandes e bem torneados dificilmente passariam despercebidos de qualquer mulher. Um deles possu�a cabelos negros e escorridos pelos ombros e se chamava Átenes, o outro loiro com um corte mais moderno e jogado entre as orelhas e espalhado pela testa era Pr�fecis.
Percebendo nossa express�o latina, iniciaram em espanhol um di�logo conosco. Juliana estava linda, sua pele e pelos dourados proclamavam sua beleza, seu corpo semin� e bem torneado por anos de treinamento de muscula��o eram um convite a arte sexual. Iniciara um di�logo com os dois enquanto eu me refogava naquelas �guas lindas. Retornando, adentrei no bate-papo e percebi que estavam todos descontra�dos e J� muito à vontade. Usava um biquine à moda brasileira, menos exposto que os utilizados por l�, mas n�o maior e menos atraente. Seus seios r�gidos e bem esculpidos com a dosagem certa de silicone pareciam falar por ela em muitos momentos e percebi que discretamente, ambos a admiravam tenramente.
Átenes falava e descrevia seu pa�s, e comentava os pr�s e contras da vida em Cosmos. Ambos nasceram l� e eram filhos de um grande m�dico e professor de filosofia grego.
- Viajamos por todos os lugares do mundo e nossa educa��o foi fundamentada nas doutrinas, filosofias e mitologias humanas. Acredito que vimos de tudo, de maneira que temos a liberdade de pensar e viver como acreditamos.
- Voc�s n�o acreditam em Deus? Juliana estava confusa, por�m perguntava muito mais por curiosidade em saber como eles enxergavam o mundo que por preconceito e uma opini�o formada.
- Sim, cremos que Deus est� em tudo, na energia C�smica que conduz a vida, o nascimento, crescimento, envelhecimento e morte, portanto, est� em n�s, mas antes que me fa�a uma nova pergunta, � importante que saiba que fazemos o que queremos e constru�mos nossos valores baseados no princ�pio do respeito aos direitos do outro, da conviv�ncia plena e da harmonia entre os povos e as pessoas individualmente.
- O mundo de voc�s � cheio de regras, de mitos e lendas. A sociedade se bloqueia e mente para si mesma a todo instante. Voc�s n�o percebem que, por exemplo, o ser humano n�o � monog�mico?
- Eu sou monog�mica, nasci para um homem apenas e vivo para ele, n�o tenho olhos para outra pessoa!
- Isso � o que voc� diz. No fundo, voc� sente atra��o qu�mica por outros homens e se permitir mentalmente, poder� se apaixonar por mais de um simultaneamente. E n�o h� nada de errado nisso. Os antigos polin�sios eram livres e sem sentimento de posse, n�o viam maldade no ato sexual, assim como quase todos na antiguidade. As religi�es transformaram o ato sexual em algo pernicioso e como se tratava de algo b�sico e fundamental entre seres humanos, impuseram o pensamento de impureza no ato, como algo realizado por obra do Deus negativo, Dem�nio, Satan�s, ou como queiram chamar essa ilus�o criada no Cristianismo e em tantas outras religi�es.
- Irm�o, deixe-me complementar! Pr�fecis se pronunciava pela primeira vez, era vis�vel sua paz, e com muita harmonia e numa entona��o perfeita, discursou sobre o tema.
- Olhem os casamentos pelo mundo, quase todos traem seus c�njugues, pois n�o suportam a monogamia. Precisam mentir uns para os outros, construindo uma rela��o sem cumplicidade e sem amor. Olhem os l�deres religiosos, quase todos envolvidos em esc�ndalos sexuais, e os que assim n�o procedem, s�o t�o aprisionados que precisariam fechar os olhos e expulsar os dem�nios para n�o ver uma bela e sedutora mulher lhe conduzindo ao leito de sexualidade.
- Desculpe-me por lhe interromper Pr�fecis, mas penso exatamente como voc�s. Os que se libertam de toda essa escravid�o psicol�gica, se tornam pessoas sexualmente desmedidas, descontroladas, pornogr�ficas. Vivem suas vidas controladas por um sexo sem respeito, sem amor, sem harmonia com o semelhante e com seus parceiros. S�o raros os casos de pessoas que se descobrem independentes das regras sociais e que n�o descambam para a pornografia. Por essa raz�o que estamos aqui, que busquei tanto e estudei tanto, pois queria ser livre fisicamente, al�m de livre mentalmente.
- Ent�o era isso que voc� tanto queria? Quer transar livremente? Quer sexo fora do nosso casamento? Eu n�o estou preparada pra lhe ver com outras mulheres, n�o gosto de dividir o que � meu e se assim for, � melhor separarmos.
- N�o querida, n�o quero dizer que farei algo assim, busco inspira��o, estar entre pessoas que entendam e compartilhem de valores diferentes de onde vivemos. Teremos tempo e voc� descobrir� por aqui muito mais que liberdade sexual nas pessoas, ver� que n�o buscam simples orgasmos como onde vivemos e talvez, compreenda melhor como penso e se torne algo diferente do que � hoje.
Pr�fecis e Atenes acompanharam nossas �ltimas palavras com muito interesse. J� haviam presenciado muitos di�logos assim e tinham em suas mentes toda uma sequ�ncia de explica��es e exemplos, al�m de est�mulos visuais que pudessem fazer pessoas como Juliana entender melhor a si mesma e a hist�ria real do mundo em que vive. Assim sendo, Atenes deu sequ�ncia ao di�logo.
- Juliana, voc� conheceu sexualmente outros homens antes do seu marido?
- N�o, me apaixonei por Kauan aos dezessete anos e ele foi e tem sido meu �nico amante.
- E voc� Kauan, teve outras mulheres?
- Sim, muitas outras, mulheres de todos os tipos e valores. Passei por toda essa jornada que discursamos anteriormente, pela pornografia, orgias, m�nages, transei com casais que buscavam em mim a realiza��o das suas fantasias sexuais e percebi ao longo de tudo isso que muito do que fiz foi vazio, ef�mero, n�o tinha base e n�o me projetava para a independ�ncia e para a felicidade plena, precisava de amor al�m de sexo!
- Ele sempre me disse isso, mas n�o creio que precise viver o que ele viveu, que precise de outros homens ou mesmo mulheres para me descobrir sexualmente.
Pr�fecis e Átenes a perscrutavam profundamente, seus olhares denunciavam que j� nos amavam, eram sutis com as palavras e suas vozes soavam como sussurros, era como se nos compreendessem individualmente e respeitassem nossas decis�es. Pr�fecis seguiu expondo seus pensamentos, mas num tom pac�fico, n�o buscava o convencimento de Juliana, somente opinar livremente acerca dos temas abordados.
- De fato, nenhum de n�s depende de quantidade de sexo ou de muitos parceiros. O mais importante � estar pleno, satisfeito consigo mesmo e com quem buscamos para estar ao nosso lado. Por�m, precisamos tamb�m aceitar as opini�es alheias e respeitar outras maneiras de viver, al�m de n�o julgar os que est�o ao nosso redor. Juliana, voc� est� preparada moralmente para nos amar como seus irm�os, aceitando como somos e entendendo que te respeitamos e que nossas a��es n�o acontecem e n�o acontecer�o para te expor, ou mesmo te estimular a ser como n�s? Se conseguir isso, entenderei que de fato � feliz e completa na sua maneira de ser, pois n�o se influencia por outros est�mulos, tampouco se ofende por mais diferente que seja o comportamento alheio.
- Sim Pr�fecis, te entendo e acho que voc�s s�o homens magn�ficos, sens�veis, assim como Kauan. Ocasionalmente penso como a maioria onde vivo em muitos aspectos, j� Kauan n�o. Fiquem tranquilos, viemos aqui para aprender, serei uma expectadora da sua cultura e valores e n�o julgarei voc�s, por mais estranhos que me pare�am. Sinto que s�o pessoas honestas, boas e verdadeiras, vamos em frente, creio que com o tempo saberemos mais profundamente a diferen�a do discurso e da realidade, se existir de fato alguma diferen�a.
- Posso lhes convidar para um jantar na nossa casa, com nossos pais e nossa irm� hoje à noite?
- Claro, ser� uma honra. Estou ansiosa para conhecer seus genitores, devem ser pessoas incr�veis, foi um prazer enorme conhecer voc�s, tenho certeza que nossa estada por aqui ser� ainda mais agrad�vel daqui pra frente.
- N�s vamos, mas a que horas e onde nos encontramos? Eu e Juliana estamos na pousada do Arco-�ris, voc�s nos pegam?
- Sim, às 20h ent�o passamos por l�.
Despedi-me com abra�os e apertos de m�o e Juliana com beijos e abra�os suaves. Depois de um di�logo como o que tivemos, imaginei que poderia existir uma certa mal�cia por parte dos dois, e isso me incomodou, mas o que vi foi realmente o oposto. Escorregaram suas m�os pelas costas de Gabriela, acariciaram delicadamente seus cabelos e a beijaram no rosto com uma ternura incomum, eram homens grandes e fortes, mas seus movimentos leves, suaves e delicados. Tranquilizei-me, percebi que estava entre pessoas fora de s�rie e com a mente tranquila seguimos calados at� a pousada.
Por quase uma hora n�o conversamos, tomei banho, me arrumei e deitei na cama para ler um livro. Assim, observei discretamente cada movimento de Juliana. Havia sa�do de um banho demorado e estava deslumbrante. Aderira à moda da ilha vestida com um vestidinho que havia lhe presenteado como sa�da de praia. Era branco e transparente e vi que sua calcinha era daquelas que n�o possu�a costura, min�scula e bem desenhada por entre suas n�degas. Fitou-me com um olhar sedutor e me perguntou como estava.
- Deslumbrante, n�o me recordo de te ver t�o bonita nos �ltimos 19 anos.
- O sol de hoje me deixou com muito calor, n�o estou disposta a roupas maiores e mais pesadas. Como aqui todos se vestem com poucas roupas, n�o creio que agrida nem chame tanta aten��o como onde moramos.
Ela tinha raz�o quanto ao tamanho das roupas, mas dificilmente passaria despercebida entre nossos anfitri�es. Descemos para o sagu�o onde nossos amigos j� nos aguardavam. Pr�fecis estava com uma cal�a esporte fino branca e sem camisa, vestia apenas um colete branco aberto no meio, dando vistas ao seu peitoral e abd�men perfeitos. Átenes estava mais composto, vestia uma camisa de seda tamb�m branca e uma cal�a de tecido para mim desconhecido, muito el�stica, aparentemente macia e colada no seu corpo, dando mostras perfeitas para as formas das suas pernas e genit�lia.
Abra�aram-nos carinhosamente e seguimos numa charrete coberta e lindamente adornada com o mesmo tecido da cal�a de Átenes. Sentamo-nos de frente para eles, naquela posi��o ficou dif�cil n�o enxergar as curvas do corpo de Juliana. Ela percebeu nossos olhares inclinados admirando sua beleza e sem gra�a, disfar�ou e desviou nossa aten��o para um assunto qualquer.
- Qual a idade de voc�s?
- Eu tenho 28 anos e Pr�fecis 31. E voc�s?
- 29 anos e kauan tamb�m.
- Entendo que estamos todos na idade �urea da vida! No momento de descobrirmos tudo o que nosso corpo e mente pode nos proporcionar, para depois da maturidade, descansarmos tranquilamente sintetizando e afunilando nossos pensamentos. Nosso pai � um homem incr�vel e nossa m�e, a maior de todas as mulheres. O ritmo sexual deles � 30 vezes mais
lento que o nosso. J� passaram da nossa fase, agora concentram energias para viver intensamente a atividade com plenitude e orgasmos c�smicos.
- Como assim? Com sabem detalhes da vida sexual dos seus pais?
- Em nossa casa conversamos abertamente sobre esse tema, que n�o se constitui um tab� por aqui. Temos nossas regras para as atividades sexuais. Como somos homens, j� vivemos a sexualidade com a presen�a do nosso pai, mas n�o da nossa m�e. Temos uma irm� e ela j� viveu momentos sexuais na presen�a da nossa m�e, mas n�o na nossa e do nosso pai. Fazemos de maneira natural e nos sentindo bem, por�m respeitamos a diferen�a de sexo na nossa fam�lia e n�o misturamos o masculino e feminino.
- Quer dizer que j� viram seu pai com outra mulher? Sua m�e sabe disso?
- Sim e nossa m�e tamb�m j� o viu. N�o estranhe, mais uma vez lhe pe�o que entenda quem somos para depois guardar para si suas impress�es.
- Chegamos! Átenes anunciou nossa chegada para sua fam�lia. Era uma linda casa, quase um pal�cio, com jardins na fachada e chafarizes cl�ssicos em forma de Deuses gregos nus. Uma das est�tuas possu�a seu p�nis ereto, algo que sei, chamou a aten��o de Juliana. Havia tamb�m est�tuas pelo jardim principal de casais fazendo amor nas mais variadas posi��es, era poss�vel analisar pequenos detalhes, como os membros masculinos penetrando os membros femininos.
- Olha Kauan, s�o muito perfeitas. Aqui eles realmente cultuam a sexualidade.
Apresentaram-nos aos seus lindos pais e a P�ris, irm� mais nova. Uma m�sica fina vinha de fundo, parecia o som de harpas e outros instrumentos de cordas antigos, o que vim a confirmar com o Sr. Zeus. Era um homem grande, forte, com mais massa muscular que seus filhos, de cabelos semelhantes ao de Pr�fecis, loiro e grisalho. Sua fisionomia possu�a marcas de maturidade, por�m muito pouco de envelhecimento. Era um homem muito atraente, assim como sua esposa Atenas, que parecia de fato a deusa do amor. Olhos amendoados, c�lios grandes, boca perfilada e levemente grossa, cabelos negros escorridos at� a cintura, seus seios estavam à mostra por baixo de uma blusa de um incolor esbranqui�ado e o restante do seus corpo tamb�m, pude ver at� a cor e o corte dos seus pelos pubianos por baixo do j� citado tecido. P�ris era tamb�m linda, muito parecida com a m�e, mas sua beleza n�o atingira a maturidade perfeita.
Ap�s longas, carinhosas e delicadas apresenta��es, fomos convidados a sentar à mesa e nos ofereceram um tipo de bebida decorada com lindas flores multicoloridas, chamavam-na de L�pus. Juliana adorou, lembrava as Roscas brasileiras feitas com Vodka e frutas. Eu preferi a cerveja que possu�a um sabor cremoso e com um leve sabor de mel ao fundo, al�m � claro, da cevada. Os olhares de todos estavam em n�s, percebemos que nossas belezas os atra�am, nunca me achei um cara bonit�o, nem mesmo para Juliana, mas tinha meus dotes, como pernas bem torneadas e grossas, t�rax forte e bra�os bem musculosos. Mas diante dos homens daquela casa, parecia um an�o. Ainda assim, algo me fez sentir mais lindo que nunca e percebi que o mesmo se passava com Juliana. Atrav�s de um delicioso bate-papo, percebi que os olhares masculinos estavam direcionados para ela, quando falava, a olhavam com ternura.
N�o senti ci�mes, percebi que o mundo ali era diferente, sem maldades, sem hipocrisias, me senti muito bem. Juliana falava com nunca, explicava sobre nosso pa�s e naturalmente o assunto chegou ao mesmo ponto onde parou na praia. Entre algumas ta�as de L�pus, ela colocou seus pontos de vista sobre sexualidade e que n�o estava preparada para a poligamia. Mas n�o esperava ouvir da Sr� Atenas o que escutou posteriormente.
- Minha vida � plena, hoje sei e sinto isso. Vivi de tudo e pude sintetizar e praticar o que me faz bem. Tenho clareza suficiente para optar por caminhos que me confortam e que tornam minha vida mais atraente e feliz. Sexo para mim n�o � apenas a intermin�vel busca pelos m�ltiplos orgasmos que as mulheres podem ter. � a possibilidade de conhecer algu�m profundamente, e com ela trocar experi�ncias necess�rias para a vida, ampliando o foco e abrindo a mente para novos processos espirituais.
- A senhora teve outros homens al�m do Sr. Zeus?
- Sim, muitos e no princ�pio, com a presen�a do meu marido. Eu n�o era capaz de imaginar isso no in�cio, quando viv�amos na Gr�cia. Meu marido me mostrou essa faceta da vida e por isso, nos mudamos para c�, para longe dos olhares maldosos e dos julgamentos.
- Voc�s n�o sentem ci�mes, nojo, repulsa por assistirem seus parceiros com outros?
- No princ�pio sim, mas com o passar do tempo, percebemos que o ci�me � um sentimento dominado pela inseguran�a, pelo medo de perder o parceiro ou mesmo de ser humilhado pelos terceiros que se aproximam e vivenciam algo conosco. Percebi que n�o tenho o direito de aprisionar os desejos sexuais de meu marido, tampouco os meus. Eles podem demorar a vir minha filha, mas um dia, voc� ser� tragada pelo desejo de se entregar a outro homem e se n�o estiver pronta e sublimar isso, estar� aniquilando parte de voc� mesma e travando algo natural no ciclo da vida. Seguindo indiretamente os preceitos das religi�es, que tanto pregam perfei��o, mas que pouco fazem para a constru��o do verdadeiro amor e fraternidade entre os seres humanos. Quanto mais livre n�s formos, mais perto estaremos do Amai-vos uns aos outros, do Amem seu pr�ximo como a si mesmos. Certas filosofias t�m sido muito mal interpretadas e o reflexo disso � um mundo dominado pelo �dio, incompreens�o e ego�smo. Muitos desses sentimentos residem e se proliferam em fun��o das mentes estarem aprisionadas e impedidas moralmente de serem e executarem sua ordem natural, de serem seres humanos plenos e poderem entender o amor tamb�m pela sexualidade livre.
Pude verificar o deslumbre nos olhos de Juliana, pela primeira vez ela n�o questionava, mas tamb�m n�o aceitava. Estava em sua face certa incredulidade, n�o entendia claramente e estava confusa. Sua moral estava acima das possibilidades de viv�ncias al�m das que possu�a. Tinha medo de arriscar e de sofrer as consequ�ncias, mas estava encantada com a for�a daquela mulher, tinha algo nela que jamais havia visto no Brasil. Suas palavras soavam como rel�mpagos e atingiam em cheio seu cora��o, que palpitava forte, seu est�mago revirava num frio que subia pela espinha dorsal em forma de pequenos espasmos e calafrios. Mas n�o pensava, n�o imaginava, sequer se permitia isso.
O di�logo prosseguiu entre Juliana e a Sr� Atenas, todos n�s observ�vamos uns aos outros e escut�vamos o lindo duelo travado entre as duas. Por um momento fiquei sonolento e distra�do olhando o c�u lindo e estrelado de Cosmos quando P�ris me interrompeu perguntando se eu gostaria de dar uma volta e conhecer o entorno da casa. Olhei pra J� e a mesma consentiu com a cabe�a, levantei-me e segui pelos jardins com minha anfitri�. Disse-me para n�o me preocupar com Juliana, que ela estaria bem com sua fam�lia e que os dias se passariam tranquilamente na ordem natural do universo. Um minuto se passou e P�ris irrompeu o sil�ncio afirmando que poder�amos permanecer com eles como seus convidados por quanto tempo quis�ssemos.
Pouco mais adiante do jardim onde est�vamos avistei outros jardins lindos repletos de espregui�adeiras, camas �rabes onde len��is refinad�ssimos e lindas almofadas bordadas em estilo persa requintavam o ambiente. P�ris comentou que h� muito n�o recebiam visitas e que era para eles um enorme prazer compartilhar das suas vidas e do seu lar. Mostrou-me a casa que mais parecia um pal�cio grego, com pilastras arredondadas e perfiladas sustentando a rica e detalhada arquitetura superior. Visitamos o sal�o de arte, com quadros, esculturas e obras colecionadas por seu pai ao longo de todas as suas viagens internacionais e tamb�m o parque aqu�tico que mais parecia um o�sis do Saara. Havia Palmeiras orientais, areia e no lugar do lago, uma piscina com deck de jacarand� perfeitamente polido. No centro da piscina, um bar mergulhado com o balc�o acima do n�vel da �gua aproximadamente trinta cent�metros. Num dos cantos uma cascata finalizava a obra, um dos lugares mais lindos que j� vi constru�dos pelas m�os dos homens.
Paramos por l� um instante e quando percebi, j� havia quase uma hora que est�vamos ausentes.
- Lindo passeio, a casa de voc�s � incr�vel e sua companhia � muito agrad�vel. J� se passou algum tempo desde que sa�mos... Podemos retornar? O papo tava bacana tamb�m e quero me reintegrar ao grupo.
- Claro Kauan, me siga, retornaremos aos jardins.
Seguimos por um caminho inverso e ao longe pude avistar a entrada do primeiro jardim. No caminho encontramos a Sr� Atenas cuidando de algumas plantas e perguntei se estavam todos ainda sentados a dialogar num dos jardins. Ela me observou profundamente e sutilmente nos indicou que procur�ssemos no jardim de descanso. P�ris ficou ajudando a m�e com as plantas, nos despedimos carinhosamente e segui at� o indicado jardim. J� podia ouvir as vozes misturadas, imaginei ent�o que a discuss�o havia tomado propor��es maiores e mais profundas. � medida que me aproximava, ouvia as vozes ainda mais altas, mas n�o entendia o que diziam.
Por um momento pensei em n�o aparecer de surpresa, poderia de certa forma inibir as opini�es de Juliana, acho que nesse primeiro momento seria importante que ela n�o me visse e decidi subir numa �rvore mais pr�xima onde poderia ver e escutar perfeitamente a conversa deles sem ser visto. Escolhi o ponto e escalei a �rvore, ao me virar de frente para o grupo vi Juliana ajoelhada e cercada pelos tr�s homens da casa que se posicionavam de p� e de frente pra ela. Chupava desesperadamente o p�nis do Sr. Zeus manipulando-o com uma das m�os e com a outra masturbava Prof�cis de maneira confusa e desordenada. Átenes se alternava com seu pai oferecendo seu magistral membro para que Juliana tamb�m o chupasse. Meu cora��o disparou, n�o acreditava no que via.
Minha menina puritana, que sempre condenou todos os meus pensamentos, que sempre assumiu uma postura semi-virgem e de monogamia estava cercada por tr�s grandes homens e dominada, oferecendo prazer aos mesmos e loucamente. Parecia que n�o transava h� anos, mas na verdade seu comportamento era a rea��o a um est�mulo t�o intenso que nunca sozinho poderia lhe oferecer. Zeus tinha o maior p�nis dos tr�s, uns 20 cm acredito, com um di�metro bem largo, quase o dobro do meu. O membro de Profecis um pouco menor que o do seu pai e o de Átenes, menor que o de Pr�fecis, por�m mais grosso que o do seu irm�o. Os tr�s eram extremamente r�gidos e retos e de uma colora��o avermelhada pela exposi��o ao sol e sua cabe�as possu�am uma colora��o r�sea que brilhavam molhadas pela saliva de J�.
Juliana hora chupava, hora acariciava, às vezes chupava dois ao mesmo tempo como se quisesse engolir aqueles membros incr�veis. Foi ent�o que o Sr Zeus a levantou e beijou saborosamente minha querida, suas l�nguas se entrela�aram umidamente enquanto seus filhos a abra�avam por tr�s acariciando sua vagina e sua bunda. Insatisfeita, beijou Pr�fecis depois Átenes, parecia necessitar estar com os tr�s simultaneamente em todas as a��es.
Eu malmente conseguia respirar, estava em estado de profunda excita��o. Meu p�nis explodia por dentro da minha cal�a e latejava como nunca. N�o sabia o que fazer, se parava com aquilo, se me mostrava e observava o comportamento de J�... Deixei que continuassem, sem ser importunados, afinal, tudo aquilo poderia ser a chave para o que sempre desejei, encontrar em Juliana uma amiga e c�mplice al�m de esposa. Voltei a mir�-los e a vi de quatro sendo chupada pelo senhor Zeus que estava embaixo dela em posi��o de 69. Juliana sugava seu p�nis com uma voracidade estupenda e rebolava urrando alto. Os dois irm�os mamavam nos seus seios, beijavam sua boca, esfregavam os pintos no seu rosto e esparramavam os corpos por cima dela, de maneira que pudesse sentir os peitos, abdomens e bra�os lhe possuindo e lhe preenchendo. A cada est�mulo que lhe davam, era surpreendida e reagia como um animal no cio, rebolava freneticamente e com a boca sempre preenchida a sugar algum daqueles pintos, urrava com a boca cheia n�o suportando o alt�ssimo n�vel de prazer.
N�o suportei mais, tomei coragem e desci da �rvore em dire��o a eles. Parei h� dois metros de dist�ncia e por alguns segundos continuaram executando suas tarefas sem me ver. De todos quem me viu primeiro foi Juliana, se assustou, estava quase gozando na boca do Sr. Zeus e com o pinto de Átenes na boca e o de Pr�fecis na outra m�o, me encarou com um olhar de s�plica e penit�ncia. Por um instante parece que o tempo congelou, li seus olhos, me diziam que eu entendesse sua loucura, pois era como se estivesse explodindo e respondendo h� anos de nega��o de si mesma. Pedia-me com os olhos mais um p�nis, me pedia para n�o parar com aquilo, queria mais, se pudesse, gostaria de possuir todos ao mesmo tempo e saciar àquela sede de prazer acumulada por tantos anos. Fazia tudo isso com o olhar, sem parar de executar uma bel�ssima chupada no pinto de Átenes.
O Sr. Zeus estendeu sua m�o e segurando a minha, me posicionou em seu lugar. Neguei com tranquilidade e lhe disse que fizessem o m�ximo que pudessem para que Juliana esgotasse toda sua sede de prazer, que possu�ssem ela como nunca havia sido possu�da. Tirei minha roupa e entreguei meu falo pra que ela me chupasse. Juliana continuava de quatro e de frente pra ela, me debrucei por cima de suas costas, posicionei seu bumbum pra cima arrebitando sua vagina e pedi que o Sr. Zeus lhe penetrasse com seu incr�vel p�nis grosso e rosado. Ele se aproximou e iniciou a penetra��o aos gemidos de s�plica de Juliana que a essa altura, pedia que enfiasse forte e rapidamente. Ajudei na penetra��o abrindo suas n�degas e logo depois ele estava socando seu grande pinto nela num vaiv�m perfeito e ousado.
Quando enfiava todo o seu falo, encostava seu abd�mem e o esfregava na porta da vagina de Juliana que urrava de prazer, olhando pra mim e pedindo os tr�s pintos em sua boca. Obedecemos e ela chupava os pintos, os sacos, beijava o abd�men dos irm�os e rebolando muito, chegou ao seu primeiro orgasmo aos berros. Pediu para ser chupada pelo Sr, Zeus e que chegasse tamb�m ao orgasmo oral. Em poucos segundos estava gritando de prazer e atingindo o cl�max clitorial. Dali pra frente passei a dar as cartas, fazendo coisas que sempre havia sonhado e expondo minha menina ao m�ximo que n�s quatro poder�amos oferecer. Pedi que pr�fecis segurasse uma das pernas de J� que de p� foi fortemente penetrada por tr�s pelo irm�o, enquanto eu massageava e beijava seus seios e sua barriguinha e ela me masturbava e ao Sr. Zeus. Todos gemiam alto e o prazer era absoluto, muito intenso, descomunal. Átenes gozou intensamente, molhando a bunda de Juliana com uma grande quantidade de esperma, em seguida orientei que Pr�fecis experimentasse a deliciosa vagina de Juliana que de quatro, foi mais uma vez preenchida enquanto chupava a mim e ao Sr Zeus. Foi ent�o que pediu em tom forte e rude que Pr�fecis a penetrasse por tr�s enquanto seu pai se posicionava abaixo dela para penetrar-lhe a vagina.
Fiquei surpreso, j� hav�amos feito sexo anal, ela at� gostou em pequenos momentos, mas dali pra frente n�o mais experimentamos, pois ela dizia que do�a muito e a dor lhe tirava o prazer. Os dois a penetraram num vaiv�m fren�tico e intenso, ela rebolava nos dois pintos grandes e pedia que eu lhe enfiasse meu pinto em sua boca. Dizia-me entre urros de prazer, que n�o era mais virgem, que adorava aqueles pintos grandes lhe penetrando e que queria muito mais. Calei sua boquinha linda com meu p�nis, ela sugou muito e escorregava sua boca de cima para baixo o engolindo inteiramente, o que me deixou à beira do orgasmo. Os dois explodiram e gozaram juntos, melando ainda mais seu corpo.
Por fim, ainda insatisfeita, me pediu que gozasse com ela e desse sequ�ncia às estocadas r�pidas que Zeus lhe impunha. Penetrei e em menos de dez segundos, gozamos juntos, o maior orgasmo de nossas vidas, p�de sentir a explos�o do meu s�mem por dentro e uma vibra��o desconhecida at� ent�o para ela. Seu olhar n�o era mais aquele que conhecia, era instintivo, desejoso e forte, se levantou, beijou cada um de n�s um beijo molhado, chamou para perto de si os quatro machos que a satisfizeram e no meio de n�s, acariciou com as m�os, com a boca, os peitorais de cada um, as n�degas, hora abra�ando de frente, hora de costas. Percebi em seus olhos que ainda n�o estava satisfeita por completo, mas come�aria a acumular imediatamente suas energias para experi�ncias posteriores, afinal, nossas f�rias estavam apenas come�ando...