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EU E ALEXANDRE - DI�RIO DE UMA INF�NCIA.

Oi amados



Na vida AMAR pode ser muito mais que simplesmente ter uma idade ou coisa do tipo.



Neste momento venho compartilhar algo que marcou minha inf�ncia, pois na vida boas lembran�as nunca passam.



O fato narrado aconteceu quando morei em uma casa abrigo, lembro-me que quando cheguei, achei tudo estranho, ousado, diferente. Via que aquele lugar cheio de crian�as, jovens com uma historia diferente, com uma vida diferente.



Eu havia fugido de casa e naquela oportunidade estava recolhido em uma bela casa, com quartos enormes, com conforto, uma casa abrigo de referencia de qualidade.



Desta forma as semanas estavam passando, a vida estava escrevendo sua historia e assim em uma tarde ao estar na casa abrigo, depois de voltar da escola pela manha veio a noticia de que ter�amos um novo interno.



N�o liguei muito, mas me recordo como hoje, ao ver um jovem menino, de corpo magro, pele morena, boca carnuda e olhos com detalhes marcantes v�em que realmente meu sentimento se tornou ousado.



Aquele menino que estava entrando se chamava Alexandre, e depois de um certo tempo, as coisas acontecendo, o tempo foi passando e eu via nele mais que um simples interno, �ramos como amigos de longa data, eu o protegia dos demais por ser maior e ele se tornar� uma paix�o bonita e diferente.



A inf�ncia, a vida os sentimentos se misturava com algo desconhecido, sem malicia, sem nenhuma inten��o sexual e sim sentimental, pois os olhares, as brincadeiras era algo que n�o somente me deixava feliz ao ter ele comigo, mas sim sorridente ao ponto de amar de forma �nica aquele que era meu menino.



�ramos dois internos, �ramos dois garotos que muito antes de infratores �ramos gente que tinha um sentimento bom, confesso a voc�s que ele era uma paix�o que me fazia as vezes imaginar o tocar de duas peles, mais eu era um garoto, ele um menino e acima de tudo a amizade a paix�o se tornava melhor coisa do mundo, muito antes do sexo e sim da vida.



Alexandre brincava comigo, se abra��vamos na inoc�ncia de dois garotos, eu pediu ajuda de que roupa vestir e ele sorridente me dizia, ele me pedia ajuda nas coisas da casa e eu feliz o atendia.



Neste momento voc� deve estar se perguntando cad� a fantasia, mas este conto � um relato de um amor que as vezes falta algo, mas que o sentimento � a maior de todas as emo��es.



Eu amava Alexandre, e por muitas das vezes aoo abra�ar, ao sentir sua pele, seu cheiro e seu jeito simples minha mente se tornava algo a imaginar, a tentar reverter o que meu cora��o sentia.



Confesso a cada leitor que as vezes a vida se escreve, que o sentimento aparece mais o medo se torna a pior de todas as situa��es, e as vezes ser menino n�o o pior de tudo e sim ver que voc� gosta de outro menino e tentar juntar sentimento e amor ao mesmo tempo.



Mas hoje eu venho aqui para escrever linhas da vida, e digo a cada um que nunca � tarde para se amar e se ver conforme seu cora��o pede e n�o como as pessoas v�o dizer.



O fato � que em uma noite antes de dormir, eu e ele se abra�amos, logo se dirigimos para nosso quarto onde dormia eu, ele e mais dois internos, ambos em beliche e assim antes de apagar a luz o olhei e notei que o sentimento dele era igual ao meu, pois seu olhar era t�o belo que demonstrava certo carinho ao me ouvir falar.



Foi assim que toquei em sua m�o eu pela parte de cima do beliche e ele na debaixo, com toda a luz apagada, ele me acariciava e eu tamb�m demonstrava todo meu sentimento por ele, pois �ramos dois meninos a se conhecer.



Ao sentir sua m�o encostar-se à minha via um sinal de que um sentimento novo estava a surgir e de que a vida se tornava algo a desejar o que tanto talvez relutasse a imaginar.



Ent�o a hora passa, e a vida a cada segundo se faz o ousar de uma busca e deste modo como em filme logo pela madrugada via eu e Alexandre na mesma cama, ele abra�ado a mim, quieto, e eu juntos um de frente para o outro, sentia sua pele tocar em mim e a minha m�o ao seu rosto.



Alexandre, no entanto parecia estar com medo, mas relutava o que ambos sentiam naquele momento e a cada toque, um suspirar nos fazia reconhecer amor, paix�o e n�o somente o sexo.



Naquele exato momento algo que jamais pensei em sentir eu estava a imaginar, pois o ouvia o sentia e cada movimento naquela cama de solteiro era menor do que minha ansiedade e meu cora��o a bater de emo��o.



Sinto meus l�bios serem tocados por sua m�o, sinto meu rosto ser acariciado e em pouco segundos minha boca era tampada com os l�bios de um menino, eu e Alexandre pela primeira vez nos beijamos.



Meio sem jeito, meio sem no��o do que era aquele gesto eu o abra�ava e sentia sua pele, sua boca e seu cheiro me seduzir, sentia seu respirar se tornar algo muito alem do sexo e sim de sentimento, eu sentia a boca macio, o tocar inocente e tamb�m o tocava em sua pele morena, em seu bra�o em seu rosto e me entregava aos beijos, e me entregava ao desejo do amor.



Nesta noite a minha vida parecia completa, pois n�o queria que aquele momento terminasse e aproveitei cada jeito, cada toque e cada mil�metro da beleza de Alexandre.



Ficamos se conhecendo se beijando, se sentindo e talvez na maior inoc�ncia de um pecado tendo uma rela��o de carinho em um sentimento traduzido como amor.



A vida como disse escreve sua historia e o tem passa, deste modo que depois daquela noite, de passar dias e meses a gostar de um outro garoto, e de certa noite o sentir de forma �nica eu notava a grandeza do fazer de Deus.



Pois ao ir para escola de manh� e ao retornar a tarde me deparei com algo que jamais imaginaria acontecer, ao entrarem meu quarto, jogar minha mochila na cama notei que a de Alexandre estava limpa e vazia.



Corri aos bra�os da m�e social e logo perguntei:



-Cad� o Alexandre?



Ela me abra�ou e me disse que a m�e dele o havia levado.



O mundo havia ca�do sobre mim, pois perderia a oportunidade de ver o garoto da minha vida, e naquela mesma hora comecei a chorar, e desta forma passei por v�rios dias, e assim ao ver a foto dele que tinha guardada comigo de uma festa de final de ano chorava.



Mas como mesmo citei a vida passa, os amores se reconstr�i e talvez os destinos tra�am novas metas, e assim na pr�xima oportunidade vou contar a cada um o que estes dias, depois de quase 7 anos passados me aconteceu.



Mas com este fato e hoje com meus 24 anos vejo que jamais � tarde para ousar, sem medo, sem nenhuma vergonha de ser voc� mesmo, sem falsidade e sempre com humildade.



As vezes a critica � pior do que o elogio, mas o elogio falsa mata primeira a esperan�a do que a critica verdadeira.



Nunca desista se ame e pense que talvez aqui faltou erotismo, mas muito antes de ter algo sexual, tem um sentimento, em letras que n�o escreve prazer, mas amor.



Por isto se ame, e fa�a de voc� um vencedor que caminha aos passos da humildade.



Continua...



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