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A �LTIMA MISS�O

PR�LOGO



A m�scara de couro que envolvia seu rosto � tirada bruscamente. Seu campo de vis�o � estreito dali, seus olhos s� conseguem ver a parede de pedras, como uma masmorra medieval, parcamente iluminada por algumas velas ao seu redor.



Amarrada de bru�os numa esp�cie de mesa de centro, completamente nua, bra�os e pernas atados firmemente aos p�s do m�vel com uma corda �spera que quase esfola sua carne a cada tentativa de movimento, voc� se sente como uma oferenda em um altar, prestes a ser sacrificada. Mas voc� sabe que n�o � isso que ir� acontecer. O que eles querem de voc� � bem mais complicado.



A mulher que tirou seu capuz ent�o se abaixa à altura do seu rosto. Ela tem cabelos castanho escuros, presos em um rabo de cavalo saindo da parte de cima da cabe�a, os olhos azuis contrastam com o rosto de pele branca, emoldurado pela franja caindo ao redor.



- Ent�o Gabrielle, pronta para me dizer o que eu quero saber? Onde ele est�?



Voc� se mant�m firme, sem dizer nada.



Ela ent�o vai at� uma prateleira no outro canto da sala, repleta de acess�rios “�teis” para quebrar a resist�ncia de uma garota como voc�. Pega um chicote de hipismo e caminha de volta na sua dire��o. Sem dizer mais nada estala a ponta do instrumento nas suas costas, fazendo o som ecoar pelo ambiente.



1� PARTE



ALGUNS DIAS ANTES...



A noite estava tranquila no pequeno hospital na periferia em que a m�dica Gabrielle prestava plant�o. A mo�a n�o era exatamente uma idealista para estar ali, mas uma m�dica rec�m-formada tem de come�ar sua carreira em algum lugar, o sal�rio tamb�m n�o era nada mau, somado à estabilidade da vida de funcion�ria p�blica.



Apesar da m� fama das redondezas, o hospital e os m�dicos que ali trabalhavam eram respeitados pela bandidagem do lugar, afinal era a ele que sempre recorriam ap�s os tiroteios com a pol�cia. Sem maiores problemas naquela noite, apenas Gabrielle e algumas enfermeiras trabalhavam no local.



As mulheres conversavam no sof� da recep��o, sem nada mais a fazer, quando de repente a tranquilidade � quebrada pelo homem que chega esbarrando na porta de vidro, cambaleante, manchando-a de sangue.



Gabrielle e as enfermeiras se levantam para ajudar o homem, o sangue se esvaindo pela bala alojada acima do peito, estilha�ando a clav�cula.



Mais um traficante ferido? Pensa Gabrielle. N�o, ele n�o aparentava ser traficante. Era um homem loiro, alto, vestia uma jaqueta de couro de marca, agora furada pelo tiro, camiseta e cal�a jeans.



- Eu sou policial, fiquem tranquilas. Apenas me ajudem – diz ele com a voz grossa e arrastada pela dor. Antes de cair definitivamente no ch�o, ainda consciente, mas com a respira��o ofegante.



Gabrielle tenta lev�-lo para a sala, mas jamais aguentaria o peso dele. Com a ajuda das enfermeiras ele se levanta e caminha a dif�ceis passos, mas com as pr�prias pernas at� uma das salas, acompanhado pela m�dica.



As mulheres o deitam em uma das camas, Gabrielle tira a jaqueta e a camisa dele. V� o bras�o do ex�rcito brasileiro tatuado do lado esquerdo do peito, pouco abaixo de onde a bala o havia acertado. Ele ainda est� acordado.



A m�dica pega uma seringa com anest�sico, tenta aplicar, mas ele n�o permite, segurando os bra�os da garota:



- N�o, eu quero ficar acordado. – diz ele quase murmurando.



Estarrecida, ela concorda. Apenas desinfeta o local da ferida. V� que o tiro foi de rasp�o, ele n�o corre risco, mas a dor deve ser insuport�vel.



Com o aparato necess�rio, ela cuidadosamente retira o proj�til. Coloca-o no recipiente ao lado da cama. O procedimento � simples, mas a cabe�a da garota ainda est� confusa com isso tudo. Ela termina fazendo um curativo e diz para o homem descansar um pouco.



As enfermeiras trazem um pouco de �gua gelada, ele bebe um copo e parece adormecer.



Curiosa, Gabrielle revira a jaqueta dele. Encontra em um dos bolsos um pen-drive e a carteira, com dinheiro, mais do que algu�m deveria estar carregando naquela hora ali, e outra carteira de identifica��o da ag�ncia de intelig�ncia do ex�rcito: o nome dele era Andr�, mas essa descoberta era pouca perto de todas as perguntas que a garota tinha. Em outro compartimento da jaqueta ela encontra uma arma, port�til, pequena do tamanho da palma de uma m�o. Assustada, resolve n�o tocar no objeto.



Ela pega o pen-drive e vai at� o seu notebook, curiosa. Acha que ele est� dormindo e n�o vai se importar se ela quiser saber um pouco mais.



Abre o conte�do do aparelho e fica estarrecida com o que v�: planos do que parece ser um atentado terrorista de propor��es gigantescas em 1� de janeiro, dia da posse do novo Presidente da Rep�blica. A planta detalhada do Pal�cio do Planalto, incluindo a parte subterr�nea, e de v�rios outros pr�dios do governo em Bras�lia.



A garota fica perplexa. Quando ia se levantar e desligar o computador, v� o homem misterioso atr�s dela, em p�, fitando-a como um predador olha sua presa.



Ela se recosta na cadeira, amedrontada, sem saber o que fazer. Ap�s alguns instantes ele diz:



- Voc� n�o devia ter feito isso, menina. Nunca ouviu dizer que “a curiosidade matou a gata”?.



Talvez o ditado n�o fosse bem assim, mas isso era o que menos importava no momento. Pelo menos aquele cara tinha senso de humor at� depois de levar um tiro.



Gabrielle suplica, solu�ando:



- Por favor, n�o me machuque, eu s�...



A garota mal tem tempo de terminar a frase, quando o di�logo � interrompido pelo barulho de tiros vindo da portaria, arrebentando a porta de vidro do hospital. Gabrielle fica paralisada. Andr� ent�o a pega pelo bra�o e a leva de volta para a sala anterior, manda ela ficar abaixada atr�s da cama. A coisa ali vai ficar feia em alguns instantes.



Andr� pega sua arma dentro da jaqueta. Quando tr�s homens armados aparecem no corredor procurando-o, ele dispara. Tr�s tiros certeiros, os tr�s alvos derrubados. Pega a m�dica e a leva pelo corredor.



Gabrielle est� desesperada. O que esta acontecendo? Onde est�o as outras enfermeiras? Para onde esse estranho est� a sequestrando? N�o h� tempo para perguntas...



Na portaria, outros dois homens invadem o hospital, Andr� empurra Gabrielle para tr�s do balc�o, onde as enfermeiras est�o amarradas. Aparentemente um lugar seguro. Dali ela v� seu novo “amigo” quebrar o bra�o de um dos invasores em movimentos r�pidos, tomar a submetralhadora que ele carregava e disparar no outro bandido. Em seguida, pisa na cabe�a do homem de bra�o quebrado, deixando o inconsciente.



“Quem � esse cara?” pensa Gabrielle.



Ele pega a m�dica e a levanta, toma a chave do carro da garota de dentro do jaleco branco que ela vestia e segue carregando-a pelos bra�os. Ela protesta:



- Eu preciso ajudar aquelas enfermeiras!



- N�o h� tempo, ruivinha. Vamos embora!



- Para onde voc� est� me levando? Me solte!



- Voc� sabe demais agora. Vai ficar comigo at� eu decidir o que vou fazer com voc�.



- O que voc� vai fazer comigo?



- Eu n�o sou o bandido, menina. Acredite, estou fazendo isso para te proteger.



Andr� pega de volta a jaqueta e o pen-drive e conduz Gabrielle at� o carro da garota. Acelera e sai cantando pneus. As primeiras viaturas da pol�cia despontam no horizonte com as sirenes ligadas. Ele dirige como um louco, a m�dica nota isso colada no banco do carro, chocada com aquilo tudo.



O ponteiro do veloc�metro alcan�a 160 quil�metros por hora, costurando o tr�nsito. Ele puxa o freio de m�o e vira o carro 180 graus, ficando de frente para os carros da pol�cia, empunha a metralhadora roubada de um dos bandidos e atira no pneu da primeira viatura, fazendo-a perder a dire��o. As outras viaturas batem atr�s dela. Gabrielle n�o ousa falar mais nada.



Ele ent�o dirige at� um local fora da cidade, o pr�dio de um hotel fazenda h� muito abandonado. Leva Gabrielle relutante at� o interior do local. Apesar da p�ssima fachada, o lugar estava arrumado l� dentro. Simples, mas limpo. Um colch�o de casal no ch�o, um frigobar, uma TV e um arm�rio no canto com armas e alguns artigos diversos ali.



Parecia um...CATIVEIRO. Pensa Gabrielle. Assustada, ela n�o sabe o que dizer.



- Voc� me trouxe aqui para me matar? – Ela pergunta.



Andr� apenas responde balan�ando a cabe�a negativamente com um sorriso sarc�stico no rosto. Bom sinal.



- Por que me trouxe aqui ent�o? Quem � voc�?



- Uma coisa de cada vez, mo�a. – Responde ele, abrindo o frigobar e pegando dois copos. Tira uma garrafa de Green label do arm�rio, dizendo:



- Meu nome � Andr�, e voc� fez mal em ser t�o curiosa. Eu s� te trouxe aqui porque depois do que voc� viu, com certeza ia dar com a l�ngua nos dentes por a�. Se avisasse a pol�cia, ou qualquer pessoa envolvida nisso ficasse sabendo, provavelmente voc� j� estaria morta agora. Comigo voc� est� protegida.



- Voc� � tipo, um terrorista? – Pergunta a garota.



- N�o, eu sou tipo, um cara que mata os terroristas. Trabalho para a ag�ncia de seguran�a nacional, eu estava infiltrado no grupo que est� planejando esse atentado. Fui descoberto roubando os planos deles que voc� viu nesse pen-drive. Troquei uns tiros com eles perto do hospital onde voc� trabalha, e o resto da hist�ria voc� j� sabe.



Gabrielle se sente mais segura, longe de estar confort�vel, mas segura, ouvindo isso.



- Meu nome � Gabrielle.



- Seu nome n�o me interessa, quanto menos se envolver comigo, melhor para voc�.



A rispidez dele s� faz a garota sentir-se mais atra�da por aquele estranho. Talvez porque com a reviravolta que a sua vida acabou de dar, ele � o �nico em que ela pode confiar.



Ele enche os dois copos e diz:



-Beba, vai ajudar voc� a relaxar.



Gabrielle sente a bebida esquentando-a por dentro. Depois de alguns goles, sente seu corpo dormente, apagando aos poucos. Cai e � segurada pelo homem, que a olha como se j� tivesse planejado aquilo. Ele a coloca no colch�o. E ent�o as �ltimas palavras que ela ouve antes de entrar no mundo dos sonhos.



- Confie em mim, Gabrielle, tudo vai ficar bem.



2� PARTE



Gabrielle acorda com o barulho das gaivotas que sobrevoavam a praia e a brisa da manh� invadindo o quarto. Desperta sem ter a m�nima id�ia de onde est�. S� ent�o nota que est� nua, envolvida nos len��is de linho, daqueles que s� se v�em nos melhores hot�is. Numa poltrona ao lado da cama v� um vestido branco de ver�o, leve, com o bilhete colado dizendo: “vista isso”.



Ela vai at� a varanda do quarto em que estava e v� a praia deserta, cercada por palmeiras, a �gua azul, quase transparente. Em frente a garagem, no andar de baixo, duas ferraris, uma 355 f1 vermelha e uma 458 It�lia prateada, das mais exclusivas do mundo. Com a cabe�a confusa, mal tem tempo de reparar em tudo na mans�o em que est�.



Desce as escadas e v� Andr� em uma mesa à beira da piscina, teclando em um notebook, bebendo uma garrafa de vodka wyborowa e fumando um charuto monte cristo. Ele n�o a olha at� que ela se aproxima, com in�meras perguntas na ponta da l�ngua.



- Para onde voc� me trouxe?



- Bem vinda ao meu para�so particular, ruivinha. Aqui voc� estar� mais segura. E aquele quartinho n�o estava mesmo à altura de uma mulher como voc�.



- Onde estamos?



- Em algum lugar no meio do atl�ntico, quanto menos voc� souber, melhor.



Ela ent�o percebeu que fazer perguntas pouco ia adiantar naquela hora.



A brisa leve colava o vestido ao corpo da garota, contornando suas formas e fazendo-o subir, às vezes, revelando as lindas coxas longil�neas. Andr�, que j� havia achado a garota interessante at� no jaleco branco, pela primeira vez ficou sem palavras para descrever tamanha beleza.



Ela ent�o continuou:



- Como � que voc� me dopa e me sequestra assim, que tipo de mulher acha que eu sou?



- No que diz respeito a mim, voc� � uma mulher que ainda est� viva. Nesse momento � o mais importante. – Ele responde, e completa: - Sente-se, beba um pouco, dessa vez a bebida n�o vai te botar pra dormir. Se quiser dar um mergulho, tem um biqu�ni para voc� no arm�rio do quarto.



Sem mais o que fazer, a garota aceita a id�ia e veste o biqu�ni. Vermelho, revelador sem ser obsceno. Volta à companhia de Andr� enrolada em uma canga, tira-a e deixa em cima da mesa. Caminha at� o mar como se desfilasse, com o movimento dos quadris provocando aquele homem. Ele, apenas de bermuda, n�o consegue tirar os olhos de Gabrielle. Aquela rela��o explosiva est� prestes a ganhar a fagulha necess�ria.



A m�dica entra no mar e deixa a �gua molhar seu corpo, seus cabelos. Andr� a segue, furtivo. Ela s� nota a presen�a dele quando a agarra por tr�s, segurando-a pelo quadril e beijando seu pesco�o. N�o se assusta, sabe que � ele que est� ali. Tenta demonstrar um pouco de resist�ncia, facilmente quebrada, e cede. Vira o rosto para o rapaz e os dois se perdem num beijo longo e molhado, com a �gua do mar aos p�s. Ele coloca a m�o por dentro do biqu�ni dela, acaricia sua vagina, que umedece rapidamente. Com o outro bra�o a envolve, protegendo-a.



Andr� pega a garota nos bra�os e a leva at� a piscina, na beira da areia. P�e a canga no ch�o e deita Gabrielle por cima. Puxa o la�o do biqu�ni despindo-a e come�a a beijar suas coxas, pela parte de dentro. Passa a l�ngua pela virilha de Gabrielle chegando ao seu sexo. T�o molhada que seus sucos escorrem pelas coxas. Passa a l�ngua por toda a extens�o dos l�bios, provando os sabores e aromas daquela mulher maravilhosa. Faz movimentos com a ponta da l�ngua no clit�ris e desce, lambendo-a desde o �nus at� a entrada da vagina, onde penetra com a l�ngua, saboreando-a toda. Gabrielle se contorce e geme de tes�o, deitada com as pernas abertas e com as m�os espalmadas no ch�o. Ele coloca um dedo, depois dois, dentro da vagina, entrando e saindo, enquanto chupa e lambe o clit�ris da garota, alternando chupadas vorazes e carinhosas. Gabrielle tem seu primeiro orgasmo ali.



Andr� se levanta e tira a bermuda, revela seu p�nis para Gabrielle. A cabe�a num tom de vermelho claro contrasta com as veias salientes, do jeito que a garota gosta. Ela, por instinto, come�a a passar a l�ngua ao redor da cabe�a, ele vai ao c�u. Ela, de joelhos, abocanha o p�nis at� onde sua garganta aguenta, mais da metade ainda sobra fora da boca da garota ruiva. Ela o olha enquanto faz sexo oral. Ele acaricia seus cabelos. De todas as mulheres que ele j� teve, esse � definitivamente o melhor sexo oral que Andr� j� experimentou na sua vida.



Deita Gabrielle, levanta suas pernas e penetra sua vagina mil�metro a mil�metro, at� ela acostumar com o p�nis todo dentro dela. Come�a a entrar e sair, num movimento ritmado, acelerando aos poucos. Pega-a pelos cabelos e a come ferozmente, fitando-a nos olhos, murmura no ouvido dela:



- Que delicia foder essa buceta, meu amor.



Gabrielle tem orgasmo atr�s de orgasmo, extasiada. Andr� a beija e chupa seus seios, abocanhando-os com vontade. Entra e sai da garota com for�a, o barulho das ondas explodindo na praia numa analogia bem sacana com a penetra��o voraz que a garota ali desfruta. Os corpos se chocando, o p�nis entrando e saindo, entrando e saindo dela



Andr� enfia a l�ngua na boca dela e os dois explodem num orgasmo alucinante, gozam como se uma corrente el�trica percorresse os corpos, e os dois fossem um s�. A garota sente o s�men quente jorrando como uma fonte dentro dela.



Ficam ali deitados, corpos colados, assistindo o sol se por devagar atr�s do oceano.



- Gabrielle, eu te trouxe aqui por um motivo. – diz Andr�, fazendo caricias na garota.



Ela olha o rapaz, curiosa. Ele completa:



- Aquela noite no hospital, à primeira vista eu reparei como voc� � linda. At� a� nada demais, j� vi muitas mulheres bonitas, mas voc� definitivamente tem algo de especial. Depois que voc� salvou a minha vida, eu n�o podia arriscar perder voc� te deixando l�. Eu sou um cara acostumado a trabalhar sozinho, em outras circunst�ncias jamais traria uma garota comigo aqui, mas voc�, de alguma forma, se tornou especial.



- Voc� pretende me manter aqui como sua ref�m para sempre, ent�o? – Responde Gabrielle.



- Voc� n�o � uma ref�m, � minha h�spede. – ele responde sorrindo. E completa: - Vou te ensinar a se proteger, depois do acontecido naquela noite, eu n�o quero ferrar a sua vida. Em breve vou ter que ir completar a minha miss�o, pode ser que eu n�o volte, mas quero que voc� fique bem.



- O que voc� quer dizer com isso?



- Vou treinar voc� para ser a minha companheira, caso tudo saia como eu planejei. Caso n�o saia, n�o quero que aqueles caras te machuquem. Voc� aceita ser completamente minha, nesse tempo que teremos aqui? Se aceitar, vai ter que fazer tudo o que eu mandar, sem questionar nada. Voc� n�o vai apenas gostar, vai ser outra mulher depois disso tudo. Caso n�o queira, n�o encontrar� nenhuma porta fechada aqui, te levo embora quando quiser, mas adoraria que voc� ficasse.



- Como assim “ser completamente sua”? E isso que n�s tivemos agora?



- Isso n�o foi nada perto do mundo que eu quero te apresentar.



- Quer que eu seja a sua aprendiz, ent�o?



- N�o, quero que voc� seja a minha escrava.



Os dois riem e se beijam.



3� PARTE



Gabrielle era uma mulher determinada, mais at� do que Andr� poderia prever. Nesse tempo que passaram juntos, apesar de estarem s� os dois naquela ilha, nenhum sentiu nada sequer pr�ximo à solid�o. Eram amigos, amantes. Ela aprendeu a usar armas de fogo, defesa corporal, e tudo que havia ali para ser ensinado mais r�pido e eficazmente do que se poderia imaginar. Como Andr� dizia, ela sempre foi um diamante belo e raro esperando para ser lapidado. As noites eram maravilhosas, jantares a dois, animados, seguidos por noites de sexo maravilhosas. Gabrielle gostava de ser dominada, e Andr� sempre o fazia com prazer. �s vezes mais rom�ntico, às vezes uma brincadeirinha mais forte, sempre com um final feliz e satisfat�rios para ambos. Mas ela n�o apenas aprendeu, ensinou tamb�m, e muito. Aquele cara solit�rio, que vivia para “salvar o mundo”, aprendeu o que era gostar e cuidar de uma mulher ao lado. Decidiu que se Gabrielle ainda o quisesse depois dessa miss�o, era hora de parar, e dar a aten��o que ela merecia, somente a ela.



Numa manh� Gabrielle acordou amarrada à cama. Apesar de Andr� sempre inventar brincadeiras novas para domin�-la, ela confiava nele. Ela estava atada com os bra�os na cabeceira e as pernas na outra ponta. Os olhos vendados. Era a primeira vez que ele fazia isso dessa forma, e ela se sentia ansiosa e excitada com o mist�rio.



Ela sentiu ele beijando seus l�bios, retribuiu o beijo. Por�m, ao mesmo tempo, sentiu algu�m fazendo sexo oral nela. Seu corpo se arrepiou na hora, pelo susto e pelo tes�o. Quando Andr� tirou a venda, ela teve a maior surpresa que j� teve desde que estava ali naquela ilha. Ao lado dela Andr� estava sentado na cama. Entre as pernas dela, viu que havia outra garota no quarto. Era a primeira pessoa al�m de Andr� que ela via em meses. A garota era loira, menor que ela, apenas sorriu e continuou a chup�-la. No inicio Gabrielle ficou nervosa, como se estivesse sendo tra�da. Mas Andr� rapidamente atou as pontas da situa��o.



- Gabrielle, essa � a Ária. Minha colega de trabalho. Fique tranquila, n�o tenho nada com ela, apenas a chamei aqui para me ajudar com voc�. Quando eu te propus essa aventura disse que voc� teria que fazer tudo que eu mandar, lembra? Hoje � o seu teste final. Eu sempre fiquei arrepiado de imaginar como voc� se sairia com outra garota.



Ária continua chupando Gabrielle, que sempre imaginou sentir repulsa pensando em sexo com outra mulher, mas por Andr� ela faria isso. Resolveu relaxar e curtir a situa��o. Era s� daquela vez.



Andr� pegou uma garrafa de Dom P�rigon Oenothèque, daqueles que n�o se bebe em qualquer lugar e derramou sobre o corpo todo de Gabrielle. Ele e Ária come�aram a chup�-la juntos, o vinho gelado e as l�nguas quentes dos dois percorrendo o corpo todo da m�dica, que gemia e se contorcia de prazer.



Quando Gabrielle estava totalmente entregue, ele a soltou das cordas, mandou que as duas garotas fizessem sexo oral nele. Depois deitou a garota ruiva sobre a cama e a penetrou enquanto Ária a beijava. Ato cont�nuo, ele deitou-se e colocou Gabrielle sobre ele. Ela cavalgava como uma amazona, apoiada no peito do namorado enquanto Ária lambia seu clit�ris. Naquela noite Gabrielle gozou como nunca, ondas de choque percorriam o corpo dela como que sa�das da alma da garota. Andr� tamb�m despejou seu s�men dentro dela, em seus seios, rosto, no corpo todo. Gabrielle, que havia prometido fazer tudo, havia passado na prova final, agora ela definitivamente era companheira e c�mplice.



Ária desceu para realizar os �ltimos preparativos da partida. Andr� e Gabrielle ficaram na cama pelo resto do dia e da noite, corpos e rostos colados, fizeram amor mais vezes do que se podia contar. Aquela era a noite de r�veillon, antes do fat�dico primeiro de janeiro, quando havia trabalho a ser feito. Poderia ser a �ltima noite dos dois juntos.



4� PARTE



Na manh� seguinte Andr� levou caf� na cama para Gabrielle, massageou seus p�s enquanto ela comia e n�o parou um segundo de olhar para ela. Podia passar uma vida inteira s� admirando os detalhes daquela linda mulher, e n�o seria uma vida desperdi�ada.



Antes de sair, entregou um envelope lacrado para Gabrielle. Disse que ela s� deveria abrir se ele n�o voltasse. Ela tentou entregar de volta o envelope, dizendo que isso n�o ia acontecer. Andr� n�o o aceitou de volta. Pela primeira vez em muito tempo ela voltou a ver a express�o s�ria no rosto dele, mais s�ria do que na noite em que se conheceram. Andr� deixou a chave de uma lancha potente com Gabriellle, disse para ela apenas ir embora da ilha depois que tudo estivesse terminado.



Ária apareceu ent�o no quarto enquanto Andr� se vestia e se despedia de Gabrielle, perguntou se ele estava pronto. Ele usava palet�, cal�as e camisa preta, sem gravata. Gabrielle n�o sentia ci�mes de Ária, nem havia motivos, ela era apenas uma colega de profiss�o. A garota ruiva confiava em Andr� e sabia que a cumplicidade, e finalmente, o amor dos dois, era maior que isso tudo. Ele respondeu que sim, e partiram.



Da varanda do quarto ela viu o barco se afastar e sumir no horizonte.



* * *



As horas seguintes foram de angustia para Gabrielle. Ela sabia que contrastando com a tranquilidade daquela ilha o mundo estava pegando fogo l� fora, e no meio daquilo tudo estava Andr�. Tudo o que ela podia fazer era acompanhar pela TV via sat�lite o que estava acontecendo.



O dia todo ela n�o saiu da frente do aparelho, esvaziando garrafas de vinho que ela mal sentia o gosto, nervosa. Como se seu cora��o estivesse preso em sua garganta. Quando ela viu e ouviu tiros sendo disparados na cerim�nia de posse transmitida pela TV, correria, explos�es, seguran�as carregando o novo presidente, sentiu seu corpo amolecer, por pouco n�o desmaiou.



A transmiss�o foi interrompida, ela come�ou a correr os canais procurando algo relacionado: CNN, Fox, Bloomberg, todas noticiavam o que havia acabado de acontecer, nenhuma em portugu�s. E Gabrielle, apesar do seu bom ingl�s, n�o estava em condi��es de tentar traduzir o que os rep�rteres desesperados diziam. Foram minutos de perplexidade.



Ela queria desesperadamente saber se Andr� havia cumprido a miss�o, e mais importante, como ele estava. Quando viu uma imagem ao vivo do presidente sendo escoltado, s�o e salvo, a primeira pergunta foi respondida. Achou um canal que noticiava na sua l�ngua, afirmando o que ela suspeitava. A not�cia seguiu expondo os fatos: “um falho atentado terrorista contra o presidente havia sido frustrado pelas ag�ncias de seguran�a, a amea�a j� havia sido neutralizada. Todos os terroristas haviam sido mortos, por�m...” – e essa parte fez o sangue de Gabrielle gelar – “...com algumas baixas civis e dos agente do governo”.



Ela come�ava a se verter em l�grimas, apesar de saber do que Andr� era capaz, a falta de noticias detalhadas era torturante. Acabou adormecendo com a TV ligada.



Acordou de madrugada, ainda com a TV noticiando o mesmo assunto, teve um choque ao ouvir - “...apesar do sucesso das equipes de seguran�a, o agente que liderava a opera��o, que n�o teve sua identidade revelada, foi morto na troca de tiros...”.



A cabe�a de Gabrielle come�ou a girar, o som da TV sumiu e foi como se o ch�o se abrisse embaixo dela. Ela desconfiou que fosse um pesadelo. N�o Gabrielle, aquilo era real.



Ela havia aprendido a ser forte nesse tempo na ilha, mas n�o pode conter-se nesse momento, e se afundou nos len��is chorando copiosamente. Chorou at� n�o haver mais for�as em seu corpo nem para chorar, e adormeceu de novo.



5� PARTE



No dia seguinte, ao nascer do sol, Gabrielle foi embora da ilha. Guardou o envelope entregue por Andr� no fundo de uma mochila. Em nenhum momento lhe passou pela cabe�a a id�ia de abri-lo. Ela tinha esperan�as que Andr� ainda ia aparecer e acabar com essa ang�stia. Ningu�m mata o Andr�, n�o o meu Andr�. A garota vestiu uma saia jeans e uma camisa branca do arm�rio, com alguns bot�es abertos na altura dos seios, pegou a chave do barco e se foi dali. Olhou para tr�s sem nenhuma express�o no rosto e viu a ilha em que havia passado aquele tempo surreal da sua vida, diminuindo na vista e aos poucos sendo engolida pelo horizonte.



Voltou para o mundo real. Chegando em sua casa as contas se acumulavam embaixo da porta, a secret�ria eletr�nica acumulava mensagens dos amigos e do trabalho, a casa estava como ela havia deixado antes de sair para aquela noite no hospital.



Nos dias seguintes o otimismo de Gabrielle se sobrep�s à sua raz�o. Ela se mantinha inabal�vel na cren�a de que ia acordar e ele ia estar ao lado da cama, mas ela n�o dormia. A campainha ia tocar, e seria ele a convidando para aqueles jantares a dois, mas ela mal conseguia comer. Ela esperava qualquer contato dele. E assim os dias passaram, um ap�s o outro. Cada por do sol levando um peda�o do cora��o de Gabrielle.



Os jornais agora tinham noticias mais urgentes do que o atentado, o tempo passou.



Num dia, assistindo à TV, Gabrielle viu uma imagem que s� n�o a fez chorar mais porque os olhos verdes da garota j� n�o tinham mais l�grimas. Em uma cerim�nia solene, o presidente entregava uma bandeira do Brasil dobrada e uma condecora��o para uma mulher, provavelmente a m�e de Andr�.



Seu ultimo suspiro de esperan�a se desfez naquela hora, com um aperto no peito. Sua esperan�a foi substitu�da pela resigna��o. S� havia uma coisa a ser feita agora.



Gabrielle tira a mochila do fundo de uma gaveta, e do fundo da mochila o envelope que lhe foi entregue por Andr� um dia antes dele partir. Abre sem pensar em nada, dentro do envelope havia uma passagem de primeira classe para a Su��a, um cart�o internacional e um bilhete onde se lia:



“Global Investments – Zurich, Switzerland – Rue de L’est – 200; cofre 216, password: Gabrielle”.



Voc� n�o tem id�ia do que isso quer dizer, mas resolve ir at� l� descobrir.



6� PARTE



Chegando em Zurique, Gabrielle, vestindo botas de salto, sobretudo e cachecol � recebida por uma mulher de cabelos castanho escuros, rabo de cavalo e olhos azuis. Ela n�o sabia que ningu�m estaria lhe esperando. A mulher, com um sorriso no rosto e em portugu�s perfeito diz:



- Gabrielle, meu nome � Suzane, vou ser a sua guia enquanto voc� estiver na Su��a.



- Eu n�o sabia que algu�m estaria me esperando. – responde Gabrielle, desconfiada.



- Fique tranquila, recebi instru��es diretamente do Andr� para quando voc� chegasse.



Ao ouvir o nome dele Gabrielle se arrepia, mas ainda assim passa a sentir-se mais segura.



Na companhia dela, Gabrielle � liberada de apresentar seu visto. Suzanne acompanha a garota ruiva at� o Jaguar s-type estacionado bem a frente do terminal, onde carros comuns nunca podem parar.



Gabrielle se acomoda no banco de tr�s com ela ao seu lado, o motorista sequer olha para tr�s, e assim que Suzane fecha a porta ele acelera.



Chegam a um edif�cio de a�o espelhado no centro da cidade, com a inscri��o “Global Investments” na fachada. O motorista desce e abre a porta para as duas mulheres. Elas descem e entram no edif�cio.



- Me siga, Gabrielle – diz Suzane.



A m�dica obedece e elas descem juntas a escada que leva ao subsolo do edif�cio, com portas de a�o se abrindo uma a uma e se fechando num estrondo atr�s delas, na medida em que as garotas passam.



Chegam ao corredor com v�rias salas privativas lado a lado, param em frente à porta 216. Suzane orienta Gabrielle a passar o cart�o que estava no envelope no identificador magn�tico ao lado da porta, a m�dica o faz. Em seguida, ela deve digitar a senha na tela acima do identificador. Gabrielle digita seu nome, com o cora��o quase saindo pela boca, sem saber o que vai encontrar.



A porta se abre. Suzane lhe entrega uma chave e diz para Gabrielle ficar a vontade, se precisar de ajuda � s� chamar. A garota entra na pequena sala, onde uma pasta grande de metal com uma trava est� acima de uma mesa. Suzane fecha uma pequena cortina atr�s de Gabrielle e finalmente deixa a garota sozinha.



Gabrielle abre a pasta com a chave, numa expectativa que experimentou poucas vezes em sua vida. Ao abrir, se depara com pilhas de dinheiro presas por el�stico em varias moedas do mundo; d�lares, libras, ienes e euros. Ao lado, passaportes de diversos pa�ses e uma arma, um rev�lver Glock com o seguinte bilhete colado: “tenha cuidado, Gabrielle”.



Ela reconhece aquela letra, “� do...Andr�...” e olha confusa para aquilo tudo. Mas mal tem tempo de pensar. Surgidos do nada, Suzane e o motorista que a levou at� ali invadem a sala, ela s� consegue olhar para eles numa fra��o de segundos antes que a mulher de olhos azuis espete uma seringa no seu pesco�o. O corpo de Gabrielle amolece e ela cai ao ch�o. O motorista pega a garota desacordada e a leva ate outro lugar.



* * *



Gabrielle acorda amarrada naquela masmorra, paredes de pedra, o capuz dificultando a sua respira��o, que � tirado num movimento r�pido. Suzane agora n�o parece a anfitri� receptiva que te pegou no aeroporto.



Ela veste um vestido preto de l�tex que deixa os ombros e o decote à mostra, botas de cano alto e luvas at� os cotovelos.



- Diga onde ele est�, Gabrielle. N�o � voc� que n�s queremos. S� fale onde ele est� e n�s te deixamos ir.



Voc� fica sem resposta, como assim “onde ele est�”... - ele est� morto, ora!.



Ela n�o acredita na sua resposta, voc� esta sendo torturada por algo que n�o sabe, e pela primeira vez em muito tempo voc� sente medo.



Estala o chicote nas suas costas, nas suas n�degas, sua pele branca fica com as marcas vermelhas, at� n�o haverem mais lugares para te deixar marcada. Suzane ent�o resolve ser mais persuasiva.



Pega um pequeno controle remoto e mostra-o para Gabrielle. Aperta um bot�o vermelho no controle. Gabrielle sente todos os seus m�sculos enrijecerem com a corrente el�trica, a dor � muito forte. Voc� grita, lagrimas escorrem dos seus olhos. Suzane se aproxima de voc�. Arranha seu rosto com a ponta dos dedos e diz:



- Gostou, princesa? Isso � um dispositivo eletr�nico instalado dentro do seu �tero, e essa foi a frequ�ncia mais fraca desse aparelho. Se voc� n�o colaborar, podemos ficar aqui a noite toda, at� fritar seus ov�rios.



Gabrielle fica apavorada, nunca viu nada parecido na sua vida. As l�grimas de novo voltam a escorrer dos seus olhos. Por�m, consegue encontrar uma fagulha de esperan�a nisso tudo. Se ela ainda questiona onde esta Andr�, talvez...ele esteja vivo.



Voc� tenta convenc�-los em v�o de que n�o sabe do paradeiro dele. Implora para ela n�o acionar aquela m�quina de novo, te causando uma dor imposs�vel de descrever.



Suzane perde a paci�ncia com voc�. Vai at� a estante, pega um consolo de borracha, caminha at� voc� e come�a a te provocar passando-o na frente do seu rosto. Ela te manda abrir a boca, voc� nega. Ela ent�o mostra o controle remoto e voc� obedece prontamente. Come�a a chup�-lo, molhando-o com a sua saliva. Suzane ri.



- Isso mesmo, boa menina. Estou pressentindo que a noite vai ser bem longa para voc� e divertida para mim.



Ela ent�o tira da sua boca e caminha para tr�s do seu corpo. Com a ponta do dedo m�dio ela come�a a acariciar seu �nus, pressionando e te penetrando devagar.



- Est� gostando, vadia? Quantas vezes voc� deu esse buraquinho para o Andr�, hein? Ele disse que voc� era a melhor? Ele sempre dizia isso para mim.



Voc� treme de raiva ao ouvir isso, se estivesse desamarrada, mataria essa Suzane agora.



Ela ent�o passa lubrificante em voc� com os dedos e come�a a te penetrar com o consolo. Voc� se sente como se estivesse sendo rasgada, Suzane se excita com os seus gemidos.



- Esse � o meu menor consolo, querida. Isso � s� um aquecimento. Na hora que eu come�ar de verdade, com certeza voc� vai falar o que eu quero saber.



Ela continua te penetrando, massageando seu clit�ris com o polegar da outra m�o. E assim a noite segue, com aquela mulher te torturando assim. Usa todos os acess�rios em voc�, que apenas deixa as l�grimas rolarem pelo seu rosto, mas n�o fala nada. Ap�s muitas horas nessa “brincadeira”, Suzane perde a paci�ncia.



Ela chama o motorista que estava do lado de fora da sala, um cara alto de meia idade, com pinta de mordomo de filme de terror. Ela diz;



- Eu acho que essa vadia n�o sabe de nada mesmo, pode dar um fim nela.



O homem tira uma arma de dentro do palet� e aponta para voc�, que mesmo apavorada re�ne suas ultima for�as e diz, com o rosto molhado pelas l�grimas:



- Suzane, por favor, eu achei ate agora que o Andr� estava morto. Eu juro que desejo demais que ele esteja vivo, mas n�o sei onde ele est�. Mas quer saber, se ele realmente estiver vivo como voc� diz, ele vai vir e matar todos voc�s quando ele souber o que voc�s fizeram com a garota dele. Eu queria estar aqui para ver a cara de voc�s quando isso acontecer. – ao dizer isso, voc� deixa um leve sorriso aparecer no canto da sua boca.



A arma dispara.



* * *



O motorista cai morto com a bala que lhe perfura as costas e sai pelo peito. Suzane tenta ver, apavorada, de onde veio o tiro. Andr� ent�o invade a sala. Do lado de fora, v�rios seguran�as de Suzane tamb�m mortos. A algoz de Gabrielle tenta pegar a arma do motorista no ch�o, mas antes Andr� a chuta para longe e domina Suzane, pisando nas costas dela e prendendo-a ao ch�o.



Voc� ent�o v� a cara de Suzane, como havia desejado instantes atr�s.



- Parece que voc� andou se divertindo sem a minha presen�a, Suzane. - Diz Andr�, completando:



- Eu devia te matar agora pelo que voc� fez com a Gabrielle, mas como sou um cara justo, vou deixar ela decidir o que vou fazer com voc�:



Voc� � superior n�o s� a Suzane, mas à todos naquela sala. Eu te envolvi nesse mundo, sem querer. No fundo, voc� ainda � a m�dica que gosta de ajudar os outros. Apesar da situa��o, voc� est� feliz comigo ali.



- Deixe ela viva, Andr�. Ela vai pagar viva por tudo que fez.



Pego algemas na prateleira e prendo Suzane, te solto das cordas. Voc�, ainda nua, da um soco na cara de Suzane, merecido.



Coloco um sobretudo em voc� para te proteger do frio l� fora e sa�mos da sala. Suzane fica l� algemada, ainda nocauteada pelo seu soco. Vamos sumir dali.



Quando a pol�cia su��a chega e prende Suzane, c�mplice de terrorismo e sequestradora, junto com os comparsas restantes, n�s j� estamos longe.



FINAL



Em um quarto de hotel nos arredores de Marselha, sul da Fran�a, de frente para o mar, uma bela garota ruiva sai deslumbrante do banheiro, cabelos molhados e toalha ao redor do corpo. Deixa cair a toalha e deita ao lado de Andr�, que termina de digitar sua carta de demiss�o no notebook, desliga-o e abra�a a namorada, beijando-a apaixonadamente.



- Andr�, eu sei que voc� n�o quer tocar no assunto, mas quem era essa tal de Suzane? Ela disse que conhecia voc�. – Pergunta Gabrielle.



- Era minha ex-colega de trabalho e ex-namorada, antes de eu te conhecer, e antes de ela tentar me matar. Lembra de quando eu te disse que aquela era minha �ltima miss�o, e que depois eu me dedicaria s� a voc�? Nesse ramo n�o existe “�ltima miss�o”, Gabi. Eu tentei sair, eles n�o quiseram, ent�o te dei a chave daquele cofre onde estava a minha aposentadoria...,a nossa aposentadoria...e deixei o mundo acreditar que eu estava morto. Mas eles descobriram e deu no que deu. Mas isso � passado, agora podemos passar o resto da vida velejando pelo mundo afora.



Voc� sorri e diz:



- Tem certeza que isso tudo acabou?



- Acabou sim, amor, agora come�a a miss�o mais interessante da minha vida. – eu digo olhando para voc�.



Enquanto os �ltimos raios de sol entram na janela do quarto, incidindo diretamente no seu corpo e te iluminando como se voc� fosse uma obra de arte homenageada pela natureza, nos beijamos lascivamente.



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