HIST�RIAS SECRETAS (23) – VISITA DE UM AMIGO (1)
Ol� leitor, antes de mais desculpe-nos pela demora em publicarmos e, como sempre uma explica��o, este conto ser� mais interessante para quem j� acompanha nossa hist�ria, pois aqui come�a o desenrolar do nosso �ltimo desafio, portanto, vamos ao conto.
Agora j� n�o mor�vamos mais em S�o Lu�s. Decidimos tentar algo na cidade em que o GABRIEL morava. Nossa M�E relutou um pouco, mas mesmo assim partimos. Fomos bem recebidos na cidade e depois de algum tempo j� est�vamos trabalhando, ap�s um ano e pouco recebi um telefonema...
- Bom tarde doutor. Lembra de mim?
- Se meu bina est� correto, � de algu�m do Rio. Acho que � um tal de Luciano. (HIST�RIAS SECRETAS 3 E 10) – Falei sorrindo.
- Ah! Filho da m�e, como � que voc�s fazem isso comigo. Se n�o fosse o telefone da casa da tua m�e, no interior, eu tinha perdido total contato com voc�s. ´
- � n�! Mas isso j� tem quase dois anos.
- Ihhhh Menino, tenho tanta novidade. Estava viajando fiz Europa e �ndia e ainda dei um pulo na Austr�lia.
- T� bem rodado heim! – Falei rindo.
- Me respeita Caio. – E come�a a rir ao telefone. – Mas escuta...
- Fale.
- Posso visitar voc�s?
- Claro que pode. Voc� vem sozinho?
- Esse � o problema. Meu amor quer ir junto. Algum problema?
- Nenhum � at� bom, pois s� assim n�s conhecemos esse indiv�duo. – Falei sorrindo.
- E voc�s como est�o?
- Ihhhh! Rapaz. � tanta coisa que s� ao vivo. Est�o planejando chegar quando?
- Como j� falei contigo, agora � que vamos planejar tudo mais acertadamente.
- T� bom ent�o.
- Eu volto a te ligar Caio. Pode ser?
- Claro que pode.
- Ent�o t�. Tchau.
Mais tarde comento com o GUTO sobre o telefonema do Luciano
- Caio, eu acho que n�s dev�amos aproveitar a oportunidade e tirar umas f�rias junto com eles, sabia.
- Amor, sabe que voc� tem raz�o. Vamos ver o roteiro deles e a� planejamos.
- Ser� que o GABRIEL vai querer ir tamb�m?
- Seria uma boa. Vamos falar com ele.
Voltamos a falar com o Luciano e ele adorou a id�ia de curtirmos f�rias juntos. O GABRIEL n�o p�de ir. O Luciano chegou e fomos recepcion�-lo no aeroporto.
- Ol�... Sejam bem vindos.
- Meu Deus Caio, GUTO. Noossa, voc�s est�o lindos. – Falou Luciano abrindo os bra�os feliz.
- Olha tem gente que vai se irritar antes de nos conhecer – Falei come�ando a rir.
- Bem pessoal. Esse � o Leonardo – Falou nos demonstrando um rapaz branco, de mais ou menos 1,75, malhado, cabelo lisos e bem negros, assim como os olhos. – Leonardo, esses s�o Caio e GUTO.
- Ol�. Tudo bem. Prazer, Caio – E estendi a m�o para um aperto forte sendo puxado para um abra�o. Com o GUTO tamb�m foi a mesma coisa.
- � um prazer conhec�-los pessoalmente. Afinal toda vez que o Lu ia visitar voc�s n�o dava certo para eu ir.
- Bom, vamos nessa!?
Pegamos as bagagens e fomos para casa, l� o GABRIEL nos aguardava terminando o almo�o. Apresentamos os meninos e almo�amos. O GABRIEL passou o resto da tarde silencioso, apenas observando nossas conversas. Ao nos deitarmos, naquela noite, o GUTO comenta:
- Amor, o GABRIEL fez um coment�rio estranho, antes de ir.
- E o que foi? – Perguntei j� intrigado.
- Ele disse para eu tomar cuidado e observar bem o Leonardo. Estranho n�o �?
- �... Mas vindo do “Bruxo”... Eu n�o notei nada. E voc�?
- Tamb�m n�o. – Me afirmou o GUTO.
Na manh� seguinte nos acordamos cedo para prepararmos o caf� da manh�. Assim que nos arrumamos, pois t�nhamos plant�o naquela manh�, o par sai do quarto j� vestidos para passeio. Durante o caf� da manh�:
- Caio algum de voc�s podem me dar carona at� uma locadora de carro?
- Pra que? – Pergunta o GUTO
- Desculpa GUTO. – Fala o Ricardo j� sorrindo – � para comprar camisinha. – Todos come�am a ri.
- H����. Seu debil�ide, s� pode ser para alugar um carro – Falou o GUTO s�rio – Mas para que? Se aqui temos dois?
- Mas... E voc�s? – Perguntou o Luciano preocupado.
- Luciano, um carro tem dois bancos na frente e um atr�s bem grande... KKKKKK – N�s dois come�amos a ri enquanto os dois se entreolhavam – Me vinguei
- Luciano, o que o GUTO quis dizer � que voc� podem ficar com um dos carros sem problemas. N�s podemos dividir o outro.
- Ahhh t�. Melhor assim.
- Com tanta mordomia, vamos acabar ficando aqui. – Falou o Leonardo.
- Menino. Se confia n�o, isso � s� pra pegar o besta. Depois � s�: L�, L�.. L�, L�... L�, L�, L�. KKKKKKKKKKKKKK. – Todos rimos juntos.
- Escrava Isaura �? Mas ser mucambo de dois sinh�zinhos bonitos, at� que n�o seria mal – Falou Leonardo sorridente
- Como � que �? – Perguntou Luciano s�rio, enquanto o GUTO fechava a cara.
- Brincadeira amor. Que � isso? – Respondeu o Leonardo tentando se retratar e j� todo desconcertado.
- Ah t�. – Respondeu soltando um sorriso amarelo.
Terminamos o caf�, colocamos a lou�a na m�quina e sa�mos, o Luciano ficou com meu carro. J� no carro do GUTO...
- Que afirma��o mais idiota, a daquele cara... Mucambo... Huuummm
- Calma GUTO. O rapaz disse que era brincadeira. Olha l� n�o v� querer criar confus�o, est�vamos todos brincando.
- Sei n�o. Acho que vou seguir o conselho do GABRIEL.
Marcamos a viagem para a semana seguinte, arranjamos dois colegas para nos substituir na nossa aus�ncia, pelo menos para acompanhar os resultados. Fechamos para novos pacientes at� voltarmos. Pr�ximo ao fim de semana, dois dias antes da viagem, tive que ter uma conversa com o GUTO.
- GUTO... Huuummm... Pera AMOR.
- Que foi? – Perguntou ele irritado pela interrup��o do beijo.
- Precisamos conversar.
- � t�o grave assim que n�o pode esperar eu te amar mais ainda? Perguntou ele mais irritado ainda.
- Calma GUTO. O assunto � s�rio.
- Agora eu fiquei preocupado – falou o GUTO sentando-se na cama.
- Em primeiro lugar saiba que te amo e que vou te amar sempre.
- Olha Caio, agora voc� vai ter que falar. J� sei que vem bomba – Falou o Guto com a respira��o j� entrecortada.
Confesso que nessa hora fiquei com medo, o olhar dele me deixava preocupado, ent�o comecei.
- GUTO... Lembra do Ricardo, nosso primo da Para�ba? (HIST�RIAS SECRETAS 4 E 5)
- O que � que tem o Ricardo, Caio? – Perguntou j� meio exasperado.
- Calma.
- Calma? Diz logo Caio, fala de uma vez. Pra voc� est� assim, alguma coisa aconteceu. Foi recente?
- Calma GUTO. Vou falar... Calma n�o � recente.
- Ent�o desembucha.
Ent�o relatei o que os leitores j� sabem ( HIST�RIAS SECRETAS 4 E 5). Ele ouviu passivamente e me olhou com os olhos lacrimejantes, virou de lado com as costas para mim e puxou o len�ol cobrindo-se todo. Me aproximei.
- AMOR – Toquei o ombro dele. Ele virou o rosto e perguntou chorando.
- Por que s� agora Caio?
- Ai meu Deus, fica assim n�o. Me d� um murro, me quebra todo mas n�o fica assim n�o. – E comecei a chorar tamb�m.
- Eu pensei que isso ia ficar no passado, nunca mais n�s vimos ele, nem sequer nos falamos, o contato dele � com nossa M�E. N�o h� nada, s� achei que como estamos indo para a Para�ba, voc� deveria saber de tudo. Me perdoa... TE AMO.
- Eu tamb�m te amo Caio e tenha certeza disso, mas acho que faltou um pouquinho de cumplicidade da sua parte. De mim voc� sempre soube de tudo. H� algo mais que eu deva saber?
- N�o, n�o que eu lembre.
- Pois quando lembrar acho bom falar. – E foi me virando as costas para deitar-se.
- Por favor, n�o me vira as costas. N�o faz isso n�o.
Sem se mexer ele respondeu:
- Fique satisfeito por eu n�o me levantar e dormir em outro lugar.
- Posso te abra�ar? – Perguntei chorando.
- Pode, mas para com essa choradeira. Fez a besteira e agora fica na lam�ria.
O abracei, e s� de sentir o cheiro dele de t�o perto isso j� me consolou, dormimos assim, de conchinha. No dia seguinte, enquanto eu preparava o caf� o telefone toca, o GUTO vem atender.
- Quem era?
- O Ricardo. – Respondeu ele ir�nico.
- O Ricardo? O que ele queria? – Perguntei surpreso.
- A M�E ligou para ele e avisou que est�vamos indo para l�, ent�o ele “gentilmente” nos convidou para nos hospedarmos na casa dele. Tentei me sair alegando as reservas, mas ele disse que n�o �amos fazer uma desfeita dessas com ele.
- E...? - Perguntei meio irritado.
- E acabei aceitando – Respondeu o GUTO ir�nico.
- Mas AMOR... J� t�nhamos feito as reservas.
- Ele insistiu muito. T� querendo alguma coisa, vamos ver onde isso vai dar. – Respondeu com um sorriso maquiav�lico.
- GUUUUTOOO. J� falei, isso � passado e bem passado. – Respondi chateado.
- Pra voc�. Parece que para ele n�o. Eu quero � pegar.
Os meninos entram na cozinha e interrompemos nossa conversa.
- Bom dia! – Saudou-nos o Luciano se espregui�ando.
- Bom dia pessoal. – Falou o Leonardo.
- Vamos tomar caf�? – Perguntou o GUTO sorrindo.
Sentamo-nos à mesa e iniciamos a refei��o.
Caro leitor, aqui se iniciou mais uma parte da nossa hist�ria. At� o pr�ximo com as novas surpresas que v�o nos levar ao longo final dessa hist�ria. Obrigado pelos e-mails e at� mais.