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UMA NOITE ETERNA

Tenho 22 anos e me chamo Eduardo, trabalho como free-lancer em artigos publicit�rios, criando e desenvolvendo slogans e folders para empresas, n�o tenho um sal�rio fixo, mas consigo me manter bem. Moro sozinho no centro de Curitiba, pr�ximo ao campus do Polit�cnico.

Nas horas vagas, alimento minha necessidade de cultura in�til lendo blogs, not�cias, me distraindo pela internet. Volta e meia saio com amigos pelos bares da cidade, nada muito elegante, prefiro um lugar simples e aconchegante, com m�sica ambiente. N�o tenho namorada a alguns meses, talvez pelo fato de meus relacionamentos nunca terem dado certo, a praticamente 1 ano n�o sei o que � tocar uma mulher, no m�ximo sentir o cheiro do perfume de uma quando cruzo por elas.

N�o sou atl�tico, n�o tenho paci�ncia para manter a forma, ainda mais numa cidade movida pelo rel�gio. Possuo cabelos negros como a noite, no qual os mantenho sempre curtos e semi-espetados com gel, mant�m um ar de eleg�ncia para os clientes na hora de apresentar meu trabalho. Gosto de usar roupas de n�mero maior que o meu convencional, dizem que tenho um olhar penetrante, com meus olhos verdes, n�o sei o porque de dizerem isto.

O que irei contar parece um conto de fadas, pelo menos para mim.

Em um final de semana, ap�s passar longos dias em claro terminando um cat�logo para uma rede de hot�is que montam pacotes tur�sticos para qualquer lugar do mundo. Recebi o suficiente para me manter o restante do ano, ent�o poderia relaxar. Para comemorar, convidei uns amigos e fomos para um bar onde iria ter um show ao vivo de uma banda estrangeira, no Largo da Ordem.

Meu grupo de amizade se resume a 4 amigos, sendo 2 deles casados. Incr�vel como as pessoas est�o se casando em um piscar de olhos.

Chegamos l� em torno das 22:00, assim poder�amos achar um lugar para sentar e relaxar um pouco. Conversamos por alguns minutos, e as “esposas” resolveram ir ao banheiro, como a maioria das mulheres o fazem.

- Pronto, l� v�o elas fofocar longe de n�s. – Disse Cristiano, marido de Silvia.

- Que isso, n�o � sempre que fofocamos no banheiro, � apenas bom ter uma companhia. – Respondeu M�nica, esposa de Lucas.

Eu apenas esbo�ava um sorriso meio envergonhado, n�o estou acostumado a conversar com as esposas de meus amigos. Na ida ao banheiro, notei que elas cruzaram por uma mulher de beleza ex�tica.

Cabelos lisos e ruivos que iam at� os ombros, usava um vestido negro que ia a um palmo abaixo do joelho, mas era aberto na lateral da perna esquerda, deveria ter em torno de 1.70m, e n�o estava de salto, usava uma sand�lia rasteira. O decote daquele vestido era imenso, na verdade, n�o havia decote, era como se fosse um V, come�ando do umbigo e tampando seus seios apenas pelas al�as do vestido. Nunca a havia visto, mas o que poderia esperar? Curitiba � uma cidade imensa.

- Olha o Eduardo babando, limpa essa baba rapaz, chega a ser vergonhoso olhar para voc�. – Todos ca�ram na risada quando Cristiano falou.

E esta foi minha rea��o, passar a m�o na boca, achei que era s�rio. Algo naquela mulher me encantou, e n�o soube responder o porqu�. As esposas voltaram do banheiro, e Cristiano contou sobre minha rea��o.

- Mas ela � bonita mesmo, n�o deixamos de not�-la. Por que n�o a chama at� aqui? – Silvia piscou para mim.

- Chama-la at� aqui? N�o, n�o. Ela � demais para mim, e acredito que ela esteja acompanhada. – Senti o pesco�o se incendiar, provavelmente estava com o rosto vermelho, dei uma longa golada no meu copo de cerveja para ajudar a aliviar.

- � mesmo? E pode nos dizer o que ela faz sozinha sentada na mesa do canto? – Lucas olhou firmemente por cima de meu ombro.

Olhei para a dire��o que Lucas estava olhando, ela estava sozinha, com uma garrafa de vinho a sua frente, com apenas uma �nica ta�a na mesa, olhando para o palco. A banda estava prestes a come�ar a tocar.

A ilumina��o do bar era fraca, com um toque r�stico e g�tico, havia velas aromatizadas em algumas mesas dando um toque de romance na noite, e dando ainda mais detalhes as fei��es da mulher. Algo nela me fez perder o inicio da banda, podia notar seus olhos escuros, e a pele clara sob a luz das velas.

Quando recobrei a no��o, meus amigos estavam se despedindo:

- Bem, temos de ir, amanh� � dia de almo�o em fam�lia. – Silvia disse, se levantando da mesa, junto de M�nica.

- Pois �, n�s tamb�m temos de ir, tenho uns relat�rios da empresa para terminar. – Andr� e Pedro se levantaram juntos.

- S�rio? Eu vou ficar mais um pouco, gostei da banda. – A banda lembrava Marilyn Manson, com um toque feminino no vocal.

Todos se foram, e fiquei sozinho na mesa. Olhei no rel�gio e nem era uma da manh�. E s� havia tomado umas 2 cervejas. Pensei em ficar at� o final da banda, eu realmente havia gostado, e volta e meia olhava aquela mulher magn�fica.

Antes da �ltima m�sica da banda, fui ao banheiro, estava na minha 5� garrafa de cerveja sozinho, seria bom dar uma aliviada antes de voltar dirigindo para casa. Ao sair do banheiro, meio distra�do, esbarrei em algu�m, olhei e vi que era aquela deusa.

- Me desculpe, n�o a vi. Estou um pouco distra�do.

- Tudo bem, eu n�o deveria ter parado aqui, mas n�o precisa mentir. Voc� me viu antes. – Ao ouvir suas palavras, fiquei vermelho mais uma vez. Ela notou que eu a havia observado por um tempo, e sua voz era como o canto de uma sereia, em um tom suave, mas ao mesmo tempo, imponente.

- Bem, � que nunca a vi por aqui antes, me desculpe se a constrangi. – Tentei ser o mais educado poss�vel, quase ficando sem voz de tanta vergonha. E ela esticou a m�o direita em minha dire��o.

- Inna, muito prazer...

- A sim, Eduardo, o prazer � todo meu.

Apertei a m�o dela levemente, e a cumprimentei com 3 beijos no rosto. Ela tinha uma pele fria, mas muito macia. E seu perfume, minha nossa! O perfume era como se a pr�pria pele exalasse aquele cheiro suave de mel com p�talas de rosa.

- Gostaria de se sentar comigo? Notei que seus amigos foram embora. – Na hora, fiquei receoso de aceitar o convite, e no mesmo momento, a banda come�ou a tocar In Memoria Di, o que pareceu me dar coragem de aceitar.

Me sentei na mesa na qual ela estava sentada, ela ergueu a m�o direita para um dos gar�ons, que trouxe uma ta�a a mais.

- Perd�o, n�o perguntei se voc� gosta de vinho. Adoro vinhos tintos importados.

- Gosto sim, obrigado.

Ficamos conversando por um tempo, ela parecia interessada em saber de mim, perguntou de meu emprego, minha fam�lia, planos para o futuro. Eu aproveitei para saber um pouco mais dela, no qual ela disse que a fam�lia dela era europ�ia, e por isso o nome diferente, e que a pouco tempo havia se mudado para Curitiba para resolver quest�es administrativas da fam�lia.

Ela retirou da bolsa um rel�gio de bolso prateado, com um bras�o que nunca havia visto, era pouco mais de 4 da manh�, como o tempo havia passado r�pido.

- Tenho de me retirar, Eduardo. Agrade�o a companhia, e gostaria de saber se poder�amos nos ver em uma outra noite?

- Quem sabe um almo�o? – Ela sorriu.

- Durante a tarde tenho muitos compromissos, mas a noite para mim � mais tranquila, e gosto do clima que ela proporciona.

- Neste ponto, sou obrigado a concordar. – N�s dois rimos.

- Ent�o combinado, sem querer ser rude, irei lhe ligar e sairemos em uma noite.

Ela anotou o n�mero de meu celular, n�s dois nos levantamos e fomos at� a sa�da. Tentei pagar a conta dela, mas ela se negou. Beijou meu rosto e seguiu at� o estacionamento. Mesmo com a pele fria, pude sentir o calor de sua boca em minha face. Para mim, a noite j� estava completa.

Inna, que nome mais m�stico. Cheguei em casa no meu Gol 2001, entrei no meu apartamento no 5ª andar e fiquei pensando naquela mulher. Estou acostumado a ver mulheres lindas no meu emprego, mas nenhuma jamais me encantou tanto como esta. Ela tinha um ar de misteriosa, e ao mesmo tempo sedutora. Incr�vel como o destino conspira contra as pessoas, ou seria a favor desta vez?

Deitei na cama e dormi. N�o lembro de ter sonhado, mas sinto que foi agrad�vel, pois fui acordado meio dia pelo telefone, e n�o estava de mal humor, como normalmente ficaria. Atendi e era Andr�:

- Hora de acordar, princesa. Isso s�o horas de estar dormindo?

- Hoje � domingo, n�o poderia dar uma sussegada?

- Hmmmm, n�o? E ent�o, como foi ontem? Tomou vergonha na cara e falou com a mulher?

- Para ser sincero, terminamos sentando juntos e conversamos.

- Conversaram? N�o, n�o. Voc� tem que ter umas aulas com o Lucas, voc� � muito devagar.

- H�-H�. Engra�ado.

- Brincadeira, e ent�o, vamos na casa do Pedro? Ele quer assisti jogo.

- Jogo? Valeu, mas passo. Vou aproveitar que fui acordado e terminar alguns trabalhos.

- Como sempre, fugindo da gente. Mas tudo bem.

E ele desligou o telefone. Esfreguei os olhos com as m�os, me sentei na cama e me espreguicei. Fui at� a sala e notei meu celular indicando que havia uma mensagem. Abri o flip e vi que era uma mensagem de Inna, e nela dizia “adorei te conhecer, espero ter outra noite agrad�vel com voc�.”.

Senti um vazio no est�mago, s� poderia ser um sonho. Finalmente agradei algu�m. Aproveitei o resto do dia para organizar meus servi�os, e praticar o �cio, afinal, domingo � um dia de descanso.

Durante a semana, a mesma rotina, mas sem pressa. Apenas n�o deixar servi�o acumular, andar pelos shoppings, e at� no cinema eu fui, sozinho. Algo me dizia que iria encontrar Inna, mas meu 6ª sentido se enganou. At� encontrei o Cristiano em um desses dias, conversamos um pouco, mas ele estava com pressa.

Na sexta n�o sai de casa, acordei de mal humor, fiquei o dia inteiro olhando para a televis�o, sem prestar aten��o em nada. E para completar, o clima resolveu ajudar com uma chuva que parecia o fim do mundo. Sair para espairecer seria quase imposs�vel.

Em torno das 21:00 horas, resolvi ir tomar um banho e tentar dormir cedo, quando meu celular tocou. Pensei em n�o atender, mas uma voz no fundo da alma me disse para atender.

- Pois n�o? – Disse.

- Ola, Eduardo, estava ocupado? – Era Inna, com sua voz hipnotizante.

- N�o, n�o, estava indo tomar um banho.

- Que �timo, estou ligando para te convidar para jantar, o que acha?

- Seria perfeito, mas com essa chuva?

- Adoro o tempo assim, da um clima a mais para a noite. Na minha casa, o que acha?

- Se n�o for incomodar, eu aceito.

- Voc� acabou de realizar um desejo meu, vou mandar uma mensagem com meu endere�o. At� daqui a pouco.

Ela desligou, e eu corri para o banheiro. Fiz a barba, que estava precisando de cuidados, tomei um bom banho, e fui at� meu quarto me arrumar. Tentei por uma roupa elegante, mas nunca fui bom nesses detalhes.

Olhei a mensagem no celular para saber o endere�o e vi que ficava um pouco afastado de Curitiba, seguindo para Pinhais. Fui at� o estacionamento do pr�dio e segui para a casa de Inna.

Levei uns 30 minutos para chegar at� Pinhais, o transito estava movimentado, e at� encontrar a casa, levaria mais um tempo. Parei em um posto de gasolina para perguntar a dire��o exata da casa. O frentista me indicou o caminho, no qual n�o estava muito longe.

A casa era imensa, realmente bem afastada, era a �nica das redondezas. Havia um port�o imenso na entrada, no qual a uns 200 metros a frente chegava a casa. Parei na frente do port�o e toquei o interfone.

- Mans�o dos Senhores Dukov, quem fala? – Uma voz r�spida atendeu o interfone.

- Eduardo, a senhorita Inna me convidou.

- Sr. Eduardo, sua chegada j� era prevista.

O port�o se abriu, e v�rias lumin�rias se acenderam, indicando um caminho para a casa. Fui lentamente com o carro, olhando a paisagem. A mans�o possu�a grandes jardins, com animais esculpidos nos arbustos, canteiros com rosas vermelhas e brancas em v�rios pontos do jardim.

Parei de frente para uma porta dupla de madeira maci�a, no qual havia o mesmo bras�o que vi no rel�gio de Inna no dia do bar. A porta se abriu, e um senhor de cabelos curtos e calvos saiu, vestindo trajes de um mordomo. Ele se dirigiu at� meu carro, sem se importar com a chuva, abaixei o vidro:

- Irei estaciona-lo para o senhor. Madame Inna ir� recebe-lo em instantes. Se o senhor se apressar, n�o ir� se molhar.

Desci do carro e corri at� a porta, como a chuva estava forte, me molhei bastante. Tentei me secar batendo as m�os pelo corpo, mas em v�o.

- Voc� fica bem molhado. – Ouvi uma risada, olhei para a porta, e Inna estava l�, me olhando.

- Me desculpe, tentei fugir da chuva, mas n�o consegui pelo visto.

- Tenho roupas que deve servir em voc�, entre, n�o fique ai fora.

Fiz o que ela pediu, Inna estava magn�fica, usando um vestido vermelho completamente justo, de tecidos leves que pareciam dan�ar com os movimentos dela. O vestido seguia at� um pouco acima dos joelhos, completamente aberto nas costas. Seus cabelos estavam presos em uma �nica tran�a e preso na ponta com um tipo de fivela com o mesmo s�mbolo do bras�o.

O sal�o de entrada era imenso, iluminado por um �nico candelabro de cristal, onde cada cristal parecia emitir luz pr�pria. Ela seguiu para o 2ª andar, e a acompanhei. Inna seguiu por um corredor longo, com v�rias portas, se eu estivesse sozinho estaria perdido. Havia v�rios retratos de v�rias pessoas, no lado direito do corredor, quadros masculinos, e no lado esquerdo, femininos.

- A linhagem de minha fam�lia no decorrer dos s�culos.

- Nossa, fam�lia longa a sua.

- Voc� se espantaria de saber o qu�o longa ela �. – E ela sorriu, estava usando um batom escuro, mas n�o completamente preto, real�ando seus olhos escuros.

Ela parou de frente a um quarto, e abriu a porta pra mim.

- Escolha o que quiser, h� toalhas no banheiro, se precisar. Estarei esperando na sala de jantar, logo à frente o sal�o de entrada.

O quarto era como nos filmes que retratam o s�culo XVII, cama de casal grande com v�rios tecidos, v�rias decora��es, e um imenso arm�rio. Segui para o banheiro em e espantei, eu poderia morar naquele c�modo a vida inteira. Banheira onde caberia cinco pessoas sem muito esfor�o, espelho onde eu poderia ver cada parte do meu corpo sem muito esfor�o. Retirei toda minha roupa, ficando apenas de cueca, e me sequei completamente, fui at� o arm�rio do quarto e escolhi uma roupa que ficasse bem em mim. Mas tudo que havia eram ternos e camisas sociais. Usei uma camisa preta com cal�as e terno de cetim. Voltei ao banheiro para arrumar o cabelo e fui at� a sala de jantar.

A sala de jantar possu�a uma �nica mesa, que a ocupava inteira, estava farta de comida de v�rios g�neros, desde arroz convencional a lagostas devidamente preparadas. Inna estava na ponta final da mesa, sentada.

- Voc� ficou bem de terno, deveria usar mais vezes.

- Obrigado, espero que n�o se incomode de usar esta roupa.

- Que isso, querido, me alegra saber que voc� esteja confort�vel, sente-se pr�ximo de mim, vamos jantar.

Disfar�adamente, olhei para o rel�gio, incr�vel como ainda era 23:00 horas. Me sentei pr�ximo de Inna, comi pouco, era muita comida, mas o que mais me chamava a aten��o era o perfume dela, nem fome eu sentia.

- N�o esta gostando, Eduardo?

- Claro que estou, por que?

- Mal esta comendo.

- Desculpe dizer isso, � que seu perfume esta mais agrad�vel. – Senti o sangue ir at� a cabe�a, as palavras sa�ram contra minha vontade.

- Obrigada, assim irei corar. – Ambos riram.

Terminada a refei��o, ela segurou minha m�o.

- Gostaria de conhecer a casa?

- Sou visita, irei aonde for levado.

Ela deu um sorriso que pareceu sedutor, e, ao mesmo tempo, tenebroso. Andamos pela casa, ela me mostrou cada c�modo da casa, quartos, salas, cozinhas, jardins, at� mesmo havia uma adega com milhares de vinhos, no qual ela pegou uma garrafa, tirou o p� e continuou me mostrando a casa.

- Bem, por final, este � meu quarto, onde passo maior parte do meu tempo.

O quarto era imenso, maior que o que ela havia me mostrado para trocar de roupa. O quarto estava impec�vel, como se n�o fosse usado a dias, tudo no seu devido lugar. Estantes com livros, escrivaninhas com v�rias gavetas e um grande espelho frontal, e uma cama t�o grande quanto um �nibus, completamente forrada com tecidos que eram presos a um suporte acima da cama. O quarto possu�a v�rias janelas, no qual pod�amos ver a chuva, que n�o havia diminu�do. De frente a cama, havia uma televis�o t�o grande quanto meu carro.

- Venha, o que acha de vermos um filme? A noite � longa. – Mais uma vez, ela sorriu.

- Tudo bem.

Ela segurou minha m�o, estava gelada, talvez pelo clima frio que a chuva proporcionava. Nos sentamos na cama, e ela ligou a televis�o, come�amos a assistir a um filme de com�dia. A um certo momento ela se ergueu da cama, achei que ela iria se espregui�ar, mas ela segurou meu bra�o e ficou me olhando.

Seus olhos ficaram olhando os meus fixamente, que olhos magn�ficos ela tinha, senti meu cora��o se acelerar.

- N�o fique nervoso, n�o h� motivo para isto.

E ela me beijou, um beijo lento e caloroso. Nunca havia beijado nenhuma mulher daquela maneira, parecia que a l�ngua dela acariciava meus sentimentos mais profundos. Senti o sangue percorrer todo meu corpo, n�o apenas minha cabe�a, o beijo era viciante. Toquei seus cabelos, eram macios como seda, e tirei a fivela de seus cabelos, que se soltaram voluntariamente. Parei de beija-la e a olhei nos olhos. Parte de seu cabelo ruivo estava em seu rosto, no qual o retirei delicadamente com a m�o esquerda, e a voltei a beijar.

Ela desabotoou o terno que estava usando e o retirou, sem parar de me beijar, ela segurou minha m�o direita, e a levou em seu corpo, me fazendo tocar cada parte. Primeiro o rosto, e fui descendo, lentamente, sentindo seu pesco�o, depois passando para as costas, onde a senti se arrepiar, a tocava apenas com a ponta dos dedos. Voltei a tocar seu pesco�o, e desci para os seios, ela estava sem suti�, e o tecido do vestido era t�o fino que eu podia senti-los como se estivesse sem roupa. Ela parou de me beijar, respirando um pouco mais acelerado, e me abra�ou, me beijando mais intensamente.

Continuei a tocando nas costas, e fui descendo, agora com as duas m�os, e a segurei pela cintura, com um pouco de for�a. Ela segurou meus bra�os e se sentou em meu colo, e colocou minhas m�os em suas pernas, aonde o vestido n�o pegava. Por um breve momento, abri os olhos, assim como ela, e seus olhos pareciam brilhar, e tornei a fechar os olhos.

Passei as m�os em suas pernas, e fui subindo, erguendo o vestido a medida que ia subindo as m�os, at� poder tocar suas n�degas, e apertei, sem usar for�a. Ela suspirou.

Ela me empurrou, mordendo os l�bios, e come�ou a desabotoar minha camisa, no 3ª bot�o de cima para baixo ela disse:

- Isso vai demorar!

E ela puxou a camisa com for�a, arrebentando o restante dos bot�es, e passando as unhas pelo meu peito, voltou a me beijar. N�o havia mais como esconder, eu estava excitado, e ela havia notado.

Ela me tocou com a m�o esquerda enquanto me beijava, e apertava-o por cima da cal�a, delicadamente, e isso me deixava ainda mais excitado, e em certo ponto eu a virei e a deitei na cama.

Seu vestido n�o possu�a al�as, deitei ao lado dela e voltei a beijar, passando a m�o por dentro do vestido dela, tocando seus seios, como eram magn�ficos. Eu os acariciava com a ponta dos dedos, e ela mesma ia abaixando o vestido. Ela ficou com o vestido pela cintura, e se sentou, e ficou me olhando.

- Gosta do que v�?

- Mais do que poderia imaginar.

Ela ficou em p� na cama, e terminou de tirar o vestido, ficando apenas de calcinha. Eu conseguia ver atrav�s da calcinha, era praticamente transparente, mesmo sendo preta. Com o p�, ela me fez ir mais para tr�s, encostando as costas na cabeceira da cama. E ela se aproximou de mim, ficando com a calcinha rente ao meu rosto.

O cheiro de mel com p�talas de rosa era intenso, e estava me deixando louco. A vontade era de arrancar aquela calcinha com os dentes, mas n�o o fiz. Fiquei tocando suas pernas, e beijando-as. Ela se apoiou com as m�os na cabeceira da cama, e com e fui passando a l�ngua em suas coxas. Sentia-a tremer.

Com as m�os, puxei a calcinha para o lado, ficando frente a frente com sua vagina, achei que naquele ponto iria enlouquecer.

Passei a l�ngua nela, lentamente. Inna suspirava fundo. Comecei a toca-la com os dedos e a lambe-la ao mesmo tempo, como se o tempo estivesse parado naquele momento.

Ela se afastou, tentei continuar, mas ela me segurou com as m�os, e indicou o dedo de forma negativa. Achei que teria terminado. Inna se ajoelhou entre minhas pernas, e me beijou.

- Como � bom sentir meu pr�prio sabor vindo de sua boca. – E Inna sorriu.

Ela come�ou a beijar meu pesco�o, e foi descendo, beijou meu peito, seguiu para o umbigo, e ficou encarando minha cal�a. Senti a vergonha voltando, ela ergueu a cabe�a, e me encarou.

- N�o sinta vergonha, n�o agora.

Ela segurou meu falo por cima da cal�a, e foi desabotoando aos poucos as cal�as.

- Fique de p�.

Levantei, ela de joelhos a minha frente, foi abaixando minha cal�a, retirou junto minha cueca, e o segurou com as m�os. Ela encarava-o, analisava-o, eu estava cada vez mais com vergonha. Ela se ergueu um pouco e beijou minha barriga, ela se abaixou mais uma vez e fez com que iria morde-lo, me afastei e ela sorriu.

- N�o vou arranca-lo, quero brincar um pouco com voc�.

Antes que pudesse dizer algo, ela o beijou. Senti um arrepio percorrendo toda a coluna, e ela o lambeu. Fechei os olhos e apreciei a sensa��o, mas n�o por muito tempo. Me afastei e fiquei de joelhos, de frente a ela, a segurei pelos ombros, mas ela foi mais r�pida, e me empurrou, me fazendo deitar.

Ela veio por cima, ela o segurava, parecia brincar, passava-o por sua vagina, provocando ainda mais. Ela sorria, e ao mesmo tempo, suspirava.

Tornamos a nos beijar, e ela se sentou de uma s� vez em meu colo, soltando um gemido leve, e me beijando mais intensamente. Inna e eu nos abra�amos e come�amos a movimentar a cintura.

A cada movimento, ambos suspiravam. Ela se afastou, e ficou me olhando nos olhos, e apoiou as m�os em meu ombro, e ela sozinha come�ou a movimentar seu corpo. Eu a sentia fervendo, e quando tentava me movimentar, ela n�o deixava. E sorria quando me segurava.

Em um certo ponto, eu me ergui.

- Pensando em fugir?

- Isso nem me passou pela cabe�a. – Respondi.

Ela se deitou, e eu deitei ao lado dela, fazendo-a ficar de costas para mim. Com a m�o esquerda, ergui sua perna esquerda, e lentamente, a penetrei, apreciando cada segundo. Com a m�o direita, passei por baixo de seu corpo, e acariciava seus seios ao mesmo tempo. Agora quem controlava os movimentos era eu, quando ela tentava se movimentar, eu a segurava com a m�o esquerda, fazendo-a parar.

Ela ent�o desistiu de se movimentar, e ela mesma come�ou a se acariciar. Passando as m�os pelo pr�prio corpo. Pesco�o, os seios, barriga, pernas, e at� mesmo sua pr�pria vagina.

Ambos ofegavam, as vezes gemiam, mas n�o diziam nada, n�o havia motivo para isto. O pr�prio corpo j� o fazia.

Ela se ergueu, ficando de costas para mim, olhou para tr�s, e piscou para mim. Apoiou as m�os na cama e ficou ali, parada.

- N�o demore, ein?

N�o pensei duas vezes, me ajoelhei atr�s dela, segurei-a pela cintura e a penetrei novamente. Podia notar que ela fechava os olhos, eu movimentava a cintura, primeiro lentamente, depois aumentando o ritmo, depois parando e acariciando suas costas com as m�os. Eu me encurvei um pouco a frente, e a ergui mais para perto, ficando ambos de joelhos, ela a minha frente. Ela estava respirando intensamente, ela segurou minha m�o esquerda, que estava em sua cintura, e a ergueu, at� seus seios.

- N�o pare, n�o ouse em parar!

- Voc� manda!

E eu movimentava intensamente meu corpo contra o dela, e apertava seus seios, agora com as duas m�os. Ela conseguiu segurar minha cintura com as m�os, e agora ela controlava meu ritmo, variando de lento a r�pido. Os dois estavam gemendo de prazer, n�o havia mais como conter.

Ela caiu para a frente, se virou para mim, ficando de costas na cama, abriu as pernas, e nem precisou dizer, fui em cima dela, e voltamos a nos beijar.

Inna sussurrou:

- Quero que voc� continue at� n�o aguentar mais.

Nos beijamos violentamente, e ambos moviam a cintura em um ritmo acelerado, sem diminuir em nenhum momento. N�o queria parar, n�o iria parar.

Senti que estava quase chegando ao cl�max, tentei sair, mas ela n�o permitiu, cruzou as pernas em minhas costas.

- Negativo, primeiro eu, depois eu.

E ela se movimentava ainda mais r�pido, n�o poderia chegar ao cl�max, n�o naquele momento, n�o dentro dela. Ela ent�o virou o rosto e mordeu o len�ol, soltando as pernas de minhas costas, no qual retirei-o dela, e ela o segurou com as m�os. E repetindo os movimentos que ela fazia com a cintura, me fez chegar ao cl�max, fazendo meus fluidos se espalharem por sua barriga e pela cama.

Est�vamos ambos suados, ofegantes, ela me fez deitar ao seu lado e me beijou. Em seguida sorriu. Passei as m�os em seu rosto, e ela se aproximou de mim, encostando o rosto em meu ombro.

- Acho que agora podemos descansar um pouco, o filme estava bom n�o? – Ela gargalhou.

- Concordo, o filme estava muito bom. – E ri junto.

Ela adormeceu em meu ombro, observei-a por alguns minutos, n�o conseguia acreditar no que havia acontecido. E adormeci olhando aquela deusa em meus bra�os.

Acordei com um trov�o, estava de roupa, em minha sala. Peguei meu celular e olhei as horas, era 23:00 de sexta feira. Como isso seria poss�vel? N�o havia nenhuma mensagem, nenhuma liga��o. Corri at� o estacionamento, entrei no carro e fui at� o endere�o que lembrava.

Chegando l�, era apenas um vasto campo, n�o havia nada. Seria tudo um sonho ent�o? E que sonho vivido, me sentia ofegante ainda.

Voltei para casa, chateado, e resolvi tomar um banho. Tirei a roupa de frente ao espelho, e vi o bras�o em meu peito, e em meu pesco�o, dois furos, levemente cicatrizados. Ouvi meu celular dar sinal de mensagem, ainda de cal�a, fui ver o que era.

Era um n�mero desconhecido, e nela dizia “uma lembran�a de uma noite que voc� nunca ir� esquecer”. Sorri e fui tomar meu banho.

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